O documento discute a função sentimento como uma função de julgamento e avaliação baseada em valores pessoais, familiares e culturais, que vai além de simplesmente gostar ou não gostar. A função sentimento registra qualidades e atribui valor às coisas de acordo com um sistema complexo de valores pessoais. Ela está ligada ao passado e à memória sentimental, e diferencia-se de emoções por não envolver inervações corporais perceptíveis.
O documento discute a função sentimento como uma função de julgamento e avaliação baseada em valores pessoais, familiares e culturais, que vai além de simplesmente gostar ou não gostar. A função sentimento registra qualidades e atribui valor às coisas de acordo com um sistema complexo de valores pessoais. Ela está ligada ao passado e à memória sentimental, e diferencia-se de emoções por não envolver inervações corporais perceptíveis.
O documento discute a função sentimento como uma função de julgamento e avaliação baseada em valores pessoais, familiares e culturais, que vai além de simplesmente gostar ou não gostar. A função sentimento registra qualidades e atribui valor às coisas de acordo com um sistema complexo de valores pessoais. Ela está ligada ao passado e à memória sentimental, e diferencia-se de emoções por não envolver inervações corporais perceptíveis.
A funo sentimento uma funo racional, ou seja, de julgamento, de
avaliao. Entretanto no uma um julgamento linear, cartesiano, prprio da funo pensamento. uma lgica mais abstrata, de valores. No apenas o gostar ou no gostar, mas algo intrnseco dos valores pessoais, familiares e culturais, que nos levam a busca de um julgamento baseado em algo mais complexo que a simples dinmica atrao - repulsa. James Hillman em sua obra A funo Sentimento - A Tipologia Junguiana nos alerta quanto reduo da funo sentimento a um simples gostar. O sentimento registra a qualidade e o valor especifico das coisas a funo do sentimento fazer essa explorao e amplificao de nuances e tons, que so o oposto da reduo. fcil confundirmos sentimento com as sensaes. Mas a sensao nos diz que algo apenas existe. Por exemplo, a sensao nos diz, quando vemos uma flor, que existe algo e que possui um cheiro uma cor e uma textura. Mas o sentimento que dar o valor aquela sensao. Portanto, com ela que avaliamos pessoas, objetos, momentos, experincias e os valoramos, conforme um complexo sistema de valores pessoais. nela que se encontram todo o tipo de rituais. No apenas os rituais religiosos. Mas podemos encontrar ritos em nosso dia a dia, como cultivar uma horta, cultivar o corpo em academia, acordar no mesmo horrio, fazer sempre as mesmas coisas. Portanto, fcil enquadrar a patologia aqui. Quando muito unilateral o individuo pode desenvolver Transtorno Obsessivo Compulsivo. O chamado TOC. uma funo que nos remete ao passado, as bases de nossa infncia. E o tipo sentimental apresenta preferncia pelo passado, pois l, na memria sentimental, que esto os primeiros fragmentos do desenvolvimento dos valores do indivduo. Outro alerta importante o de no confundirmos sentimento com emoo. Jung deixa bem definidos, esses dois conceitos, em sua obra Tipos Psicolgicos. Lembrando que ele entende que afeto e emoo so sinnimos. (...) o afeto se distingue do sentimento pelas inervaes corporais perceptveis, enquanto faltam ao sentimento, na maioria dos casos, essas
inervaes ou so de intensidade to pequena que podem ser detectadas por
instrumentos muito delicados, por exemplo, pelo fenmeno psicogalvnico. Ao afeto se acrescenta a sensao das inervaes corporais por ele liberadas. Em uma sociedade como a atual, competitiva e com uma noo de valores confusa, essa funo muitas vezes negligenciada e banalizada. Entretanto sem ela no teramos a cultura, a poesia, a busca pela harmonia do ambiente e os movimentos sociais. Referncias JUNG, C. G. Tipos Psicolgicos. 7. ed. Petrpolis: Vozes, 1991. HILLMAN, J. A Tipologia de Jung A funo sentimento. 7. ed. So Paulo: Cultrix, 2007. SILVEIRA, N. Jung: Vida e Obra. 20. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.