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Leandro, Rei da Helíria

Alice Vieira
Guião de Leitura

ACTO I
1. Em quantos actos se divide esta cena?
2. O príncipe Felizardo é um pateta com a mania de que é engraçado.
Prova com a ajuda de expressões textuais, que afirmação acima feita é verdadeira.
3. Por sua vez o príncipe Simplício passa a vida a dizer “Tiraste-me as palavras
da boca!”
Caracteriza esta personagem. Não te esqueças de te referir à importância que tem o
seu nome.
4. Caracteriza Amarílis e Hortênsia.

5. Por que razão diz o Rei que “os sonhos são recados que os deuses nos
mandam? (Cena X)
6. Descreve o sonho do Rei.
7. Como reagiu Violeta após o pai ter contado o seu sonho? (Cena X)
8. Descreve a decisão final do Rei em relação à sua sucessão.
9. Como caracterizas a atitude do Rei quando ele diz que “Há momentos do dia
em que me apetece deixar tudo (...)”? (Cena X)
10. Caracteriza o Bobo na fala “Aconselhou-se com aquele cretino, vai sair
asneira pela certa...”. (Cena X)
10.1. Qual a importância do uso frequente dos “apartes”, por parte do Bobo?

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ACTO II

1. Que exige o Rei às filhas para que ele decida qual delas lhe vai suceder?
2. Que argumenta Amarílis?
3. E Hortênsia?
4. E Violeta?
5. Como reage o Rei à atitude de Violeta?
6. Situa, no tempo, a cena I do Acto II.
7. Que papel desempenha o Bobo nesta primeira cena?
8. Entretanto o príncipe Reginaldo fala com o Rei.
De que não se lembra o Rei?
Porquê?
Que lhe comunica o príncipe Reginaldo?
9. Hortênsia e Amarílis decidem o futuro do Rei.
Prova, com palavras tuas, que esta afirmação é verdadeira.
10. Caracteriza o Rei, de acordo com o tempo em que vive.
11. Qual a função do pastor na história?
12. Em que reino vive o pastor?
Caracteriza esse reino.
13. Bobo e Rei fazem-se a caminho.
Com que destino?
14. Quando chegam, quem os recebe?
15. Como caracterizas o soberano desse reino?
16. Qual era a filha que mais amava o Rei? Justifica a tua resposta com
passagens textuais.

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-Acto II-
Cena IV
Bobo, Pastor, Rei Leandro

(A luz regressa à gruta)

BOBO: E foi assim que tudo aconteceu. Todos o abandonaram como se


fosse um cão raivoso…
PASTOR: E…e a outra?
BOBO: Qual outra?
PASTOR: A do sal… (Ri) …«Como a comida quer ao sal» Não está má,
não senhor…
BOBO: Ora…Sabemos lá onde se encontra, se é morta ou viva.
PASTOR: Cruzes, homem, a tempestade dá-te ideias negras.
BOBO: Foi nome que nunca mais pude pronunciar diante dele. (Aponta
para o rei)
PASTOR: Não há dúvida que o velhote é de ressentimentos…Eu cá, já me
têm feito muitas desfeitas, mas assim como vêm, assim vão, já nem me
lembro delas!
BOBO: Mas tu não és rei.
PASTOR: Ser rei é assim tão diferente?
BOBO: Quando se tem a coroa na cabeça, é.
PASTOR: E nunca pensaste ir por aí fora, à procura da outra?
BOBO: Qual outra?!
PASTOR: Ai! A do sal!
BOBO: Para quê? Com muita mais razão nos fecharia as portas do seu
reino. Pois não a expulsou ele um dia de casa? Pois não disse ele que a
partir dessa altura, era como se ela nunca tivesse nascido?
PASTOR: Ora…Coisas que se dizem… Eu cá, se fosse a ti, tentava.
BOBO: Ele matava-me! E eu posso ser bobo mas não sou maluco! Quem
faz este corpinho já não faz outro.
PASTOR: Ele não saberia de nada…Está cego… És tu que o conduzes…
BOBO: Ele está cego e tu estás doido! Sei lá por onde anda Violeta! Já
tantos anos se passaram… Se a visse, de certeza que já nem a reconhecia.
O que eu queria agora, mais que tudo, era poder encontrar um lugar para
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assentarmos de vez. O velho tem os pés em sangue, parece um farrapo,
receio que não aguente nova caminhada.
PASTOR: Havias de gostar do meu reino…
REI (desperta): Em toda a parte há dor, ingratidão, miséria…

(Juntam-se os três no meio da gruta para se aquecerem à roda da fogueira)

PASTOR (muito baixinho): Havias de gostar do meu reino…

(Apagam-se as luzes)

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