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Autos n: 0000
Publicao:
Parte(s):
05/02/2002
Apelante: Ministério Público
Apelado: Alzemiro de Lima Brito
Estadual
Ementa
APELAO CRIMINAL - ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR ILEGITIMIDADE DE PARTE - DENNCIA OFERECIDA PELO MINISTRIO
PBLICO - FALTA DE INICIATIVA DA REPRESENTANTE DA VTIMA HIPTESE EM QUE S SE PROCEDE MEDIANTE QUEIXA - EXTINO DO
PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MRITO - IMPROVIDO.
Tratando-se de ao penal pblica condicionada representao e no
tendo o ofendido ou seu devido representante autorizado o Ministrio Pblico a
iniciar a mesma e tratando-se de condio de procedibilidade, deve o
Excelentssimo Juiz de Direito, reconhecendo a ilegitimidade arguida, declarar
a nulidade desta Ao Penal, sendo essa embasada pelo artigo 564, II e III, a,
do Cdigo de Processo Penal e perpetuada pelos ensinamentos de Mirabete
(2007, pg. 643) onde preceitua que sem a iniciativa do ofendido a ao penal
nasce com vcio insanvel.
Alega o Ministrio Pblico que a suposta vtima deficiente mental.
Ocorre que tal condio no pode ser presumida e chama-se a ateno para a
ausncia de Laudo Pericial que comprove tal alegao. Atente-se ainda para a
total falta de indicativos desta suposta doena mental no trato com Geisa, a
qual aparenta perfeita sade mental, o que tornaria atpico o delito imputado ao
acusado conforme jurisprudncia abaixo elencada.
APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A LIBERDADE SEXUAL.
ESTUPRO DE VULNERVEL. AUSNCIA DE COMPROVAO DA
DEFICINCIA MENTAL DA VTIMA. ABSOLVIO. No havendo comprovao
de que a vtima, poca do fato, no possua o necessrio discernimento para
a prtica do ato, no est configurada a tipicidade do delito previsto no artigo
217-A, 1, do Cdigo Penal. Apelao provida. (Apelao Crime N
70050841105, Sexta Cmara Criminal, Tribunal de Justia do RS, Relator: Jos
Antnio Daltoe Cezar, Julgado em 25/10/2012)
(TJ-RS - ACR: 70050841105 RS, Relator: Jos Antnio Daltoe Cezar,
Data de Julgamento: 25/10/2012, Sexta Cmara Criminal, Data de Publicao:
Dirio da Justia do dia 01/11/2012)
No obstante, vem Lus Augusto Sanzo Brodt (2010, pg. 170) elucidar
que
... constatao da vulnerabilidade no bastam a mera
comprovao da idade cronolgica ou diagnstico de doena mental.
Caso contrrio, ficaramos atrelados a uma interpretao puramente
literal da lei. preciso proceder a uma interpretao sistemtica, em
homenagem ao princpio constitucional penal da culpabilidade (art.
5., LVII, da CF).
III DO PEDIDO:
__________________________________
Nome do advogado
OAB/XX xx.xxx
ALUNOS:
RA: 6814015847
RA: 8409154334
RA: 6822487363
RA: 6658389789
RA: 7025535042