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Paros Joss Aasino Noronha Planearen, Presidente: Raimundo Netuno iis Membrox: Amrit Tupasu, Joo Fariss Guero, Marsos Kinonss lve Gavi CGRAFICA € EDITORA UNIVERSITARIA PRE Tooto:Crtl, Traduebo de Cars Alero unas Gls Uniarede Fecral co Pad, 1. FLOSoFiA ANTIGA.| Nur Carb PLATAO DIALOGOS TEETETOE CRATILO Tradugéo direta do grego por ‘CARLOS ALBERTO NUNES Belém 1988 “ino teit aii a Cn i, 4 ae dno de 979 1 sion ~ UPA ai tro ‘aes ga Pb singapore 2 odo tea do Seauieetento a Cobia SAcPAP CaN eid ir ad Bia IBbn bs“ “ofan ‘Debden Bictcs Nason tit Decco. 1828 do NOWA PRENIA -Aparirco langamento desta 2° ecco cos Odlogos de Pati, ‘racugo dela dp apo pot Cars Aro Nunes, 2 Coleco Aras’. nea. (Ste Fangs ro) ser pda ola Unversiace Feral Ho Part sb a fom ce gubeaio aes. Para mar enact 0 coun da obra ce Pao, ¢ scone. Indo a era de Margin Paty de evo co Vale, ae seve come inves Geral as Dou PREFAGIO DA PRIMEIRA EDIGAD ‘oume,inlias pubicago, em aim Gologbo Amszonca, na ‘Serie Fares Brit, da abra completa Go Pltdo, Ta duzida do grogo pelo Dr. Gales Alberto Nunes, Desejoenfatizar, come Retr, que 0 priviaio desc ed ‘fo somentefomourse possiel gragas so pesto nob, des: foreceedo siulsico do eminontetecrfore fidaote br Ga toe Alberts Nunes, que doou 8 Universidade Federal do Pars {= raduego em lingua portuguesa do Corpus Platonicum, die {ribuldo em qustorze volumes. Flo espontaneamente,honvando nessa Universidade pe- ia confanga nela Sepestada, Tornow-a destinatana do Um fa batho proicu, erusto ede excolo valor, realizado no si6n- Cio de’ seu gablnete 20 longo de sua Taborosa exisne, Inicias0 com esta publicagdo trabalho neato no Bratil © 1m Portugal. Farse-, pela primlravee,'apubliagso em li {ue portuguesa debra completa da Plato, ceunsténcla omg anna Banesto Nunes — auciena para rvear aim Portncia 6 inediismo do enpreendmena editorial da Un Vorsiade Feseral do Para 'A UFPa a0 dar o nome a publcacdo de obras de Te loft America, dteou homena nent professor que ecupou, part de” 1903, loo apés a ‘tapto da Faculdade de Dito Go Park a cadcra te Moto. fia do bireto. (© Di. Raymundo de Farias Brito nascau om Sdo Bened- to, no Geard © radctrse em Dire, em tees, om Recife. ‘Dedicou sua vida 20 estudo da Filosofia e ao magistiio, projetando seu nome em todo © Bros com excolentes obras A Usiverstade Federal do Park com o lngamerto dete 98 Brito & eério destinada ‘iloesticas que publicou, a partir do 1804, sob o ttle gorel do Finahdade do Mundo. No Pard viveu de 1902 2 1909, vltado para o ensino do Légiea, no entdo Lies, © de Filosofia do bite, na Faculde. ‘de do Dirio, Posteriormente, transferivse para a cidade do Rio de Je- nero onde teve oportunizade de eoncorrar 8 edtedra do Fle- fafa © Léglen do’ Coldgio Pedro Il, juntamente com Eucliges Ge Cunha, ue foi nomeado. Com’ morte promatura, deste, {0 Investio'na eateare'e pontiieou no maglterio a6 ao ft de ous vid, ‘Aiém do outras obras, Farias Brito publicou estudos te- ‘blicos que conssgraram seu nome: A Base Fisica do Esp, Belem, 1912, 4 Verdade como Regra des Acoes, Par, 1905, ‘0 Mundo Inter, Rio, 114. ‘A Universidade Foderal do Pard 20 Iniciar empreendimen- to do tao alla signifcardo cultural — coorente com os prope Stes quo orienaram sua reestuturagéo dwversiicando sua ‘atuagdo em todos os campos do conneeimento Rumano = esta Porauadiaa do que passa a colocar & diaposigso de Professores obra fundamontal ao estudo da Filo fire née, nesta Spoea de obsedante preceupagto tecnolog 2, om plano que so ho cosduna com a autenica vocapao da Intelectaligede breclieia Belém, malo, 1973 ALOYSIO DA COSTA CHAVES. ‘aetor [APRESENTAGAO A proridade na publicagso deste volume IX, contendo 0 Teeteto’e 0 Cratlo, Genre ce quatorze tomos des obras 6 Platdo, om traducao de Carlos Albert Nunes, que a Univers ‘dado Federal do Paré odltara graduaimente na Série Faies Bri- {o ‘do sua Coleco Amazénica, lstica-co pela nocecsidede {ebro alcance dow esludowos uss fontes primorclas para 4 ‘quest6es, hole Inaepardvels, do conhecimerto enguanto| ‘plstome @ da natureza ca Inguagem. (© problema que nasce e se contigura no Testeto recebeu sua ‘expresato.sistomalea na. Tearla do Conhecimento, {Quando 0 personage que dt nome a0 dilogo, instado por Socrates a Fesponder em que consiste © conhecimento (145), Timita-eo a enumerar, juntamente com certas ates, 8 Goome: tla e cutas dscplinas,o velho fidsoto, depois de iowar, num Ironice rodeio, segundo sum maneira habitval Jo proceder [t generoeidade 8 seu jovem amigo. inaiste procisando que Gesojara saber, em vez de "quantos conhecimentos particule ‘os pode aver 2 propria eesdncia do gBnero que compreen- do 6 valida todas ‘esoas espécies. A primeira definigao de ‘Teoteto, segundo a qual 0 eonhecimenta nao 6 mais do que sansapdo (151.2), deriva da tese do Protégores (0 homem co- ‘mo medida ge Todas es cose), entdo vincvieda por Socrates cutrina da mobiidade universal, cujes conseqoéncias, ci ‘utidas examinades até o extrema limite das aporias a ave 0 felatviemo sbsoluto conduz, lovam og inferiocutores & adm tir que, nada gendo identico @ eelavel, 88 colsas se reduzom ‘2 um conjunto de correlagdes, “Segundo a natureza,teremes Ge dizer que ae colsas. caver, formam-so, dostroom'se ou £0 ‘alteram™ (197). Assimilado & sensardo, ue nvela aparén { realidade, 0 Conhecimento ndo se astinguira dos, sons, fee lusbes’ provocadas por dotorminadas deongas e dos lua: bros da Tousura Vinte dois steulos depois de Plato, 20 oxercitar a di vida hiperbdiea que 9 encaminheria ao principio da ovisoncia, fo gual resutou ® mederno conceto ae Mazs0, brangend Clareza oa ditinggo das Ideas, Doucartes condusirnos cra. ‘maticamento a esses pontos crucils da experiencia perceptive To sono ~ o da identidade do sujlto — a loucura — apor= ‘8 Modltationes de Prima Phifocophis ligne, “non moins sé et vompeur que puissant, capaz cee {anat-noa ulizando-ee do testomunho de noseas serio. Ph {Go apenas mencionou a foucu'a de passagom lado 2 lado com ‘0 sonho. Descartes voforlua eapociaimente oy na mierpretacao e Michel Foucaulé em sua Histo de le Fola 2 /age Clas: ‘Sigua, frmou com esse ato, que viseva a exorcisd-la © prima. {40'd0 Comite 6-0 advento da rato moderna Estabelecendo porém no Tectsto que a eatrutura do co inhecimento enquanto episieme princpia com 20 nocdes eo mune." concetos gersis e categoriag, ue go devernos & feegdo dos sentidos, mas propria alvidade da alma, Platao- [Sccrates avira antes ce aoandonar a tose Jo ‘glo 6 conhecimonto (188.2). a tne do cares Bescates, a origom das nodes comuns reside, mesmo pars ‘© coisas exteriores, naquil que concebemoa clara ¢ dllin~ {amente, pois ndo ha nada male facll de conhecor do que 0 Droprio esp (Fel isso que Kant designou, na Cries da Razto Pura, com o etpontaneo poder de sintese do entens ‘mento, condicionado pelos conteitos puras ou formas cate- Serva, como observa Heidegger, da compreeneio do to 8 bogada nes calogos pltonicos e depois setematizaa na Me- tatbica de Aristéeles. Do ponto de vista dessa Teoria, vot da reflexivamente pare 0 ato de conhecer, © que, movendo-se fa dita que Kant qualiicou de onscondentalprocurou deter: Minar noe natureza das coisas mas aa condigoes que possl- Bittam'o seu conhecimento empirco, pose-se dizer que a fr losofia modema fol uma concretizagio eo Pensamento como “discurso que a aime mantém consigo mesma acsrea d9 qu ia examina” (189.9), segundo © detinia Patao num dos mais belos @ importantes trechos do Testeto. Contudo, ta rlacio Remenfo historic, da fosotia moderna com a sua fonte pla {enlea, aqui destacade para que se vorfique do onde proven ‘2 poseiidades concoptuais quo alimentaram a tendencias Predominant da rellexdo iosien, nso deve privar 0 lator So truir' dialéiea Interna deeso Didiogo, ate hoje @ melhor © fais completa vie de acesso & problematica do conhecimon- {olem sua Ineieza. Na itima etapa do debate entre Sécrates © Teste, de- pols que se-defnis 0 conhecimento camo opiniso verdadeta, Insinua-se 2 perspectva que permits retundr, desde o come” Go do séeulo Xx, 2s bases eldclcas que a Toorla do Cones! fhonto recsbeu do Descartes « Kant, ¢ em fungio des cuns 0 ‘xame "do problema’ grew fundamentaimento. em toro doe ‘spect Iogios « psicologicos das roprosentarbes. Relea: ‘oe 8 porspectva do aleance semiologic, assanta na ides de {0-0 sonhesimento no pode ser voneiderada Indapondente- ‘onto da linguagam. Analcaro.conhecimento @ anaiar& line ‘Quagom: critesio 6 erilcar carta modalidade inguazem. E'porceberco no Teofeto, ao se delinr 0 conhesimante, numa iva, como opingo veraadera aeompanna- ‘onal (201d), ue @ exame da questio se ‘a linguagem. A explieagto racional que val do complexo ao simples, para circunscrever os elemontos Primitives, [& encanta os nomes envologados te prcprins 2 as, © tom por modelo ansldgico o discursoe suse partes com- ponentes. xplicamos as palavas anelsando-as om silsbas, e a3 s- labes decompondo-ae om itr. Elemontos primtvon, as letras ‘io so aparentemente susceptivels do explicarte, Todavia ‘conforme se verifica na aprendizagom da loiura, clos neerram ‘Simais claro dos canhecimento. bo mesmo modo, os eimen- fos primitwoe: das cols, como Unidades indigo ou seria Inexplicavels © portanto incognoscivels, ou acederiam no ti ‘curso que os integra, No entanto, pate 0 discurso tambem father, airibuindo 2 uina colsa elementos quo a outa porien- ‘com, ou pode ser ineiicent, tribuindo a determinado obje to apenas as caracteristcas quo Ihe sio comurs dentro de Um (énero ou de ume classe. € que a explicacap racional abrange ‘Wertidade @ diferenca "Logo a opiido verdadelra de qualquer coisa diz respatto 86 diferengae” (209,). € seclm reclame, or aerdecime que carrespondera, come ailerenga ne coisa, & Sina" diterenciagdo do juzo, uma fequaliieagéo do. dlecurso, para abarear aquelo mesmo conhecimonto previo © undamen- fal, cuja nelureza © Sebate nao conseguir cireunscrever Revelas0 no Teoleto, daiogo inconclusive que fecha 0 cirulo prablomatico Ga questdo para’o qual ndo ha salda, © Sentido wminente da dialiea plttnica, que & levar 0 inter Tocutor, gragae & meigulca tantas vezes roferida no texto, 8 fencontar por si mesmo aquete tipo de solugdo especlica da fotolia, oe jamais scoberando, dsfergando ou aupriminds re eradora ‘que Dialogo se fecha & a aporia da ditrenga ov dlepnora (2) Essa. aieronga so paricularza, do ponto de vista das relagdes entre linguagem e fealdade, no Grito, quo 6 compementar eo Te- ‘toto, vereand, do um ou angulo, a mesma questlo por ‘esto 'sbordeda Objoto de ume controvésia entre Hermagenes @ Crétl, ‘que docidem ouvir a respeito a pelava de Socrates, a quest ‘mente se tornaria clebe. ‘Terprido — $6 talou a verdade, como. parece Ba respelto de que conversaram, poderias dizer-me? Fuclides — Ni por Zens! Asin, de proviso rio me seria possivel. Porém Togo que cheguel © fas, tomel alguns apantamentos sobre o que mals tne impressions, havendo posterormente redigido Inais de estudo o gue me acodia & meméra. Alem o mals, sempre que fa a_atenas, interrogsva S6- rales ere do qe nko me reorder com min a ede regresto,corrigia met traba sain gus, brnctieni, cong! pron ino o ke Torpedo — & verdade; J6 te ouvira falar nisso, ce sempre tinha inteneao de pedir que mo mostrases, ‘que vinha diferinde ate hoje. Ms, que bos Impede Gevo'iermos agora mesma? Tanto mats, que preci ‘Seseananr, pals acabo de chegar do campo. Euclides — Eu, também, acompanhel Teeteto até Eeinio! por iso, uma pause, agora, no seria nada mal, Vamos. entrar," enguanto repousamos, ‘eu eteravo os fark esse Teltura TTerprido — Otima iia. Euclides — Aqui tens, Terpsifo,o iro, Porém redigh de tal modo o dldlogo, que em ver de Séerates ie felstar o poorida, como 0 Tes, enlretemese com Gf que ee opi deirou teem tmado parte sonvereagio. Reteriasse ao geémetra. ‘Teodoro €.& ‘Teoteto. Para ndo sobrecarrogar o escrito com tantas {rmulas Interealadas no lscurso, sempre que 56- crates fala: Digo, ou Afirmo, ou, com referencia 808 Interlocatores:" Concardou,, Nao’ coneordou, del. 20 ‘abalno feigdo de tim didiogo aireto entre ele € 0 ois cpositores, com exclusio de fade aqullo. ‘Terpeido ~~ Fol uma excelente idéla, Huclides ae TI — Sécrates — Se eu me interesass, Teo- oro, particularmenia elas coisas de Ciren¢, M80 Gebeiria de interogarte sobre seus, omens € 0 {tue acantece por Ia, como, por exempo, se entre Gs jorens ha quem se dedque ao estado da geometria fou a. outros ramos do saber. -Porém como. me Pctupo menos com ele do ge com of east Tullo mais curcsdade de saber quai” dat ‘oss adleccentee revelam maior probabilidade de ditingulrae. H do que sem "ntormarme fom 6 maior empento, pera isso interrogo at Dessoas Cuja compantie. ele frequentam. Ora, és Ervquem reune & tua volla © malor numero de’ ra: oes, ¢ com razio do 6 pelo mereeimento propio amo’ pela atragio da geometia. Por Iso, caso te ‘has encontrado ‘igus orem digno’ de’ mencio, fom multo prazer ouirel 0 que diseres, Teodoro — Bfetivamente, Socrates, vale tanto a pena eu falar como uvtes repelto de um ado- Tedeente que descobr entre vouos concidadios. Se fe tratesse de um belo Tapas, tera medo de maf festarme, pera no pensarem que cu 0 fesia como apatuonado. Porém & verdade “sem querer ofen- Serie éque ele néo ¢ nada belo; paresese contigo fm ter o-naria chato e os olhos sitados, lids em fg menos acentuado. Por is, alo sem o menor fonstrangimento, Sabe, pois, que no meio de tantos ovens que até agora conneel = e nio tém conta ce om que jé tenho converiado — io encontrel ne- ‘hun com tio meravihosa natures. A facade fe aprender com apenas so encontrar em Tals flgutm, uma docidade Unies, associada a aingulst Yaletiasao_qualidades que nunca imagine! pues fem existirou qe ainda verihamos a encontrar. De fato, as que S40 dotados de igual wracidade,enten: mento Tapio, boa memira, de Fegra s80setos fv acessos de célera ese detiam levar & mstroes, fomo navio sem lastro, sobre se revelarem mals Spanos ao’ que realmente. crajnos"Os_ fale Donderadas so‘aigum tanto. preguicosos © summa: Fete exquecidos. ste, pelo entrar, aranca cam haturalidade © segurance na senda 60 ‘ater ¢ da Pests, com dogura igual a0 do leo Gu escorre Sem buths, que admire com” tao poucls anos} fenba ets o' que tex 5 Séorates — Otima noticia! Mas de qual dos noses eoneidadiir ele 6 flho? ‘eedoro — Jé Ihe ouvi o nome, porém néo me ovorte neste macmento. Mas all vei ele, no melo Sdaquele grupo que se aproxima. ‘Agora thesmo, na Simic, um homem, meu caro, exatamente como'dis- este ero fllho, de Teputacto excelente © que, ade- Tals, debiou tin pattimbnio consideravel” orem ‘io tel como 0 fitho se chame. Teodoro — Chama-se Teetoto, Sécrates. Quanto ‘a0 patriménie, tenho iaéia de que os tutores se iRoumtiram & guitar, que io o impede, ls de ser de. uma Hiberlidadeinerivel em Tater 4 dinero. ‘Séorates — Peto que dizes, 6 pesson de cariter. CConvida para Vir wetar-se no nosso lado. ‘Teodoro — Agora mesmo. ‘eeteto, vem para perto de Sberates ‘Séerates — Tsso mesmo, Teeteto, para que eu Pues antec e ela como fen rast "Teodoro que € pareelda com o teu. Porém, so ‘ada ume noe tivesse Uma lira e ele decarasee que ambes estavam com igual afinagéo, dar ne Tamas reaito de imediate, ou primeiro procuraria- tot cerlflear-nes se ele éntende de Tsien, pers {ir ‘com aitoridade? Teeteto — Sim, primeiro nos certifieriamos ‘Sterates — & uma vee confirmada sua compe: tencia, aeetariamos de pronto o que disesse) a co contri, no, eeteto Iso meso. Scerates — B agora, segundo penso, 36 nab n= teresa de algum modo fal parecer, preisarems decidir se ‘le entende de pintura ©, eonsoente ‘ente, se poe opinar nesat tata’ Teeteto — & tambim © que ei penso. Sterates — Porventara Teodoro © pinior? Teeteto — que eu sabe, Dio. she ~ sete ett fea me Sa See eis ee conde te ine ea Sarasa asa’ hee Se Fe Nee den Be ete ot Teheg ioe a Seneirriceat cin ethan’ Meri ee hee oe tenn tei 2 Start, grams Patents aon "Ges ROE nese Pee ee oe Gee een hears io Retort ee ger ee iy ea gil cS a ele a Se ta Sage en ee 6 rei Sereds Sees Lees ge eS chess Ses in hn Sate Tea Terence, Sante, ao ca Sg aaa feat st no en, oie i Mt Tees, ee ie haar ae SSG DEEL Ee wi citms Lhe Slee ces — Thi — oo to es pte anal ‘iets — Dee om Se i We eeteto Eee sate ston © bra lt Tle — Pn mec, ct Scie Be Sammars gilt are ce tage ar iets Git haat nes Sa cd EADS eevee inte: no € verdade M8 a ‘equ, Dizome 0 soguinte: aprender milo sigitea fomarse sdbio & respelto do que se aprende? Teeteto ~ Coma 140? ‘Svorates — Logo, pela sabedori, segundo peng que ot site cam sles Teeteto — Sem divida. Socrates — isso difere em slguma cols do connecimento? ecteto — Tso, que? Séerates — Sabedoria, Nio se & shblo naguilo aque se conhece? eeteto ~ Como no? ‘Sverates — Bntéo, & a mesma coisa conhecl sento'e sebedorla? oeteto — Si. Séerates — Eis 0 que me suscita divide, sem nunca eu chegar a uma conclusio ‘atisfatria 0 {ie ela, proprlamente, conhecimento, Serk que jean Setintio? Como wos parees? Qual de es aleré primelro? Quem errar ou atrapalharse, Gamo burro ira assentarse, manele do que dizem a8 exlangas no jogo de bola; quem ‘do comeler nenBium erro, sera rel © ‘ears fom o-dirlto de apresentar-nos a8 perguntas (gue entender. Por que nag. Tespondels? ‘Espero, ‘Teodoro, que 0 mew amor as discusses no me {ame Importuno, pelo. desejo do estabeiecer entre ‘nde urn dtogo capaz de deteat-nos ntimos e ape far mais os lagos de amizade’ "Teodoro — De nenhum llto, Séerates, chegacis ‘2 ser importano. Porém pede a um destes meninos ‘gue te Tesponda, pois no estou habitusdo a ese tipo de conversacdo e Jt passe! da idade de, spren- fer. ‘Fudo laso flea bem ara cles, que 6, terdo a Terar; quando se @ mogo, tudo € fell Porém, uma ver que’ Jé comecasie, no largues ‘Feeteto, inter- rope, ‘Sécrates — Ouvistes, Teeteto, 0 que disse Teo- oro? Crelo. quedo pensas eth desobedecer-Ihe, ‘tiém de no Ticar’ bem’ a um Jovem, em assuntos deca ‘hatureca, no acalar as prescriges de Um ute slo, Cia, coragem, pss, responde A minha per- frnta: Wo teu mao de pensar, que conbecinent? ecteto — Terel de cbedecer, Sra, una ex quo ordeals. De qualque fmm, eu come 1S Gifum erro, roe ambos ne corigts. TV Scores — Perfetamente: no que for paste. ecto — EntSo, a meu parecer, tudo o qu se aprende cont Tots € somnecimenio,peomotin ¢ SE'GEcinine que enumerate na pouco, como tam bios a arte do sapateton e dog demas artesios {ales cs cea uma em ‘pericular nada mais io do que comecimento, ‘Sterotes — fs muito generso, amigo, e extre ramen liberal, pedemte um, eas ura bund; {Enver de algo simples, aman varetede. ecto = Gu gure is com bo? Steretee — Talves pada; porem vou ue pease. Quando te feteee bart do spate, TTeeteto — Exato. Séerates — Ea marcenaria, sed, outra_ coisa sé do conbectmento' da fabrcacio de movels de ‘madeira? Teeteto — Nio. ‘Socrates — Bem ambos os casos, o que defines no € 0 objeto do conhecimento de cada tn? Teeteto — Perteitamente. ‘Socrates — Mas o que te penguntel, Teteto, no fol iso: do que € que hi Gonhecimento, ne Ataplos ‘combecentog paricuars, pe have {im 0 gue Gee ter €'0 gue ja conbecmeno em af mesmo. Serd que née me exprimo ben? Teeteto ~~ Ao contri; exprimeste com mul- presto. ‘Sécrates — Considera também o seguinte: se iguém nor penguntasse a respelto de alguma colsa vulgare corriquera, por exemplo: o que € 1am, (ike espondéssemos que ha lama des olelros, 4 dos construtores de fornas © & doe tieleiros, nko ‘hoe tomariamos rdieuloe? Teeteto — ¥ provivel. ‘Sécrates — Para comesar, por imaginarmos que nosso interlocutor sompreende @ que disemos quasdo {alamos em lama, multo embora acrescentemos qUe fe trata da lama de fabricantes de bonecas ou a fe qualquer outro arteeso, Ou achas que alguém fentendera o nome de alguma coisa, se desconece ‘sua naturesa? ‘Teeteto — De forma alguma Séerates — Nio compreenderé, pols, 0 conhe imento do sapateiro quem no souber 0 que Sela ‘conhecimento, Teeteto — Sem divi. Séerates — Logo, no compreenders a. arte do sapateiro nem qualquer outra sre, quem no suber o'qUe seja conhecimento, Teeteto — Erato. ‘Séerates — 8, por conseguinte ridioula a ree posta de quem € perguntado'o\ que sea conheck ento, sempre que acresenta 0 nome de deter. ‘ada arte, "Falbu. om conhechento. Ge alguma Cols: porém nto fol iso que ihe perguntarsmt ‘Teeteto — Realmente ‘Seerates — Em segundo luger, embora pudeste dar Uma resposta simples e curs, fez um rodelo {nunca Tas aeaber™ Assim, quando perguntado fs reopetto de lem, podera tet respondigo por mite Bele trivial e simple, que lama € terra moihada, stm darse ap trabalho We dizer quem a empregs V — Teeteto — Agora, Sérate,fleow muito fécit a questio. Quer parecer-me que é iguana & ‘que nos ocored recentemente, numa dscunsso entre fm e este teu hombnimo ‘Séerates — Qual foi a questio, Teteto? Tecteto — A reset de. alpumas potencies, ‘Teodoro, agi presente, mostrou que ade tres Pet ra de tine, como comaprimento ‘io 880 comensa- aes com ade um pe, E assim fo estadando tia apis oltre, ald ade deveele pes Nao set er gue para Ocoreusos, entdo, Jae. ¢ into o nimero desas poteniss, tent Feuni las ‘numa nla, que servile pare Gsignar Liss. Mea Sion — Bemis pt Het = ace rene Se aa Fe — tS nin om fe 2 RE pr eaes ma SUAS Ea Games ane Seidl: lore Dan ge are os le ton FEE a omy oy pes ears Ss ERIS sdipitis che Gulls Dahan oe SomMRR Se Get at dat Sr ce tee Coons eres are acne Spots input Seton sors ‘retangulares. bane EEE — oto apa ee ceeh alan ath ae Ss, Saas Seas Ateets ec ieee 6 ace Gate Se aaa Scat Ae Rtn eae Shc acer are pe ate Se om pot, mn sande Rats 9 Sati Tae no man, iy gi for w ofeiieg Sema, See nl saree ere Sons oe (Shou it hot Sl as Seed EREANae Soa Sur dis hare dpa oe nn mccain a se Bo css Se hres cae ELSEN, SecGen eae En Aer eee See Te ty ot snot g crac uf a Msn Sag M08 » tarefa secundaria e néo um tema da meis alte rex onsebiidade? “eeteto — Néo, por Zeus; 6 dos mals aities. ‘Sderates — Sendo asim, readguire a conianca em U proprio o nio dex no tstemuno de ‘Teodor, extareando‘e quanio puderes para clcon- {ar a expllcagho daa cole, principelmente do que ‘ena a ser conhecimento. Teeteto — quanto a esforrarme, Steraes, odes fest trangilo. ‘VI — Séerates — Entio, vamos. ® j& que indi- gute amino, toma am odo 0 gue tt meso iiseste tr jas potincias, e assim "com feduite's rma Gnca forma squela mulpllgade, fazem os Lacede- ‘nies Alls, quer perecer-me que te sproximas mals de Ciréo, Pols os Lacedemdnios © que fazem > Ceonvider o vistante a reviar-se ou despite, 80 [paso que tu me ds a impressio de representares 0 Fea papel ‘mais A-meneita e_Anteu. Nao. larges quem se aproxima de ti, enquanto no o obrigas a ‘espr-se ea medinse contigo na aaleticn, Sderales — Achaste uma excelente imagem, ‘Teodoro, para minha doenga, Com a diterenga. de ‘que ey fou mals pugnaz do que esses Tutadares pos ‘io Yésn conta of Hérnclese os Teseus com qUe J Ime defronte, campeses de dispute todos elon que ‘me foalharain sert @6 nem pledade: Mas nm Por Ise abandono © campo, tal a pedo com que me m08 ntrgo usa modaidade de exericio, No me Drives, pols, do prazer de medirinos as forgas num Ecrtame que 86 der de vantagem para nos dois. Teodoro — Bem: dessto das obiegdes: conduze- me para onde quieres. De edo 0 jit, terel de ‘suportar'o destino que trdiste pire maim, até vir a {er confundido por tua erftica, Portm ‘do fearel ‘tua alsposteuo alem do termo que tu mestno pro- aseste Tr Rt 0g ig ie Sit, ao ems sation rabeien emer Fee bale et oe a SE Rae netomat oy als SE a i maa SUS ee re arg Soisiseg anaide cian Sane SSRs neo capem ind Sec Bi tna eo sane ae ae Palio te Be Sos w sea emt om He lt Soom ome is objetar-nos que nes {aa autorgie pra adit sao gue for no nome ie, Bm tals questdes, nfo pequena,dierenga ‘sur deste modo ‘a de outro, ‘Teodoro — Tens vaso. Séerates — io. procuvemos susilo estranho: sssentemcs em pouces palatras at tases @o"nes50 ‘coro 9 com ‘emenfos andor do seu proprio argument ‘Teodoro — De que jeit? Socrates — 0 soguinte! o que aparece park ‘ada ‘pessoa é, realmente, como the aparece. NEO ees que sie we exprime? ae ‘Teodoro — Exatamente Soorates — Nés, também, Protigoras, xpomos ‘opinito de algun homem, ou melhor, de totes os homens, quando aizemos nao Raver quem no se considere em determinados assuntos mals sAblo do ‘que outros, oll inferior em certas colsaa multe ent, e que, pelo menos nos grandes periges, como fejam: ‘campanhas mlitares, doencas, tempestades znovmar, so Udos como verdadeiros deuses os que emaadam nests Gierentes slung, pot er ce (eperar eles a salvagho, conguanto. em nada se ‘dingamm dos demals homens, se lo for, 160-6, pelo saber. Por toda a parte, no burburinho da vida, ees roar peers « comaante ar pata os aniniais ses trabalhos, ao fal- xn, pot outro ado, quem no se considere cam petente para ensinar e comandar.. im todos esses isos, que mais poderemas dizer, se nlo for que 0s + Séerates — Endo consideram todos ees a sabe oria como pensamento verdadeiro, e a lgnorincia fame epinio fsa? ‘Teodoro — Sem divida ‘Soorates — Que faremos, entio, Protégoras, com etea propaga? Diremoe qe as" opiniges dos homens slo. sempre verdadeiras, om que algumas eps cries woes ee ia? Em eer hipstese, o que se conetul ¢ que nas opiniges dos fhomens'nio' ha so verdade, porém as duas coisa verdades e errs. Reflele agora, Teodoro, se algum fog adeptos de Protagoras, ou tu mesmo, afrmaria ‘que ninguém considera ignorant outra pessoa, ou ‘Spaz de formar falste opiniger? Teodoro — Nao ¢ de acreditar, Sérates Sécrates — No entanto, & 8 concluséo inevita- vol a gue fonde a tese de que o homem € 8 medida Se teins a cols. ‘Teodoro — Como assim? ‘Séerates — Quando formas em teu foro intimo alguma opinigo sobre delerminado objeto © ma co- ‘unleas, de acordo cgi aquola assertive tera ela Ge ser verdadelra para Mas nao nos assistird {smi deta de aaa como jut dete at _gemenlo, ou precsaremos concur sempre que tus Spiniao ¢ verdadeira” B em cada caso, ago pegario ff armas contra i mllhares de adversirios que pe- ma ‘sam de maneira diferente e denunciam como falsos ta opie teu lao? Teodoro — Sim, Sberates, por Zeus; miriades, como aie Homero, prontos para aprestarem toda forte de inedmodos. ‘Séorates — F ent? Precsmes dizer, se assim 9 determinas, que formas opiniges verdedeiras para {porem falas para essas miriades de pessoas? ‘Teodoro — & 0 que necessariamente se conelut nit, oe © agente ‘Sap betaraa ne calor etn Drdncla, prbo ater gure foot eo ea oe fame ae surf a a Sate deena ce, ent ane, em Eitan sr a sie hea Satan hance ee eee a eae a ta, Ne ch ae Sone ‘Teodoro — Lembro-me; como néo? Siorates — Detzes tuo 0 a eid, em Séeratey — De acordo, aemprecom as ds fr. mas de mortinento por hie cininguidae lterasao etranaagio? Teodoro — Certamente, em o que o movimento no seia peat. ‘Sierates — 88 56 nouvesse ée um para out Tuga, sm nenkum sferalo,seriamon spaces de dizer de que ualurena alo as cosas que Se desocar¢ passam, nko € laso mesmo? Teodoro — Certa 4 Seratea — Ports dude que nem lao 6 estéve, go ques econ, cn tne. tas wale, fon ‘gu ao ated propria rane, om transgho para uma cor aiteente, nfo pedendo, ‘ois, de jeio nephium ser apreendidn como tal, na: ere melo de dar o nome’ Ge cor a. algura cols, com a certem deestarmos empregando a designasas ‘Teodoro — De que Jeto, Sérates? Nem a ito rem a'nada do mesmo género # no propo instante Ge designdia enn coisa now eocapa, vito 20 parar &e escourse? ‘Séerates — B que dremos das sensagSes, seam de que natures forem, como aa da vista ou as 60 . "No ver e no ouvir, cas se conservam ote: von? 13a ‘Teodoro — De feito nenium, pois que tudo #6 ‘Socrates — Messe caso, em ver de der que ‘lguma colsa @ vista, seria mals certo dizer que 180 Vist, valendo’9 mesmo para toda espete de sen Sapo, jd que tudo se move de todas as maneias. Teodoro — No, realmente ‘Séeretes — No entanto, sensnglo econhecimen- to woguiatem, cnt eimos ev « Resto. “rebdoro —"Atiemastes, sm ‘Secrates — Nesse caso, nossa resposta. & gunta: Que é conlheciments? tanto se reteia aco. SBhecimente como a ndo-conhectmento Teodoro — poesivl irate — salnot me crap a tentat va de corigir nossa primelea juando nos ispusemos's demonsirar que tudo se move, juts: mente parn que a respasta parecece cen,” Agora, ere peio do te cou rai do ae cir ave e'tado' se move, toda resposte a Tespelio see do Ge for € iguslmente Junta, pols tanto tax dlset fe uma cosa 6 deste Jlto como daquete, ou melhor, aso quetran, que devérn assim ou assado, para no Toda essa gente com nos angumen- Teodoro — ‘Tens rasto. Séerates — Menes, Teodoro, no ter ex dito: GSrexpreeio Aus, vito como ease Aa 38 nD visto como esse. Asn feria movimento, nem, ainda, da contraia, io Assim, que também impliearia austncia de mov mento. "Os adeptos de semehante tee terko ge raz im tnguegem nova, por earecerem presente: mente de expresee para traduir sua hipotese, © ‘lo ser a frmula De nenum modo, replica 0 {ntnit, que és que mais condiz com 0 que eles querem’senitiar Teodoro — Seria, de fato, a expresio. mais convenient. ‘Sderates — Desse modo, Teodoro, fcamoe livres de teu amigo, sem the concedermos em abocluto ‘gue todos os “aio n medion de todas 85 Gas, ndo ser 0 homem intelgente, No aceta: ‘moe, também, que conhosimento seje sens8g80, pelo mma menos em conexies, com o principio de que tudo fe move, Urante a hipitese de ter ainda’ 0” noes0 ‘Teoteto guma colsa © acrescentar Teodoro — Palaste admiravelmente bem, Sera responder, pols, Dinado entre nps fol Ate 0 fim do discuss sobre © principio de Protégeas "XXIX — Terteto —~ Porém nfo antes, Teodoro, ie the crates etadazern a doutrin’ doe que Droclaroam que 0 Todo erte perado, contrme ro: uses Poueo Teodoro — Moso como és, Testto, ensinas os ‘oy culan a qe rie responder a cre to; cule do due ier Boras no finda fal onalcars “ Teeteto — Se for do seu agrado, Porkm teria sais goeto ent oir 0 que seabel de dae. “Teodoro — Convidar erates para argumentar 40 menmo que chamar cavalo: para span. Se deseas ouvir, basta pergunter ‘Sserates — Porém quer que nao me sere Es ‘Reeeto "no gue ele me pedi Teodoro — Por que? Sterates — Teaho wserpulos de analisr por raneira muito gromeiraaelisws og alls gue Pilate do Tose en we pe srminier te fle, per empregir a tinage fc eel, pers empregr guage Gs Homero, reselo © vergonha au ab Yempo. ‘Eee com o homer quande ainda era shut mogo€ ‘So J6 svangago em anim, tendose me Tereado' de ‘ara prfundldade de persamento. Por Sos, feno Foor de nto comprectder suas palamras © gue os ‘Seape tinge mals 0 senigo profundo das idan ‘Porém o-que acima de tudo sue faz modo 6 poder fh tes que arrstow para tao lange noma tagio, aber, o gue soja coneCimento, dear’ de tcf deidamente Spreads, se noves Srgumentae ‘umulluarem 0 banquete, Ro cao do Ibe falta -me, Teodoro, er a vontade de ‘mas a entrada, Prin ‘questi levantada ‘nd pouco é de alance Incaleulave, consderd-ta pela ania no seria tatamento mas a0 ae ‘Séerates — Consiera mals 0 seguinte, Tetato, oma aditamento ao que ficou exposto: senanghs E conheeimento; no fl iso que Teepondeste? ‘Teeteto — Fol. logo tamanha precisa, 6 parn sabermos se no ha 2 nos um printpo, sempre 0 meno, com © qual Dor into das clos, atingimos o franco e o pret, abc, toe locas no corpo our erie? ‘reteto “tim nada ms, se no foro propio ope. ‘Serdtes — no querer, também, admits Testeto — 2 bv. Sécrates — também que cada um difere do outro, mas é igual a si mesmo? b 7 Teeteto — Como nko? Séerates — B que juntos slo doi, © cada um ‘em separado ® apenas um? Teeteto — Isso também, Séerates — Ea semelhanga ou dissemethanca ‘entre ties, nio 63 também capaz de lnvestiger? Teeteto — Talves Seerates — por meio de que percebes, tudo faao repelta de siabor? Bb por mel Ga vista oo 36 por melo do ouvido € que nso poderés aprender 8 ue aprecentam Go comum.”Ai'val uma oat Drova, em reforgo do que discemas." Se fose pes. Hive “determina aif que ponto eles sio ou lo Slo salgndos, saberias dizersme por melo de que fnculade os cxaminarian? Mo vert de sem © toms vista nem com 0 ouvido, porém com alge ‘ferente ‘Teeieto — Sem divide: taculdade que tem por instrumento angus, ceupames, para. que de fou nko e tudo 0 mals acerea do que Mf pou te interroguel? Para isso tudo, que érgio quererds ‘dmitir, por melo do qual percebend as coisas 0 que em nds pereebe? = Teena ‘Gnigar 20s mas ate ne flea. bvidesements se prgins aifenge, ac orpar so tmpr'e fae nea a hs eon nb flr, dnjahdo fu tabs por ines Sirgce pare ss So persons Pa eee a ‘Slertes — Acompanhasine amiravemente vem, Rei, fa so nails o que ergot reapinder avo der qu se figura ho hater esto car ud sae alga nie Soe SePpis purdcua fare tant nS, come Kk Pra cs, Amen ee ea count Suma Qu spe e la at Xm excelente terigo com me aliviaes ‘de umna ‘tke proiza, be te parece realmente que lgutnas clsas alma investiga por si mesma, © outas por Ineio das diferentes fsctdader do corpo. Era io Qiu peasve eo que queria gut fu tumble adm Teeteo— # como velo esa questéo. e EH — Stores ~ Bem qual das das classes as ose Pos 0 ser Gears ao Tectlo — Nu das ealeas que a ane procura ‘atingir por si mesma. “ el ‘Sécrote — Que também abrange o semedbante 0 disemehantso ientco eo acres? Teeteto — Sim eo Sealed — B ito agora: belo € 0 feo, 0 bom » Tecteto — No meu modo de pensar, ¢ nessas ‘nogges,eapeciatinente, que ana examina 0 et, con fin sad telages reciprocas © com iatos passedes,presentes futures, ‘Soorates ~ Pérw ai, E no seni po tacto @ caurem do que ¢ duro e 8 moleza do que ¢ mole? ‘ectetd — Sem divida rats — Bs cutie « gatde, des ee Su PMUD nok ahaa gun tendo a cons Gerrlas en contronta la, procur dlceric? Teeteto — Perteltamente Séerates — Loge, dese © tanto os omen coro oe al 0 poder de apa at Sapo. Port teaconkins com etna © coor Silas tad @' que 0b com te, rnabaite facade : ‘eeteto — Pertttamente ‘Scrates — B podera alingt a verdade de al- zuma cose qoem ro sleancat a sua estncla? Teeteto — Nunca! Sterates — # do que no ce aleanga a verde, podersea ter conhecimento? Tecteto —"De que jlo, Sbcrates? ‘Séorates — Naguelas impresses, por conse iguinie,nio'¢ que Tesi o conbecimenlo, mas n0 Rococo a set repelto; 6-0 nico caminho, 40 fue parsce, para atigir a cancla a. verdade; ‘deoatra fora € impose Teeteto — Claro Sterotes — B darks 0 mesmo nome aos dols process, ja que ¢ tuo grande diferenga entre Enbos? “Testeto. — No fora justo Seerates — nde, que nome dés ao primeizo, isto & no fato de Ver, uv, chelrar e aentir 110 ou calor? 1 Fetato — 0 de sensaco.. Qual mals pera ‘Séerates — A tudo isso dso nome de sensagSo? Teeteto — Forgosumente wera, ‘Séerates — ho que, conforme vimos, no 6 dado stig & epdade, or lio emo qie no noe fennel Teeteto — Sem dtvida ‘Sderates — Como nao atinge 0 conbecimento, Teeteto — Ni, de fato. Serates — Sendo asim, Teetsto, nko poder ser a mesma colsa sensagdo ¢ conhecimento- Teeteto — Parece mesmo que nko, Sérates, Pa tenteou-se-nos agora que conhecimento é diferente de sensagio. ‘Sérefes — Porim o fim primacia de noma sndipe'nio vara a ertermiar 9 que coectmento Jo é, mas o que venba a ser; De qualquer forma, eve ‘ne acangh pon nome ge ema Yer a tc quando ee Seupe soi cut 6 Teeteto — Mas isso, Sterates, segundo os segundo crelo, ‘Sécraies —~ Pols tens rasko, amigo, em pensar essa manera. Retoma o tasunto deide 0 comep, ‘depois de pagar quanto ‘leou dito, e considers ‘sero vés" melhor do panto ern ue chegaste, ‘agora dize mals uma ver que ¢ conhectmento? YOK — Teeteto — Diser que tudo ¢ optnifo, Socrates, nio & possve, Visto haver opine fala: ‘Mas pode bem dar-se que conhecimento soja a lo Yerdadeira, 0 que formulo a gulsa de Mas, se com 0 avangar da "nko noe pare =F aceltével, como agora, espero encontrar ottra ta é ge que Do ¢ pare despre E apo cms ter manifestas? Havendo dias espécies te piniso, ‘uma verdadeira e outre tals defines coneelment ‘como opinito verdadeira? ‘Teeteto — Isso; 6 como penso neste momento, Soorates — a respet de opiniso, nko vale- tia a pent reconsiderar certapartiularidade? Teetto — gut? ‘lorces Aigo gue me deze perpeo, cme 1a ek adn ial ace ge Sine Siesta ean ke tas sabe S20, eae hn co cage Tectto = De questa? Srerees “Goyer gu opin asa aga etn et isin oe gers Se Wes Geet codes pt ‘Sun ‘arcs taf teal atta ~ For qos ap Straten por es e- cen ga pure) Ni lt can Se ee ae HBR ats ee ale pe Seda Geta or pa nas esresb a Densdrsee myo patina, «lean: tare Sa ta Be prose athe as Faas Maa ine stance tak at Eafgi po ges dg sos inp, Tete ts mo ‘atuo?'De qu mtn net presse? Dies en tas eae Te oe egy an sme gee Becta (ome ope oti te ofa ee eget Grea aue inl ens Teotcto —& 0 que remo, sem di. Sorts — aerate, prem, gue com 0 toto © com ead tin cs prides es Seton tet Shiteha te alerts ake mie Bees ee Sabvnb se temian capita go moc Sea Saati ae nd pel de We Ge Ein o poi sgt etc een, Sieraey; em toto, esa 6 ato ut snp a ou be sigur opto sea do que for‘ inert! que ign ioarkeee Testo Necmriamente erates — Pon now mee gue quem sabe no site's o renee ake gue fan ale Tein Co frm pons? Steratr tome que alge forma oinko a re a ea na aa as ‘lo, mas por outras que ele sabe; de onde vem que, conbecerdo ambas, ignore as dus, Teeteto — Mas iso no & possivel, Sécrates. ‘Sécrates — Ou entio, toma 0 que nio sabe por outra coisa que ele também nio sabe, como seria ‘9 eato de alguém que, ndo conhecendo nem Teetsto fem Socrates, se pusoese a imaginar que Séerates E*Teotatoo Téetete, Sherates. Teeteto — De’ que jeito? Sécrates — Ninguém chega a imaginar que 0 aque ele sabe seja 0 que ele nao sabe, nem o inverso Sere que cle nao sabe aqullo que ele sabe ‘Teetelo — Seria monstrues. Séerates — Entio, de que manelra chegaré. al~ iguém a formar opiniaofatsa? Pols, trante os eas08 Spresentados, nao serd possivel produairse qualquer ‘pinido, uma vez que, a respelto de tudo, ou sabemos ‘no saberos, slo havent, assim, em parte alga ‘a ‘lugar para opiniso flea. Teeteto — # raulto certo. Seerates — Quem sabe, entéo, e mio serh pre ferve, no estudovem que nos empenhamos, em ve par dopo aber © ko saber, fearmo- ‘Teeteto— Que queres dizer com iso? Sécrates — Afiemar, simplesmente, que nfo pode delrar de former opiniao fala quem pense o Que nio existe a Tespello seja do. que for, pense oma pensar em tudo 0 mals. ‘Teeteto — Isso, também, 6 muito provivel Seerates — E agora? Que responderiamos, ‘Teetelo, se. alguém nos perguntasse: Poderé. um fazer 0 que dlanis,e havera quem pense o que no existe, sola a repeito de determinada cols, sea {de meio absolute? A isso, como parece, responder ‘mor: Sim, quando seredita em Aigo, © nia existe © fem que dl erb. Ou como diremos Teeteto — tsso mesmo Sécrates — Eo avers outro caso em que fsx0 acontege? Teeteto — Qual? ‘Sforaes — Vendo alguna coisa, ser nada ver. Tevteto — De que Jeo? 1890 o op Se ere tet ‘tase das colss inenstentes? ae an Se a Ein wo est yeoque elisa? es rte ee a ee pan dade’ que também exse,""* pees Se — men enero » Seno ar en Sets Se ae pr en na EiTHtet — Queen pens, nko pensars em algu ieee — remem Ee PER am cyan wees a ae rc, SESE png al te aes Raa Fee em te to ne de jae necham ms Te Tae sta See RCS, pe oman meal te Maca meee Tice ter pen, Becerra o oii aan foe a ee see ren ae nen feet ieomars angie Tee cane Set — cia ene ool tg aunt iene EES SS on sa sg» itteratemcg cites ait Se as utr. Dee modo se sempre pnt em ago ex fenta, orem ‘ple ma ‘cola’ cm ats, ‘Siu, Maar'alum sive cada ¢0 ae com todo 9 ‘deits se pode denomina® opnifo fain. gat mae ea Soe tte pes a on ea Pe ea eae Pea re Ee elem crm eg wx Sea, Pieetaas cmtms ce ee ye an Rete Bie be Peace peer ede ul oe oes ence Oo i a Se eae me ae Sn ek ae eae ee See ee Tae Rete wt ete ee & posaivel conceber unia coisa como diferente, nio Seoae een oa ae eis SE i eceec ean ere hee Picea Se ence ee a cee a ee a ‘Sécrates — Vm ‘discurso | 9 a alma mantém ea ca al ae caine, Face ad cs cca, Sree a ceacee area a Serre mei aa ce eee sa ee ee les pi ee Eee Sate oa eee ae Boe, oo cate tee ace oh She see Samra oe Sees ee ee tum dlscursenunciedo,néo evidentemente, de vive ‘or para oufrem, poner em slenci pare e mesmo, Buh como te pare? Teeteto — A mesma cosa. Séorates = Yogo, sempre quelguém toma uma coise por cutis, d'par & mesmo, sonorme er, fue ume 6 8 ogtrs. Teeteto — Como nko? ‘Sécrates — Sendo assim, procura recordar se aigupa ver ja isaste para i mtemo que 0 belo e'Sofuraments fl, 0 injust, justo. Ou melhor, ‘num exemple delsiro; we eum ver iA provirasts Dersubdiete de que ama cola ¢sepuramente outa, ‘ue, ao contafo, mune, nem mesmo em sonhoe, Sete dl de lena convener de gon ot ‘pare soguramente pe, ot qualquer ostre seer Ee mesmm epee? Teeteto Tens resio Séorates — B credtas mesmo que ala alguém, ou 1ouco ou de Julzo perteto, capa de tentar con” Yonerse de aio nau serena equ de Teeteto — Nao, por Zeus Sierate — Nee ssn ce lpr ¢ ducurar par al mesma, nfo hi quem, ao falar a sespelto Ee"dols objet e a0 imaginaos, apreendence fos pelo pensemento, ele capes e dlact ou e iSaginar que toto our Gs me impite signiicar © que ninguém tmeging que 0 feo € ‘eb, ou qualquer outta coisa do mento gone. Teeteto — Aceito, Sérates, tudo isso, pols sou dessa meine opto ‘Sderates — Quem pensa, poi, em ambos, nfo pode’ tomar um rio outro. ‘eeteto — Brat. Séorates — Por outro lado, se eats pessoa pen- sar nim, som cogitar abwolutainente do ot, haverd feito de maginar que um 6.0 outro. Teeteto — Tens rexio; equivaleria & fixar 0 pensamento no que esth-asente ele Sterates ~ Logo, quer se pense os dol, quee num apenas, nfo eft possivel tomar um peo oto. ‘Giem deting, por conegunte, ope fsa como wie roca, de representagio, no diz colss com cola [Nao 'é esse modo nem das manelras concideradas antes que se formam em née opiniges ‘alsa Tecteto — Parece mesmo que nko 6 XXXIM — Storater — No entanla, Teeteto, oe ‘io admilirmes semelhante possibiidade, seremos Torgados a accltar um semvadimero de absurdos. ‘Teeteto — Quals slo? ‘Séeratet — io tos dire, enquanto néo anall- farmos 0 problema sob todos 0s seus aspectos; sen- lirmeia envergonbade por nbs dols, se nesta per- Dlexidade fOssemos obrigados a admitir 0 que VO Sizer. Porém se encontrarmos a solugdo precurada eile rs errata on ya Wes elie 2 Seeds ae See Era Ske ei le FS See bea pee qotatatas ree sae cea eee sapere Cuenta mn tees SE aE PE, Saas Se Srl — Pf es at eee Taal eee eee SE Ss ape aera fei nee Seca, py 5 ut waa Ye ne ene Sheen eae Sooo ene ae Bree atte Serer oe wadeeae meanness Ee cis ceamuarvi Seana tre Teetetp — sem aida + Sterafes — depos mate outa, e utes mais? Teeteto — Por que nio? ‘Sécrates — Sapontames, agora, 3b para a reniar, que na alme hd umycunho de cee; as ‘Pesoas, aor: noutras, menor: nalguns casos, de Sora limpa; noutt com imparemsou mas dur ft mals tina, conforme 0 tip, sénto mesmo de ‘be’ consstents, como € preciso que sea Ww eeteto — Hatd namic. Séerates — Diremes, pols, que se trata de uma ara de Mncmencn ke as tas iS pre quequerenaslembrarnos de algo. visto ou Suvide, ot meno pensag, ealamos 8 cera tale ‘bre. howe "penaamentos nea 08 ratamoy eee sooo dcom oy ines don Snes. "'Do" que fice tmpreno, tems embrace ¢ Conhceimento enguanto’peruste imagem; 0° que fecapan ou opie nr pre encom Teeteto — ‘ers de ser assim mesmo. ‘Soorates — Ve agora se nio pode ajulzar falsa- mente @. Individuo que dispoe detse. conhecimento, 40 cansiderar alguma colin que ele Uvesse visto ot) Strida. do seguinte modo Teeteto — De que jlto? ‘Séerates — Pelo tato de ora tomar o que ele cconhece’pelo que conhece mesmo, ora pelo que DBO fonhece.“Errames ha pouco ao deciarat nao er isso possivel. Teeteto — ¥ agora, como te parece? Séerates — © seguinte, tomando.a assunto do comego e depois de fazer algumas dstingbes. O que ‘se sabe por tra lembranca impressa na alm oe ite ¢ pone oars con ‘Que se Sabe e de que'se tenba a lmpresdo, ‘io ae pera ‘io Lamblm nto 0 srt oat © ‘gue ce Save pelo que ndo se sabe nem posal a Dreaiio, ou © que no to sabe, por algo que, do Faeso eo, nos bea ind, gus 0 qe np fe sabe sela.o quo se sal , tamber, pos Saga gogo se prob reciente ml outa ‘ois tamimn pereebida, ow que o que se percsbe sea ‘o'que no se percebe, ou o que Mo se percebe, ©

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