O documento descreve o caso de uma aluna com Síndrome de Down matriculada em uma escola particular no Rio de Janeiro. A escola promove a inclusão da aluna e fornece apoio adaptado para atender às suas necessidades de aprendizagem. A professora usa estratégias como recursos visuais para ajudar a aluna a aprender. A família também está envolvida no processo de educação da aluna.
Original Description:
Universidade Estácio de Sá - A EDUCAÇÃO INCLUSIVA DENTRO DE UMA ESCOLA REGULAR
O documento descreve o caso de uma aluna com Síndrome de Down matriculada em uma escola particular no Rio de Janeiro. A escola promove a inclusão da aluna e fornece apoio adaptado para atender às suas necessidades de aprendizagem. A professora usa estratégias como recursos visuais para ajudar a aluna a aprender. A família também está envolvida no processo de educação da aluna.
O documento descreve o caso de uma aluna com Síndrome de Down matriculada em uma escola particular no Rio de Janeiro. A escola promove a inclusão da aluna e fornece apoio adaptado para atender às suas necessidades de aprendizagem. A professora usa estratégias como recursos visuais para ajudar a aluna a aprender. A família também está envolvida no processo de educação da aluna.
estruturada do curso de Letras Ingls/Literaturas da Universidade Estcio de S, EAD, apresentado Educao Especial a professora Taisa Vliese de Lemos.
Rio de Janeiro 2015
Na atual sociedade, a incluso de pessoas com necessidades especiais
tornou-se necessria em todas as esferas da sociedade. A escola, como ambiente difusor de valores e formador de opinio, tem um papel importante e necessita ser o primeiro ambiente a promover e valorizar a diversidade, possibilitando assim a incluso. A
educao
inclusiva
determina
que
todos
os
alunos,
independentemente de suas condies biolgicas, sociais e /ou econmicas,
possuem como direito uma escolarizao gratuita e de qualidade. A incluso escolar, no Brasil, encontra-se em um momento privilegiado se levarmos em considerao todo o caminho percorrido at a implementao das polticas pblicas que hoje temos em vigor e os debates cada vez mais fundamentados e recorrentes sobre uma educao para todos. At os anos oitenta, a educao especial era ligada ao modelo clnico, onde os alunos eram avaliados por profissionais de sade que se responsabilizavam pelo diagnstico e tratamento dos mesmos. A Educao dos deficientes, nesse caso, era considerada de pouca importncia. Refletir sobre incluso requer que pensemos de forma responsvel e consciente. Pois no somente colocar o aluno com necessidade especial na escola ou classe regular, mas sim garantir sua aprendizagem efetiva. Logo, precisamos pensar sobre currculos, metodologias, dinmica escolar; ou seja, repensar a funo da escola e o papel do professor frente diversidade. Para o presente trabalho, temos como caso de estudo uma aluna com Sndrome de Down, da educao infantil, com cinco anos de idade, que iniciou sua vida escolar aos trs anos em uma turma de Maternal numa escola particular no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro, onde a aluna ainda estuda. Atualmente a escola recebe alunos de um a seis anos, nos turnos manh, tarde e integral. A escola tem uma boa estrutura fsica, conta com espaos diversos, parquinho com brinquedos variados e bem conservados, quadra ampla e bem cuidada, sala de leitura, refeitrio, ptio aberto e rea de pintura e confeco
de trabalhos manuais. As salas so amplas, lindamente decoradas e possuem
mobilirio padro que se adequa a estatura das crianas. A instituio busca seguir um modelo de ensino construtivista e encoraja uma abordagem humanista, onde entendem-se que lidar com a diversidade, seja ela qual for, faz parte do crescimento intelectual e social da criana, valorizando a aprendizagem de cada uma como sujeito nico. Em sua aprendizagem, a aluna apresenta dificuldades na leitura e escrita, porm, consegue fazer leitura de imagem e, a partir da sequncia de imagens ou ilustraes, interpreta o contedo de um texto simples. Identifica personagens de filmes em desenhos, participa de situaes de comunicao quando est em grupo, compreendendo relatos breves, como tambm, demonstra interesse por histrias e pequenos contos. Identifica algumas letras e consegue escrever seu primeiro nome sem ajuda. Faz cpia de um livro para seu caderno (se este estiver prximo a ela). Conhece alguns nmeros e algumas cores. Participa e mostra grande interesse nas aulas e ingls, sabendo usar vocbulos simples. Percebe-se
que
aluna
colabora
na
realizao
das
tarefas
proporcionadas em sala de aula, porm, necessita de uma ateno direta e um
estmulo constante, porque demonstra uma grande insegurana durante o desenvolvimento das atividades; entretanto, quando as instrues dadas pelas professoras so claras e precisas em relao a atividade proposta se ajustam s suas possibilidades e a aluna consegue corresponder ao que solicitado. A aluna mantm um bom relacionamento com seus colegas, professores e demais funcionrios da escola. Reage com reprovaes diante de alguma mudana, como por exemplo, a troca de professor, recusando, inicialmente, a presena do novo professor, mas depois de algum tempo de contato estabelece uma relao de apego e demonstra um nvel de autonomia com iniciativas para dialogar sobre assuntos que lhe interessam naquele momento. Apresenta, porm, uma alterao de humor momentnea quando algo no lhe agrada. Interage com todos os alunos da escola, especialmente com os colegas de sala e se envolve nas brincadeiras durante o recreio.
A classe em que a aluna se encontra matriculada tem como professora
uma pedagoga especializada em alfabetizao de trinta e trs anos de idade, sendo treze destes dedicado ao magistrio. uma professora com experincia em educao especial e se mostra muito interessada e preocupada com o desenvolvimento de toda a turma. Alm da professora, a turma tambm conta com a participao de uma estagiara que exerce a funo de assistente da professora regente, auxiliando-a sempre que necessrio. A estagiaria est sempre presente e muito prestativa, ajudando a aluna com sndrome de down sempre que necessrio. A professora da turma acredita que o maior desafio colocar em prticas atividades que sejam to interessantes para os alunos regulares quanto para a aluna com sndrome de down. A educadora afirma que crianas com sndrome de Down frequentemente apresentam perodos de concentrao menores do que seus colegas e, portanto, deve-se desenvolver estratgias que as ajudem a aumentar seu tempo de ateno e a ampliar suas capacidades cognitivas. Para tanto, a professora se utiliza de estruturas e rotinas prdeterminadas para ajudar a aluna em sala de aula. Com o auxlio de recursos visuais, como fotografias e objetos de referncia, a aluna tem respostas mais positivas em seu processo de aprendizagem e interao. Alm disso, foi necessrio que vrias atividades e objetivos fossem modificados e adaptados para o nvel de compreenso e desenvolvimento da aluna em questo. As propostas das atividades so feitas em uma linguagem simples e objetiva, de forma significativa e relacionada a experincias do dia a dia. A participao da famlia muito importante dentro do mbito da escola. Para tal, todos os alunos tem uma agenda em que a professora relata os acontecimentos do dia na escola. Os pais tambm se utilizam da mesma para comunicar a professora e a escola qualquer acontecimento que seja relevante ao mbito escolar. A instituio em que a aluna est matricula preza muito pela interao famlia-escola e para tanto, oferece oficinas, festas e encontros peridicos entre os pais e educadores. A avaliao da aluna se d de forma contnua, ou seja, no existe uma avaliao especifica para a aluna. A professora leva em considerao todo o
perodo escolar para avaliar o nvel de aprendizado e progresso da aluna.
Alm
disso,
so
avaliados
assiduidade,
da
pontualidade
da
responsabilidade do aluno para com atividades propostas .
A professora acredita que o maior desafio encontrado dentro da educao inclusiva ainda o preconceito e a ignorncia, pois poucas pessoas acreditam na importncia da incluso educativa na vida de uma criana. Ela tambm acredita que a falta de profissionais e instituies habilitadas para trabalhar com crianas portadoras de necessidades especiais faz com que os familiares destas desacreditem no potencial das mesmas, conformando-se com um futuro limitado para elas. Conclui-se, portanto, que so importantes os estudos e aes que enfoquem a educao e as necessidades educacionais dos estudantes, bem como informaes comunidade escolar sobre as deficincias e a busca de estratgias que propiciem o aprendizado e o pleno alcance das potencialidades dos alunos, atravs da parceria entre escola regular e especial, quando necessrio, e de debates envolvendo todos os atores do processo educativo: educadores, funcionrios das escolas, alunos e seus familiares. Esse processo no fcil, mas necessrio e urgente, sobretudo em uma poca que nos desafia a ampliar a prtica de uma educao que atenda verdadeiramente a todos os alunos. Embora tenhamos evoludo, ainda temos um longo caminho a percorrer para que possamos realmente alcanar uma educao de qualidade, abrangendo e se adequando para atender e possibilitar um ensino significativo a todos os alunos. Um grande desafio atualmente o de fazer cumprir a legislao em vigor, garantindo aos alunos com necessidades educacionais especiais ingresso, permanncia e aprendizagem na escola.
A relação entre afetividade e inclusão escolar: uma abordagem sobre a importância da afetividade na relação professor-aluno, no desenvolvimento e na aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais