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GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL

COLETÂNEA DE TEXTOS: LÍNGUA PORTUGUESA


CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO

CURITIBA
2005 2
Depósito legal na Fundação Biblioteca Nacional, conforme Decreto Federal n.1825/1907, de 20
de dezembro de 1907.

É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.

Catalogação no Centro de Documentação e Informação Técnica da SEED - Pr.

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.


Departamento de Ensino Fundamental.

Coletânea de textos: língua portuguesa, Ciclo Básico de Alfabetização / Paraná.


Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED - Pr., 2005. - 73p.

1. Leitura. 2. Exercícios. 3. Escrita. 4. Língua portuguesa. 5. Ortografia. 6. Gramática.


I. Ilkiu, Dalva Catarina. II. Rocha, Dirlei Terezinha da. III. Duarte, Denise Schirlo. IV.
Porto, Márcia Flamia. V. Ciclo Básico de Alfabetização. VI. Caderno do aluno. VII Título.

CDU 373.31:806.90 (816.2)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
Departamento de Ensino Fundamental
Avenida Água Verde, 2140
Telefone: (0XX)41 3340-1712 Fax: (0XX)41 3243-0415
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
80240-900 CURITIBA - PARANÁ

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL

3
GOVERNO DO PARANÁ
Roberto Requião
Governador

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


Mauricio Requião de Mello e Silva
Secretário

DIRETOR GERAL
Ricardo Fernandes Bezerra

SUPERINTENDENTE DA EDUCAÇÃO
Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde

CHEFE DO DEPARTAMENTO
DE ENSINO FUNDAMENTAL
Fátima Ikiko Yokohama

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
DO ENSINO FUNDAMENTAL
Lilian Ianke Leite

ORGANIZADORES
Dalva Catarina Ilkiu
Dirlei Terezinha da Rocha
Denise Schirlo Duarte
Marcia Flamia Porto

ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Sonia Glodis de Medeiros
Marlene Aparecida Comin de Araújo

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Colaboradores

DEP. DE ENSINO FUNDAMENTAL NRE Cianorte NRE Assis Chateubriant


NRE Área norte NRE União da Vitória Tema: História em Quadrinho
Tema: História da Escrita Tema: Moradias Marcia Flamia Porto
Marcia Flamia Porto Denise Schirlo Duarte Dirlei Terezinha Rocha
Agnes Cordeiro Ramira Francisca Botelho
Dalva Catarina Ilkiu
Elita Inês Schimitt
Zitue Mukai Luzia Cegato Malaquias
NRE Francisco Beltrão
Adriana Gregório dos Santos Sá Silvana Cristina Flores da Silva
NRE Laranjeiras do Sul Márcia de Lourdes Morales Marcato
Célia Aparecida Moraes Marques
Tema: Poesia Marisa Knopik Dechechi
Denise Cristina Henrique Oliveira
Izolete A. Schineider Vera Lucia de Jesus Malfato da Silva
Elisangela Cacilda Miranda
Iara Kamplhorst Rosa de Lourdes Brussolo Parmagnani
Ieda Maria Castiglioni Rita Maria Decarli Bottega
Margarete Caetano Plananto
Leonor Capucho da Silva Helena Miyoko Miura da Cost
Ivã Marlei Demarchi
Lídia Maria Granado dos Santos Marlene Felizardo Vieira
Teresinha Elenir Roos Vilma Rinaldi Bisconsini
Luzinete Damas Fiorderize Demito
Maria de Fátima I. Niclotte
Maria Helena de Melo Catelão
Marlene Cardoso Ghizzi NRE Cornélio Procópio
Monica Fernandes
Ana Lúcia Bottega NRE Dois Vizinhos
Neuza Maria Paio Tema: Água
Evanize E. B. Gesser
Ivonete da Silva Manica Otília Maria Pesquero Scremin Gustavo Konrad Júnior
Patrícia Massulo dos Santos Aparecida de O. Bassi
Agilda T. Furlan
Arlete A. de Oliveira
Emília de C. Dornerles Rosana Pimentel de Castro Grespan
Eloísa de Fátima P. Soares
Clicélia H. Becker Silvia Vilela de Oliveira Rodrigues
Fernando Aparecida P. Bail
Sueli de Souza de Oliveira Jocimara de Socorro Rocha
NRE Maringá Valquiria Aparecida de Souza Maria Aparecida Fuzza
Valderes de Lourdes Gigliolli Bondan Maria Caversan Shirayshi
NRE Telêmaco Borba
Valéria Cristina O. Cardoso
Tema: Animais Vera Márcia Munhoz Tormena
Claudete Campanhoni Amadori
Marcia Flamia Porto Adriana Train Ribeiro De Camargo Danila Rosane Schmitz
Dirlei Rocha Serafina Borsuki Ecilda de Andrade
Elaine Sinhorini Arneiro Picoli Sonia Froelich Ivonete Duarte Rufatto
Ana Tereza Tebet Viana da Mata Leda Maria Ferrari Costa
Márcia Cristina Iarniowy
Luzia Sebem
Elizabete Francisco Dalosse Ivoneide S. Schneider Mohr Maria Antonello
Inesa Nahomi Matssuzawa Zoleine S.Witrouski Marisa Stolarski
Luiza Marcondes da Mata Ivonete G. Contin Maritânia Dambrós Sehnem
Márcia A. Marussi Silva Marlei Moser
Nilce T. Dambroski
Maria Alice Dias de Souza Osnir João Alves
Marcela Chamee Sydol
Ronaldo Thibes
Marta H. R. Chote Acir Batista Moreira Vera Lúcia de Jesus
Maria Fernandes Martins
Delamar A. S. Corrêa Vilma Ferrareze Rafagnin
Telma Regina dos Santos
Evanira Maria Costa De Souza
Valderes de Fátima C. Arali NRE Guarapuava
Maria Regina Martins
Celenir Conceição Sutil Bueno NRE Pitanga
Ilustração : Cilse Maria Jaskiu
Jussara Ribas Mothes Tema: Identidade
Douglas Klaus Bindemam
Joana D‘Arc Lopes Arlete Justuis Grande
Maria Antônia Heil Ivani Regina Paglia Gaioski
NRE Ibaiti Lúcia Viviurka
Roseline de Jesus Pedroso
NRE Jacarezinho Maurícia Carla Pittner
Sandra de Souza Ribeiro Barbosa
Tema: Comunicação Sirlei de Jesus de Oliveira Hey
Dilcéia Camargo Machado
Marilda Tironi da Silva
NRE Londrina Irene Isabel Kwaczynski
Heloísa Helena Garcia Larini
NRE Irati Equipe: SME Guarapuava
Leni Pescarolo Martins
Tema: Brincadeiras
Márcia Augusta Flóride DEF/SEED
Sandra Elaine Luppi
Nadiva Ferreira Cavassani Tema: Trânsito
Lindamar Fátima T. de Carvalho
Nazilda Bueno Vieira Dirlei Terezinha Rocha
Adriana Luppi Pezarini
Márcia Flamia Porto
Alice F. Polak Rosângela G. Tonetti
Ana Luiza Gaspar Sônia Castilho Tavares de Oliveira DIAGRAMAÇÃO E ARTE
Dorotéia I. Miskalo Sônia Garcia Justo Isabel Cristina Cordeiro Pinto

Dulcemara T. K. Benato Wanda Maria Marcolin de Medeiros REVISÃO


Rita M. Zamlorenzi Zélia Maria Horta Garcia Francisco Johnscer Neto

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Estimado aluno

Ler, escrever e calcular são operações de raciocínio


muito importantes para todos nós. Elas permitem que
a aventura humana e as incertezas que a envolvem
sejam compreendidas em sua complexidade, preparando-
nos, quando praticadas conscientemente, para enfrentar
problemas e buscar alternativas para superá-los.

As Orientações Pedagógicas sugeridas neste Caderno


foram elaboradas para favorecer a inteligência de nossos
alunos, numa demonstração clara de que é possível
organizar coletivamente conhecimentos fundamentais
que garantam as oportunidades de desenvolvimento
escolar para todas as crianças paranaenses. Esse esforço
comprometido de nossos professores com a qualidade
do ensino e da aprendizagem nas Salas de Contraturno
do CBA, o rigor metodológico com que pensaram cada
tópico do Caderno e o cuidado com a sua apresentação
gráfica dão provas do entusiasmo desse ofício.

Nosso desejo é ver as atividades da Sala de


Contraturno transformadas em experiências pedagógicas
de qualidade, de modo que o tempo de estudar e de
aprender ganhe novo sentido, se expanda e se renove
a cada dia.

Mauricio Requião
Secretário de Estado da Educação

6
APRESENTAÇÃO

Caro Aluno

Este Caderno, que ora entregamos a você,


aluno da Sala de Contraturno do CBA, é a
comprovação da capacidade criativa de
professores do Ensino Fundamental da Rede
Pública do Paraná. Essa coletânea de textos ,
faz parte de um caderno com orientações que foi
idealizado, durante várias etapas, num rico
processo de produção coletiva, coordenado pelo
Departamento de Ensino Fundamental e pelos
Núcleos Regionais de Educação ao longo dos
últimos dois anos.

Seu objetivo é proporcionar aos alunos a


leitura de textos diversificados que, somado ao
material entregue ao seu professor e outros
existentes na escola, possa contribuir para seu
aprendizado na Sala de Contraturno.

Temos certeza de que este material – não


só pela qualidade de seu acabamento editorial,
mas principalmente pela originalidade de sua
produção – irá auxiliá-lo a superar dificuldades
de leitura, escrita.

Um abraço.

Fátima Ikiko Yokohama


Chefe do Departamento de Ensino Fundamental

7
8
Caro aluno.

Você tem em suas mãos uma coletânea de textos que


fazem parte de um caderno com orientações pedagógicas.
São diferentes textos (poéticos, informativos,
narrativos, charges, cartuns, pinturas, fábulas, publicitários,
mapas, entre outros) que abordam várias temáticas. Esses
textos foram retirados de revistas, jornais, livros, sites da
internet, etc.
Pretendemos que este material contribua, nos
momentos de discussão e leitura, abrindo seus horizontes,
incentivando a pesquisa e a busca contínua de informações
significativas para sua vida e para o prosseguimento de
seus estudos.

Abraços

Equipe pedagógica -DEF e NRE.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

10
10
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

UNIDADE 01
História da escrita .................................................. 12
UNIDADE 02
Poesia ................................................................... 18
UNIDADE 03
Animais .................................................................. 30
UNIDADE 04
Brincadeiras .......................................................... 39
UNIDADE 05
Identidade............................................................. 46
UNIDADE 06
Moradia ................................................................. 50
UNIDADE 07
Comunicação ......................................................... 57
UNIDADE 08
História em quadrinhos .......................................... 64
UNIDADE 09
Água ..................................................................... 69
UNIDADE 10
A criança no trânsito .............................................. 72

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Na mão do escriba, a vareta fina


riscava o tablete de argila úmido,
história da escrita

deixando traçados pequenos sinais


em forma de cunha. Depois de
terminada a carta, caderno ou
documento, era preciso deixar secar.
O sistema de escrita cuneiforme (a
palavra vem do latim cuneos, que
quer dizer justamente cunha) é, ao
que tudo indica, o mais antigo do
mundo.
Jean, George. A escrita, memória dos
homens. Ed. Objetiva.

Papiro
O papiro (Cyperus papirus) é
uma planta ciperácea que floresce
no verão. Planta típica das
unidade 01

margens e alagados do delta do


Nilo, foi a principal responsável
pela difusão da escrita hierática.
Suas hastes eram cortadas em
tiras, depois trançadas,
comprimidas e secas, originando
as lâminas do material usado
como suporte da escrita. Os
papiros eram escritos com tinta
preta e vermelha, delicadamente
coloridos, dispostos em rolos com
até 15 m de comprimento.
O papiro tinha que ser
produzido em um local próximo ao
JEAN, George. A escrita, memória dos pântano em que eram apanhadas
homens São Paulo: Objetiva, 2002. p. 15.
as plantas, pois devia estar fresco
para poder ser cortado.
Para fabricar o material sobre o qual se escrevia, só se
aproveitava, de toda a planta, o caule. Os filamentos gordurosos
de caule eram postos para secar ao sol de modo a formarem
lâminas. Essas tiras eram coladas e prensadas, constituindo-se
assim o rolo. Inicialmente se escrevia na direção indicada pelas
fibras, no direito, pois, do outro lado, o verso, as fibras eram
dispostas em colunas.
O FASCINANTE mundo do Antigo Egito. Egitomania, São Paulo:Planeta, v.2, 1997.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Pergaminho

história da escrita
O pergaminho, espécie de papel
feito de pele de ovelha, foi o material
mais usado para escrever, na Idade
Média. Era usada para escrever a parte
externa da pele da ovelha, da qual se
raspava a lã.
O pergaminho era usado pelos
monges, que copiavam à mão os
textos sagrados e obras gregas e
romanas da “Antiguidade”.
O uso do pergaminho foi superado
quando o papel, feito de celulose, se
tornou popular.

unidade 01
Papel

O papel foi inventado na


China há mais ou menos 2100
anos. Os chineses colocavam
cascas de amoreira ou bambu
na água. Depois que elas
amoleciam, eram batidas até
virarem uma pasta. Com essa
pasta, eles faziam folhas lisas
e finas.
Por volta do século XII, os
espanhóis conheceram o papel.
Depois a idéia se espalhou por
toda a Europa. No final do
século XVII, o papel veio para
a América.
Gutemberg foi o primeiro a
mecanizar a impressão.

JEAN, George. A escrita, memória dos homens São Paulo: Objetiva, 2002. p. 15.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Escribas
história da escrita

Os escribas eram os responsáveis pela distribuição


dos bens da lavoura e dos rebanhos entre os cidadãos
que não produziam comida. Com o tempo, isso foi
lhes dando um poder imenso, principalmente porque
só eles sabiam decifrar os registros.
No Egito, como na Mesopotâmia, saber ler e
escrever era, ao mesmo tempo, privilégio e poder.
Os escribas eram os mestres da escrita e por isso,
os mestres do ensino. O ensino era apreendido pela
escrita.
Eles desdobravam o
unidade 01

rolo de papiro com a


mão esquerda e
enrolavam-no com a
direita, à medida que o
papiro era coberto com
inscrições. Trabalhavam
muitas vezes sentados,
com o papiro preso
entre os joelhos sobre
seu avental. Para
desenhar os símbolos,
eles usavam uma
varinha de caniço de 20
centímetros. A tinta
preta era composta de
uma mistura de pó de
fuligem e água, junto
com goma-arábica
para fixar.

JEAN, George. A escrita, memória dos homens São Paulo: Objetiva, 2002. p. 15.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental
história da escrita
unidade 01
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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Como surgiu o lápis

Os povos do mundo antigo usavam pincéis ou canetas


história da escrita

feitas com penas de ganso. Até que, em 1564, na Grã-


Bretanha, uma tempestade derrubou uma grande árvore,
deixando suas raízes expostas. Mas, além dos blocos de terra,
havia entre as raízes uma substância negra e brilhante, fácil
de raspar com as unhas. Era uma “fatia” de uma mina de
grafita. Os pastores locais passaram a usar pedaços dessa
substância para marcar suas ovelhas. Logo as varetas de
grafita já estavam sendo vendidas aos comerciantes, que as
utilizavam na marcação de suas mercadorias.
Claro que as primeiras varetas de grafita tinham suas
imperfeições: sujavam as mãos e quebravam-se à toa. O
problema foi resolvido enrolando-se um cordão em torno da
vareta e desenrolando-o à medida que a grafita ia se
gastando.
unidade 01

Em 1761, um artesão da Alemanha, que também era


químico nas horas vagas, misturou grafita em pó a
substâncias como enxofre, antimônio e resinas. O resultado
disso foi a modelagem de varetas bem mais resistentes do
que a grafita pura.
Tempos depois, os franceses acrescentaram argila à
grafita, cozinhando a mistura num forno. Desse processo,
nasceu a vareta mais rígida do mundo. Só faltava um invólucro
mais apropriado.
Willian Monroe, um marceneiro
norte-americano, venceu mais esse
obstáculo. Construiu uma máquina capaz
de produzir ripas de madeira estreitas
e padronizadas, com cerca de 15 cm a
18 cm de comprimento. Em cada ripa era
feita uma espécie de pequena canaleta
onde se colocava o cilindro fino de
grafita moldada. Depois colava-se as
duas partes da madeira, ajustando-as
em volta da grafita. Assim nasceu o lápis
moderno.
O lápis usado atualmente, com o comprimento
padronizado de 18 cm, pode desenhar uma linha de 55 Km
de extensão e escrever uma média de 45 mil palavras.

Jornal Curitibinha. Curitiba, fevereiro, 1999. Ano V. P.4.


Jornal da Secretaria Municipal da Educação.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental
Uma “carta enigmática” para você “traduzir”.
história da escrita
unidade 01
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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A bailarina

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
poesia

Não conhece nem dó nem ré


mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá


mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si,


unidade 02

mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar


não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu


e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,


e também quer dormir como as outras crianças.

MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,


2002. p. 24.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Casa e seu dono

ESSA CASA É DE CACO

poesia
QUEM MORA NELA É O MACACO.

ESSA CASA TÃO BONITA


QUEM MORA NELA É A CABRITA.

ESSA CASA DE CIMENTO


QUEM MORA NELA É O JUMENTO.

unidade 02
ESSA CASA É DE TELHA
QUEM MORA NELA É A ABELHA.

ESSA CASA É DE LATA


QUEM MORA NELA É A BARATA.

ESSA CASA É ELEGANTE


QUEM MORA NELA É O ELEFANTE.

E DESCOBRI DE REPENTE
QUE NÃO FALEI EM CASA DE GENTE.

JOSÉ, Elias. Lua no brejo. Porto Alegre: Mercado Aberto.

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Batatinha aprende a latir

O CACHORRO BATATINHA
QUER APRENDER A LATIR
ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:
I, I, I, I, I, I, I, I .
poesia

O CACHORRO BATATINHA
ATÉ PENSA QUE LATIU
ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:
IU, IU, IU, IU, IU, IU, IU,IU.

O CACHORRO BATATINHA
QUER LATIR, ACHA QUE ERROU
ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:
unidade 02

OU, OU, OU, OU, OU, OU, OU, OU.

O CACHORRO BATATINHA
VAI LATIR MESMO OU NÃO VAI?
ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:
AI, AI, AI, AI, AI, AI, AI, AI.

O CACHORRO BATATINHA
LATE LENTO QUE NEM SEI...
ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:
EI, EI, EI, EI, EI, EI, EI, EI.

O CACHORRO BATATINHA
ATÉ PENSA QUE APRENDEU.
ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:
EU, EU, EU, EU, EU, EU, EU.

O CACHORRO BATATINHA
SONHA QUE LATE AFINAL.
ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:
MIAU, MIAU, MIAU, MIAU.

CAPARELLI, Sérgio. A jibóia Gabriela. Porto Alegre: L&PM, 1984.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Pia pia

Piá, não me maltrata não!


Eu levo você pro mar
Ver as ondas ver as praias

poesia
Ver os peixinhos do mar

O menino malvado
Tapera machucou
E já morre morrendo
A coitada falou:

- Piá, não me maltrata não...

unidade 02
Eu levo você pro céu...
E nunca ninguém não cansa
De ver as coisas do céu...
É um sítio bonito mesmo
Beiradeando o trem-de-ferro
Lá você acha a sua gente
Que faz muito que morreu
Assegura em minhas penas,
Vamos embora com Deus...

ANDRADE, Mario de. Poesias completas. São Paulo: USP, 1987.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Raridade

A arara
É uma ave rara
Pois o homem não pára
De ir ao mato caçá-la
Para pôr na sala
Em cima de um poleiro
poesia

Onde ela fica o dia inteiro


Fazendo escarcéu
Porque já não pode
Voar pelo céu.

E se o homem não pára


De caçar arara,
hoje uma ave rara,
unidade 02

Ou a arara some
Ou então muda seu nome
Para arrara.

PAES, José Paulo. Olha o bicho. São Paulo: Ática, 1989.

Pássaro livre

Gaiola aberta
Aberta a janela
O pássaro desperta
A vida é bela

A vida é bela
A vida é boa

Voa, pássaro, voa.

MURALHA, Sidónio. A dança dos pica-paus. Curitiba: Global, 1976.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Olha a rolinha

Olha a rolinha,
Doce, doce,
Ela voou,

poesia
Doce, doce,
Caiu no laço.
Doce, doce,
Embaraçou-se,
Doce, doce.

Domínio popular. In CAPARELLI,

unidade 02
Sérgio. Tigres no Quintal. Porto
Alegre: Kuarup. 1993

O canto

Leve, breve, suave,


Um canto de ave
Sobe no ar com que principia
O dia.
Escuto, e passou...
Parece que foi só porque escutei
Que parou.

PESSOA, Fernando. In CAPARELLI, Sérgio. Tigres no quintal. Porto Alegre: Kuarup, 1993.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Esse pequeno mundo

Sei que o mundo é mais que a casa,


Mais que a rua, que a escola,
poesia

Mais que a mãe e mais que o pai.

Vai além do horizonte,


Que eu desenho no caderno,
Como linha reta e preta,
Se separa azul de verde.
unidade 02

Sei que é muito, sei que é grande,


Sei que é cheio, sei que é vasto.

Me disseram que é uma bola,


Que flutua pelo espaço
Atirada pelo chute
De um gigante poderoso:
Vai direto para o gol,
Que ninguém sabe onde é.

Mas para mim o que mais conta


É este mundo que eu conheço
E cabe direitinho
Bem no meu pé.

BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco íris. São Paulo: Moderna, 1984

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O rio

Vai correndo, manso, manso, o rio,


Por entre as pedras rolando;
Quase se podem escutar
As trovas que vai cantando.

Desce morros, corta campos,

poesia
Sempre contente a seguir:
Tem um encontro marcado,
Não pode, a ele, fugir.

Às vezes, chega um menino,


Pra em suas águas brincar,
– Que pena! Diz o regato.

1ª Fase do Ensino Fundamental


Marco Saliba, Helaine Fernandes.

unidade 02
Paraíso

Se esta rua fosse minha,


Eu mandava ladrilhar:
Não para automóvel matar gente,
Mas para a criança brincar.

Se esta mata fosse minha,


Eu não deixava derrubar.
Se cortarem todas as árvores,
Onde é que os pássaros vão morar?

Se esse rio fosse meu,


Eu não deixava poluir.
Joguem esgotos noutra parte,
Que os peixes moram aqui.

Se este mundo fosse meu,


Eu fazia tantas mudanças
Que ele seria um paraíso
De bichos, plantas e crianças.

PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo: Ática,

25
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O que foi feito dos pássaros?

O que foi feito dos pássaros


Que cantam na minha janela
poesia

E da aquarela que a natureza


Pintou sobre o teto?
Sob o vidro vejo somente asfalto
Preto e fumegante,
Se movendo como eles,
Ladeado de edifício.
Rua estreita abarrotada de veículos,
Vomitando fumaça,
unidade 02

Rangendo, granindo, confusos;


Confusos rugindo
A esbarrar uns nos outros
Sem saber aonde ir.
Que foi feito dos pássaros que
Cantavam
E da minha janela
Que tinha o teto a estampar
A aquarela da natureza?

ANDRADE, Roberto Ribeiro de. Paulus, 1985.

26
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O relógio

Passa, tempo, tic-tac


Tic-tac, passa, hora

poesia
Chega logo, tic-tac,
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Que já estou
Muito cansado
Já perdi

unidade 02
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac…

MORAES, Vinícius de. Arca de Noé poemas infantis. São Paulo:


José Olímpio, 1986. p.41.

27
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O sapateiro

Sapatos de todos os tipos,


empilhados, usados, manchados,
na oficina do sapateiro.
poesia

Quantas calçadas andaram


esses sapatos,
quantas festas, quantos rumos,
e, sobretudo,
quantas encruzilhadas?

Indiferente a tantas histórias,


unidade 02

o sapateiro martela, cola,


bate sola o dia inteiro.

Então, cansado, fecha a porta


da oficina, atravessa a rua,
E vai para casa com seu sapato furado,
que santo de casa não faz milagre.

MURRAY, Roseana. Artes e ofícios. 2.ed. São Paulo: FTD, 1991. p.30.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

São Francisco

Lá vai São Francisco


Pelo caminho
De pé descalço
Tão pobrezinho
Dormindo à noite

poesia
Junto ao moinho
Bebendo água do ribeirinho.

Lá vai São Francisco


De pé no chão
Levando nada
No seu surrão

unidade 02
Dizendo ao vento
Bom dia, amigo
Dizendo ao fogo
Saúde irmão

Lá vai São Francisco


Pelo caminho
Levando ao colo
Jesuscristinho
Fazendo festa
No menininho
Contando histórias
Pros passarinhos.

MORAES, Vinícius de. A Arca de Noé.São Paulo: Companhia das


Letras, 1993. p14.

Francisco de Assis era italiano, filho de nobres. Nasceu no final do


século XII e morreu em 1226 (século XIII). Revoltado em ver tantas
injustiças na sociedade, despojou-se de seus bens materiais em
troca de uma vida humilde, dedicada aos pobres e à natureza.

29
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O gato

Com um lindo salto


animais

Lento e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando de opinião
Passa de novo
Do muro ao chão

E pisa e passa
Cuidadoso, de mansinho
unidade 03

Pega e corre, silencioso


Atrás de um pobre passarinho
E logo pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado

Se num novelo
Fica enroscado ouriça o pêlo
Mal humorado um preguiçoso
É o que ele é
E gosta muito
De cafuné

E quando à noite
Vem a fadiga
Toma seu banho
Passando a língua pela barriga.

MORAES, Vinícius de. A Arca de Noé.São Paulo:


Companhia das Letras, 1993.

30
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Qual a diferença entre abelha e vespa?

animais
A vespa, ou marimbondo,
tem corpo esbelto, de cor
amarela vistosa, com faixas negras;
seu tórax e seu abdômen estão unidos
por uma “cintura de vespa” bem fininha. A
abelha é mais peluda, tem corpo mais
gorducho, de cor mais escura que o da vespa.
Somente a abelha é que produz mel. Ao sentir-
se ameaçada, a abelha dá picadas, mas isso em

unidade 03
geral a condena à morte: de fato, seu ferrão
tem ranhuras que dificultam sua retirada. Por
isso quando a abelha enfia o ferrão na pele
do animal e depois quer afastar-se o ferrão
não sai mais e lhe arranca uma parte da
barriga. Já a vespa tem o ferrão liso,
que sai com facilidade. (...)

PRIMEIRA enciclopédia os animais dos campos e dos


jardins.São Paulo: Maltese, 199? p.14.

31
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A cigarra e a formiga

A cigarra passou todo o verão cantando, juntando seus


animais

grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa de
formiga pedir que lhe desse o que comer.
A formiga então perguntou a ela:
– E o que é que você fez durante todo o verão?
– Durante o verão eu cantei – disse a cigarra.
E a formiga respondeu:
unidade 03

– Muito bem, pois agora dance!

ROCHA, Ruth. Fábulas de esopo. São Paulo: FTD, 1993. p.23.

32
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animais
unidade 03
A formiga
perguntou:
Cof! Cof!
33
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Como começou a sua vida !

Do ovo...
Do ovo da galinha
animais

nasce o pintinho,
do pintinho cresce o galo,
que vai cantar no terreiro
ou, então, cresce a galinha,
que põe ovo no galinheiro.
Eu também nasci de um ovo,
só que muito diferente...
unidade 03

MORAES, Antonieta Dias de. O ovo. São Paulo: Global, 1982.

Os três leões

Numa determinada floresta havia três leões. Um dia, o macaco,


representante eleito dos animais súditos, fez uma reunião com toda
a bicharada da floresta e disse:
– Nós, os animais, sabemos que o leão é o rei dos animais,
mas há uma dúvida no ar: existem três leões fortes. Ora, a qual
deles nós devemos prestar homenagem? Quem, dentre eles, deverá
ser o nosso rei?
Os três leões souberam da reunião e comentaram entre si:
– É verdade, a preocupação da bicharada faz sentido. Uma
floresta não pode ter três reis, precisamos saber qual de nós será
escolhido. Mas como descobrir?

34
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Essa era a grande questão: lutar entre si eles não queriam,


pois eram muito amigos. O impasse estava formado. De novo, todos
os animais se reuniram para discutir uma solução para o caso. Depois
de usarem técnicas de reuniões do tipo “brainstorming”, eles tiveram
uma idéia excelente. O macaco se encontrou com os três felinos e
contou o que eles decidiram:
– Bem, senhores leões, encontramos uma solução desafiadora

animais
para o problema. A solução está na Montanha Difícil.
– Montanha Difícil? Como assim?
– É simples, ponderou o macaco. Decidimos que vocês três
deverão escalar a Montanha Difícil. O que atingir o pico primeiro
será consagrado o rei dos reis.
A Montanha Difícil era a mais alta entre todas naquela imensa
floresta.
O desafio foi aceito. No dia combinado, milhares de animais

unidade 03
cercaram a Montanha para assistir a grande escalada.
O primeiro tentou. Não conseguiu. Foi derrotado. O segundo
tentou. Não conseguiu. Foi derrotado. O terceiro tentou. Não
conseguiu. Foi derrotado.
Os animais estavam curiosos e impacientes, afinal, qual deles
seria o rei, uma vez que os três foram derrotados?
Foi nesse momento que uma águia sábia, idosa na idade e
grande em sabedoria, pediu a palavra:
– Eu sei quem deve ser o rei!!!
Todos os animais fizeram um silêncio de grande expectativa.
– A senhora sabe, mas como? todos gritaram para a águia.
– É simples – confessou a sábia águia – eu estava voando entre
eles, bem de perto e, quando eles voltaram fracassados para o
vale, eu escutei o que cada um deles disse para a montanha.

35
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O primeiro leão disse:


– Montanha, você me venceu!
O segundo leão disse:
– Montanha, você me venceu!
O terceiro leão também disse:
– Montanha, você me venceu, por enquanto! Mas você,
montanha, já atingiu seu tamanho final, e eu estou crescendo.
– A diferença – completou a águia – é que o terceiro leão teve
animais

uma atitude de vencedor diante da derrota e quem pensa assim é


maior que seu problema: é rei de si mesmo, está preparado para
ser rei dos outros.
Os animais da floresta aplaudiram entusiasticamente ao terceiro
leão que foi coroado rei entre os reis.

Moral da história
unidade 03

Não importa o tamanho dos problemas ou dificuldades que você


tenha. Seus problemas, na maioria das vezes, já atingiram o clímax,
já estão no nível máximo – mas você não. Você ainda está
crescendo. Você é maior que todos os seus problemas juntos. Você
ainda não chegou ao limite do seu potencial. (La Fontaine)

Autor desconhecido.
Disponível em www.amareiavida.blogs.sapo pt/acesso 12/6/05

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Poleiro eletrizante
animais
unidade 03
SUPERINTERESSANTE, Mundo Estranho. jun. 2003. p.36.
37
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Qual o menor pássaro do mundo?

É o beija-flor, também conhecido como colibri. A menor espécie


de beija-flor do mundo mede 5 centímetros de comprimento e pesa
6 gramas.
O beija-flor é um animal muito leve e extremamente ágil. Ele
bate as asas cerca de 80 vezes por segundo e é a única ave que
animais

pode voar para trás ou ficar parada no ar.


O colibri tem uma língua bem comprida para retirar o néctar
das flores, seu alimento predileto. Ele é um animal muito comilão,
chegando a visitar mais de 1500 flores por dia, além de comer
pequenos insetos e o açúcar de frutas.
Existe no mundo mais de 300 espécies de beija-flor. Eles formam
a maior família de pássaros do mundo. Esta grande variedade
constitui uma riqueza para o mundo animal.
Eles são encontrados nas três Américas, desde o Alaska até as
florestas tropicais brasileiras.
unidade 03

www.saudeanimal.com.br/beija
Texto adaptado de beija-flor. Autor Dr. Zalmir Silvino Cubas. Acesso 12/6/05

Jabuti

O jabuti vive no solo de terra firme das florestas. Alimenta-se


de frutas maduras caídas no chão, raízes, insetos, larvas e restos
de carcaças deixadas por outros animais.
A jabota (fêmea do jabuti) escolhe um ninho de folhas secas e
coloca mais ou menos 12 ovos que eclodem dois meses depois. Os
filhotes nascem amarelinhos e com o casco mole.
Das espécies da nossa fauna, o jabuti é um dos mais ricos em
lendas, onde sempre aparece como herói, inteligente e cavalheiro.
Vence o coelho na corrida, engana o jacaré e a onça, mede forças
com a anta e supera até o mitológico curupira. Mas essas qualidades
dificilmente caberiam ao lento e tímido jabuti.
Ele pode viver mais de 100 anos e medir até 70 cm. Quando
ameaçado, encolhe a cabeça e as patas dentro do casco e espera a
ameaça ir embora.

BRASIL – Centro de instrução de Guerra na selva. Jabuti. Nosso Amiguinho, São Paulo, jun. 2001.
p.11.

38
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Troca de segredos

(...)
Vovô chega com um pacote e não o larga para nada.

brincadeiras
– Vovô, que embrulho é esse?
– Isso não é um embrulho. É o meu cofre, onde guardo
os meus segredos.
Vovô abre o seu embrulho e vai retirando as coisas
que estão lá dentro.
Vai me mostrando coisas que guarda a vida toda: uma
coleção de tampinhas de cerveja, um álbum de figurinhas
do Carlitos, uma coleção do Tico-Tico, dois times de futebol
de botão com goleiros feitos de caixinhas de fósforo, uma

unidade 04
porção de piões, ferrinhos de jogar finca, um carrinho movido
a corda e que não cai da mesa, um papagaio feito com
papel chinês, arcos e flechas de bambu, um diabolô, um
bilboquê, um tabuleiro de damas e um jogo de xadrez,
além de outras coisas mais.
Não vejo nenhum segredo em nada daquilo. Para mim
são lembranças do seu tempo de menino.
Fico meio sem graça. Coleções eu também tenho. É
verdade que nunca soltei papagaio, nem nunca joguei
futebol de botão, assim como ignoro como se joga pião e
diabolô.
Depois de algum tempo eu convido o vovô para jogar
videogame. Coitado, nunca vi ninguém mais sem jeito. Não
consegue fazer nenhum ponto. Parece que não entende as
regras do brinquedo.
Ele se cansa de me ver jogar e me convida para brincar
de pião, me entrega o pião e eu fico sem saber o que
fazer.
Ele pega outro pião, passa a fieira em volta dele, faz
um gesto rápido com a mão e o pião está ali rodando,
rodando. Já preparou outro e logo outro, e três piões juntos

39
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

se movimentam. Na hora de ir embora, ele me pede


emprestado o videogame e eu lhe digo:
– Pode levar, mas deixe um de seus piões comigo.
Ele me entrega e eu fico horas treinando.
Passam-se os dias. Fico sabendo que o vovô está
brincadeiras

ganhando disparado de seus amigos no videogame. Ele


ainda não sabe que que na próxima semana vai haver um
campeonato de pião na escola e eu sou o favorito, pois
descobri todos os segredos do pião.
(...)

SIMÕES, Ronaldo. A troca de segredos. Belo Horizonte: Lê, 1995.


unidade 04

Atirei o pau no gato

ATIREI
O PAU NO GATO-TO
MAS O GATO-TO
NÃO MORREU-RREU-RREU
DONA CHICA-CA-CA
ADMIROU-SE-SE
DO BERRÔ, DO BERRÔ,
QUE O GATO DEU.
MIAU!!!!

40
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Trava-língua

brincadeiras
O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA.
O PEITO DO PÉ DE PEDRO É PRETO.
VOCÊ SABIA QUE O SÁBIO SABIA QUE O SABIÁ SABIA ASSOBIAR?

CADÊ O TOUCINHO QUE TAVA AQUI?


O GATO COMEU.
CADÊ O GATO?

unidade 04
FOI NO MATO.
CADÊ O MATO?
FOGO QUEIMOU.
CADÊ O FOGO?
ÁGUA APAGOU.
CADÊ A ÁGUA?
BOI BEBEU.
CADÊ O BOI?
FOI AMASSAR O TRIGO.
CADÊ O TRIGO?
GALINHA ESPALHOU.
CADÊ A GALINHA?
FOI BOTAR OVO.
CADÊ O OVO?
O FRADE COMEU.
CADÊ O FRADE?
FOI REZAR MISSA.
CADÊ A MISSA?
ESTÁ NO ALTAR.
CADÊ O ALTAR?
ESTÁ NO SEU LUGAR.

Domínio Popular.

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Futebol
Cândido Portinari
brincadeiras
unidade 04

PORTINARI, João Cândido. Futebol, 1935. Óleo sobre tela, 97x130 cm.
Reprodução autorizada por João Cândido Portinari. Imagem acervo do Projeto Portinari

Cândido Portinari, filho de pais italianos, nasceu


no interior de São Paulo em 1903. Desde muito cedo
já gostava de desenhar, mas não dispensava seu
jogo de futebol. Foi estudar no Rio de Janeiro e se
saiu tão bem que ganhou bolsa para estudar na
França. Seus quadros e painéis são admirados no
mundo todo. Portinari é considerado um dos mais
importantes pintores brasileiros. Ele morreu em
1962.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Jogo de bola

A bela bola
rola:
a bela bola de Raul.

brincadeiras
Bola amarela,
a da Arabela.
A do Raul,
azul.
Rola a amarela
e pula a azul.
A bola é mole,
é mole e rola.
A bola é bela,
é bela e pula.
É bela, rola e pula,

unidade 04
é mole, amarela, azul.
A de Raul é de Arabela,
e a de Arabela é de Raul.

MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. Editora Nova Fronteira, 2002.

Fazendo uma pipa

As pipas funcionam da mesma maneira que os pára-quedas.


Quando você solta uma pipa ao vento, o ar comprimido debaixo
dela faz com que ela suba e voe. As pipas são feitas de materiais
bem leves e, por isso ficam facilmente no ar.

MATERIAL: Papel de seda de 1 metro por 75cm, varetas finas,


um rolo de barbante, fita adesiva, cola, tesoura, agulha e linha.
Faça uma estrutura com varetas em forma de cruz. A medida
exata não é importante, mas uma das varetas deve ser duas
vezes maior que a outra. Amarre-as com barbante. Agora ligue
as pontas das varetas com barbante ou varetas menores para
que adquiram a forma desejada.

43
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Coloque a estrutura sobre o papel de seda e recorte-o


cuidadosamente ao redor, deixando uma margem de 3 ou 4 cm
em volta. Dobre o papel para cima, cobrindo as varetas, e cole
ou costure as dobras.
Faça uma cauda para sua pipa usando um pedaço de barbante
brincadeiras

com mais ou menos o dobro do tamanho da pipa. Depois amarre


dois fios na vareta comprida – um abaixo e outro acima do
ponto de cruzamento. Ligue as duas pontas e amarre-as no
rolo de barbante.

FAZENDO A PIPA VOAR: Num dia de vento, você só precisa


segurar a pipa ao vento. Quando você a soltar, ela subirá,
empurrada pelo ar. (Não se esqueça de desenrolar o barbante
para impedir que a pipa desça.) Se não estiver ventando, você
poderá empinar a pipa correndo na direção de uma brisa e
unidade 04

puxando-a atrás de você. Quando você corre, o ar se comprime


contra a pipa e faz com que ela suba.

WALPOLE, Brenda. Ciência divertida – ar. São Paulo: Melhoramentos. 2000. p.27.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A boneca

brincadeiras
Deixando a bola e a peteca
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.

Dizia a primeira: “É minha!”


- “É minha!“ a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.

Quem mais sofria (coitada!)

unidade 04
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.

Tanto puxaram por ela,


Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.

E, ao fim de tanta fadiga,


Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca...

BILAC, Olavo. Palavras de encantamento. São Paulo:


Moderna. v.1, p.60.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Identidade
identidade

Às vezes nem eu mesmo


sei quem sou.
Às vezes sou
“o menino queridinho”,
às vezes sou
“moleque malcriado”.
Para mim
tem vezes que sou rei,
herói voador,
unidade 05

caubói lutador,
jogador campeão.
Às vezes sou pulga,
sou mosca também,
que voa e se esconde
de medo e vergonha.
Às vezes eu sou Hércules,
Sansão vencedor,
peito de aço,
goleador!
Mas o que me importa
o que pensam de mim?
Eu sou quem sou,
eu sou eu,
sou assim,
sou menino.

BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris. São Paulo: Moderna, 1984. p.89.

46
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Gente tem sobrenome

Todas as coisas têm nome


Casa, janela e jardim
Coisas não têm sobrenome

identidade
Mas a gente sim

Todas as flores têm nome


Rosa, camélia e jasmim
Flores não têm sobrenome
Mas a gente sim

unidade 05
O Jô é Soares, Caetano é Veloso
O Ari foi Barroso também
Entre os que são Jorge
Tem um Jorge Amado
E o outro que é o Jorge Bem
Quem tem apelido
Dedé, Zacarias, Mussum
E a Fafá de Belém

Tem sempre um nome


E depois do nome
Tem sobrenome também
(...)

Toquinho e Elifas Andreato. CD Canções dos Direitos das Crianças. Movieplay. 2002.
(Fragmento)

47
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O auto-retrato
identidade

No retrato que me faço


– traço a traço –
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisas


de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
unidade 05

e, desta lida, em que busco


– pouco a pouco –
minha eterna semelhança,

no final, que restará?


Um desenho de criança...
Terminado por um louco!

QUINTANA, Mário. Apontamentos de história sobrenatural. 1976.


Disponível em www.vicoso.com.br/leibr/mq_autoretrato

48
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O nome feio

Não tinha jeito! O Chico não


gostava do nome dele e pronto...

identidade
– Mãe, por que você foi escolher
o nome de Francisco para mim? Eu
não gosto desse nome porque vira
Chico e o João falou que Chico é
nome até de macaco.
A mãe dele não sabia direito o
que responder. Afinal, quando ela era
pequena, também não gostava de
seu nome. As crianças viviam
fazendo gozação:
– Ivete canivete põe no fogo e

unidade 05
a mão derrete!
Foi pensando nisso que ela argumentou:
– Sabe Chico, quando a gente é pequeno, a gente não gosta
do nome. Acho que isso acontece com todo mundo...
O Chico nem deixou que ela terminasse:
– Com todo mundo, nada. O João gosta do nome dele. Ele já
me falou. O meu é que é feio. De hoje em diante o meu nome vai
ser Pli, como você me chama. Esse eu acho bonito! Falou convicto.
De fato, desde que Chico era pequeno, sua mãe o chamava
carinhosamente de Pli. E, por isso, o pai e a Joana – que era a
moça que cuidava dele – também passaram a chamá-lo assim. E
ele adorava. Nunca ninguém tinha feito gozação com esse nome.
Ao contrário de Chico, que sempre vinha com uma brincadeirinha
besta:
– Chico, cara de penico! – incomodavam seus amiguinhos na
escola.
No começo ele até que não ligava muito. Mas, com o passar do
tempo, cada vez mais gente ficava falando isso. Até gente grande!
Ele tinha vontade de falar um daqueles palavrões bem feios. Às
vezes até falava. E falava com gosto. Ora! Que coisa mais chata
era aquilo. Será que ninguém percebia que enchia o saco?

BRENTAN, Salete. Revista Alegria. São Paulo. n.60, 1978.

49
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

moradia
unidade 06

Todos nós precisamos


De um lugar para morar.
Não importa se o lugar é
Uma casa grande
Ou uma casinha pequena.
O importante é que
A gente se sinta
Protegido, confortável
E contente em casa.

Sonia era uma menina feliz...


Tinha um lar. Era muito bonito o lugar onde morava.
Ficava um pouco longe da cidade. E por ficar distante, era
amplo. Sua casa era grande, tinha jardim e quintal, um
quarto só para ela. Seu irmão dormia no outro (...)

SILVEIRA, Lúcia Mello da. A menina e a natureza e outras histórias. Rio de Janeiro:
Eldorado. 199?.

50
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A casa

Era uma casa


muito engraçada
não tinha teto
não tinha nada
ninguém podia porque na casa

moradia
entrar nela não não tinha parede
porque na casa ninguém podia
não tinha chão fazer pipi
ninguém podia porque penico
dormir na rede não tinha ali
mas era feita
com muito esmero
na rua dos bobos
número zero.

unidade 06
MORAES, Vinícius de. A Arca de Nóe. Rio de Janeiro:
Companhia das Letrinhas. 1986. p.41.

Podemos dizer que nosso


planeta é como uma imensa
casa que abriga uma grande
família. Tudo o que acontece no
Planeta Terra acaba interferindo
na vida das pessoas que nele
habitam.
Buscando entender como
acontece o relacionamento
entre homem e a natureza,
alguns cientistas criaram, em
1869, uma nova ciência. Essa
ciência recebeu o nome de
ecologia que, em grego,
significa estudo da casa. A ecologia faz parte da biologia que estuda
as relações entre os seres vivos, habitantes do Planeta Terra, nossa
casa, e o meio ambiente.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Habitação hoje e ontem

Você já pensou onde e como as pessoas moravam antigamente?


Os primeiros seres humanos não moravam num lugar só, eles
se deslocavam de um lugar a outro para coletar frutos, caçar e
pescar. Faziam seus abrigos no chão ou nas árvores apenas para
moradia

passar a noite.
As primeiras casas foram as grutas ou cavernas que encontravam
abandonadas pelos animais. O deslocamento se repetia com
freqüência porque precisavam procurar mais caça e alimentos para
sua sobrevivência.
Quando passaram a criar animais ficavam um tempo bem maior
no mesmo lugar. Foi então que eles começaram a construir suas
unidade 06

moradias. No decorrer dos anos, outras formas de construções foram


aparecendo de acordo com as necessidades e possibilidades de
materiais existentes.

SOUZA, Oralda A. Aventura do aprender. Curitiba: Base, 1996.

Tipos de casas

Os tipos de casas variam de acordo com o clima e o ambiente


onde são construídas. Desde que surgiu, o homem sentiu
necessidade de se abrigar do sol, das chuvas, do vento, da neve e
dos animais ferozes.
O homem primitivo se abrigava nas cavernas, dentro das
montanhas. Ali ele se refugiava e se encontrava em segurança
contra os perigos.
Os índios moram nas florestas e matas. Suas casas são
construídas de madeira e sapé e são chamadas ocas.

52
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Existem outros tipos de casas, como iglus, que são as casas


das regiões geladas, e as palafitas, que são construídas em cima
de lagos ou rios.
Os materiais que o homem utiliza para a construção de suas
casas são madeira, tijolos, barro, pedra, sapé, cimento, areia, ferro,
etc.

moradia
A casa é de grande importância para o homem, pois é onde ele
vive em segurança com sua família.

BATITUCI, Graça, GONZALEZ, Conceição. Maneira lúdica de ensinar. São Paulo: Fapi, 1.ed.

unidade 06
Grandes cidades

Geralmente, o crescimento das cidades acaba originando uma


série de problemas sociais e ambientais. A habitação é um dos
graves problemas sociais existentes em todas as grandes cidades.
As moradias das áreas centrais são bem mais caras, por isso não
podem ser compradas pela maioria da população. Por essa razão,
as pessoas que têm menos recursos se instalam, geralmente, nas
margens de córregos, na periferia das cidades, nas favelas ou nos
cortiços.
Como os grandes centros urbanos estão continuamente
crescendo, o valor dos imóveis também vai aumentando. Isso faz
com que a população de menos recursos vá se afastando mais da
região central.

Equipe de Língua Portuguesa

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A casa de meu avô

Na casa de meu avô


moradia

Além do jardim florido


Plantado pelo seu Júlio
Além de ter um cachorro
Dengoso mas furioso
Das conversas lá no quarto
Do tio Nená que é tantã
Do piano da vovó
unidade 06

Tocando misterioso
De tantos livros bonitos
Da comida da Geralda
Na casa do meu avô
Ou melhor, na casa ao lado
Mora uma certa pessoa
Que se chama Isildinha.
Ah como é boa essa vida
Na casa do meu avô!
Bem melhor do que sorvete
Mais gostoso que bombom
Que refresco, chocolate
Bolo, bala, caramelo.
Ah como é doce essa vida
Na casa do meu avô

AZEVEDO, Ricardo. A casa de meu avô. São Paulo: Ática, 1998.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Olho mágico

A casa
Não tem asas,
Mas a janela tem.
É lírica
A janela,

moradia
Que a poesia revela,
Mostrando o cata-vento da distância,
Flor amarela.
É trágica,
Mostrando
As agonias da favela.
Quando nela me afundo,
Eu penso que a janela
É o olho mágico

unidade 06
Do mundo.

DINORAH, Maria. Cantiga de estrela. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1999.

Sem casa

Tem gente que não tem casa


Mora ao léu debaixo da ponte
No céu, a lua espia
Esse monte de gente
Na rua
Como se fosse papel

Gente tem que ter onde morar


Um canto, um quarto, uma cama
Para no fim do dia
Guardar o seu corpo cansado
Com carinho, com cuidado
Que o corpo é a casa dos pensamentos

MURRAY, Roseana. In: Casas. Ed. Formato. 1ª


Edição. 1994. P.12.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

História de uma criança sem terra

Era uma casa muito engraçada


Era de lona e não de tábua
moradia

Esta casinha chama barraco


Quem mora nela é quem não tem terra.

Quem tem uma casa no assentamento


Morou primeiro no acampamento
Hoje tem horta pro seu sustento
Porque produz o seu alimento.
unidade 06

Eu sou criança e quero escola


Nela aprender e brincar de bola
Sou Sem Terrinha já sei lutar
Quero o direito de estudar

Na minha escola vou aprender


A contar as histórias do meu povo
Semear as sementes do amanhã
E também colher

Eu sou colona, eu sou criança


Tenho orgulho e esperança
Que todo mundo tenha saúde
Cuide da vida e da natureza
Cuidar da vida e cuidar da terra
Porque a terra é nossa riqueza...

ROSANE (14 anos), Rio Grande do Sul (Poema premiado no Concurso


Nacional Feliz Aniversário MST, 1999.
56
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Antes do surgimento da escrita, o homem contava


a sua história, acontecimentos e fatos da vida
cotidiana através da oralidade.
A partir da criação da escrita, a história produzida
pelo homem foi registrada, o que possibilitou ser

comunicação
conhecida por todos os que na sociedade atual,
dominam a leitura e a escrita.
Através da escrita são registrados desde fatos
históricos, acontecimentos diários, até os
sentimentos dos homens.
Atualmente, o homem, na tentativa de se
comunicar com os pontos mais longínquos do
universo, tem enviado mensagem sobre a sua
existência e sobre o seu planeta para outros seres,
que porventura vivam em outros planetas.

FICA NO ALTO
DE UMA MESA
SEMPRE QUE TOCA
EU FICO ACESA.
07
unidade
É QUE O TIRRRIM
ME DEIXA ASSIM
SEMPRE PENSANDO
NUMA SURPRESA

VARGAS, Susana. Doce de casa. São Paulo: Record, 1988. p.20.

57
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Tatu

– ALÔ, O TATU TAÍ?


– NÃO, O TATU NUM TÁ.
comunicação

MAS A MULHER DO TATU TANDO


É O MESMO QUE O TATU TÁ.

CIÇA. O livro de trava-língua. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

Lili e o telefone

Mal tocava o telefone,


unidade 07

Lili corria pra atender:


Só sabia falar: – Alô! Alô!
Qual é o seu nome?
E ficava naquele alô alô danado,
Sem chamar quem foi chamado.

Um dia, foi atender,


Como sempre assanhadinha,
E saiu daquele alô, alô:
– Aqui é a Lili. Aí, quem fala?
A fala falou grosso,
Do outro lado da linha:
– Quem fala é o fantasminha!
Hahahahá, é o fantasminha!

Agora, se o telefone toca,


Lili nem se toca
Ou fica meio encolhidinha.
Tem vontade de atender, mas...
E se for o fantasminha?!

JOSÉ, Elias. Caixa mágica de surpresa.


São Paulo: Paulus, 1984.p.9.

58
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Romário concorre a prêmio

O atacante do Fluminense Romário, mesmo perto de pendurar

comunicação
as chuteiras, continua fazendo sucesso no futebol mundial. O
Baixinho foi indicado para receber o prêmio Gold Foot 2004, do
jornal italiano La Gazzeta dello Sport. Ele concorre com Ronaldo,
Beckham, Figo, Zidane, Davids, Hermán Crespo, Oliver Kahn, Paolo
Maldini e Nedved. Em 2003, Roberto Baggio foi o premiado. O
vencedor, que será escolhido por um júri especial e votos pela
internet, deixará a marca de seus pés, dia 2 de agosto, em uma
das principais avenidas de Monte Carlo, pois o evento é patrocinado
pelo Principado de Mônaco.
GAZETA DO POVO, Curitiba, 20 abr. 2004.

unidade 07
Saiba mais

O jornal é um dos meios de comunicação. Através


dele, as notícias são impressas e transmitidas para os
leitores.
Uma notícia jornalística tem duas partes: manchete
e texto.
As manchetes são escritas nos jornais com letras
maiores e têm como objetivo atrair a atenção do leitor e
resumir a notícia. No texto da notícia observamos
os seguintes elementos:
– Quem? – pessoas
– O quê? – fato
– Onde? – lugar
– Por quê? – causa
– Quando? – tempo
Notícia: relato de fatos ou acontecimentos atuais, de
interesse e importância para a comunidade, capaz de ser
compreendido pelo público.
Reportagem: é uma notícia maior detalhada. O
assunto é tratado com maior profundidade. Geralmente
aparece dividida em blocos cada um deles com um
subtítulo. Numa reportagem o jornalista emite sua opinião
e faz interpretação dos fatos.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O jacaré passou o dia tomando


sol e posando para a TV
Das águas sujas do Tietê voltou a emergir o bicho que
inquieta a cidade e o trânsito.
comunicação

O jacaré do rio Tietê de- nou uma espécie de guardião


monstra estar vivendo muito do animal. Todos os dias,
bem nas águas poluídas. Ele quando tem algum tempo
reapareceu ontem por volta de vago, atravessa as pistas e vai
para a margem do rio verificar
11 horas entre as pontes da
se ele reapareceu. “ Tenho dei-
Vila Maria e Guilherme – o mes-
xado carne para ele. Anteon-
mo local onde tentaram captu-
tem ele mexeu no alimento”
rá-lo na terça-feira passada –
afirma. Adelmo garante que o
unidade 07

quando se acreditava que pu- animal até costuma sair da


desse ter realmente chegado água durante a noite, e às ve-
ao rio Pinheiros, depois de um zes de dia. “ Quando não tem
percurso de 32 quilômetros. ninguém por perto, como hoje,
Saiu da água, arrastou sua cal- ele sai para tomar sol”. Preo-
da sobre a lama e foi tomar sol cupado com a sobrevivência
numa pequena extensão de do jacaré, Adelmo se empenha
areia. Quem o viu primeiro foi em vigiar o local.
Adelmo Alves da Rocha, um O Tietê parece incomodar
ajudante de caminhão, que cha- menos o jacaré, que as tenta-
mou a TV Manchete. A emisso- tivas de capturá-lo. Todos afir-
ra transmitiu imagens do Tei- mam querer salvar o animal e
moso – apelido que ganhou por evitar que morra devido à po-
não se deixar salvar das águas luição. Mas, enquanto os poli-
poluídas – ao vivo, por quase ciais declaravam que ele não
uma hora, até ele mergulhar resistiria mais que alguns dias
novamente no turvo Tietê. dentro da água, o jacaré voltou
Adelmo Alves da Rocha tra- a surpreender, saindo da água
balha próximo ao local e se tor- para tomar sol. (...)

JORNAL DA TARDE, 22/08/90. P.32. Editoria Geral.

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Caixa mágica de surpresa

Um livro
é uma beleza,

comunicação
é caixa mágica
só de surpresa.

Um livro
parece mudo,
mas nele a gente
descobre tudo.

Um livro
tem asas

unidade 07
longas e leves
que, de repente,
levam a gente
longe, longe.

Um livro
é parque de diversões
cheio de sonhos coloridos,
cheio de doces sortidos,
cheio de luzes e balões.

Um livro
é uma floresta
com folhas e flores
e bichos e cores.
É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,
um navio pirata no mar,
um foguete perdido no ar,
é amigo e companheiro.

JOSÉ, Elias. Caixa mágica de surpresa. São Paulo: Paulus, 1984. p.9.

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Campinas, 01 de setembro de 2.002.

Querida Joana.

Estou com muitas saudades de você. Não vejo


comunicação

a hora do feriado chegar para estarmos juntos.


Eu vou adorar ficar uns dias aí com vocês. Só de
pensar nos passeios que faremos já fico ansiosa.
Organize com a turma bons passeios. Também
quero ir ao cinema, assistir aquele filme brasileiro
que está em cartaz (dizem que é ótimo).
Antes que eu esqueça, o meu endereço mudou.
Anote em um lugar seguro para não perdê-lo:

Rua Presidente Prudente, 200


Campinas – São Paulo/SP
CEP 04134.048
unidade 07

Um beijo, Marcela.

Os carteiros

Abrir uma carta,


o coração batendo,
é precioso ritual.
O que terá dentro?
Um convite, um aviso,
uma palavra de amor
que atravessou oceanos
para sussurrar em meu ouvido?

São como conchas as cartas,


guardam o barulho do mar,
o ar das montanhas.
Para mim os carteiros
são quase sagrados,
unicórnios ou magos
no meio dessa vida barulhenta.

MURRAY, Roseana. Artes e Ofícios. São Paulo: FTD, 1990. p.50.

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Bosque das Flores, 10 de junho

Querido papai,

comunicação
Queria muito que você estivesse aqui comigo e com a mamãe
para eu poder contar pessoalmente a aventura que vivi. Mas entendo
que a vida de lenhador leva você, muitas vezes, a estar longe da
gente, tudo bem... mas sinto tantas saudades!
Sabe, pai, passei por momentos de grande medo! Imagina que
eu fui levar uns doces pra vó Joana, que estava doente, e quase
fui comida por um lobo!
Nossa, só de lembrar fico arrepiada! Calma, se estou contando
a história é porque sobrevivi, não fique preocupado.
Voltando aos doces... Eu estava no caminho e encontrei um
lobo que disse que morava na floresta e conhecia um caminho mais

unidade 07
rápido para eu chegar até a casa da vovó. Ele não parecia mau, até
me ajudou a colher algumas flores e carregou um pouco a minha
cesta.
Quando eu cheguei à casa da vovó, percebi que ela estava um
pouquinho estranha, mas quando é que eu ia imaginar que não era
ela?
Pensando bem, hoje eu sei que aqueles olhos tão grandes,
aquele nariz enorme e aquelas orelhas esquisitas não poderiam
ser mesmo da vovó, mas na hora ... sei lá ... não percebi nada e
ainda cheguei bem pertinho.
Foi nesse momento que o lobo pulou em cima de mim. Eu, que
sou bem espertinha, corri para fora e comecei a gritar bem alto.
Por sorte, um caçador que passava por perto ouviu os meus gritos.
Que herói ele foi, papai!
Atirou no lobo, procurou a vovó na casa toda e a encontrou
amarrada no armário. Depois ela me contou que o lobo a escondeu
lá para nos comer mais tarde. Já viu que coisa horrível?
Não fique preocupado, pois aquele lobo já não vive mais.
Espero que você possa estar aqui muito em breve para nós
dois rirmos bastante dessa história.

Um beijo cheio de saudades.

De sua filha, Chapeuzinho Vermelho.

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Você sabia:
história em quadrinhos

As histórias em quadrinhos também sofreram com a


censura. Nos anos 50, foram proibidas nos EUA as HQ’s
de terror. No Brasil, na década de 70, autores nipo-
brasileiros começaram, na editora Edrel, em São Paulo,
a produzir mangás eróticos, que foram censurados.
De onde vem a palavra ‘gibi’? O termo significa
‘moleque’, ‘garoto’. Em 1939, foi lançada uma revista
em quadrinho chamada Gibi e o nome generalizou-se
de tal forma que abrange hoje qualquer revista em
quadrinho e ganhou espaço no dicionário.
A alta do índice de Aids na França levou à criação de
uma campanha na qual o Super-Homem e Mulher-
Maravilha aparecem como se estivessem com o HIV. A
mensagem a ser passada é a de que todos são frágeis,
e não invulneráveis, como os heróis das HQ’s.
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A linguagem dos balões das HQ’s

história em quadrinhos
Os balões, além de organizar as falas e nos dizer
quem as recita na cena, podem também reforçar
dramaticamente a narrativa pelo seu próprio desenho.
Cada um tem a sua função. Os balões foram surgindo
à medida que as HQ’s foram se aperfeiçoando. Veja o
que expressam alguns deles.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Onomatopéias
história em quadrinhos

São palavras que imitam os sons das coisa. Exemplo: Bater de


uma porta, telefone tocando, som de um apito, etc.
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SCHLICHTA, Consuleo B. Educação Artística. Curitiba.: Módulo, 1996.

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história em quadrinhos
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história em quadrinhos
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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Planeta água

Água que nasce na fonte serena do mundo


E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho
E deságua na corrente do ribeirão
Água escura dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão

água
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas, roncos de trovão
E depois dormem tranqüilas
No leito dos lagos,

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No leito dos lagos,
Águas dos igarapés, onde Iara, Mãe D’Água,
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão
(...)

ARANTES, Guilherme. Sony Music Crisálida. (fragmento)

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água

Água
unidade 09

O Brasil detém hoje 2/3 das reservas de água


potável do planeta. Seus sistemas hídricos são
riquíssimos, mas toda essa riqueza está seriamente
ameaçada. Os rios estão secando, contaminados por
agrotóxicos e atingidos pelo desmatamento e pelo
desconhecimento e prática de uma política
ambientalista.
Sabe-se que 70% da superfície da Terra são
cobertos pela água. Desse total, 98% é salobra,
inadequada para a agricultura ou para beber. A maior
parte da água fresca do planeta está presa nas calotas
polares e geleiras ou armazenada debaixo da superfície
da terra.
Cerca de 73% da água fresca utilizada pela
humanidade são destinados à agricultura. De 65% a
70% da água em uso se perdem através de
evaporação, vazamentos e outros desperdícios. Com
20% da população mundial, a Europa tem 7% das
reservas de água. A Ásia, com 60% da população do
globo, detém 31% das reservas.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Enchente

Chama o Alexandre!

água
Chama!
Olha a chuva que chega!
É a enchente
Olha o chão que chove com a chuva...

Olha a chuva que encharca a gente.


Põe a chave na fechadura

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Fecha a porta por causa da chuva.
Olha a rua como se enche!

Enquanto chove, bota a chaleira


no fogo: olha a chama! Olha a chispa!
Olha a chuva nos feixes de lenha!

Vamos tomar chá, pois a chuva


é tanta que nem de galocha
se pode andar na rua cheia!

Chama o Alexandre!
Chama!

MEIRELES, Cecília. Ou Isto ou Aquilo.


Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2002, p. 73.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Ao atravessar a rua e na saída da escola


a criança no trânsito

Antes de atravessar a rua,


procure uma faixa de pedestre,
olhe sempre para os dois lados
para ver se vem algum veículo e
atravesse em linha reta. Não
corra ao atravessar a rua.

No ônibus escolar

Entrar e sair do ônibus, só se


ele estiver totalmente parado.
10

Não coloque a cabeça ou o braço


para fora da janela. Evite ficar em
pé com o ônibus em movimento
e evite conversar com o
motorista, porque isso pode
distraí-lo e tirar a atenção do
trânsito. Se sua condução escolar
tiver cinto de segurança, use-o
sempre! Conte aos pais se no caminho o motorista
unidade

corre muito, dá freadas bruscas ou grita com você.

No carro de seus pais

Criança menor de 10 anos deve ficar


sempre sentada no banco traseiro e com
o cinto de segurança. Não mexa nos
equipamentos do veículo, pois você pode
movimentar o carro e não saber como
controlá-lo. Não fique em pé entre os
bancos dianteiros. Não coloque o braço
nem a cabeça para fora da janela. Nunca
jogue nada para fora do carro, isso pode atrapalhar quem
vem logo atrás e causar acidentes.

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72
Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

a criança no trânsito
De bicicleta
A criança não deve andar de bicicleta
nas ruas, pois não conhece direito as
regras do trânsito e pode causar
acidentes. Ande sempre pela ciclovia,
ou então em locais sem perigo de
trânsito como parques e praças. Não
ande sobre as calçadas. Verifique
sempre os freios da bicicleta. Utilize
capacete.

10
Brincando na rua

Quando for soltar pipa ou brincar de outras coisas, fique longe


das ruas. Você pode se distrair e não observar os veículos. Nunca
brinque atrás ou embaixo de um carro, ônibus ou um caminhão
parado. Na hora de sair, o motorista pode não ver você.
Quando a bola cair na rua, não corra atrás dela. Peça para algum

unidade
adulto ir pegá-la, ou observe antes os dois lados se vem algum
carro.

Nota: Os textos desta unidade, apresentados acima, são de autoria do DETRAN/PR e as


imagens são do “A Caminho da Escola” ( Governo Federal/Ministério da Educação/CONTRAN

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Como uma criança pode se proteger de um


a criança no trânsito

acidente com bicicleta, skate ou patins

Ao andar de bicicleta, skate ou patins, um dos maiores perigos


são as lesões na cabeça, que podem levar à morte ou deixar
seqüelas permanentes. A maneira mais efetiva de reduzir lesões
na cabeça é usar o capacete. Esta única regra pode reduzir o risco
de lesões na cabeça, inclusive traumatismo craniano, em até 85%.

• Compre um capacete que atenda aos padrões de qualidade.

• O tamanho é essencial. O capacete deve ser confortável e


aconchegante, nunca apertado. Também não pode ficar solto,
balançando de um lado para o outro.

• Tenha certeza de que está usando o capacete corretamente,


centrado na parte de cima da cabeça e as tiras ajustadas e
10

afiveladas sob o queixo.

Saiba mais

• Uma bicicleta apropriada e com manutenção em dia ajuda na


prevenção: os pneus firmes e devidamente cheios, os refletores
devem estar seguros, os freios funcionando perfeitamente e as
marchas movendo com facilidade. Os pés devem alcançar o chão
unidade

enquanto o ciclista estiver sentado no assento da bicicleta.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Conheça uma ESCOLA DE TRÂNSITO

a criança no trânsito
O Departamento de Estra-
das e Rodagem do Paraná
(DER-PR) mantém escolas
de trânsito em seis cidades
do Estado: Cascavel, Curi-
tiba Maringá, Francisco Bel-
trão, Ponta Grossa e Lon-
drina.

As escolinhas de trân-
sito, como são carinho-
samente chamadas,
oferecem atividades

10
para alunos da 4ª série
do Ensino Fundamental.

As crianças passam meio período


na unidade, onde vivenciam
situações comuns enfrentadas no
dia-a-dia do trânsito. Elas

unidade
participam de peças de teatro,
palestras e orientações dadas por
monitores e policiais.

Por ano, as seis unidades do DER


recebem cerca de 120 mil alunos,
atendendo mais de 1200 escolas.
O aprendizado adquirido nas
escolinhas de trânsito tem um
impacto positivo nas crianças e,
conseqüentemente, nos futuros
adultos.

Fonte: Texto adaptado da Revista DETRÂNSITO – DETRAN/PR n.4. ano II. julho 2002.p.2
Fotos da Escola de Trânsito/DR Curitiba

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