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ae en rere TEST SSH SSE eae | manual de instrugées do cérebro para alunos em geral v3 Aprenda vocé também os ‘/ pasos certos para se tornar... (© MAIS INTELIGENTE. ALN Colegio nouropedagogia voL.1 cyanea inh USTUGOESOECAN EMAL Sra Ona oom Nota & nova edicdo Introdugaio on Parte 1 A PROGRAM DO SEU CEREBRO Parte 2 ACELERANDO OS NEURONIOS Como se tornar mais inteligente 69 Os cinco passos 7 Um pouco de cibernética 125 E agora uma provinha 133 Agradecimentos 137 Referéncias 139 Nota a nova edicao ‘As edicBes anteriores deste modesto livrinho se esgota- ram com uma velocidad imprevista, abriganda-me a dedicar mais tempo & presente edicdo, em detrimento do cronogra- ‘ma do volume 2 (Estimulando Inteligénca, dedicado aos pais dos alunos) e do volume 3 (Ensinando Inteligéncia, dedicado a0s professores). ‘Apesar de Aprendendo Inteligéncia ter sido escrito ten- do em vista um leitor jovem, na fase estudantil,o livro tam- bém foi ido por uma grande quantidade de profssionais preacupados em tomar a escola brasileira um fatorimportan- te, sendo decisivo, na transformacao de nossa sociedade. Ha uma grande diferenga entre pessoas sérias que se de- dicam & pedagoaia de forma eficaze ética e pseudoprofssio- nais que sé saber exibirum “pedagogiqués" vazio, preocupa- dos apenas em manter um cmodo e mediocre status quo. ‘Muito me orgulha ter recebido o apoio dos proissionais sérios. E muito me reconforta ter ouvido, por parte deles, frases como “Professor, & exatamente assim que eu penso”. Pelo menos no estou sozinho! ‘A esses profissionais e aos pais, que tanto carinho tém demonstrado pelo meu trabalho, prometo acelerar os tem- pos para dar 0 acabamento necessério aos outros dois volu- mes desta “trloaia’, Por enquanto, meu MUITO OBRIGADO. Prof. Pier Introdugio ‘Ao longo do dltimo meio século, tenho tentado fazer com ‘qe as pessoas que me rodeiam, colegas, amigos, alunos, fihos, quem cada vez mais inteligentes. Por incrivel que parca... tenho conseguido! Essa 6 a raz pela qual reduziminhasatividades em sala de aula (mas que nunca ‘tei abandonar: morrerei com um ppedaco de giz na mo) tenho me dedicado a percorer es- cols fazendo palestas, de forma a, se ndo eliminar, pelo menos redure as absundos eemetides par alunos, familias, proessore e pedagogas, quando o assunto 6 ESCOLA ‘Agumas nogées de neuropedagogia pemitem fazer com que as pessoas percebam os absurdos cometidas em 99% das escolas brasileira. ‘A receptivdade tem sido excelente (com, é claro, algu- mas exceées), mas, em minha opinso, insufiiente. No day after tudo parece mudar para melhor. mas. com 0 comer do tempo, velhos vicios retornam e os absurdos vol- tama ser cometidos. ‘Além disso, por mais que eu me predsponha a viajar, 0 Brasil € imenso e o ndmero de escolas que precsariam re- pensar suas certezas€ gigantesco. ‘A solucdo & Obvia: escrever um livo para ating um pa blico maior. Na realidade sdo trés: um para alunos. outro ara pais e outro para profesores. Este 0 primeite, porque resolvi comerar pelo piblico mais disposto a muda: os alunos. 0 Livro esta dividido em duas partes: na primeira, oleitor (vocé) poders entender 0 que ha de errado na maneira de encarar a ESCOLA e como, de maneira até facile simples, evitar 0s eros mais comuns. Na segunda parte, ha uma espécie de receita de como se tomar mais intligente, Pode acreditar... funcionat Um dos ingredientes da receita € o de obrigar o cérebro a fazer “musculagio mental”, ou sea, se ha uma forma facile uma dificil, opte pela dificil. Para ser coerente, portanto, coloque’ as citagdes no comeco de cada capitulo, em inglés, 6 para ficar um pouco mais dificil ©, Boa leitural 4) No se peace, norodapé coloquel una versio em portugés 0 Parte 1 A‘ @ _DESEU CEREBRO Explosdo demografica ‘Quando eu tinha uns nove anos, ainda no primario (hoje Fundamental 1), um professor props o seguinte problema: Dentro de uma gare, che de um guido nut- tivo, cai um micrbio. 0 micrbio se alimenta cece € se divide em dos Os diss alimentam, crescem e, or sua vez, Se cade dando ongem a quatro mires. Verifcamos que o nimero de micébias dupa de mi- to em minuto, Sabemosqueoprcro micro cau ‘na garrafa 4 meia-noite e que a garrafa chegou a se encher pela metade de micrbios em quatro hres, ov Sef, ela esté pela metode ds quatro horas da mand. A que horas ela estaré totalmente cheia? 2) Populagio, quando nfo contolats,cresce em razio gam Recursos desubsistncaerescem, apenas, em fzao attic Population, when unchecked, Jnaeoses in a geometica ratio Subsistence increases cry in tenet rote.* Thomas Robert Malthus (1766-1834) 3 4 E todos nés, trouxas, cafmos na armadilha e respondemos quase em coro: - As ito horas. Com muita paciénca, 0 professor nos explicou que, se 0 ‘nimero de micrébios duplicava a cada minuto, em apenas mais um minuto a garrafa, que ja estava pela metade, ria se encher completamente. ‘A resposta correta, portanto, seria: - As quatro horas e um minutot "esse momento, senti a saudvel sensacio de ser um ver- ddadeiro tonto (sensagdo essa que se repetiiafreqientemen- te ao longo de minha existencia). 0 episédio, porém, teria sido completamente esquecido se, muitos anos mais tarde, eu no tivesse lido um artigo escrito por alguem que, com certeza, conhecra a historia dos micrdbios.” Em resumo, a historia comegava com a garrafa pela meta- de e um mict6bio politico fazendo um discurso pela “Rede ‘Ameba’: Minhas compatriotas e meus compatriotas! 134 faz muito tempo, quatro longas horas para ser exo- to, que nosso ancestral comum chegow nessa garrafa deserta e, com corajoso espiito pioneiro, a colon zou. ‘Nossa estimpe orgulhosamente cresceu, apesor dos gr- tos de estipidos ambientalistas que ficom bradando ‘contra 0 que eles denominam ‘crescimento desordena: do’ e ‘ilapidagio dos recursos natura: 3) Por Favor, se algum lito identifiaro autor da histvia a sequit, me comuniqu, Js que ele merece 0 crit, Serd que eles ndo enxergam que, no deconer de toda nossa histéria, sé consumimas @ metade do espaco e dos recursos dispontveis? Toda a outra metade estd virgem e intocada para as graces seguintes! Além disso, para calar esses pessi- rmistos, quero dar uma excelente noticia em primeira pseud6podo': Nossa agéncia espacial enviow algumas sondas para ex- ploragéo no espago extragarafal e descobriv nas vzi- ‘nhangas seis garafasidénticas& nossa, completamente desertas e cheias de liquid nutritvo, para as quois j6 transferimos alguns corajosos clones, Portanto, se jd consumimos 0 espaco e a comida de ‘apenas meia garrafa em toda a exsténcia de nossa na- (0, as geragées futurasirdo dispor de muitas e muitas ‘eras antes de comegare se preocypar, dando ouvidas a cesses chatos dos ambientalistas. nity Se algum dia nossa garrafa ficar cheta, transferiremos ‘num instante as duas metades da populagéo em duas garry vigens. 4) Se fsse um politico humane seria em primeia mio 15 3min, E, sob aplausos entusidsticos, nos ISy so personagem desce do-palanaue, sorrndo e acenando para a multiio, is minutos depois, todos os micrdbios de todas as garrafas co- ‘megam a morrer de fome! = Bonita histéria - voc dia comigo? Pois é, meu caro e jovem leitor, vocé jé deve ter ouvido algum(a) professor(a) de histéria dizendo que devemos es tudar 0 passado para no cometermos os mesmos eros no presente, ‘Acontece que hé um erro que jamais foi cometido no pas- sado e que, pela primeira vez na historia da humanidade, cesté sendo cometido agora. Endo foi por falta de aviso. Entre no Google e dé uma pesquisada sobre otal de Mal thus, citado no comeco deste capftulo: Google: mamas Ha uns dots mil anos, alguém repetiu: ~ Crescei e mult- plicai-vos. Acontece que, naquela época, toda a populago muncial sgirava em tomo de 100 mithoes de seres humanos. ‘Apenas 100 mithdes! ‘Mas 0 que isso tem a ver Tente, por favor, imaginar: todos os nativos americanos, todos 0s africanos, europeus, asiaticos, aborigenes austra- lianos, polinésios etc. somados, perfaziam um pouco mais do que a metade da populacio da Brasil (que, com certeza, rio podemos dizer que esteja “abarrotado”). Se, para cada ser humano daquela época, houvesse uns ‘dez nos dias de hoje, supondo uma racional distribuigéo de renda... ---viveriamos todos com conforto, com eletricidade, agua ‘encanada, moradia, lazer, trabalho e alimentagdo. Nao have- ria fome, miséria, doenca e guerras. 0 conselho mutiplica'- vos, porém, fol levado a serio demas e, em vex de muttipl- car por 10, multiplicamas por 70! v Pais &, meu caro e jovem leitor: BEM-VINDO A EXPLOSAO DEMOGRAFICA! © planeta Torra (nosea gawafa que js ort’ quase total. mente cheia!) esta se degradanco aceleradamente: poluigio nos mares, buraco na camada de ozénio, querras e teroris ‘mo, aquecimento global devido ao efeito estufa, foie, epi demias © miséria generatizada (apenas 4% da humanidade vive em razoavel situagao de conforto).. E.as coisas vio piorar! Duvida? Eno ouca, a partir desse alerta, os discurens das politicos: tadas elas falam om "evs. cimento! ‘Agora entre no Google e digite: 18 Google: tema Lela o que vier e medite um pouco. Depois de meditar, entre no site da WWE. wowawforg.br sue leia alguns relatérios muito esclarecedores! O bem mais escasso Todas as escolas, numa falta de originalidade até benéfi- 2, propem trabalhos sobre o que considerado o recurso ‘mais ezcazz0 do século XXL: égua potivel. Na realidade hs tanta gua potavel no século XXT quanto havia no XX. O que ha 6 excesso de pessoas querendo heber! (0 bem verdadeiramente mais escasso do século XXI néo é a agua... an E INTELIGENCIA! 0 20 ‘A humanidade esta sendo imbeclizada cada vez mais. (3s jornalistas que insistem em publicar “pesquisas” que: rendo mostrar que as criangas e os jovens de hoje sio mais intetigentes que os do passado, apenas demonstram que & ros meos de comunicacio que o processa de degradacio intelectual ests avangando mais rapidamente. Meu caro e jovem leitor, 0 tema deste livro nao 6 a res- peito de perfumarias como “busca da felicidad”, “cidadani responsavet” ou “tealizagdo profssional’. Este liviondo 6 um dos clissicos manuats de “auto-ajuda” ‘to na moda atualmente. Este tivo 6 um manual de. -»-SOBREVIVENCIA! Se vocé ler este liv até o fim, tentando entender e uti- lizar os conceitos que nele s4o apresentados, talvez nio en Contre o caminho correto para sua vida profssional, porém ‘uma coisa eu garanto: vai se tornar, com o passar dos anos, cada vez mais... Vocé rd entrar num mercado de trabalho em que hi cada vez mais gente e cada vez menos necessidade cle mio-de obra. No momento em que estou escrevendo estas linhas, de cada trés desempregados no Brasil, um apenas ¢ um “de sempregado” de verdade, ou seja, alguém que tinha um em prego € 0 perdeu, Os outros dois slo jovens, com diploma Universitario, que ainda nao conseguiram nenhum trabalho Porque ha maquinas que os substituem com vantagem. Hoje um chip (transponder), colado no péra-brise do au- tomével, por exemplo, e que funciona 24 horas por dia e 365,25 dias por ano, tira o emprego de quatro jovens que poderiam se revezar numa cabine (hoje vazia) para dar 0 troco no pedagio. a NoStop ARY " Raco a 2 Nesse mundo maluco, que sua geragdo vai receber como heranca, meu caro e jovem leitor, somente irdo sobreviver, ‘com um minimo de qualidade de vida, os que consequirem penetrar no mercado de trabalho. E o mercado de trabalho nao quer mais diplomas e titu- los. 0 mercado de trabalho quer inteligéncia, cultura, crat vvidade, O titulo desse capitulo € “por que estudar?”. Pois 6, se for para estudar como todo mundo estuda, a resposta para a pergunta do titulo & “para nada!” Insisto “por que estudar?”... “para nada!” Eu sei que vocé est se perguntando: ~ Como 6 estudar como todo mundo estuda? Facil: estudar para as provas, para tirar boas notas e pas- sar de ano. Passar de ano para trar um diploma, ‘ho descobrir que o diploma ndo € suficiente para arrumar um bom emprego... conseguir mais diplomas! E, se possivel, fazer também a “onda” da moda chamada MBA.” E, no fim disso tudo, descobrir que, com certeza, no vai conseguir um bom emprego. Mas... por qué? Porque voce usou todo seu tempo e toda sua energia na divecdo emrada Portanto, se alguém the der, caro e jovem leitor, 0 cissi co consetho: estude mais para vencer na vida... nao dé ouvi- dos! Esse conselho 6 a maior furada! Estudo ndo & questo de quantidade: 6 questo de qualt- dade! 5) Pronuncia-se “emi fica mais chique! Portanto, o conselho correto no & estude mais, mas sim estude melhor! Estudando melhor, vocé ira se tornar cada vez ais intetigente, mais criativo, mais culto. As boas no- tas e 0s diplomas serdo uma consegiéncia, e nao uma fina- lidade. Com isso, em vez de ser um “enviador” de centenas de ‘curriculo, em vez de hater inutilmente na porta das empre- sas com seu suada “em-bi-ei" embaixo do braco, o mercado de trabalho & que vai corer ards de vocé. Por qué? Porque vocé tem uma coisa preciosa e rara: voce tem IN- TELIGENCIA. = Mas como, entio, desenvolver minha intligéncia? Como cestudar melhor? Simples: comece a ler o préximo capitulo aprenda a usar 0 melhor computador do mundo: SEU CEREBRO! 2 The roots of education are biter, but the frit s sweet. ‘ristteles (294-322 2.0) RAM & HD do computador No Brasil, acontece um fendmeno estranhissimo: 0 aluno estuda como um louco para tirar boas notas e termina, no terceiro médio, o ciclo basico, ‘Assim, com um bom historico escolar nas mdos, presta, um concurso vestibular em uma universidade pOblica e fra- cassa de forma vergonhosa! Nesse momento, ele faz uma escolha: ou se contenta em ingressar numa dessas faculdades particulars, a maioria das quais se constitui num verdadeiro estelionato educacional, (ou se matricula num cursinho para tentar novamente entrar fem alguma universidade pabica, Depois de um ano, dois, trés, ou até quatro anos de cur- Sinlo, ecaba ingressando ia Liv alnejada escola. 15) As raizes da educago so amargas, mas su ruto 6 doce 2 26 Novamente se mata de estudar durante os quatro ou até seis anos de estudo superiores @ obtém um diploma as sociado a um bom historico escolar. Nesse momento, tod feliz, ele vai prestar um exame de ‘ngresso em alguma carter. Pode ser 0 exame da OAB (0 dem dos Advogados do Brasil) para obter sua carteiro de advagado, pode ser 0 exame para obter uma vaga de res dente médico ou, talvez, um concurso para ina carrera na ‘magistratuta ou em algum cargo técnico no servgo pablico. Pode sr, ainda, um teste para ingessar em uma grande empresa na qual poderé conseguir um excelente emprego. E... mais uma vez, facassa vergonhosamente! Nesse momento, comeca a percaber, tarde demas, algo qe voct poderé perceber agora, sem precsar pasar por tantos sofrimentos e decepeoes. Ee finalmente percebe que estudou muito, mas muito +E SEMPRE NA HORA ERRADA! Mas essa ainda no &a pior parte: além de descobrir que sempre estudou no momento errado, descobre que isso oco1- reu porque fo induzido a cometer esse ero pela familia e pelas escolas que frequentou, ou seja, ele @ muito mals uma vitima do que o culpado pelos racassos. Como comecou essa tragédia? Tente lembrar: até 0 5° ou 6° ano (antigas 4* e 5* série ~ mais uma dessas inexplicaveis mudancas de nome, mas no de qualidade, impostas pelo Minstério da Fducacio) ‘voc® ainda era um ser humano! Em sequia, foi tansforma- do num robozinho pela frase pronunciada por algum auto: = Fihinho(a) ~ alguém disse -, agora é para vale! Agora voce vai ter de ir bem nas provas,trar boas notas e passar de E vocé, como bom filhinho (ou boa filhinha) se esforcou para “ir bem nas provas, trar boas notas e passar de ano". Ea familia ficou feliz? Claro! = Veja que filhinho(a) maravilhoso(a) eu tenho! Ele(a) consegue “ir bem nas provas, tar boas notas e passar de Ea escola ficou feliz? Nossal = Veja que aluno(a) maravilhaso(a) eu tenho! Ele conse- que “ir bem nas provas, trar boas notas e passar de ano"! Depois, incentivado por todo esse entusiasmo, a pobre vitima continua se esforgando para “ir bem nas provas,trar ‘boas notas e passar de ano”: Faz isso do 5° para o 6%, do 6° para o 7° e assim por diante até chegar ao 3° médio. .e, nesse momento, bate de frente num paredio de con- creto chamado “vestibular” ¢, se tiver sorte, ira perceber ‘que durante pelo menos sete anos de sua vida estudou para “ir bem nas proves, tirar boas notas e passar de ano", e nun- a, nunca. NUNCA ESTUDOU PARA APRENDER! = Mas como? ~ vocé perguntars. ~ Se alguém trou boas ‘nota, isso nao significa que ele oprendeu? ‘Claro que nao! Isso significa que ele se tornau, incentiva- do geralmente pela familia e pela escola, um especialista em tirar boa nota! O pior de tudo € que essa especializagdo, muitas vezes, & 2 ‘obtida com o recurso da chamada “cola”, Mas, se a escola for séria, a cola no dura muito. Nas escolas séias, 0 aluno que cola pela primeira vez também estaré colando pela dltima, Portanto, exclufdo o recurso da cola, sobra uma pergun ‘como conseguir tirar uma boa nota, sem aprender? A resposta é simples: ESTUDANDO EM CIMA DA HORA! Todo mundo estuda © mais em cima da hora possvel ‘Alunos mais previdentes estudam no dia anterior, A maioria, no mesmo dia. Muitos... minutos antes! Mas por que estudar 0 mais em cima da hora possivel? Mais uma vez, a resposta é simplest PARA NAO DAR TEMPO DE ESQUECER! 0 esquema, portanto, consiste em estudar em cima da hora, colocar as informaySes no cérebro de forma absurda~ mente instavel, fazer a prova e, logo em sequida, esquecer ‘tudo! CChegar em casa com uma boa nota e completar essa far= sa, essa verdadeira palhacada, detxando a familia fol Mas qual sera o motivo desse estranho comportamenta? Para entender melhor, vamos imaginar um computador no ‘ual esteja rodando um editor de texto como esse, no qual minha mulher esté pacientemente digitand tudo 0 que es crevi a mao.” 7) Eo venha com sortsinho de superiordade pensar “Colada esse senr, ele € tio idaso que na sabe escrever nu comp tar’ Saba que eu estava progranando computadres ano ios em 2961 e computadores dgitas em 1967, provaelmente 2 ‘Ao teclar, por exemplo, a letra E, maidscula, o teclado eenvia um cédigo (no exemplo, 0 cédigo 69 ou, em binario, 1000101) para uma memoria de rascunho, chamada mem- ria RAM (Random Access Memory = Memoria de Acesso NSo- seqiiencial). 8 a so0o10| || eam [psig o2ESS ssa meméria € muito pequena e muito provisbria. Se faltar energia de repente, todo seu conteGdo seré perdido! Justamente para evitar tragédias desse tipo € que existe © chamado no-break (sem parada) que, alimentado por uma bateria interna, mantém o fornecimento de energia até que @ tempo para salvar ‘SALVAR? Pois é, “salvar” significa acionar uma rotina que copia 0 ‘antes Ge seur pais nascerem, 48 escrei mais de una dria de Ui de computa e lela dane mute any “Teac ‘vangadas de Processamento de Dados”. ALS, graras 2 esse mau profundo conhecimento de computago & que descobri que ES- CREVER eDIGTAR so coisas completamente diferentes. Se quser escrever, de forma mais ica, use canta! comteddo da RAM, para o HD (Hard Disk = Disco Rigido), uma meméria magnéticae, portanto, permanente. &) ar Q 10001011 |[ an GEG ERE ERS — Se 0 computador for destigado, o contetido da RAM se perde, enquanto o do HD 6 mantido para uso posterior ‘Além disso, a capacidade do HD € enorme, ou seja, cen tenas ou até mithares de vezes maior que o da RAM, RAM & HD de seu cérebro Como vocé ja deve ter notado, enquanto todo mundo sabe “salvar” no micro, quase ninguém sabe “salvar” no cé ebro! 0 que torna o sistema educacional brasileiro tio catas tuéfico (& um dos piores do mundo!) é 0 fato da maioria das escolas serem ineficientemente burocratizadas, nio se pre ‘ocupam em ensinar seus alunos em realmente aprender, '8) Wo por muito tempo 3 esto fazendo HO om ESTADO SOLIDO! 20 ou seja, em armazenar o conhecimento de forma per manente. Para essas “escola,” basta que a pequena vitima retenha, as informagdes o tempo sufciente para tirar uma boa nota, dde maneira a deixar os clientes (familia) felizes. Séo escolas conde alguns alunos, no final do ano, nao assistem mais as aulas porque ja “fecharam”! Para evitar cair nessa armadilha, voc® deve ter cons- ciéncia de que, em seu cérebro, vocé tem os equivalentes a uma meméria RAM e a um HD. Se pudéssemos fazer a radio arafia mental da cabega de um aluno, veriamos, basicamen- ‘te, duas estruturas. 'No miolo temas o chamado sistema limbico, cheio de es- ‘ruturas complexas(télamo, hipotélamo, amigdala etc.) nas quais se destaca uma, denominada hipocampo, muito im- portante para a meméria de CURTO PRAZO. Envolvendo esse rmiolo, como se fosse a casca de uma arvore (em latim, cor- tex), temos a parte mais “nobre” do cérebro, fundamental na ‘meméria de LONGO PRAZO. ‘sistema limbico Ey Como vocé j& deve ter percebido, 0 sistema limbico faz tum pouco o papel da meméria RAM de um micro, enquanto © cortex, entre outras fungdes, seria 0 equivalente a um HI “Escrever” nessa RAM & muito facil as “apagar” € mals facll ainda! Voce tem, nessa es- ‘tutura, um rascunho relativamente pequeno (no qual ca- bem apenas algumas horas de informacao).. 2 Ela € muito, mas muito proviséria. (As informagoes difi- climente sobrevivem a uma note de sone!) Se alguém le cisser um ndmero de telefone, por exem- Plo, voce € capaz de eto por alguns mintos, o tempo em aque ele ainda estivr“ressoanda" em sua mente Mas, se voce no tomar alguma medida para que fque gravado de forma permanente, no dia sequinte (ou até algu- ‘mas horas depois) o niimero estard completamente esqueci- do! uondo casa parts do cérebro ests no controle (0 que costuma acontecer assim que voc®acord), voce passa ater tum comportamento que, na melhor das hipbteses, podria. ser chamado de “abobado", pois esse rascunhoabriga a fra~ «40 menos inteligente de sua mente. fm compensacio, no HO (cértex) cabe uma quantidade sigantesca de dads. Se alguém estuasse como um louco 10 horse por dia, todos ox dias de cua vida, eogotaria a ca pacidade de processamento e armazenamento de seu cértex em, aproximadamente, quatro séculos! 3 Fy Para poder aproveitar todo esse potencial, porém, voce deve ser capac de escrever em seu cértex, tarefa nem sempre muito facil, Isso acorre porque, no HO do cérebro, as informagies so retidas de forma bem diferente do que num computador Enquanto no computador a estrutua fisica (circuitos tricos) fica inalterada e as informaces alteram apenas @ estrutura l6gica, no cérebro humano uma informagio apenas sefd tetida de maneira permanente se as ligagies entre os neuténios forem alteradas Um neurénio, a célula nervosa caracterstica do cérebro, ‘tem uma estrutura peculiar: do corpo da célula nascem rami ficagoes (dendritos), cujos terminais podem se conectar aos ‘outros neurontos. Uma espécie de cabo de comunicagdo (axdnio), revestido por uma capa de mielina,transmite, se devidamente estimu lado, um pulso eletroquimico que vai enviar um sinal para os dendritos de outro neur6nio. Um conjunto de centenas ou ate mithares de neurénios forma uma rede neu Uma informado, portanto, apenas & transformada em conhecimento se as redes neurais do cértex forem re-confi- ‘gurades. Sinapses devem ser desfeita, outrasativadas, den rites mortem ou nascem, caminhos so refeits. Portanto, 2 estrutura fisica do cérebro deve ser alterada! Em “informatiqués" dirlamos que a informacao, no com- putador, esté no software, enquanto no cérebro humano ela est no proprio hardware. 35 Escrever no c6rtex, portanto, implica tantas mudancas fisicas que 6 como se tentéssemos trocar um pneu furado com 0 carra em movimento! Devido a essa dificuldade, s6 consequimos escrever, sem esforgo, na RAM do cérebro, Assim, praticamente todas as informagies que absorve- ‘mos durante o dia so colocadas (de forma instavel, insisto) no sistema limbico. Nossa RAM, porém, além de volatl, & muito pequena. Conseqientemente, no fim do dia, 0 cérebro sente a ne~ cessidade de “resetar’. Para isso, voc8 sente sono e adormece. Durante o sono, alteram-se periods de sono profundo & momentos de intensa atividade (que pode ser detectada pelo eletroencefalografo, instrumento que mede a atividade clétrica do cérebro. E por isso que voce sente sono. Sono nao é a conseqiién- cia de um corpo cansado. 0 sona @ causado pela necessida- de de esvaziar a RAM. Eo cérebto pedindo: ~ Por favor, pore o carro que preciso ‘trocar o pneu! Se colacarmos eletrodos em sua cabega na hora de ir dor- mmr, © gravarmes em papel a atividade elétrica do cérebro, verificaremos uma queda significativa dessa atividade na ppassagem da vigil (acordado) para o sono profundo: Depois de algum tempo, porém, a atividade eletrica volta se intensficar, apesar de voc# ainda estar dormindo™ Se voct for acordado nessa fase, provavelmente iré se ‘quetxar de ter tido um sono interrompido. 37 Esse padrao ira se repetir durante toda a noite, alternan- do sono profundo e sonho. Nia analogia do automével, 0 sono profundo seria o “parar ©.carro” e0 sonho € 0 momento de “trocar o pneu”, ou seja, durante 2 fase do sonho @ que € feita a “manutencio” de seu cérebro. E, também durante essa fase, uma boa parte do conteddo da RAN 6 simplesmente jogada na lata do xo: £ssas informagbes nunca mais serdo recuperadas, Se, porém, hove um preparo prévio durante o sono pro fundo, uma pequena fragéo do conteddo da RAM é enviada para 0 cOrtex, re-configurando redes neuraise sendo, assim, visria de uma simpatica cidadezinha chamada Maracaju."* Voo8 desce para esticar as pemas e vé que o seguranca é Vai a0 sanitario e 0 faxineiro que cuida da timpeza 6 ca- Vai tomar café e é atendido por uma moga muito bonita. ‘Ao pagar, vocé verfica que 0 caia 6 careca. Vai comprar uma revista e a moca que o atende é muito bonita, ‘Ni voc® sobe no Gnibus e, a0 olhar pela janela, ve passar um careca, 31) Eu] estve la dade 6 realmente, muito simpitica, aa ‘Ao voltar para sua cidade vocé pode afirmar “olha, fui a uma cidade estranha: todas as mogas io bonitas e todos os homens sd0 carecas”? Claro que nao. Generalizagdes apressadas so um perigo. ‘Da mesma forma, se voc® repetir 0 “ESTA CHATO? PARI uma meia dizia de vezes, pode vir a tera falsa sensagdo de que todos os tvs so chatos. Nada disso! Nao desist! Vale a pena insist Sem dvida have um que va Final- mente, fasciné-Lo! Vai contar uma histéria to interessante aque voce no vai conseguir desgrudar do iv. Nunca vou esquecer uma tarde de veréo na praia (eu t- nha uns 10 anos e ainda morava na Talia) quando meu pri ‘mo fechou com um estalo 0 grosso tivo que estava lend & exclamou “pena que acabou” Eu levantei a cabega da minha pista de areia, onde esta- va se ealizando uma comida de bolas de qude, ¢ perguntei “€ bom?” ‘eu primo esticou a méo e me entregou 0 pesado volume Aizendo “teste vocé mesm ‘noite, quando fui deitar, eguel no pesado tv e olhet 6 titulo: 1 Conte a Montecristo (0 Conde de Montecristo). Comecei ater Minha letura fo subitamente intenompida por uma luz muito forte, tra o Sol nascendo! Eu tnha passado a noite intra len- do sem parr! Com certeza haverd um livia (no necessaiamente do az ‘Nlexandre Dumas) que vai ter esse efeito em voce. ue seja Harry Potter; Assassinato no Orient Express; 0 ssenhor dos anéis; Péssarosferdos; Eu, Rob; Sabrina; Neuro- rmancer; sei li, nao interessa qual. Com certeza existe! E o seu lvra! [Ache-o e voc® estar salvo! = Mas um Gnico liv vai produzir todo esse efeito? ‘Sim, mas ndo pelo tivro em si, mas pela sua descoberta do prazer de ler Em Piracicaba (cidade do estado de Sdo Paulo onde ha iuitas mogas bonitas e muitos carecas, entre outras coisas) hha um ditado que diz: “Se abrir 2 porteira, néo passa um boi... passa a boiada”! Uma vez descoberto o prazer da leitura, as coisas vao andar sozinhas. Voc® vat ler cada vez mais, cada vez mais rapidamente, interpretando cada vez melhor, adquirindo um vocabulrio cada vez mais rico, escrevendo cada vez melhor ese tornando cada vez mais... j --inteligentet 1 UM POUCO DE CIBERNETICA 0 termo “cibemética” vem do grego Kyber que significa “leme", “direcio de uma embarcacio", Esse mesmo termo ddeu origem a palavra “governo” que deveria justamente, sig- nificar*rumo", “diregdo a seguir’ A cibernética &, portanto, a arte (e ciéncia) de governar méquinas, pessoas, sociedade, em suma, qualquer coisa, in- clusive a si mesmo, Uma das ferramentas basicas dessa cién- cia 6 0 mecanismo da retroalimentagio.” 0 exemplo mais clssico de retroalimentagdo (muito usa- do nos livros de biologia) & o da béia da caixa d'équa. Na caixa d’3qua ha um cano do qual jorra aqua (CAUSA). Conse qieentemente, o nivel da agua na caixa sobe (EFEITO). Se ‘no houver “governa", a caixa fatalmente transbordars CAUSA ( 4gua jorrando ) — CS (a erento # J {nivel sbindo) Para isso, usamos um mecanismo de retroalimentacéo, ou seja, fazemos 0 efeito retroagir sobre a causa, colocando uma béia que comanda um registro na saida do cano. 52) ue muitos chamam de feedback, pos fica mais “chinuitos" 15 Quando o efeito exagera (0 nivel sobe muito) a bola é ‘mpulsionada para cima fechando a entrada da agua, ou seja, bloqueando a causa. EFEITOretroagindo ‘sobre a CAUSA Chamamos esse tipo de retroalimentagio de “regulado- Ta,” pois um aumento no efeito tende a diminuir a causa. ero ead causa “> causa eran Existe, também, a retroalimentacdo “incentivadara", ou seja, aquela na qual um aumento do efeito tende a aumen- tar a causa. ero “cs 126 Nias palestras @ que vocéjé assistiu, normalmente existe lum equipamento de som para que possa ser usado 0 micro- fone. ‘Quando uma pessoa coloca inadvertidamente o microfone em frente 2o alto-falante, qualquer pequeno ruido que acio- ne 0 microfone seré amplificado e sairé muito mais intenso pela caixa acistica. ruido amplificado (efeito) vai acionar 0 microfone (cau- sa) muito mais intensamente, aumentando ainda mais 0 efeito. Resultado? Aquele horriveluivo chamado micrafonia, = Mas por que vocé estédiscutindo tudo isso? a2 Porque em seu cérebro, no que diz respeito ao desenvolvi- ‘mento da inteligéncia, ha um mecanismo do segundo tipo. Traduzindo: as pessoas mais inteligentes tendem a se tor- nar cada vez mais inteligentes e as pessoas menos inteligen- tes vio, com 0 tempo, se tornando cada vez menos inteti- gentes. Pense um pouca: quanto mais inteligente (causa) voce for, mais curioso voce serd, mais interesse teré em aprender, aceitar desafios etc. (efeitos). Acontece que todos esses ‘efeitos tendem a aumentar a causa que, por sua vez, aumen- tard os efeitos e assim sucessivamente, Entretanto, quanto menos inteligente a pessoa for, maior serd sua preguiga mental, seu desinteresse por atividades {que estimulem o raciocinio, mais tendéncia ela ters de ficar se imbeclizando a frente de uma TV, reduzindo seu nivel de inteigénciae, portanto, incentivando cada vez mats os efet- tos negatives. Imagine os individuos Fulano (F), Beltrano (B) e Sicrano (6), cujos niveisiniciais de inteligéncia estdo no grafico: nt Digamos que Bettrano (B) esteja num ponto de equiibrio ‘em que 05 efeitos favoréveis contrabalancem os destavora- vels fazendo com que seu nivel de inteligéncia ndo se altere com 0 correr do tempo. 18 Innes F 8 8 € caro entio que, em Fulano (F) a retro-atimentagio ine centivadora agira no sentido de aumentar seu nivel intelec- tual (pois 0s efeitos favrdvesultrapassam os desfavor- veis), enquanto em Sicrano (S) 0 resultado vai ser 0 posto: nec patel Seja vocé Fulano, Beltrano ou Sicrano, lembre-se de que esse esquema retrata a realidade das pessoas que nao fazem rnenhum esforgo para aumentar seu nivel de inteligéncia, ‘As escolas, normalmente, se preocupam muito mais em escobrr se o aluno teve 74,9 ou 75,7% de presengas ou se “8 fecho" (wm dos grandes absurdos da escola brasileira) © rio tém o menor interesse em desenvolver a inteligéncia das criangas e dos jovens. wo Esse esquema levou geracées de psicologos a acreditar que a intetigéncia de uma pessoa seja uma caracteristica tao fixa quanto a cor dos olhos.. Na realidade,seja voc® o Fulano, o Beltrano ou o Sicrano, saiba que o desenvolvimento de seu nivel mental depende muito mais de seu esforgo do que de onde vocé est partindo.0 ‘ruque 6 simples: aprenda a usar cada vez melhor as duas ‘erramentas indispenséveis para poder se desenvolver: PORTUGUES E MATEMATICA. Se faltar qualquer uma das duas (ou ambas), vocé é um deficiente mental (no confunda, repito, com deficente reurol6gico). Se assumir que seu esforgo deve priorizar a aquisigao dessas duas ferramentas, 90% do camino estarao andadost Pode acreditar! ‘Ao longo de minha longa carreira como professor, tenho visto muitos Sicranos ultrapassarem muitos Fulanos apesar da aparente vantagem inicial que estes apresentavam sobre aqueles: naga ewe 130 Lembre-se: munca é tarde demats. Via ves fui procurad, depots de uma pales, por alunos com fases d tipo: “Professor, eu) estou no tece- ro métio e percebi qu, até hoje, fz tudo erado! Aindaes- tou em tempo de consrtar algo ea resposta€ SIM! Sempre estames em tempo, mesmo na teceira idade! E claro que a velocdade de transformacio em uma ctianga 6 mito maior do que em alguérm da testa idade, mas sem- pre dé tempo, £ s6 comecar, sofrendo talvez um pouco no comeco (dor antes) ¢ colhendo 0s saborosos ruts de seus esfrgos mais tarde (prazer depots) EY 4d DS ANN Além disso, & bom ressaltar que se tomar cada vez mais intetigente nio & somente uma garantia de sucesso em sua Vida escolar e profissional. Esse, alias, s30 apenas agradé veis efeitos colaterais (bonus, como diriam os viciados em games). 0 principal efeito vai ser ter uma vida mais inte- ressante, mais rca, mais intensa. Se voc8 seguir os consethos contidos neste livia, ndo vai precisarassistr 8 novelas para viver a vida dos outros ape- nas porque a sua propria € cinzenta e mediocre. Vai isso sim, transformar sua vida em uma novela fantas- tica, cujo roteio vocé mesmo vai escrever. Insisto: voce vai escrevé-lo! Pare de esperar que as coisas. veniam de sua familia e de sua escola, Seja 0 autor do rotelro da sua prépria vida, sem medo de ser chamado de “nerd” ou estranho. Num mundo repleto de pessoas mediocre, ser estranho no 6 um defeito: € uma grande virtude. Seja estranho, pois talver assim vocé possa acabar ajudando um monte de pes- soas “normais", a2 E AGORA, UMA PROVINHA A seguir, vocé tem algumas questdes na forma de teste {que do um bom exemplo das que normalmente sio utitiza- das em testes de inteliygncia, Tente resolve-las em menos de dez minutos. Se quiser as respostas, ndo apenas destes testes, mas dos que aparecem a0 longo do texto (inclusive o da idade das trésfilhas), envie um e-mail para aprendendointeligencia@gmail.com Estarei aguardando! Teste 1 Qual nimero methor substitui o ponto de interragacio? A) 46 8) 45, oa 0) 49 Ho 133 Teste 5 Um mergulhador participa de uma prova de mergulho em apnea, ou sea, mergulhando sem respira por aparlhas, simplesmente prended o flego. A ansiedade gerada pela iminécia da competiio pode poduzirtaqucarda,fazen- Qual das figuras a seguir pode substituir anne figuras Sapuir pode su do sou coraglo ultrapassar ae 150 batida por minuto, A ‘ngestao de um beta-bloqueador pode reduzir 0 problema, é chegando até a produzir bradicardia, batxando as batidas para perigosas 30 batidas por minuto. Se voc®, portanto, se B d defrontar com um acidentado com problemas de bradipi- nia, seo signfica que Teste 3 A) le paou de respira, Um dos hexagonos tem uma caracterstiva yu v bi tehieianl arin oatiaens toma diferente dos outros. Qual 0 “diferente”? ©) Ele esta respirando muito lentamente, D) Ele esta ofegante, respirando rapidamente. 8) Ele esta se afogando. 3 3 7 = © a es.) © 6 4 F ee OQ)| 2 ps8 O °F jO. gq ea e 134 as Referéncias Se seus pais, professores au orientadares, ao lerem este livro enquanto aguardam os volumes 2 e 3, quiserem mais informagdes sare ac afirmagaes que fiz neste volume, 6 bom que saibam que cheguei as conclusdes apresentadas Por caminhos normalmente ndo trilhados pelo pessoal da Pedagogia, como, por exemplo, os dos livros citados a se- 4uir: The computational brain (Patricia S. Churchland, Te- rence J. Sejnowski), 0 pensamento artificial introduglo a cibernética (Piere de Latil), Neural networks: a comprehen sive foundation (Simon Haykin). In the palaces af memo- ries: how we build the words inside our heads (George Jo- fhnson), The making of memory: from molecules to mind (Steven Rose). 137 Agradecimentos Em primeirissimo lugar, queria agradecer 8 minha amada esposa Nadya (“Esperanca”, em russo) pela paciéncia com ue digitou este manuscrto, pela primeira letura critica (e bota critica miso!) e por ter me obrigado a escrever outro livro no lugar do que eu tenho na gaveta e que, provavel- mente, teria gerado um processo movido pelo SPB (Sindica- to das Pedagogas Brasileiras ~ se 6 que isso existe!) £m segundo lugar, queria agradecer 20 meu “sobrinho” Assaf por ter providenciado uma edicdo “beta” deste e que tanto me ajudou a expurgar muitos defeitos (com certeza 1ndo todos). Muitas correcGes foram feitas gracas aos alertas dos primeios leitores desta versdo, aos quats também agra- deco de coragéo, Um agradecimento muito especial a0 Femando (e equi- pe) de Sd0 Jodo da Boa Vista (SP), ao Euclides (e equipe) ‘de Campinas (SP), & Martise de Estrela (RS) e aos prefeitos (© equips) de Poco das Antas (RS), Fazenda Vilanava (RS), Travesseiro (RS), Capito (RS) e Colinas (RS) que acredita- ram na utilidade deste tivo e tornaram possivel esta reedi- io. Nesta edi¢do, nao poderia deixar de lembrar, com grati- do, do Dorival (e equipe) de Piracicaba (SP), do Fabio (e equipe) de Itu (SP), da Cétia (e seu time) de Sa0 José do Rio Preto (SP) e do dindmico Gilberto (e equipe) de Soroca- ba (SP) e Itapetininga (SP). Um agradecimento especial ao meu bando de ilhose f- has que gostaram do texto (se bem que o Daniel disse: 139 “Pai, se eu ainda fosse estudante, depois de ler este tivo, teria vontade de fugir da escola!") e, em particular, 20 Adriano pela assessoria editorial. ‘Além disso, gostaria de agradecer a todos os alunos, pais, professores, coordenadores, orientadores e diretores {que me convenceram a escrever este livro perguntando, no final de cada uma das centenas de palestras que jé fiz por esse gigantesco Brasil: “Como é, o livro esté pronto?” Pois é... estél 40

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