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A fortuna da esttica ocidental est ligada nao s Taiz etimolgica grega como tambm a
um ~nuno sentimento dos gregos que este termo evoca. Assim, asthtik (de aisthesis,
sensao) designava inicialmente, num horizonte de referncia gnosiolgica, "conhecimento
sensvel" ou dos "factos e objectos sensveis", opondo-se "notica" ou conhecime~to
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intelectual. (. .. ) Mas tambm nos textos dos Gregos da Idade Clssica, aparece um outro
naipe de referncias, que permite enveredar o termo "esttica" por UlTI horizonte mais
propriamente experimental. Com efeito, o verbo aisthanestai (percepcionar), considerado
em todas as suas conotaes, designa um tipo de percepo atravs dos sentidos,
implicando urna apreensao totalmente inovadora (. .. ).
Adivinha-se que sob estas valncias do timo grego se perfilam, desde logo, os elementos
fundamentais que modelaro o uso corrente do conceito "esttica" e da prpria disciplina
fil~onstituda explicitamente com a obra de~xander Baumgarten, em 1750. De
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c~espondem
fruio desinteressada, prazer esttico; a existncia de urna actividade humana que tinha
corno finalidade a produo deste tipo de objectos belos e especficos da experincia
esttica a arte (. .. )
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impacte da. indstria na produo e circulao do objecto artstico contribui para este
estado de crise da esttIca: os produtos do design industrial procuram assumir uma riqueza
semntica e um sentido vocacionado para os processos de leitura, mais do que o valor
esttico tradicionalmente considerado - por isso, os estudos de esttica tendem hoje a
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humana 'do universo esttico, da arte e da beleza; .E~rcepo culminativa e total que, bem
maneira dos Gregos, mobiliza todos os recursos .e todas as capacidades do nosso ser.
Seria, pois, infundado concluir que a esttica esteja num processo de esvaziamento; as
mutaes que nela se verificam, assim como a multiplicidade de abordagens que nela se
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