No momento em que fui capturado, realmente no estava em mim. Como que poderia, eu, uma pessoa brilhante e honrosa, ser um assassino? Comecei a me remexer nos braos do policial, como se fosse um animal que soubesse que ia morrer. Houve um momento no qual o tira deu uma brecha, involuntariamente, para eu fugir. Tentei correr, e se no conseguisse correr, me arrastaria, como um maldito verme. Fui ao beco mais prximo e fiquei ali mesmo, esperando o sangue esfriar e eu conseguir ter uma deciso racional. Respirei fundo, porm no conseguia pensar em nenhuma alternativa. Fechei os olhos, esperando alguma ideia vir na minha mente... Entretanto, estando de olhos fechados, ouvi a voz da minha me, dizendo: -Filho, viemos para c por causa da perseguio da imprensa, vamos ficar aqui por algumas semanas, tudo bem? Quando abri os olhos, eu estava, presumidamente por causa do mago, numa cena da minha infncia, na qual eu e meus pais fomos nossa casa no interior. Eu chorei e diretamente abracei meus pais, e eles me perguntaram o porqu de eu ficar afetivo do nada, e eu disse-os que era porque os amava muito. Estava a uma soluo, a antiga casa no interior, na qual apenas meus pais e eu sabemos a localizao. De forma inteligente, consegui contornar a rea de viso da polcia e peguei meu carro. Botei um bon, para dificultar o reconhecimento, e fui em frente. J estava de noite, e bem escuro, observando. Estava tudo calmo, quando, na rodovia, um outro carro, de origem misteriosa, me cortou e eu acabei capotando. Por sorte, o air-bag do meu carro se ativou e eu no me machuquei. Soltei o cinto de segurana rapidamente e pulei beira abaixo, e nisso o carro explodiu. Tropecei e rolei por momentos at cair no plano, l fiquei ditado durante meia hora, pensando em quem fez tudo isso. Logo presumi que era uma conspirao contra mim, mas no sabia se era para me matar ou para me ver preso, ou algo desse tipo. Quando levantei e dei uma olhada ao meu redor, parecia que a minha casa estava perto...