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Curiosidades
Por telefone, foi lida pelo ministro da Fazenda, Oswaldo Aranha, para
a Rdio Nacional a carta-testamento encontrada no quarto do presidente
morto: Eu vos dei a minha vida. Agora ofereo a minha morte. Nada temo. Serenamente
dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na histria. Nunca
se viu tanta comoo popular como aquela logo aps a divulgao da notcia. Milhares
saram as ruas. Manifestantes enfurecidos depredaram a sede da Tribuna da Imprensa, jornal
do adversrio Lacerda. Uma massa humana de 100 mil pessoas, a maioria em pranto
incontrolvel, desfilou diante do caixo do presidente, velado no prprio Palcio do Catete,
sede do governo federal, no Rio. A imprensa noticiou que cerca de 3 mil pessoas presentes
ao velrio, vtimas de desmaios, mal-estares, crises nervosas e problemas de corao,
precisaram ser atendidas pelo servio mdico do palcio. Na enfermaria, o estoque de
calmantes esgotou-se em minutos. O pas inteiro quedou em estado de choque. Ningum
esperava por aquele desfecho para a crise que se abatera como uma nuvem negra sobre o
governo, apesar de o prprio Getlio ter dito, dias antes, com todas as letras: S morto
sairei do Catete.
Site:
http://www.portalan.arquivonacional.gov.br/Media/Arquivo%20Get
%C3%BAlio%20Vargas%20completo.pdf
Livro:
O Segundo Governo Vargas: 1951-1954, Maria Celina Soares de Arajo, Zahar Editora, 1982
Para compreender a crise de agosto de 1954
Artigo:
http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/24-de-agosto-de-1954-o-suicidio-comoarma-politica-3/