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Olavo Bilac
Olavo Bilac
Olavo Bilac
Olavo Bilac
XIII
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto
Olavo Bilac
Olavo Bilac
No
Nem
Ter
Ter
Olavo Bilac
O neto:
Vov, por que no tem dentes?
Por que anda rezando s.
E treme, como os doentes
Quando tm febre, vov?
Por que branco o seu cabelo?
Por que se apia a um bordo?
Vov, porque, como o gelo,
to fria a sua mo?
Por que to triste o seu rosto?
To trmula a sua voz?
Vov, qual seu desgosto?
Por que no ri como ns?
A Av:
Meu neto, que s meu encanto,
Tu acabas de nascer
E eu, tenho vivido tanto
Que estou farta de viver!
Os anos, que vo passando,
Vo nos matando sem d:
S tu consegues, falando,
Dar-me alegria, tu s!
O teu sorriso, criana,
Cai sobre os martrios meus,
Como um claro de esperana,
Como uma beno de Deus!
Poema: Benedicite
Benedicite
Bendito
E o que
E o que
Fez aos
E o
Que
E o
E o
Olavo Bilac
Olavo Bilac
VI
Em mim tambm, que descuidado vistes,
Encantado e aumentando o prprio encanto,
Tereis notado que outras cousas canto
Muito diversas das que outrora ouvistes.
Mas amastes, sem dvida
Portanto,
Meditai nas tristezas que sentistes:
Que eu, por mim, no conheo cousas tristes,
Que mais aflijam, que torturem tanto.
Quem ama inventa as penas em que vive;
E, em lugar de acalmar as penas, antes
Busca novo pesar com que as avive.
Pois sabei que por isso que assim ando:
Que dos loucos somente e dos amantes
Na maior alegria andar chorando.
Poema: Deixa o olhar do mundo
Deixa o olhar do mundo
Olavo Bilac
X
Deixa que o olhar do mundo enfim devasse
Teu grande amor que teu maior segredo!
Que terias perdido, se, mais cedo,
Todo o afeto que sentes se mostrasse?
Basta de enganos! Mostra-me sem medo
Aos homens, afrontando-os face a face:
Quero que os homens todos, quando eu passe,
Invejosos, apontem-me com o dedo.
Olha: no posso mais! Ando to cheio
Deste amor, que minh alma se consome
De te exaltar aos olhos do universo
Ouo em tudo teu nome, em tudo o leio:
E, fatigado de calar teu nome,
Quase o revelo no final de um verso.
Poema: Lngua portuguesa
Lngua portuguesa
Olavo Bilac
Olavo Bilac
Olavo Bilac
Olavo Bilac