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Texto originalmente extraído do site www.pnud.org.

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Violência aumentou, afirma 90% da população do Brasil
Levantamento inédito do PNUD divulgado em Brasília esboça perfil de segmentos da
PN
população e lista valores humanos pretendidos no país

da PrimaPagina

Para 90,1% dos brasileiros, a violência aumentou nos últimos anos, informa a
pesquisa inédita Perfil dos Valores dos Brasileiros, realizada pelo PNUD e cujos
dados preliminares foram apresentados ao público nesta terça-feira (25), em Brasília.

Dos que afirmam sentir o avanço do flagelo, 56% atribuem a culpa do problema aos
bandidos, enquanto para 23% a origem se encontra na própria família, que deveria
ser responsável por ensinar os valores a seus membros, ainda segundo a enquete.

"Nós queremos saber o porquê do aumento da percepção de violência", afirma o


coordenador do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) Brasileiro e
responsável pelo novo estudo, Flavio Comim.

Ele explica que os temas Estabilidade Social e Segurança, que antes apareciam na
sétima colocação em consultas de referência em 2007, pularam para o terceiro lugar
este ano. "Essa preocupação se aproxima muito da dedicada por países europeus
aos temas", acrescenta Comim.

A influência da família no desenvolvimento humano vai além, de acordo com a


pesquisa, que oferece percepções importantes para a elaboração de políticas
dirigidas a conscientizar os pais sobre a sua importância na construção dos valores
do futuro, partindo do princípio de que os indivíduos podem ser parte da solução ou
do problema.

"No estudo, nós descobrimos que filhos de pais participativos vão melhor na escola,
e que a percepção do papel da instituição influencia em como eles percebem os
valores", avalia o coordenador do RDH. Complementando essa tese, a enquete

http://www.pnud.org.br - documento gerado : 31/05/2010 - 04:49:16


revelou que 77,22% do desempenho do aluno depende da família, o que reduz a
influência da escola sobre o resultado do ensino a menos de um terço.

Para realizar a consulta, a agência da ONU contou com parceria do Instituto Paulo
Montenegro - IBOPE e da Universidade Presbiteriana Mackenzie para entrevistar
4.017 pessoas de 300 cidades brasileiras. As diferenças que surgiram foram
analisadas em função da relação de gênero, faixa etária, escolaridade e renda, entre
outros fatores.

Cada consultado recebeu um questionário com 21 perguntas que descreviam alguns


perfis de pessoas, e eles precisaram indicar o quanto se identificavam ou não com
cada um dos tipos apresentados.

Benevolência

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Aos entrevistados, a consulta listou dez valores: benevolência, conformidade,
tradição, segurança, poder, realização, hedonismo, estimulação, autodeterminação e
universalismo. Benevolência, entendida como preocupação com o próximo, e

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universalismo, o bem estar da humanidade, foram os dois mais citados.

Por meio dos resultados da consulta foi possível esboçar o perfil de valores dos
PN
grupos consultados. Mulheres e mais velhos, por exemplo, são mais
autotranscendentes, ou seja, demonstram preocupação maior com o próximo e com
a humanidade.

"Isso nos leva a perguntar por que os homens e os mais jovens são menos
autotranscendentes e o que falta a eles para alcançar esses valores", destaca o
responsável pelo relatório.

Outro dado interessante revelado pela pesquisa foi que o trabalho não é percebido
somente como fonte de renda e de sustento, mas também como um meio que
permite que os funcionários sejam mais abertos a mudanças e menos
conservadores.

"O trabalho expande a percepção da pessoa, faz com que ela encontre outros
indivíduos e vivencie novas experiências, alterando seus valores", complementa
Comim.

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