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Jornal Laboratório do 3º semestre de Jornalismo (FaAC) - Manhã - Ano XIII nº 3 - Março 2010
MEIO AMBIENTE
Situação do jardim da Rua Lobo Viana nas manhãs de sexta e sábado,após noitada de universitários
T
Sua colega de curso, Ka- o que é lamentável”, criti-
odas as manhãs Embalagens de Papel Sacos e copos plásticos ren Guerra, tem um blog ca.
de sextas-feiras 1 a 4 meses 200 a 450 anos www.karenguerra.word- O gerente de administra-
e sábados cal- Guardanapos de papel Latas de alumínio press.com onde aborda os ção do Super Centro Co-
çadas ao redor 3 meses 100 a 500 anos problemas que as sacolas mercial Boqueirão, Julio
da UNISANTA amanhecem plásticas causam ao meio Ramos, afirma que o pró-
Pontas de cigarro Tampas de garrafas
cobertas de lixo reciclável. ambiente. prio condomínio teve que
A cena é desoladora. Lo- 2 anos 100 a 500 anos Karen acredita na frase colocar lixeiras nos pos-
jistas dizem não entender Fósforo Pilhas ‘Uma andorinha faz verão tes de iluminação, pois a
como um público jovem, 2 anos 100 a 500 anos sim’ e por isso recolhe todo prefeitura de Santos não
bonito e universitário con- Chicletes Garrafas e frascos de seu lixo e deposita em sua atendeu os seus pedidos.
segue ser protagonista de 5 anos vidro ou plástico mochila para mais tarde E mesmo assim o proble-
uma cena tão triste. indeterminado dispensá-lo em um lixo re- ma não foi resolvido, pois
Nas noites de quintas e www.redeambiente.org.br
ciclável. a quantidade de copos é
sextas-feiras, os bares e as Outra estudante de En- grande.
calçadas próximas à Uni- suas pontas de cigarro nas copinho sem o menor peso genharia Química que não Alguns lojistas acreditam
versidade ficam repletos de calçadas e jardins como se na consciência. “O proble- ingere bebida alcoólica, Mi- que a única solução seria
alunos a fim de relaxarem fosse o ato mais normal do ma é de educação. As pes- lene Lucena, é categórica. um novo comportamento
após uma semana cansa- mundo. soas depois de uns goles “As pessoas acham que a por parte dos universitá-
tiva. Depois de tomarem O estudante de Enge- perdem a pouca educação mídia exagera, que a situa- rios. Se todos se unirem
suas ‘geladíssimas cerveji- nharia Química, Daniel Mo- que tem”, reconhece. Se- ção não é tão grave assim, uma boa parte de plástico
nhas’ simplesmente jogam raes, frequentador de um gundo ele, a obrigação é pois um copo a mais ou a não iria parar nos oceanos,
seus copinhos plásticos e dos bares, diz que joga o da prefeitura cuidar do lixo. menos não alteraria nada, a grande lixeira do mundo.
WWW.BLOG DO RAUL.COM
PALESTRA
Escola feita para as crianças da aldeia mantém as tradições da cultura indígena em Peruíbe O cacique Ubiratan ocupa a função há três anos na aldeia
A
tecnologia vem in- quecer de nossa língua na-
fluenciando muitos tiva, pois essa é nossa ver-
povos e culturas e dadeira essência” conta.
com os indígenas da re- Guaciane, sobrinha do
gião não seria diferente. cacique, conta que foi cria-
Apesar de a cultura própria da com a noção de que a
ser ainda bem influente em cultura e a modernidade
suas vidas, os novos equi- podem andar juntas “Hoje
pamentos tecnológicos an- tenho 15 anos e sempre fui
dam lado a lado com a tra- ao centro de carro, além
dição indígena. de usar a internet. Mas
Na Aldeia Bananal, meu tio fez questão que
Oca inutilizada ao lado da nova moradia dos indígenas da aldeia : passado e presente no mesmo espaço
em Peruíbe, eles moram estudássemos como todos
em casas feitas de alve- pessoas é pensar que nós cacique da tribo, também é membros da família. e, principalmente, apren-
naria, possuem carros, não podemos evoluir com professor da escola da tri- Porém, mesmo com essa dessemos o máximo sobre
televisões,DVD´s, internet, o tempo. Não é porque so- bo e por conta disso acaba visão avançada, o cacique nossa raiz, porque isto é o
celulares e a própria esco- mos indígenas que não fa- se tornando um funcionário conta que não pode dei- mais importante”, destaca.
la da tribo. O cacique Ubi- zemos uso da tecnologia. público. Com esse salário, xar a tecnologia influenciar Deste modo, Ubiratan
ratan conta que a idéia de Podemos aproveitar essa também faz artesanatos completamente na criação acredita que esta influên-
agregar a cultura do povo parte da modernidade sem para venda como uma fon- de seus filhos. “Eles preci- cia positiva da tecnologia
com a tecnologia avan- se esquecer de nossa cul- te de renda extra. O caci- sam aprender a mesclar as só tende a crescer, pois o
çada dos últimos tempos, tura e tradições”, conta. que conta que hoje podem duas coisas. Os benefícios povo indígena jamais aban-
deve-se ao seu pai, que Além das próprias fun- escolher quando precisam e confortos que os tem- donaria sua real essência
sempre teve uma visão fu- ções do povo com a tri- caçar sua própria comida, pos modernos podem tra- e que as próximas gera-
turista sobre o tema, pois bo, os indígenas da aldeia ou quando querem ir ao zer, porém nunca esque- ções que vierem só irão se
a modernidade vinha para possuem profissão e salá- supermercado comprar os cer quais são suas raízes, beneficiar com essa cau-
somar a todos os tipos de rio remunerado. Ubiratan alimentos e até tomar uma como pescar e caçar seus sa iniciada por gerações
cultura. “O problema das conta que além de ser o “cervejinha” com os outros alimentos. E nunca se es- passadas.
CULTURA DIVULGAÇÃO
Gibiteca, espaço de
lazer e diversão
Caio Augusto Em 2007, a gibiteca passou trabalhos de artistas e tam-
por reformas. Em seu acer- bém diversos tipos de oficinas.
A gibiteca de Santos vo apesar de não ter um nú- Apesar de não existir um
é um lugar para todas as mero certo de gibis, existem sistema de empréstimo há
pessoas que gostam de atualmente “23 mil exempla- o sistema de trocas. A pes-
ler gibis, HQs e mangás. res tombados pela gibiteca”, soa leva um gibi, HQ ou
Inaugurada em 8 de de- diz a bibliotecária Tania Silva. mangá e pode trocar. Além
zembro de 1992 com o nome Em seu acervo também exis- disso, ela aceita doações.
de Marcel Rodrigues Paes, tem coleções de gibis doados Marcos Assunção um fre-
jornalista formado pela Uni- pelos familiares de Marcel. qüentador da gibiteca nas
santos que trabalhava na A gibiteca, apesar do es- horas vagas, aproveita o es-
editoria policial do jornal A Tri- paço pequeno, conta com paço para ler jornais. ”Quan-
buna, e que tinha uma gran- mesas e cadeiras para que do não tem, eu leio HQs”.
de paixão pelas histórias em o público possa ler tranqui- A gibiteca, única em San-
quadrinhos. Marcel nasceu lamente. Além disso, todo tos, fica localizada no Posto
em 1966 e morreu em 1992. o acervo está arrumado em 5 na Orla da Praia do Bo-
Com sua morte, decidiram prateleiras de fácil acesso. queirão.Funciona de segun-
inaugurar a gibiteca e dar o seu Mensalmente, ela promove da a sábado, das 9h às 19h
nome para homenageá-lo. eventos como exposição de e domingo, das 14h às 18h.
A Gibiteca fica no Posto 5, na praia do Boqueirão, em Santos
Março 2010 Primeiro Texto 3
ESPORTE
profissionais
Em razão de sua qualida- que tinham quando eram
de de vida, Santos é esco- mais novas. “Muitos idosos
lhida por muitos idosos para são capazes de viver muito
desfrutar de sua aposenta- bem após os 60 anos (épo-
doria. A cidade tem hoje um ca em que começa a Tercei- Willian Roemer
total de 66 mil idosos que ra Idade) praticar esportes
representam cerca de 17% e outras atividades ajudam O secretário de Saúde
da população. no desenvolvimento social Pública de Praia Gran-
Casos como o de Julio e pode até aumentar a auto- de, Adriano Bechara,
de Melo Rabello, que se que também é médico,
“
mudou para Santos há três
anos, e também não se ar- Muitos ido- acredita que se os mé-
dicos pudessem contar
repende de sua escolha.
Rabello é aposentado há
sos são ca- com um plano de carrei-
ra como acontece com
10 anos e decidiu morar em pazes de vi- magistrados e promo-
Santos por ser uma cidade Nunca é tarde para ser feliz, especialmente entre idosos ver muito bem tores a evasão de pro-
“
fissionais de Medicina
após os 60
http://gisantossilva.blogspot.com/
MODA
T
ecidos nobres, es- olhar aguçado e crítico de
tilo retrógrado, eti- Silvia Simões e sua irmã,
quetas de butiques Julia Simões, que garan-
famosas e peças originais tem a qualidade de suas
de décadas passadas: Sim, peças.
ainda é possível ter um “ar- A jornalista de moda
mário” com todas essas ca- Thalita Peres diz que, para
racterísticas sem precisar ir ao brechó, tem que ir com
pagar os preços abusivos “paciência e tempo para
que as lojas pedem. Bas- garimpar”. Silvia Simões
ta dar um volta em sua ci- acrecenta ainda que, em
dade que, provavelmente, bazares beneficentes, deve
você encontrará aquelas procurar com calma “mas
“lojinhas acanhadas” que você vai encontrando boas
todos nós conhecemos: os peças, muito em conta tam-
brechós! bém. Só não dá para ter ri-
Criado no século XIX, nite”, brinca Silvia.
no Rio de Janeiro, por um Além dos preços acessí-
mascate chamado Belchior veis, que são o carro-chefe
(o nome brechó vem origi- desse tipo de loja, os con-
nalmente de Belchior), os sumidores de brechó vêem
brechós eram associados à outras vantagens. Thalita
falta de dinheiro e, por isso, Peres diz que gosta de bre-
não eram muito bem vistos chó para achar peças vin-
Araras do brechó cheias de roupas para serem “garimpadas” pelo público, especialmente pelas mulheres
pelos nobres da época. Po- tage: “Inclusive já achei um
rém, esses preceitos e pre- blazer Christian Dior e uma Lívia Fernandes
MULTIMÍDIA
“
Sesc Santos. A oficina foi
iniciada na terça-feira (16) A Cartomante ção pode ser feita de várias história da lenda do folclo- Kucharuk e Simone Menegussi.
Editora gráfica: Mariana Serra,
e prosseguirá até o dia 1º traz consigo formas como fotografias, re brasileiro, O Curupira. Mariana Terra, Caue Goldberg
de abril. a questão das filmadoras e pelo com- As aulas estão ocorren- (Primeira página), Karina
As aulas estão acompa- putador, utilizando vários do duas vezes por sema- Oliveira, Caue Goldberg e Caio
nhadas da exposição do grandes deci- materiais, como desenhos na (terças e quintas-feiras, Augusto (Página 2),Mariana
Serra e Mariana Terra (Página
Trabalho Final de Curso sões sobre o no papel, no computador e das 19h30 às 21h30) com- 3), Mariana Terra (Página 4),Lí-
(TFC), desenvolvido pelas bonecos de vários tipos. pletando seis aulas no final
alunas na faculdade.
rumo de nossas Esse tipo de animação é do curso. As inscrições es-
via Fernandes, Juliana Kucha-
ruk e Willian Roemer (Página 5),
O TFC das formadas foi vidas, o rito de freqüentemente visto nos tão encerradas. Para saber Mariana Terra e Lívia Fernandes
(Página 6).
um filme, de cerca de nove passagem, o fim cinemas, como nos filmes mais sobre outros cursos, O teor das matérias e artigos
minutos, contando a his- “A Fuga das Galinhas”, “A acesse o site: http://www.
tória de uma jovem carto- de um ciclo” Noiva Cadáver”, “O Fan- sescsp.com.br ou ligue
são de responsabilidade de seus
autores não representando, por-
mante que tem um sonho Aline Lima, produtora de tástico Sr. Raposo”, entre para o Sesc no telefone tanto, a opinião da instituição
mantenedora.
durante um dia de expe- multimídia outros. (13) 3278 9800.
Março 2010 Primeiro Texto 4
CAMPUS
I
sário abri-lo na primeira página
dealizado pelas bibliote- e verificar se há o lembrete do
cárias Cibele Fernandes Não por Acaso.
de Oliveira, Ana Maria A novidade deste ano é a
Silveira Racciopi e pelo jorna- criação do Cultura Ativa, um
lista Eduardo Ricci, Não por blog que permite ao estudante
Acaso permite aos alunos da escrever comentários sobre a
Universidade Santa Cecília um obra que encontrou e da leitu-
encontro “ao acaso” com obras ra feita, o que antes podia ser
de escritores famosos, como realizado por e-mail. “O blog
o colombiano Gabriel Garcia informa a programação das ati-
Marquez. vidades que ocorrem na biblio-
“Nos últimos meses recebe- teca, como o Sarau e outros
mos de voluntários 50 livros encontros. Também é permitido
para serem “esquecidos” pela ao aluno mandar por e-mail po-
universidade. A ação acontece esias de sua autoria, que de-
em todos os blocos da UNI- pois de avaliadas, postamos no
SANTA e distribuímos as obras blog”, ressalta.
nos banheiros, bancos do pátio Para reconhecer um livro que
e salas de aula”, conta Cibele faça parte do projeto, é neces-
Fernandes. sário abri-lo na primeira página
A ideia do projeto é o incen- e verificar se há o lembrete do
tivo à leitura e as obras não Não por Acaso, com as ins-
fazem parte do acervo das bi- truções de como proceder.
bliotecas. Cibele observa que As doações de livros podem
em 2009, em uma das ações ser encaminhadas às bibliotecas,
do Não por Acaso, os livros localizadas no 1º andar do Bloco
sumiram em 15 minutos. “Nós M e no 5º andar do Bloco E.
deixamos os livros e não temos “Esperamos que as pessoas
o costume de ficar vigiando a que peguem os livros, após a
atitude de quem os encontre. leitura, deixem recados no blog”,
Na época, tínhamos 25 livros acredita. Mais informações, aces-
diversos e ficamos surpresos se http://culturaativa-unisanta.
com o resultado”, explica. blogspot.com. Banner do projeto na biblioteca central da UNISANTA,localizada no 1° andar do bloco M
Para reconhecer um livro que
http://culturaativa-unisanta.blogspot.com
Sem querer, você pode encontrar um livro “esquecido” em cantos da Universidade, como nos bancos e até na capela: o objetivo é estimular a leitura