O documento discute as visões de Nietzsche sobre linguagem. Ele acreditava que a linguagem e a gramática estavam vinculadas a decisões metafísicas que precisavam ser corroídas. Nietzsche também questionava conceitos como a distinção entre corpo e alma e acreditava que a estrutura gramatical estava na base da reflexão filosófica. Ele foi um dos primeiros filósofos a aproximar a tarefa filosófica de uma reflexão radical sobre a linguagem.
O documento discute as visões de Nietzsche sobre linguagem. Ele acreditava que a linguagem e a gramática estavam vinculadas a decisões metafísicas que precisavam ser corroídas. Nietzsche também questionava conceitos como a distinção entre corpo e alma e acreditava que a estrutura gramatical estava na base da reflexão filosófica. Ele foi um dos primeiros filósofos a aproximar a tarefa filosófica de uma reflexão radical sobre a linguagem.
O documento discute as visões de Nietzsche sobre linguagem. Ele acreditava que a linguagem e a gramática estavam vinculadas a decisões metafísicas que precisavam ser corroídas. Nietzsche também questionava conceitos como a distinção entre corpo e alma e acreditava que a estrutura gramatical estava na base da reflexão filosófica. Ele foi um dos primeiros filósofos a aproximar a tarefa filosófica de uma reflexão radical sobre a linguagem.
Ao tematizar a digesto alm dos limites do fisiolgico, Nietzsche emprega,
curiosamente, o termo alma, parecendo, primeira vista, endossar a distino corpo/alma com que a prpria palavra por ele criada dialoga e que, por meio de tal inveno, ao mesmo tempo parecia estar sendo superada. Para melhor se entender essa aparente contradi- o, necessrio remet-la a uma estratgia freqentemente empregada por Nietzsche para ultrapassar dicotomias metafisicamente estabelecidas. Uma vez que toda nossa linguagem, nossa gramtica encontram-se, mesmo nossa revelia, irremediavelmente vinculadas a decises de sentido, a operaes de pensamento metafsicos, trata-se, para Nietzsche, de corroer por dentro tais distines (como corpo/alma), procedendo a uma generalizao, a uma expanso do termo desqualificado pela tradi- o filosfica ocidental, de modo a tornar a prpria oposio inoperante.
Considerar os estados sucessivos por que passa o mundo, as diferentes
configuraes de foras, como efeitos, importa pressupor um ente superior por trs do efetivar-se. Deus estaria antes num aqum da linguagem do que num alm do saber. nesse sentido que se entende a declarao: temo que no nos desvencilharemos de Deus, porque ainda acreditamos na gramtica... Distinguir este mundo de um outro verdadeiro, opor o mutvel ao permanente, o transitrio ao eterno, o aparente ao essencial, equivale a postular um ser por trs do vir-a-ser. Por que o mundo, que nos diz respeito, indaga Nietzsche, no seria uma fico? E a quem pergunta: Mas fico no pertence um autor? no se poderia responder com clareza: por qu? No pertence esse pertence talvez fico? No se poderia com o tempo ser, para com o sujeito assim como para com o predicado e o objeto, um pouco irnico? No poderia o filsofo alar-se acima da credulidade na gramtica? (Nietzsche, 1993i, pp. 50, 71; 1993j, p. 72) Da tica nietzschiana, a estrutura gramatical estaria na base mesma da reflexo filosfica (Simon, 1972). No por acaso que, no entender de Foucault, a filosofia de Nietzsche uma espcie de filologia sempre em suspenso, uma filologia sem termo, que se desenrolaria sempre mais, uma filologia que nunca estaria fixada de forma absoluta (Foucault, 1967, p. 188). Fillogo, Nietzsche comprovaria que existncia da linguagem se vinculam a possibilidade e necessidade de uma crtica. Fillogo, teria sido o primeiro a aproximar a tarefa filosfica de uma reflexo radical sobre a linguagem (Foucault, 1972, p. XIII; 1966, p. 316).
O xito de uma desconstruo definitiva dos erros metafsicos repousa na
possibilidade de deslocar a estrutura lgica da linguagem. Para transitar novos caminhos, h de inventar uma nova linguagem. A filosofia do porvir necessita encontrar novos meios expressivos e por isso que Zaratustra recorre alegoria, metfora, e s imagens poticas. Da crtica da linguagem depende em definitivo o alcance de seu objetivo e a ela se dedica de forma paralela inven- o desses modos alternativos de expresso que lhe permitem evitar, ou ao menos manejar, a alienao lingstica se me permitido utilizar, por consider-la ilustrativa, palavras que no fazem do vocabulrio de nosso filsofo. Porque, como afirma RossiLandi, toda linguagem ideolgica assim como toda ideologia lingstica (Rossi-Landi 4, p. 235). http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010131062007000100006