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Um paradoxo onde apenas eu existo

Captulo 2- Um verme na linha temporal


No momento em que fui capturado, realmente no estava em mim.
Como que poderia, eu, uma pessoa brilhante e honrosa, ser um
assassino? Comecei a me remexer nos braos do policial, como se
fosse um animal que soubesse que ia morrer. Houve um momento no
qual o tira deu uma brecha, involuntariamente, para eu fugir. Tentei
correr, e se no conseguisse correr, me arrastaria, como um maldito
verme. Fui ao beco mais prximo e fiquei ali mesmo, esperando o
sangue esfriar e eu conseguir ter uma deciso racional. Respirei
fundo, porm no conseguia pensar em nenhuma alternativa. Fechei
os olhos, esperando alguma ideia vir na minha mente...
Entretanto, estando de olhos fechados, ouvi a voz da minha me,
dizendo:
-Filho, viemos para c por causa da perseguio da imprensa, vamos
ficar aqui por algumas semanas, tudo bem?
Quando abri os olhos, eu estava, presumidamente por causa do
mago, numa cena da minha infncia, na qual eu e meus pais fomos
nossa casa no interior. Eu chorei e diretamente abracei meus pais, e
eles me perguntaram o porqu de eu ficar afetivo do nada, e eu
disse-os que era porque os amava muito.
Estava a uma soluo, a antiga casa no interior, na qual apenas
meus pais e eu sabemos a localizao. De forma inteligente, consegui
contornar a rea de viso da polcia e peguei meu carro. Botei um
bon, para dificultar o reconhecimento, e fui em frente.
J estava de noite, e bem escuro, observando. Estava tudo calmo,
quando, na rodovia, um outro carro, de origem misteriosa, me cortou
e eu acabei capotando. Por sorte, o air-bag do meu carro se ativou e
eu no me machuquei. Soltei o cinto de segurana rapidamente e
pulei beira abaixo, e nisso o carro explodiu. Tropecei e rolei por
momentos at cair no plano, l fiquei ditado durante meia hora,
pensando em quem fez tudo isso. Logo presumi que era uma
conspirao contra mim, mas no sabia se era para me matar ou para
me ver preso, ou algo desse tipo. Quando levantei e dei uma olhada
ao meu redor, parecia que a minha casa estava perto...

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