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osteiros mencionados no ano de 1794. Por esta razo, e tambm pela natureza mistific
adora da personalidade do autor a crtica divide-se[1] quanto ao gnero da obra: se
esta pertence literatura de viagem ou s memrias.
O relato de Beckford encontra-se povoado de personagens da Histria portuguesa, no
meadamente os seus dois companheiros de viagem o Prior de S. Vicente e o Gro Prio
r de Avis, mas tambm D. Joo VI,na altura prncipe-regente, D. Carlota Joaquina, o Ma
rqus de Marialva e outros, no faltando a rainha D. Maria I, que, se bem que no apar
ecendo, faz-se ouvir com "(...)guinchos agonizantes(...)"[2] indicadores da sua
loucura.
A estes junta-se o squito de Beckford: Franchi, o seu secretrio portugus, Monsieur
Simon, o chef francs, e o Dr. Ehrhart, o mdico alemo; assim como um grande nmero nob
res, monges e alcaides que formam um grotesco retrato da sociedade do fim do scul
o XVIII, acima da qual brilha a figura sentimental e irnica do prprio autor.
redigiu um dirio que, 4O anos mais tarde, desenvolveu e publicou em Inglaterra so
b o ttulo
William Beckford (1769-1844), clebre viajante ingls, homem de letras e de artes, v
isitou o Mosteiro de Alcobaa em Junho de 1794. Mais tarde publicaria as memrias da
s suas vindas a Portugal, nas quais incluiu o relato da sua viagem e estadia na
Abadia cisterciense de Alcobaa.
The other day, in examining some papers, I met with very slight notes of this
Excursion. Flattering myself that,
perhaps, they might not be totally unworthy of expansion, I invoked the powers
of memory
and behold, up rose the whole series of recollections I am now submit
ting to that indulgent Public, which has shown more favour to my former sketches
than they merited.
London,
O June 1835.