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numa sociedade em que existe televiso em todas as classes h um banho de informao que
perpassa as classes sociais, por exemplo. Desde muito cedo as crianas apreendem
informaes que superam a famlia, basta ver o uso do computador ou videogames por
crianas em famlias em que os pais no usam computador e nunca vo usar, mas as crianas
buscam isso. Talvez para o contexto atual j existam socializaes secundrias anteriores s
socializaes mais especializadas em termos de diviso social do trabalho ou campos
especficos. Basta conversar com uma criana de quatro anos e observar que elas percebem
coisas que ns talvez s tenhamos percebido aos 18 anos. A socializao primria demarca a
percepo de que o mundo assim e se completa quando surge a dvida de por que o
mundo assim. A mim parece que essa dvida surge cada vez mais cedo. Essas ideias podem,
ao meu ver, serem implementadas teoria dos autores, pois como eles mesmo colocam a
socializao nunca total e nem est jamais acabada (p. 184). Segundo Berger e Lukmann, o
social pr-existe ao individual, mais do que isso, o social que permite a individualizao. O
indivduo no nasce como membro de uma sociedade, mas nasce com a predisposio para a
sociabilidade e torna-se membro da sociedade. A concepo do processo de socializao em
um duplo vis o centro da teorizao proposta, principalmente no que se refere
socializao secundria. A socializao primria segue os moldes do que props G H Mead.
Mas a socializao secundria original. Impem compreender uma constituio dialtica da
socializao que d nfase mudana social a partir do prprio processo de socializao tendo
por plano de fundo o processo de diferenciao de esferas ou campos sociais. A abordagem
dos autores estabelece uma fenomenologia da socializao. Intentam, Berger e Lukmann, a
demonstrar a reproduo e produo da sociedade como realidade tanto objetiva quanto
subjetiva, e demonstram, consistentemente, como objetividade e subjetividade interagem. A
perspectiva de Berger e Lukmann vem na esteira da Escola de Chicago, trazendo a importncia
do sujeito na produo, reproduo e transformao do social. Ao mesmo tempo os autores
avanam em relao prpria Escola de Chicago, quando entendem que o estudo do micro
est inserido no macro.
Referncia:
http://fatosociologico.blogspot.com.br/2010/06/peter-berger-e-thomas-lukmannindividuo.html Acesso 07/07/2013 19h
Daniel Gustavo Mocelin Professor do Programa de Ps-graduao em Sociologia da UFRGS.