You are on page 1of 3

Jurisprudências – Defesa do Consumidor – Aulas 8 a 14

Aluno: Cáio Cesar Dias Castro Oliveira

Aula 8

Processo: REsp 897148 / MT RECURSO ESPECIAL 2006/0233675-0


Relator(a): Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS (1096)
Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA Data do Julgamento: 20/09/2007

Ementa
CONTRATO BANCÁRIO. AUSÊNCIA DE OFENSA AO ARTIGO 535 DO CPC.
APRECIAÇÃO DE OFÍCIO. INOCORRÊNCIA. CLÁUSULAS GERAIS. DESINFORMAÇÃO
DO CONSUMIDOR. JUROS REMUNERATÓRIOS. INEXISTÊNCIA DE PACTUAÇÃO.
CAPITALIZAÇÃO ANUAL DE JUROS EM CONTA CORRENTE. POSSIBILIDADE.
COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. AUSÊNCIA DE CONTRATAÇÃO.
- Não há ofensa ao Art. 535 do CPC se, embora rejeitando os embargos
de declaração, o acórdão examinou todas as questões pertinentes.
- Não há revisão de ofício do contrato, pois os fundamentos do
acórdão recorrido não fazem coisa julgada.
- É ineficaz, no contrato de adesão, cláusula inserida em documento
que - embora registrado em cartório - não foi exibido ao
consumidor, no momento da adesão (CDC, Arts. 46 e segs.).
- No caso de previsão potestativa da taxa de juros remuneratórios ou
sua inexistência, os juros devem ser aplicados consoante a média de
mercado. Precedente da Segunda Seção.
- É lícita a capitalização anual de juros em conta corrente.
- É defeso cobrar comissão de permanência não pactuada no
instrumento. Incide a Súmula 294.

Aula 9

Processo: REsp 469911 / SP RECURSO ESPECIAL 2002/0123795-4


Relator(a): Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR (1110)
Órgão Julgador: T4 - QUARTA TURMA Data do Julgamento: 12/02/2008

Ementa
CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CLÁUSULA
CONTRATUAL CUMULADA COM PEDIDO DE RESSARCIMENTO DE DESPESAS
HOSPITALARES. ASSOCIAÇÃO. RELAÇÃO DE CONSUMO RECONHECIDA. LIMITAÇÃO
DE DIAS DE INTERNAÇÃO EM UTI. ABUSIVIDADE. NULIDADE.
I. A 2a Seção do STJ já firmou o entendimento no sentido de que é
abusiva a cláusula limitativa de tempo de internação em UTI (REsp n.
251.024/SP, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, por maioria,
DJU de 04.02.2002).
II. A relação de consumo caracteriza-se pelo objeto contratado, no
caso a cobertura médico-hospitalar, sendo desinfluente a natureza
jurídica da entidade que presta os serviços, ainda que se diga sem
caráter lucrativo, mas que mantém plano de saúde remunerado.
III. Recurso especial conhecido e provido. Ação procedente.
Aula 10

Processo: REsp 1038272 / RS RECURSO ESPECIAL 2008/0051513-8


Relator(a) Ministro: ALDIR PASSARINHO JUNIOR (1110)
Órgão Julgador: T4 - QUARTA TURMA Data do Julgamento: 17/06/2008

Ementa:
CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. INSCRIÇÃO NA
SERASA. PROTESTO DE TÍTULO. FATO VERÍDICO. OMISSÃO NA COMUNICAÇÃO NO
CADASTRO DA RÉ. CDC, ART. 43, § 2º.
I. Constatado que o protesto contra a autora constante nos registros
da SERASA é fato verdadeiro, não se configura o dever de indenizar
pela não comunicação à devedora, notadamente porque a existência do
apontamento é informação de domínio público, que pode ser coletada
pelos bancos de dados e órgãos cadastrais dispensadas daquela
providência pelo princípio da publicidade imanente.
II. Recurso não conhecido.

Aula 11

Processo: REsp 471752 / RS RECURSO ESPECIAL 2002/0124790-2


Relator(a) Ministro: CESAR ASFOR ROCHA (1098)
Órgão Julgador: T4 - QUARTA TURMA Data do Julgamento: 12/09/2006

Ementa
CIVIL E PROCESSUAL. CARTÃO DE CRÉDITO. DÍVIDA. AÇÃO REVISIONAL.
JUROS. LIMITAÇÃO. COMISSÕES.
I. As administradoras de cartão de crédito inserem-se entre as
instituições financeiras regidas pela Lei n. 4.595/1964.
II. Não se aplica a limitação de juros de 12% ao ano prevista na Lei
de Usura aos contratos de cartão de crédito.
III. Ausência de prequestionamento impeditiva do exame do recurso
especial em toda a pretensão deduzida pela parte.
IV. Recurso especial não conhecido.

Aula 12

Processo: REsp 629212 / RJ RECURSO ESPECIAL 2004/0019175-2


Relator(a) Ministro: CESAR ASFOR ROCHA (1098)
Órgão Julgador: T4 - QUARTA TURMA Data do Julgamento: 15/05/2007

Ementa
RESPONSABILIDADE CIVIL. CONSUMIDOR. INFECÇÃO HOSPITALAR.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO HOSPITAL. ART. 14 DO CDC. DANO MORAL.
QUANTUM INDENIZATÓRIO.
O hospital responde objetivamente pela infecção hospitalar, pois
esta decorre do fato da internação e não da atividade médica em si.
O valor arbitrado a título de danos morais pelo Tribunal a quo não
se revela exagerado ou desproporcional às peculiaridades da espécie,
não justificando a excepcional intervenção desta Corte para revê-lo.
Recurso especial não conhecido.
Aula 13

Processo: REsp 696816 / RJ RECURSO ESPECIAL 2004/0147235-7


Relator(a) Ministro: SIDNEI BENETI (1137)
Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA Data do Julgamento: 06/10/2009

Ementa
PROCESSUAL CIVIL. ÔNUS PROCESSUAL. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
ATIVIDADE INSTRUTÓRIA DO JUIZ. DETERMINAÇÃO DE OFÍCIO DE PRODUÇÃO DE
PROVA PERICIAL. ADIANTAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS.
I - Ônus processual pode ser entendido como uma faculdade cujo
exercício configura implemento de condição apta a colocar a parte em
situação processual mais vantajosa. Transportando essa noção para o
campo probatório é possível afirmar que o ônus da prova exorta a
parte que o suporta a produzir determinada prova, sob pena de, não o
fazendo, ver constituída em seu desfavor, uma situação gravosa.
Assim, se a parte não se desincumbe do ônus de provar determinado
fato, resta ao juiz interpretar o non liquet que daí pode se
originar em desfavor dessa mesma parte.
II - Considerando o princípio da inafastabilidade da Jurisdição, as
regras relativas ao ônus da prova se apresentam, portanto, como um
instrumento que permite ao juiz proferir sentença nas hipóteses em
que ele não conseguiu formar uma convicção (motivada) a respeito dos
fatos. Precedentes.
III - A inversão do ônus da prova não é incompatível com a atividade
instrutória do juiz reconhecida no artigo 130 do Código de Processo
Civil.
IV - Não se impõe à parte contrária a obrigação de adiantar as
custas relativas às provas determinadas de ofício pelo juiz,
cumprindo, nesse caso, ao próprio autor beneficiado com a inversão,
adiantar as custas. Precedentes.
Recurso especial improvido.

Aula 14

Processo: REsp 43585 / MG RECURSO ESPECIAL 1994/0002889-0


Relator(a) Ministro: ALDIR PASSARINHO JUNIOR (1110)
Órgão Julgador: T4 - QUARTA TURMA Data do Julgamento: 14/12/2000

Ementa
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. AUMENTO DE MENSALIDADE
ESCOLAR. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE.
I. Pacífica na jurisprudência desta Corte a orientação de que o
Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública
em defesa de interesses coletivos, visando a coibir aumento abusivo
de mensalidade escolar (art. 81, II, da CDC).
II. Precedente da Corte Especial: EREsp n. 65.836/MG, relator
Ministro Paulo Costa Leite, DJ de 22/11/99.
III. Recurso conhecido e provido.

Fonte: STJ (pesquisa no sítio eletrônico)

You might also like