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a. Apésa sua usinagem, esse eixo passava pelo trata- mento térmico de témpera por inducdo’ nos res- pectivos colos, garantindo a durabilidade as soli- citagdes impostas. all O motor FIRE - 16 valvulas Este motor teve sua producao iniciada no Brasil no ano de 1999 (protétipos), com a versio FIRE 1242 em? de 16 valvulas, denominado comercial- mente, pela montadora FIAT, como: Motor FIRE 1.3- 16 valvulas. Sua montagem esta subdividida em cinco partes principais: cabecote superior, ca- becote inferior, bloco, sub-bloco e cérter. O motor da mesma familia de 999 cms - 16 valvulas, deno- minado comercialmente como FIRE 1.0 - 16 val- vulas tem sua estrutura muito semelhante ao FIRE 1.3 - 16 valvulas, salvo apenas algumas particula- ridades dimensionais. Logo, os motores FIRE 16 vlvulas so muito semelhantes em termos cons- trutivos, sendo tratados neste manual de forma iinica. Porém, as particularidades técnicas serao apre- sentadas de forma distintas. Estes motores utilizam varios componentes co- muns entre si, destacando-se o mesmo cabegote superior, as mesmas vAlvulas, tuchos hidrdulicos, retentores, guias e molas, cdrter, bomba d'égua, valvula termostatica, bomba do dleo, volante do motor, ¢ ainda tanto os casquilhos fixos quanto os méveis. No entanto, os blocos € cabegotes infe- riores sio pecas distintas para ambos os motores (1.3-16Ve 1.0- 16V). fluxo de gases em todos os motores da familia FIRE é do tipo cross-flow ou fluxo cruzado: os co- letores de admissio e descarga sao instalados em lados opostos. O cabecote superior contém os dois eixos coman- dos das valvulas (ou eixos de cames) e as sedes dos respectivos tuchos hidrdulicos, além do par de engrenagens de sincronismo desses eixos instala- das na regio posterior deste cabecote. No cabeco- te inferior esto as cimaras de combustio e res- pectivos jogos de valvulas com as molas. bloco do motor é entao subdividido em duas partes: o bloco principal, onde estdo incorporados 3 ]amerapornduqorcoraine no auecinniooazado dapepa perme de etna stress, © soyado Ge rexansama ral, por mato Se ua Suc ‘uous, © objeto # sumer dreza suport a ep acuta, po n= Sistine ioosioseuna mrarecoaratinace sia! 4 Fe eit som ae 0s cilindros e suportes fixos do eixo de manivelas; € 0 sub-bloco, peca monolitica em aluminio e aco sinterizado, que constitui as capas dos mancais fixos. Desenho esquemitico da estrutura do bloco € sub-bloco tipica dos motores FIRE 16 valvulas e 14-8 vélvulas. Finalmente, tem-se 0 cérter em chapa de aco es- tampado, fechando a parte inferior do motor no sub-bloco. Esse cérter é confeccionado em uma es- trutura tinica, sem 0 uso de chapas ou defletores internos. A distribuigo é acionada por meio da correia den- tada, que também move a bomba d'égua, instala- dana face anterior do bloco. A configuragio desta distribuigéo é simples: a engrenagem motora é so- lidéria & extremidade do eixo de manivelas; a en- grenagem intermediatia é fixada ao eixo da bom- ba d'dgua; a outra engrenagem é fixada a extrer dade do eixo comando das valvulas de descarga, e o tensor é mével, que é responsdvel por corrigir as oscilagdes de tensdes da correia dentada. Nota-se ‘que nesse projeto, embora presentes dois eixos co- mandos de valvulas, instalados no interior do ca- becote superior (admissio e descarga), somente 0 eixo de descarga estd diretamente acoplado ao sis- tema da correia dentada. Essa caracteristica per- mite um mecanismo simples de acionamento, 0 que facilita a manutencdo, permitindo 0 uso de apenas uma engrenagem do lado da distribuigao. 0 eixo comando de admissao esta totalmente o- culto no interior do cabegote superior, sendo acio- nado por meio de um par de engrenagens, na re- gio posterior deste cabegote. Esse par de engre- nagens faz, ento, o sincronismo entre os eixos co- mandos das valvulas. Vista do motor FIRE 16 valvulas em corte longitudinal. Observa-se a sua estrutura subdividida em cabegotes superior inferior, bloco, sub-bloco ¢ cérter. my ater ae wd neu yiVe Os tuchos de acionamento das vélvulas séo hi- drdulicos e instalados diretamente sob os eixos co- mandos, sem qualquer outro dispositivo auxiliar, Aalimentagio do dleo até os tuchos ¢ feita direta- mente pelas galerias presentes no cabecote supe- rior. Desenho esquemético da distribuicao do motor FIRE 16 valvulas, O par de engrenagens de sincronismo, fixadas nas partes posteriores dos eixos comandos de valvu- las, esté localizado no lado oposto ao da distribui- Go, em sede especifica, no interior do cabegote ition do motor superior (carcaga dos eixos comandos de valvu- las). 0 acesso a essas engrenagens se da por uma tampa nessa regio, a qual também serve de su- porte para as bobinas de ignicao. Cabe ressaltar que as engrenagens de sincronismo no possuem “chavetas”, nem mesmo a polia den- tada, instalada no eixo comando de descarga, la- do da distribuicdo. Essas pecas (na montagem) se tornam solidarias aos respectivos eixos, por meio do atrito produzido pelo correto torque dos para- fusos de fixacao. Foto do cabegote superior instalado e “Corrado”, mos trando detalhes de sua montagem, posicionamento dos tuchos hidréulicos e eixos comandos das valvulas. ‘Cabegote stiperior (carcaca dos comandos de valvulas) nC : : 4 (Observam-se os tuchos instalados em stias respectivas sedes no cabegote superior. Desenho esquematico da vista “explodida” da estrutura do cabecote superior. es Veja abaixo a foto dos eixos comandos das vélvu- las. © eixo de descarga tem um comprimento maior que 0 eixo da admissao, uma vez que este eixo recebe a polia de acionamento da correia dentada. Ambos sdo confeccioriados em ferro fun- dido nodular tipo B, com témpera superficial nos cames (profundidade da témpera de aproxima- damente 1,5 mm), cuja dureza superficial esta en- tre 48 e50 HRC. ‘Fixes comandos das valvulas, O eixo de maior comprimento comanda as valvulas de descarga Podem também ser vistos os “cortes” em ambos (0s eixos para encaixe das fertamentas de fasagem. a ‘A polia de acionamento do comando de valvilas nio possui chaveta de fixacao. © cabecote inferior, fundido em liga de aluminio, 4 uma peca compacta e leve, Salienta-se que o ca- becote inferior ¢ diferente entre os motores de 16 valvulas 1.0 e 1.3, embora compartilhem as mes: mas vilvulas, molas, guiase retentores. Em seu plano posterior fica instalado o bocal com avalvula termostatica, e em seu plano anterior, la- do voltado para distribuicao, tem-se o prisioneiro de fixagio do tensor mével da correia dentada. A face lateral do cabecote, correspondente ao lado da admissao, possui dois prisioneiros instalados que servem de guia para a montagem do respec- tivo coletor. Esses prisioneiros ndo podem ser re- movidos, uma vez que esto interligados a parte interna do cabecote inferior, o que provocaria va- zamento de dleo, e que ficaria oculto pelo coletor de admissao. Todos os prisioneiros e parafusos de fixacdo de ambos os coletores devem ser monta- dos com 0 uso de adesivo especifico, para se evitar vazamentos de dleo, uma vez que os respectivos furos no cabecote sao “passantes” para o lado in- temo. ‘Vista do eabefote inferior com 6 Conjunto das vlvulas Detalhe da cfmara de combustao do cabecote infe- rior do motor FIRE 16V. Observa-se a saliéncia fun- ida na base da céimara, para controle do volume, a determinacéo do plano de usinagem durante a sua produgao. ‘Tanto as vélvulas de admissdo quanto descarga posstem vedacdio por meio de retentores labiais com mola, confeccionados em metal e borracha nobre (flior-elastémero 75 FKM/S95, na cor mar- rom). a 0 Detalhe da montagem do retentor em sua guia no ‘cabegote inferior. ‘Tensor da correia dentada. Esta peca vai fixada a0 cabegote inferior, no lado da distribuicso. ‘© bocal com a valvula termostética ¢ instalado na face posterior do cabecote inferior. {As valvulas sto confeccionadas com materiais es- pecificos e determinados, conforme norma ISO. A valvula de admissao utiliza o material X45CrSi93, com recobrimento em cromo com 0,004 mm de espessura. ‘A dureza na face da extremidade da haste (ponto de contato com 0 émbolo do tucho hidraulico) é de 52 HRC, enquanto as estrias de travamento possuem dureza de 48 HRC. Essas regides de con- tatos, localizadas na extremidade da haste da val- ‘vula de admissto, sao temperadas por indugao. A vlvula de descarga possui uma configuracéo mais complexa, em relago aos materiais util dos, uma vez que est sujeita a estresse térmi mnuito superior. A regio da cabeca tem dureza va- riando entre 26 a 36 HRC. A regio de vedacio, em contato com a sede, é confeccionada em EATONITE (35 HRC). No entanto, os materiais ‘utilizados na haste e na respectiva tempera, nare- giao de sua extremidade, preservam as mesmas caracteristicas da valvula de admissao. Betalhe de tim conjunto de valvulas de admissao descarga (motor 16 valvulas) e@ ©o.- eS a 0 sub-bloco (ou “sottobasamento”, conforme de- nominacao italiana) contém as “capas” dos man- cais fixos do eixo de manivelas, dando a rigidez es- trutural e a confiabilidade necessaria ao conjunto do bloco quando montado. Esta pega monolitica é confeccionada em liga de aluminio e ago (nas re- gides correspondentes as capas dos mancais) € usinada com extrema precisiio. Logo, durante sua instalagio, deve-se atentar para a criteriosa se- quéncia de aperto dos parafusos de fixacao, mos- trada posteriormente neste manual. ‘Vista do sub-bloco dos motores FIRE 16V com os respectivos casquilhos montados. O motor Fire 1.4 BV Flex também possui o sub-bloco nesta mesma configuracao, a — Os eixos de manivelas dos motores FIRE 16V so confeccionados em ferro fundido nodular tipo B, temperado por induco nos colos dos munhées e moentes e, apds a témpera, passam pelo processo de“revenimento”, A témpera deve atingir profundidade de 2,25 mm a 4,25 mm nos colos fixos (munhées), e 2,50 mm_ a 4,50 mm nos colos méveis (moentes), garan- tindo dureza superficial entre 280 e 320 HB. Du- rante a sua fabricacao, o eixo de manivelas tam- bbém passa por um proceso de controle de sua de- formacao e de balanceamento. Importa conside- rar que durante a execugio da tempera nos colos do eixo de manivelas, durante a sua fabricaco, 0 processo garantiré que o endurecimento super- ficial, promovido por esse tratamento térmico, no atingird a regiao dos raios de concordancias, usinados nos extremos dos colos (regio da “go- la”) para oalivio de tensbes. Eixo de manivelas em “bruto” (no usinado) ej finalizado. As bielas sfio confeccionadas em ago C70 e parti- das pelo processo de “fratura”. Este processo pro- dutivo dispensa qualquer ajuste posterior, sendo usinada ainda na condi¢ao de peca tinica (antes da fratura). A ruptura érealizada por tracdo, atra- vés de uma m4quina especifica. ‘Detalhe da regido da fratura da biela de um motor FIRE 1.3 16V. Conjunto pistio, biela e anéis de segmento, Nota-se que a montagem “capa-biela” promove um eneaixe perfeito, nao sendo possivel a realiza- dio de qualquer processo de retifica ou ajuste na regio, Salienta-se que, em hipétese alguma, a ca- pa deve ser desemparelhada de sua respectiva biela, uma vez que 0 encaixe se tornaria impos- sivel. Portanto, durante qualquer intervengio de reparacao deve-se dar a maxima atencdo ao cor- reto posicionamento montagem dos pares tini- cos. 0s pistes sto confeccionados em liga de aluminio € possui o pino fixo a biela por interferéncia, sen- do, portanto, “flutuante” no pistao. O pino possui uma excentricidade em relagdo a linha de centro do pistéo (igual a 1 mm), que facilita a inversao do seu movimento quando este esta préximo ao PMS (ponto morto superior, com o motor em funciona- mento), reduzindo consideravelmente o seurufdo funcional. Esta caracteristica de projeto define, ento, a sua correta posicao de montagem, para 0 perfeito funcionamento no motor, conforme pode ser vistoaseguir. { Reverinario:Yaameno lemon posaar@ Hero, ees ‘sonar Sotracosde Sc rc do mator Z ‘Bsquemia do eorteto posicionamento do conjunto Diagranta de Forgas atuantes sobre o pistio devido pistdo ¢ biela no motor, analisado pelo lado da dis- ‘A excentricidade do pino em relacao a sua linha de tribuigao (lado da polia do motor) para os motores centro. FIRE. 1 - classe dimensional do pistao e-seta indica tiva para o lado da distribuicS0; 2 - local de grava- 40 do niimero do cilindro correspondente a biela, Qué fica voltado para o lado do coletor de admissao. s entalhes para travamento dos casquilhos ficam voltados para o lado do coletor de descargas 3 ~ des- Tocamento do pino do pistéo em relagao a sua linha de centro. A bomba de dleo do motor esta instaladana regio anterior do bloco, e acionada diretamente pelo eixo de manivelas. Esta bomba é do tipo volu meétrica de engrenagens, que coleta o lubrificante diretamente do carter, por meio do tubo metalico (peseador) com um pré-filtro incorporado. Sua valvula de alivio ¢ calibrada para pressio de 5 bar, ea filtragem total do lubrificante é por meio de ‘um elemento tipo cartucho. eee ead QUEM © LIDER aa eet ee se cee Pett na eel Ld es 72 \Visia{interna da bomba do leo. Him detalhés, a’ sede da valvula de alivio de pressao, romada de succao e furo de descarga do lubrificante pressurizado € filtrado para as gal retorno do leo 20 carter € feito por gravidade, pelas galerias especificas e comunicantes entre 0 bloco, o cabecote eo cérter. Os motores da familia FIRE possuem ainda bicos pulverizadores de éleo estrategicamente instalados no bloco do motor e direcionados para a regio interna dos pistées, cu ja fungao é de refrigeracao destes componentes. Cada pulverizador possui internamente uma val- vula de esfera, capaz de petmitir o fluxo de lubri- ficante para presses acima de 1 bar, de maneira que nao prejudique a lubrificagao do motor em re- gimedeminimo, Palverizador de éleo para resfriamento do pistio. ‘Bim detalhe, 6 pulverizador instalado no orificio do ‘maneal fixo. Para cada pistio do motor ha um pul- verizador estrategicamente direcionado para esta funcho. 8 valvulas, 13 ES 2 | Procedimentos Iniciais CE Cure O diagnéstico inicial de um motor a ser reparado deve ser criteriosamente avaliado pelo técnico, deixando claro ao cliente as possibilidades a se- rem encontradas no diagnéstico final (quando o ‘motor estiver desmontado), bem como a previsdo dos custos da reparacao. Certamente a habilidade no correto diagnéstico e a experiéncia adquirida, aliada ao bom nivel de conhecimento técnico, se- ro ferramentas importantes nesta etapa inicial.. E aconselhavel adotar certas medidas basicas no diagnéstico inicial. Levantar dados, que servirdo como comparativos com os resultados finais, ¢ que poderdo ser utilizados para confirmar falhas funcionais, tais como: o controle da presso de compressio dos cilindros, 0 controle da pressio do dleo do motor (a frio e a quente), em regime minimo e acelerado (de aproximadamente 4500 rpm), a estanqueidade do sistema de arrefeci- mento do motor, e as condicdes das mangueiras desse sistema. A correta estanqueidade e funcio- nalidade da valvula de alivio da tampa do reser- vat6rio de expansdo, 0 estado das velas de igni- Gio, (principalmente quanto a presenca de dleo €/ou combustivel e a comparagaio entre elas), a avaliacio qualitativa das condicdes dos respecti- vos cilindros e, até mesmo, do sistema de alimen- taco e ignicdo do motor. Estes pardmetros devem ser adotados como uma regra bdsica inicial. Também é importante o cor- eto check-list de entrada do vefculo na oficina, verificando a correta funcionalidade das luzes es- pias do quadro de instrumentos (injecdo, air bag, ABS, imobilizador, pressao do éleo e sistema de Tecarga), os defeitos na pintura e na carrocariae a existéncia de acessérios, tais como auto-rédios, alarmes (e sta funcionalidade) e ainda a existén- cia de objetos pessoais do cliente, no interior do veiculo, al Procedimentos operacionais Inicialmente, com a chave de ignigdo desligada, solte os cabos da bateria e isole os terminais dos cabos para evitar contatos entre estes. Lembre-se que alguns circuitos do vefculo possuem capaci- tores que permanecem carregados por um certo i se perfodo, mesmo depois de desligada a bateria do veiculo. Drene todo o sistema de arrefecimento do motor. Avalie a qualidade do liquido de arrefecimento, identificando processos corrosivos que podero ocasionar vazamentos, nos componentes: tubo d'dgua, bomba d'dgua, radiadores e conexdes. Dé atencdo especial aos circuitos hidréulicos do sistema de direcdo e do sistema pressurizado do ar-condicionado (caso exista). Remova 0 motor do vefculo e instale-o adequada- mente em um suporte ou cavalete especifico. Essa ferramenta deve permitir a rotacao do motor e 0 seu correto posicionamento, facilitando os proce- dimentos de desmontagem e montagem a serem executados, O cavalete deve estar devidamente fixado ao solo para evitar movimentos indesejados do conjunto, principalmente durante a montagem, pois tais movimentos do motor e cavalete podem alterar 0 correto torque dos parafusos. Drene 0 leo lubrificante e controle também 0 vo- lume encontrado. Rec un ry ea CCC) 16 Valvulas 1-Remova as correias auxiliares, cabos, velas de ignigdo, bobinas de ignigao, protegdes da correia dentada, sensor de rotagdes e 0 filtro do éleo; Vista do motor 16 valvulas do lado da disiribuicao, ‘sem as protegoes da correia dentada. ‘Desmontagem dos componente, 2.Instale, nos orificios das velas correspondentes aos cilindros 1 e 2, as ferramentas especificas (FIAT 1860992000 ou similar) de posicionamento dos pistes . Gire o eixo de manivelas, de maneira que os pistdes fiquem posicionados na metade de seus cursos e alinhados. Observe as teferéncias das ferramentas de posicionamento dos pistes (veja em detalhes os procedimentos de montagem, no item 9 deste manual). Este procedimento de verificagéo permite diagnosticar possiveis irregu- laridades funcionais do motor em relagdo a sua correta fasagem; Viste das ferramentas de posicionamento dos pistes a meio-curso, Posicionamento dos pistBeS a meio-curso pelo tiso das ferramentas especificas, instaladas nos cilindros 3-Bloqueie o volante do motor por meio de fer- ramenta especifica (FIAT 1860846000 ou simi- lar). A ferramenta é fixada no furo posterior do bloco (furo de fixagio do cambio) bloqueando o volante pela cremalheira. Em seguida solte os pa rafusos e remova a polia da érvore de manivelas; 18 ‘Volanté'do motor bloqueado pela ferramenta especifica. Ps 4-Remova os coletores de admissio e descarga; 5-Remova os dois tampées Allen nas laterais do cabecote superior e instale as ferramentas espect- ficas de fasagem (FIAT 60353085 ou similar) dos eixos comandos das valvulas. Remova também os 10 tampées de aluminio no topo do cabecote su- perior para ter acesso aos seus parafuisos de fixacdo; Remocao dos tampdes do cabecote superior [Remiogao dos tampoes do cabegote superior para instalagao das ferramentas de fasagem dos eixos comandos das valvulas. Vista do par de ferramentas de fasagem dos eixos comandos das valvulas (somente para os motores 16 valvulas). Instalacio das ferramentas de fasagem dos eixos comandos das valvulas. 6-Removaa polia motora da drvore de manivelas; Ramogl da polia motora do eixo de manivelas. 7-Desaperte 0 parafuso de fixacao da polia do eixo comando de descarga (lado da distribuicao) e de- saperte os parafusos de fixagao das engrenagens na regidio posterior; Decmontagom dos components 8-Aftouxe 0 parafuso do tensor. Remova a correia dentada. Solte o parafuso de fixacao da engrena- gem da drvore de manivelas e remova-a; Rémocao do tensor da correia dentada. Réinlogho da enigrenageni motora da Correia déntada, 9-Remova também a bomba d'dgua do bloco e 0 tubod'agua; 10-Solte os parafusos de fixacio do cabecote su- perior utilizando a ferramenta FIAT 7077248 ou similar (“Ribe M8”), iniciando 0 desaperto pelos parafusos localizados nos extremos e, dai, para os centrais; 11-Remova 0 cabegote superior, atentando para 08 tuchos hidrdulicos, que poderdo se soltar de suas respectivas sedes. Leve 0 cabegote superior para uma bancada e retire os dezesseis tuchos hi: drdulicos de suas sedes, guardando-os separada- mente. Os tuchos devem ser inspecionados quan- to ao desgaste de suas superficies de atrito e, caso necessério, substitua os tuchos que estiverem da- nificados; 19 Desmontagem dos componentes ‘Remogio dos parafisos de fixagdio do eabegote Seqiiénéia de desaperto dos parafusos do eabegote superior. inferior 13-Remova também a valvula termostatica e as duas guias do cabecote inferior ao bloco; Remogio dos parafisos de fixagdo do cabecote inferior 14-Avalie o estado da junta do cabegote inferior. Observe a ocorréncia de sinais de passagens de compressio (fuga), de Kiquido de arrefecimento Desapentd dos paraisos de fixagao das engrenagens de sincronisma dos eixos comandos das valvulas, na ou dleo lubrificante; regio posterior do cabecote superior 15-Desaperte os parafusos de fixacao do volante e, sem seguida, remova a ferramenta de trava: mento. Remova entéo 0 volante do motor e seu respectivo retentor (tampa posterior); Reniogao do volante do motor 12-Remova o cabecote inferior utilizando a ferra- menta especifica FIAT 60353095 ou similar (cha: ve tipo “Ribe M9"). 20 Reimdeio do Fetantoy Tado do wolante do motor 16-Remova o cirter do motor. Essa peca é vedada por meio de adesivo e deve ser cuidadosamente removida, evitando deformagées indesejaveis; Remndedo do carter do motor & softura do adesive, 17-Solte 0s parafusos da bomba do éleo do motor, retirando-a juntamente com o seu respectivo tubo de sucgéo (pescador); Remoclo Completa da bomba do Gleo'ds motor 18-Desaperte os parafusos de fixacio das capas das bielas, posicionando o eixo de manivelas con- forme anecessidade. Para facilitara rotaao do ei- xo, introduza dois parafusos de fixagao do volante nos furos do flange do eixo, e utilize uma alavanca para aplicara rotacio desejada; Desmontagem dos components Desaperto dos parafsos das bielas 19-Solte os parafusos das capas das bielas e remo- vacas, e retire o conjunto pistio e biela. Para isso, utilize uma ferramenta prolongadora (barra ou a- lavanca) de plistico, nylon ou madeira para faci litar o deslocamento do pistdo e remover 0 con- junto, Atencdo para evitar danificar as bielas e os respectivos cilindros. Apés retirar o conjunto, ins- tale novamente a capa na respectiva biela, evitan- do assim que o par se desfaca. Avalie também 0 estado de conservacio dos respectivos casquilhos dasbielas; Remiogao do eonjunto pistdo e biela, 20-Verifique a folga axial do eixo de manivelas com 0 uso de um relégio comparador, fixado a uma base magnética e, em seguida, remova as ca- pas dos mancais ou o sub-bloco. A estanqueidade do sub-bloco ao bloco é garantida por meio de adesivo, e sua remogio deve ser feita cuidadosa- mente, evitando deformagdes em sua superficie. ‘Observe os locais adequados para promover a mo- vimentago da peca. O casquilho central, instala- do no bloco, posstti os semianéis de controle da folga axial do eixo de manivelas. Avalie 0 estado dos casquilhos instalados nessa peca. Esse proce dimento permite uma avaliagao prévia da aplica- cio dos semianéis apés a retifica do eixo; 2 ‘cesmanagen dos components ‘Controle da foiga axial do eixo de manivelas. Ke 2 21-Remova o eixo de manivelas, avaliando quali- tativamente o seu estado; 22-Avalie também qualitativamente o estado dos cilindros do motor; 23-Remova os pulverizadotes do leo, instalados no bloco. Eles so fixados por interferéncia, po- rém, podem ser facilmente removidos por uma ferramenta prolongadora (como exemple, utilize um tubo metilico de 7 mm.de diémetro externo e 5 mm de diametro interno), aplicando impacto le ve na extremidade de saida do jato (voltado para o lado dos cilindros). Aconselha-se a substituigao do jogo de pulverizadores do dleo sempre que se fizer intervenc6es no motor. Para a instalagao, 0 pulverizador deverd ser introduzido pelo lado do mancal fixo do bloco. Remogao do pulverizador do dleo. 4 | Remogao dos Eixos Comandos das Valvulas - Motores 16 Valvulas 1-Com o cabecote superior em uma bancada e os eixos comandos das valvulas bloqueados pelas ferramentas de fasagem, remova os parafusos de fixacdio das engrenagens de sincronismo entre os comandos (desapertados anteriormente), na par- te posterior do cabegote; 2-Remova as engrenagens de sineronismo do: xos comandos das valvulas; Remogao das engrenagens de sineronismo dos ix0s comandos das valvulas. Em seguida, remova a tampa anterior do eixo comando deadmissio; Remoca0 da tampa anterior do eixo comando de admissdo no cabecote superior 4-Remova 0 retentor do eixo comando de descar: 8a; 5-Remova cuidadosamente os eixos comandos das valvulas; Remogao do eixo comando de descarga. 6-Inspecione os mancais dos eixos comandos das, valvulas, no interior do cabegote superior. Obser- ve se hd indicios de riscos, suleos ou desgaste ex- cessivonos mancais e nas respectivas sedes dos tu- chos hidraulicos; 7-Faga o controle dimensional dos mancais dos ei- xos comandos das vilvulas e também das sedes, dos tuchos. Caso necessirio, o cabegote superior deverd ser substituido. 8-Controle visualmente 0 desgaste dos eixos e de seus respectivos cames. PR terme) lta SC Ms SEL Antes de iniciar as operagées de desmontagem, la- ve o cabecote, eliminando 0 excesso de residuos e 6leo, para facilitar a visualizacdio dos componen- tes. 1-Utilizando as ferramentas especificas para a remogio das vlvulas (FIAT 60353016, 1860790000, 1860788000, 1860787000 e 1860786000), calce a cabeca da valvula, e simul- taneamente posicione a extremidade oposta da ferramenta sobre o prato superior da mola da val- vula; 2-Raca os ajustes necessdrios & ferramenta para que 0 seu curso seja suficiente para aplicar uma compressio sobre a mola, e possibilitar aremocao das “travas (ou chavetas) da vélvula” de sua has- te; 23 Dosmortagem des compan ‘Vistd do Conjunto de ferramientas especificas Fiac para desmontagem do cabegote inferior by d nstalagdio da ferramienia especifica para remogao da valvula, ‘Vista da ferramenta de bloqueio das cabegas das valvulas, O conjunto deve ficar apoiado sobre uma bancada limpa e plana. 24 ‘Apoid da ferramenta sobre o prato da valvula, durante a remocio. 3-Acione a ferramenta, aplicando uma compres- so sobrea mola, e retire astravas; S Remco das travas da haste da valvula. 4-Libere cuidadosamente a ferramenta; 5-Retire a molae seu respectivo prato superior; 6-Repita o procedimento para as demais vélvulas do cabecote; 7-Remova os retentores das valvulas utilizando a ferramenta FIAT 7075622 ou umn alicate especifi- co, e, em seguida, remova os pratos inferiores das respectivas vilvulas; ‘Reuiogao do Petenitor de valvila com 6 tiso de um alicate especifico. Antes da remocdio de cada valvala, deve-se marcar cuidadosamente a sua posigéo de montagem no cabecote, Nao marque as vaivulas com 0 uso de “pungao”, uma vez que esse proce- dimento poderd deformé-las. Utilize uma tinta tipo “marcador industrial”. Dessa forma, caso as, valvulas venham a ser reutilizadas, facilitaré 0 re- trabalho de assentamento nas respectivas sedes. 6 | Desmontagem dos PC Cea tO) PAE CE Os procedimentos iniciais e operacionais so os mesmos, conforme descritos ante- riormente, paraa versio 16 valvulas. 1-Remova as correias auxiliares, cabos, velas de ignigdo, bobinas de ignicéio, protegdes da correia dentadae o filtro do dleo; 2-Removaas protegoes da correia dentada; Desmenlagen dos consonants ‘Vista do motor 1.4 8 valvillas do lado da distr biuigdo, sem as protecoes da correia dentada. 3-Libere o cabo elétrico do sensor de rotagoes ere- mova osensor; 4-Remova os coletores de admissio e descarga; 5:Bloqueie 0 volante do motor por meio da ferra- ‘menta especifica FIAT1860846000 ou similar. Fi- xe a ferramenta no furo posterior do bloco (furo de fixaco do cambio) bloqueando o volante pela cremalheira; 6-Desaperte os parafusos e remova a polia do eixo demanivelas; 7-Bloqueie a engrenagem (polia) do eixo coman- do das valvulas com uma ferramenta especifica FIAT1860831000 ou similar, e desaperte 0 seu pa- rafuso de fixagao; Desaperto do parafuso da polia do eixo'comando: das vAlvulas com 0 uso da ferramenta de bloqueio. 8-Desaperte a porca de fixacio do tensor da cor- reia dentada, removaa correia eo préprio tensor; 9-Solte 0 parafuso e remova a engrenagem condu- tora da correia dentada; 10-Solte os parafusos de fixagao da tampa das val- vulas, eremova-a; 25 7 | Inspecdo dos Componentes Oe ‘Apés a desmontagem completa do motor, lave cui- dadosamente as pecas, secando-as em seguida. Controle visualmente a integridade de todos os componentes do motor. Instrumentos bisicos necessérios para o controle dimensional (outros equipamentos especificos também podem ser necessérios, conforme neces- sidade): *Micrémetros com resolugdo de 0,01 mm, nas fai- xas dimensionais: 0-25mm, 25-50mme50-75 mm; *Paquimetro 0-160 mm, com resolugio de comparador; *Comparador com resolucio de 0,01 mm; *Mini-comparador de didmetro interno; *Stibito, para controle dos didmetros internos dos cilindros dos motores FIRE, entre 69 a 73 mm; + Bscala metélica (ou régua) retificada e graduada de 1000 mm; *Calibrador de laminas 0,05 ~1 mm. il Controles di sionais do bloco \Verifique se a face superior do bloco (face de apoio do cabecote) esta devidamente plana, com 0 uso daescala retificada e um calibrador de laminas. O desvio de planicidade da face do bloco deverd ser inferiora 0,10 mm (<0,10 mm). (Controle da planicidade da face do bloco. Caso 0 desvio fique acima do valor indicado como limite maximo, o fabricante nao recomenda inter- ‘vengdes de usinagem nessa regio do motor. Reco: menda-sea substituicao do bloco do motor. gE Diametro dos cilindros Controle 0 didmetro dos cilindros, conforme es- quema representativo a seguir. 0 ditmetro padrao ou standard do cilindro é em fungio de sua classe de usinagem, definida na li- ha de fabricagao. Inicialmente, deverd ser verif. cada a classe dos cilindros gravada no bloco do motor. Observaco: Caso 0 motor ja tenha sido retificado anteriormente, as classes dimensionais deveraio ser desconsideradas. Esquema para controle dimensional dos cilindros do motor. ‘Controle dimensional dos dlindros om 0 uso do. sdbito/comparadot. es Inepogo dos componente ‘Gravacio da classe dos cilindros. As letras sequen-

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