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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

FACULDADE DE COMPUTAÇÃO E INFORMÁTICA


BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Trabalho de Graduação Interdisciplinar

Leonardo Kenzo Yajima


Victor Bachman
Yang Zhuo Jie

As Estratégias do Google Inc. Visão Geral

São Paulo
2007
LEONARDO KENZO YAJIMA
VICTOR BACHMAN
YANG ZHUO JIE

AS ESTRATÉGIAS DO GOOGLE INC. VISÃO GERAL

Trabalho de Graduação Interdisciplinar


apresentado ao Curso de Sistemas de
Informação da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, apresentado como requisito
parcial a obtenção do Grau de Bacharel
em Sistemas de Informação.

ORIENTADOR: Prof. Vivaldo J. Breternitz

São Paulo
2007

1
A Deus, aos nossos pais pelo
apoio, dedicação e atenção.

2
Agradecimentos

Aos nossos pais por ter nos dado a possibilidade de estudarmos até o presente
momento.

Aos nossos amigos, sempre presentes nos momentos de alegrias e tristezas.

A todas as pessoas que nos ajudaram diretamente e indiretamente para pesquisa


de nosso trabalho.

Ao nosso mestre e orientador Prof. Vivaldo Jose Breternitz pela atenção,


dedicação e disponibilização de tempo para o nosso progresso neste trabalho.

3
RESUMO

Este trabalho procura discutir quais as estratégias criadas pelo Google.Inc e


sua visão de negócio empresarial. Tem como objetivo principal responder às
questões das quais descrevem às estrategias e os caminhos em que levaram o
Google a se tornar uma empresa de referência mundial tanto para negócios
como para internet. Após pesquisar e analisar as informações disponíveis
acerca do assunto, conclui-se que as principais estratégias adotadas pelo
Google para atingir a situação de destaque em que se encontra foram na
inovação da publicidade online e de serviços, o compartilhamento de
ferramentas, as aquisições de outras empresas da web, recursos humanos e o
desenvolvimento de novos produtos. Sua marca está associada a um modelo
de qualidade tornando-se uma das empresas mais populares da rede mundial
de computadores. Suas estratégias não somente estão focadas na qualidade e
publicidade de seu buscador, como também estão focadas nos negócios de
desenvolvimento de software, hardware e além de outros modelos de negócios
fora da internet.

Palavras-chave: Buscador, Internet, Google, Estratégia, Publicidade online.

4
ABSTRACT

The purpose of this study is to analyze the strategies and corporate vision
statement used by Google Inc. The main objective is to find which of the
strategies employed by Google were paramount in achieving its leadership
position in e-Business and general industry. After analyzing the available
research and data we can conclude that the primary strategies utilized by
Google in order to reach its current position in the market are as follows:
Innovations in online marketing and services, tools to facilitate the sharing
and distribution of information, acquisitions of internet businesses, human
resources and the continual development of new products and services. In
general terms, Google has become associated with quality and thus, has
become one of the most popular companies on the internet. Its strategies
are not focused solely on the quality and promotion of its search engine, but
also on software development, hardware and business models for use in
business opportunities outside the internet.

Keywords: Search Engine, Internet, Google, Strategy, online Publicity

5
Sumário

Objetivos ........................................................................................................... 1
Revisão Bibliográfica ....................................................................................... 2
Introdução ......................................................................................................... 4
1 A Era Pré-Google ........................................................................................... 5
2 A Origem do Google ..................................................................................... 9
2.1 A Eficiência do PageRank ...................................................................... 11
3 O Google vai ao Público ............................................................................. 14
3.1 Inovando o E-mail ................................................................................... 18
3.2 Gmail e Marketing Viral .......................................................................... 20
3.3 Compartilhamento de ferramentas ......................................................... 21
4 Colhendo Frutos .......................................................................................... 22
5 Assimilação de Empresas .......................................................................... 29
6 A Competição .............................................................................................. 32
6.1 Google Versus Microsoft ........................................................................ 32
6.2 Lançamento do Windows Vista e Seu Impacto no Processo de Busca .. 37
6.3 Google Versus Yahoo ............................................................................. 39
6.3.1 Disputa ............................................................................................. 41
6.4 China o alvo do Google e seus concorrentes ......................................... 44
6.5 Riscos de Alianças competitivas............................................................. 47
7 Google Offline.............................................................................................. 50
8 Por Dentro do Google ................................................................................. 52
8.1 Melhor Empresa para Trabalhar ............................................................. 54
8.2 Ferramentas para Melhor Contratação de Profissionais ......................... 56
Considerações Finais .................................................................................... 57
Referências ..................................................................................................... 59
Objetivos

O objetivo deste trabalho é responder às questões que se seguem:

− Quais as estratégias adotadas pelo grupo Google, como se desenrolou


sua história, e de que forma chegou a ocupar posição de destaque no atual
ambiente empresarial?

− Quais foram seus diferenciais em relação a outras empresas e quais são


os motivos pelos quais as pessoas utilizam seus recursos / serviços?

− Como se posiciona nos mercados em que atua?

Para fins deste trabalho, consideremos estratégia como “o conjunto de


caminhos que a organização escolhe para atingir seus objetivos”,
(Maximiniano, 2004)

O trabalho justifica-se pelo fato do conhecimento adquirido poder ser


empregado na definição de estratégias para outras empresas.

A metodologia utilizada para elaboração deste trabalho foi a de pesquisa


bibliográfica sendo que o mesmo pode ser classificado como um estudo
exploratório, conforme a classificação proposta por Selltiz et. al. (1974), que
dizem ser o estudo exploratório uma forma de adquirir conhecimentos básicos
acerca de um tema, de forma a permitir seu aprofundamento em trabalhos
posteriores, conforme explicitado nas considerações finais.

1
Revisão Bibliográfica

Este trabalho foi elaborado a partir de pesquisas em livros, trabalhos


acadêmicos, magazines, jornais etc. A seguir apresentaremos as principais
fontes utilizadas.

No livro “Pioneiro e Empreendedores: A Saga do Desenvolvimento no Brasil”,


Marcovitch (2003) relata as trajetórias de dez pioneiros do mundo empresarial
brasileiro cujas realizações mudaram o panorama nacional.

As histórias contadas neste livro buscaram fixar a memória dos construtores de


uma tendência nacional para o progresso que tem tudo para desdobrar-se mais
ainda e ganhar maior número de seguidores no século XXI.

O estudo dessa obra contribui para o entendimento da estratégia empresarial


de forma similar à que este trabalho pretende contribuir, guardadas as devidas
proporções.

Battelle (2006) em seu livro “A Busca”, aborda a história do Google e das


ferramentas de busca. O livro mostra que depois da Yahoo, AltaVista, Excite,
Lycos e outros pioneiros que não terem dado a importância devida ao lucro que
uma ferramenta de busca poderia trazer, o Google ofereceu uma nova
abordagem à busca, redefiniu a idéia de marketing viral, sobreviveu ao colapso
das ponto-com e conseguiu valorizar suas ações em pouco tempo, exatamente
por ter percebido os lucros que um buscador poderia trazer.

O autor escreve a respeito do passado, do presente e do futuro da tecnologia


de busca e do impacto que ela está começando a ter sobre marketing, mídia,
cultura popular, relacionamento, busca de emprego, direito internacional,
liberdades civis e outros campos.

Um grande número de pessoas utiliza os serviços do Google para satisfazer


seus desejos e necessidades, afastar seus temores e obsessões etc.

2
Battele baseia-se em centenas de entrevistas, como com Larry Page e Sergey
Brin, que são os co-fundadores da empresa Google, com seus concorrentes
como Louis Monier, que criou o AltaVista e outros que participaram da história
da empresa e da internet como um todo.

Battelle revela como funciona a tecnologia da busca, explora o poder da


propaganda segmentada e discorre acerca da oferta inicial de ações do
Google, das suas dificuldades e desconfianças no mercado de Wall Street.

Vise (2007), em seu livro “Google: A história do negócio de mídia e tecnologia


de maior sucesso dos nossos tempos”, narra não apenas como os estudantes
Sergey Brin e Larry Page criaram o Google, mas como eles se conheceram,
escrevendo sobre a história de cada um, falando como seus pais contribuíram
para o crescimento e amadurecimento dos filhos. Além disso, escreve sobre
como Larry Page e Sergey Brin programaram o sistema de PageRank, fator
primordial para o sucesso do Google e acerca do qual falaremos mais à frente.

O livro narra à história da empresa Google, o seu rápido crescimento, os seus


projetos, os seus planos futuros e também os fatos históricos relacionados ao
seu crescimento desde a sua fundação e inclusive o seu sucesso estratégico
ao longo de seu amadurecimento.

O livro foi escrito baseada em diversas entrevistas com funcionários, familiares,


amigos, investidores, profissionais da área de tecnologia, analistas, empresas
concorrentes do Google e etc. Ele também fornece dicas para melhor utilização
da ferramenta de busca, apêndice sobre as finanças e a comparação entre os
valores de ações do Google com outras grandes empresas.

3
Introdução

As empresas realmente bem sucedidas não se limitam apenas a atingir metas,


mas também criam novos modelos de estruturas e novos modelos e técnicas
de negócios, cujo conhecimento é sempre importante.

Segundo Marcovitch (2003), “a história empresarial nos deixa lições


fundamentais para iniciar empreendimentos ou administrá-los em meio a
turbulências quase sempre inevitáveis na vida empresarial de todos os
tempos”. Esta citação aponta a importância de conhecer o passado para se
prevenir de ameaças e usufruir oportunidades.

Estamos vivendo em uma época de transição, onde as inovações tecnológicas


e os avanços das técnicas de negócios crescem exponencialmente. Novos
conceitos empresariais devem ser adotados para que uma empresa sobreviva
e prospere neste mercado competitivo.

A internet é uma ferramenta poderosa que a cada dia nos traz novas
alternativas de estratégia e novos conceitos de mercado, sendo essencial que
seja considerada no planejamento estratégico.

O grupo Google Inc. nasceu recentemente, mas já possui um patrimônio


extraordinariamente grande. Seu crescimento ocorreu devido a uma visão de
negócios que implicou no atendimento das necessidades dos usuários de
internet, sendo o estudo de sua história, produtos e estratégias úteis para
aqueles que se dedicam a planejar a estratégia empresarial.

4
1 A Era Pré-Google

A internet revolucionou o mundo, quebrou barreiras de comunicação e


disseminou conhecimento como nenhum outro veículo de comunicação
conseguiu fazer em toda a história mundial.

No seu início, havia a desconfiança dos investidores e usuários acerca da


possibilidade deste veículo ser de grande usabilidade e de sua capacidade de
gerar renda. Possíveis investidores discutiam se as inovações seriam seguras
e confiáveis e se o investimento seria compensador.

Apesar desse cenário de dúvidas, a internet foi expandindo, todas as


ferramentas de busca chegaram ao mundo quase que junto com a da internet
pública.

A tabela 1 mostra os dados estatísticos da evolução da internet até o presente


momento:

DATA NÚMERO DE % POPULAÇÃO


USUÁRIOS MUNDIAL
Dezembro, 1995 16 milhões 0.4%
Dezembro, 1996 36 milhões 0.9%
Dezembro, 1997 70 milhões 1.7%
Dezembro, 1998 147 milhões 3.6%
Dezembro, 1999 248 milhões 4.1%
Dezembro, 2000 361 milhões 5.8%
Agosto, 2001 513 milhões 8.6%
Setembro, 2002 587 milhões 9.4%
Dezembro, 2003 719 milhões 11.1%
Dezembro, 2004 817 milhões 12.7%
Dezembro, 2005 1018 milhões 15.7%
Dezembro, 2006 1093 milhões 16.7%
Setembro, 2007 1215 milhões 18.5%
Tabela 1 - Fonte: adaptado de Internet World Stats (2007)

A mesma informação, sob a forma de gráfico 1 e gráfico 2 permite visualizar


melhor o crescimento de usuários do uso da internet:

5
Gráfico 1 - Fonte: adaptado de Internet World Stats (2007)

Agora, visualizando a porcentagem da população mundial de usuários da


internet de acordo com os anos.

Gráfico 2 - Fonte: adaptado de Internet World Stats (2007)

6
Diariamente, domínios world wide web e páginas na internet eram criados e o
número de usuários da rede mundial crescia, embora em uma escala inferior à
atual. Naquela época, as páginas de internet também eram pouco divulgadas
em função de que as ferramentas de busca eram pouco sofisticadas.

Com o crescimento da internet em todos os sentidos (números de domínios, de


usuários e de acesso à internet), surgiu a necessidade do uso de ferramentas
de busca mais aperfeiçoadas.

A primeira delas foi o WebCrawler em 1994, em 1995 surgiu o Yahoo, a


ferramenta de busca mais popular no início da explosão da internet.

A interface do Yahoo era simples, porém um pouco poluída aos olhos do


usuário. Possuía um campo para a pesquisa, grupos de interesses e anúncios
pagos. Apesar de sua aparência poluída e confusa, o Yahoo tornou-se a
ferramenta de busca mais acessada da época.

O buscador varria as páginas que uma equipe cadastrava em pastas


ordenadas em ordem alfabetica, sem utilizar os critérios de avaliação de
quantidade de acessos ou de páginas linkadas a este. O método de busca do
Yahoo apesar de ser popular para aquele momento, não se aprimorou e, com o
passar do tempo, foi perdendo a sua competitividade em relação aos outros
buscadores.

Com o sucesso do Yahoo alguns outros buscadores entraram em ação, como


por exemplo, no Brasil, o website Cadê, um dos primeiros buscadores
nacionais a se popularizar. Este buscador foi criado por Gustavo Viberti e Fábio
de Oliveira e vendido por alguns milhões de reais ao Yahoo.

Vários outros buscadores apareceram com o intuito de ganhar a popularidade


como a que o Yahoo obteve na época, casos do Lycos, Infoseek, Excite, e dos
buscadores nacionais Metabusca Zaz, Zeek e Aonde, que conseguiram certa
popularidade, mas como não inovaram na busca de resultados melhores, foram
logo esquecidos pelos usuários.

7
Ao redor de 1996 chegava o AltaVista, com uma interface mais bonita e
detalhada. Além de ser buscador, possuía algumas ferramentas online como
tradutor de línguas, compras virtuais, notícias, tradução de páginas e etc.

O AltaVista desbancou o Yahoo rapidamente, e foi apontado como o buscador


perfeito por muitos internautas, pois a quantidade de resultados fornecida era
grande e o tempo de resposta era curto.

Nos quesitos interatividade e multimídia, os websites ainda eram fracos. A


maior parte deles era estática, apenas disponibilizava informações e, no
máximo, oferecia salas de bate-papo, o que para aquela época era inovador.

Com o passar do tempo, o nível de exigência dos internautas cresceu.


Perceberam que muitas curiosidades, notícias, teses e qualquer coisa que se
procurava poderiam estar na internet, que só precisavam ser achados, o que
tornara mais importante a existência de buscadores.

A facilidade na criação de páginas e o baixo custo de servidores contribuíram


para o aumento de novas páginas na web, que naquele momento já eram
possíveis serem desenvolvidas por leigos em informática. Um bom exemplo foi
o site Homestead, que fornecia ferramentas para os leigos e hospedagem
gratuita.

Tornou-se possível encontrar de tudo na rede mundial, desde diários de


adolescentes, a teses e outros trabalhos acadêmicos. O volume da internet
tornou-se maior juntamente com o interesse de novos usuários que passaram a
utilizá-la.

Enquanto todos se contentavam com o AltaVista, que até o momento, era a


melhor ferramenta de busca.

8
2 A Origem do Google

Muitas informacões sobre a sua bibliográfia foram obtidos no ( vise 2007). O


Google teve origem em janeiro de 1996, época em que Larry Page e Sergey
Brin, dois estudantes de pós-graduação faziam seus doutorados na
Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Ali, trabalharam numa das
salas de um prédio de quatro andares doado à Universidade por Bill Gates,
dono da Microsoft, que pretendia que neste prédio se instalassem jovens
pesquisadores.

Rajeev Montwani, professor universitário que orientou Sergey desde seu


ingresso em Stanford, observou de perto a afinidade intelectual entre Sergey e
Larry. Montwani trabalhou com Brin em pesquisas de extração de informações
em grandes bases de dados, projeto que originou um grupo de pesquisa
denominado MIDAS, um acrônimo para “Mineração de Dados em Stanford”.
Este grupo de pesquisa tinha como o objetivo melhorar o atendimento de lojas,
organizando melhor os produtos em suas prateleiras, de acordo com o que os
consumidores costumavam comprar.

Brin e Montwani pensavam aplicar este mesmo sistema na internet, onde uma
grande quantidade de informação era processada de forma desorganizada e
descontrolada. Esta pesquisa foi um dos primeiros esboços do que seria um
sistema de busca que tornaria famoso alguns anos à frente.

Page, que dedicava a um projeto de bibliotecas digitais, utilizava a ferramenta


de busca AltaVista para obter informações para seu projeto. Notou que este
além de listar uma quantidade significativa de websites, listava o resultado da
busca ordenado através de número de ligações entre sites (links), o que levou
o Altavista a ter um diferencial em relação a outros buscadores, conforme dito
no capítulo anterior. Porém este sistema era ainda muito primitivo aos olhos de
Page.

9
Hector Garcia Molina, professor de Page, concordou que este sistema de
busca era valioso e incentivou Page a obter mais informações sobre os links e
as suas utilizações, mas para realizar este trabalho. Page necessitaria de um
enorme banco de dados para armazenar as informações.

Sergey Brin se interessou pela idéia de Page e juntou-se a ele no objetivo de


fazer o download de toda a internet e analisar seus links, porém esta meta
seria difícil de atingir e levaria tempo para ser alcançada. Fazer o download da
internet inteira parecia ser uma meta incabível, muitos não acreditavam no
sucesso da idéia de Page de “copiar” a internet inteira em um computador.

No ano de 1996 iniciou-se o trabalho de Page e Brin objetivando coletar todas


as informações da internet, Page acreditava em uma teoria, a significância pela
qual na medida em que os links eram clicados sua popularidade aumentava,
mas um link que era muito acessado não garantia a qualidade de seu
conteúdo. Analisando uma maneira de mesclar tanto a qualidade quanto a
popularidade, com o objetivo de determinar a significância, criou um sistema de
classificação denominado PageRank, nome criado dado em função do seu
sobrenome e dos documentos da web no qual Page explorava.

Segundo Tim Berners-Lee (Vise 2007), cientista computacional tido como o


inventor da Web, um clique em palavras destacadas deveria direcionar seus
usuários para outra página com informações acerca do conteúdo pesquisado,
que também possuiria palavras destacadas, e assim por diante; pela visão
dessas pessoas, a internet se resumia a um conjunto de links que interligavam
uma página a outra.

Impulsionados pela escassez de resultados obtidos pelas ferramentas de


buscas, Brin e Page estavam certos que encontrariam uma forma de tornar o
uso da internet mais amigável a partir da pesquisa dos links. Tanto que, no ano
de 1997, Page desenvolveu uma ferramenta de busca primitiva a partir da qual,
era possível descobrir quais sites citam ou indicam outra página, denominada
BackRub, Como dissemos, ele chegou a afirmar que faria o download de toda
a internet em seu computador, o que era fundamental para sua pesquisa.

10
O Google foi disponibilizado somente para uso interno na Universidade de
Stanford, no qual incluía alunos, professores e funcionários. Mostrando
qualidade no retorno dos seus resultados, esta ferramenta de busca foi
ganhando popularidade dentro do campus.

Como a demanda de usuários utilizando a ferramenta de busca e a base de


dados estavam crescendo, foi necessário adquirir mais computadores. Seus
orientadores, sabendo da necessidade para a ampliação do banco de dados e
também de observarem tanto Brin quanto Page montando computadores com
peças reutilizadas, conseguiram levantar fundos de 10 mil dólares junto ao
projeto de biblioteca digital de Stanford, no qual foi suficiente para transformar
o quarto de Page em um centro de dados, onde estavam instalados os
servidores do que viriam a ser o Google.

Uma novidade estava acoplada ao PageRank, o resultado das buscas eram


ordenados de forma lógica para os usuários, um sistema inovador comparado
as ferramentas de buscas para a época. Esta ferramenta foi implementada na
Universidade de Stanford e ganhou destaque com o passar do tempo devido
ao novo método de busca de dados na internet, que produzia resultados
melhores, como já dissemos.

2.1 A Eficiência do PageRank

Sabemos que toda ferramenta de busca está baseada em um algoritmo e tanto


os sites e os links são classificados de forma ordenada e exibidas conforme o
algoritmo de cada buscador. O PageRank mostrou-se um sistema de busca
eficiente e inteligente, um algoritmo moderno e indispensável para o acesso da
internet em pouco tempo.

Como dito anteriormente, muitas ferramentas simplesmente vasculhavam os


sites procurando dados e diversas informações de acordo com a busca. O
resultado era exibido sem nenhuma classificação ou simplesmente era
classificado de acordo com o requisito do algoritmo, assim a informação

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desejada poderia não ser aquela que o usuário procura, já que não é muito
difícil desenvolver um site para ficar nos primeiros lugares dos resultados.

O AltaVista tinha conseguido inovar o seu sistema de busca que exibe a sua
classificação de acordo com o Link Popularity (popularidade do link), que
consistia em classificar os resultados das buscas através da popularidade dos
links, ou seja, dependendo do número de páginas que apontavam para outra
página, esta outra página subia no ranking da classificação do resultado de
busca. Porém este método podia ser facilmente burlado, pois alguns sites se
reuniam para inserir links entre eles, ou seja, criavam parcerias entre os sites, o
que possibilitava aumentar sua popularidade mesmo que os conteúdos de suas
páginas fossem inúteis.

O algoritmo do PageRank funciona de uma forma semelhante à do AltaVista,


mas é uma versão melhorada e com mais requisitos de classificação, como por
exemplo, a importância dos links relacionados entre páginas, ou seja, se uma
página popular como o portal terra.com.br apontar para algum outro site, este
terá uma relevância maior que links apontados por sites com menor acesso e
popularidade.

O buscador do Google está baseado na utilização de crawlers (robôs vituais)


em que vasculham a web e registram os sites e seus conteúdos. Até o
momento não havia nenhuma diferença entre outros buscadores, o que
diferencia dos demais é que o algoritmo de classificação do PageRank calcula
o valor para exibir uma classificação relevante.

Outro tipo de classificação do PageRank é a otimização do website. Além de


possuir a popularidade de links apontados ao site, este deve se enquadrar em
padrões solicitados pelo Google, como tags (linhas de código) em html
padronizadas. A união da padronização com a popularidade do site o leva para
níveis mais altos na classificação dos resultados de uma busca.

Existem outros métodos que ajudam a classificar melhor o seu site, seguindo

12
estes métodos podem melhorar a posição do site, sem a necessidade que
outros site apontem um link ao seu site.

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3 O Google vai ao Público

No meio do ano de 1997, Brin e Page queriam definir um novo nome para a
ferramenta BackRub. Juntamente com um colega, Sean Anderson, pensaram
em um nome que desse destaque e que fosse fácil de ser lembrado, e após
muita discussão, Anderson sugeriu o nome Googolplex em referência a palavra
googol (é o número 10100), por estarem criando uma ferramenta que fizesse a
busca e a classificação de uma quantidade imensa de dados. “Googol é um
número extenso”, citou Anderson. Page preferiu refinar a palavra para Google,
que era fácil de ser lembrado, Anderson verificou que o nome Google estava
disponível para ser registrado na internet; assim, Page o registrou no mesmo
dia e assim como o Yahoo e o AltaVista, a ferramenta ganhou um nome de
destaque e de fácil memorização.

A ferramenta de busca estava ganhando grande notoriedade na Universidade e


obrigou os dois criadores, Page e Brin, a comprar mais peças e montar
computadores para garantir a performance das buscas. Como não possuíam
dinheiro, garimpavam as peças em galpões de redistribuição de peças usadas
ou descartadas, como já dissemos.

Com a ferramenta de busca funcionando bem, Brin e Page queriam que a


tecnologia empregada na criação do PageRank fosse patenteada e vendida
para o AltaVista, pois assim, eles poderiam voltar a concluir seus estudos de
pós-graduação.

Em reunião com Paul Flaherty, que era formado em Stanford e arquiteto do


AltaVista, foram abordadas propostas de melhorias para o sistema de busca do
mesmo. No entanto, o assunto não evoluiu, pois a empresa sócia da AltaVista,
a Digital Equipment Corp., sequer cogitava em aceitar propostas de empresas
ou pessoas estranhas, pois não tinham confiança para investir nestes.

Isto se repetiu com a Excite e a outras ferramentas de busca. Por exemplo, no


Yahoo, o PageRank foi rejeitado porque a empresa queria que seus usuários
passassem mais tempo navegando nos seus sites, ao invés de achar o que

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buscava rapidamente. David Filo, co-fundador do Yahoo, aconselhou aos
estudantes que, caso quisessem por à prova a capacidade da ferramenta de
busca, teriam que fundar a sua própria empresa, e que se a ferramenta fosse
tão boa quanto aparentam ser, o sucesso iria ser alcançado em breve.

Após diversas tentativas frustradas, Page e Brin decidiram continuar com seus
esforços voltados para os usuários de Stanford. Era a primavera do ano de
1998, quando resolveram realizar uma enquete entre seus usuários pedindo
para que estes respondessem às perguntas do tipo: como vocês avaliam os
resultados das buscas? O que acham da formatação da página? o que acham
do logotipo? e outras.

A partir daí Larry Page e Sergey Brin com muito esforço decidiram tentar levar
o Google adiante como um buscador mais independente, porém ainda
precisavam de investimento. Foi então que David Cheriton, professor de Page
e Brin, indicou Andy Bechtolsheim, um investidor em capital de risco que
acreditou na idéia do Google e visualizou o sucesso que esta ferramenta
poderia trazer, gerando bons negócios. Bechtolsheim foi co-fundador da Sun
Microsystems e já havia feito negócios movimentando centenas de milhões de
dólares. Um investidor de capital de risco é uma pessoa ou uma organização
que possui a intenção de emprestar uma quantia de dinheiro a empreendedor,
com o objetivo de obter lucro com o negócio a ser implementado.

Após entender o que Page e Brin desenvolveram, Bechtolsheim ficou


interessado, pois segundo Vise (2007), ele próprio usava a internet para fazer
pesquisas, e era de opinião que, o AltaVista não era muito bom para esse fim.
Quanto à tecnologia ele não tinha dúvidas que traria muitos benefícios aos
usuários, porém ainda estava em dúvida quanto ao retorno comercial que a
ferramenta poderia proporcionar, já que naquela época as ferramentas de
busca do mercado, inclusive o AltaVista, estavam perdendo dinheiro e
especulava-se que este tipo de serviço se tornaria uma commodity. Que não
faz menor diferença entre os serviços.

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Porém como a proposta de Page e Brin era diferente do que já existia no
mercado, Bechtolsheim percebeu que a ferramenta de busca assemelhava à
imagem de um diretório eletrônico e possível de se pesquisar como, por
exemplo, as páginas amarelas, em que anúncios apareciam nas mesmas
páginas que os números de telefones dos assinantes.

Page e Brin adotavam estratégias inversas às das empresas já consolidadas


no mercado; ao invés de gastar uma enorme quantia de dinheiro com
propaganda e equipamentos de última geração, eles, visando reduzir os
custos, investiram dinheiro em hardware para montar seus próprios
computadores, como faziam desde os primórdios da empresa.

A adoção de estratégias inversas, normalmente é ditada pela intuição do


empresário e algumas vezes pode ser a razão do sucesso, como diz Costa
(2004), ao afirmar que:

“Em muitas organizações, o sucesso foi construído com base na intuição dinâmica dos
seus fundadores. Não apenas esses fundamentos tiveram uma percepção inicial feliz,
mas, ao longo do tempo, foram capazes de perceber as mudanças no ambiente e
adequar sua organização para tirar vantagens dessas mudanças. Adicionalmente, eles
proveram a organização com visão, liderança, princípios e valores, tanto do ponto de
vista interno, como pela visão do mercado e da comunidade.

Essa competência dos fundadores, normalmente combinada com um estilo gerencial


personalista e centralizador – que foi importante para o sucesso na fase pioneira -,
acaba, com freqüência, atrofiando a capacidade gerencial e estratégica dos demais
membros da organização. Problemas dessas organizações podem ocorrer menos em
função da incapacidade de adequação às mudanças externas e mais em função da
necessidade de migrar de um modelo totalmente dependente das pessoas de seus
fundadores para um mais profissionalizado, apoiando em processos e em aprendizado
contínuo. “

Bechtolsheim investiu a quantia de cem mil dólares, com um cheque nominal à


Google Inc. e assim nasceu formalmente a empresa Google em 7 de setembro
de 1998, o Google começou na garagem de uma casa, época em que Page e
Brin dividiam com outras pessoas.

16
A partir daí, Page e Brin possuíam o valor suficiente para comprar todo o
equipamento necessário e começar a dar os próximos passos em seu projeto.
Decidiram desistir do curso de doutorado na Universidade de Stanford em
outubro, para dedicarem apenas ao planejamento do lançamento da empresa
Google ao público.

“Estamos no processo de comercialização do Google. E vocês verão isso


acontecer no site Google.com em algum momento, em um futuro próximo.
Existem vários recursos que utilizamos para tornar nossa ferramenta de busca
melhor neste momento. Nós não entraremos em alguns detalhes”, dizia Sergey
Brin, segundo Vise (2007).

No início de 1999, a empresa ficou grande demais para a garagem e mudou-se


para escritórios na University Avenue, no centro de Palo Alto, o que serviu para
marcar o crescimento da empresa.

O Google, com seu layout simples e de fácil navegação, já era popular em


Stanford e entre as pessoas que acabaram conhecendo e utilizando a
ferramenta de busca. O número de acessos para pesquisas diárias ficava em
torno de cem mil buscas. Seu crescimento em números de usuários deveu-se à
comunicação entre usuários através de e-mails, programas de mensagens
instantâneas e a propaganda boca a boca, ou seja, os usuários que tiveram
suas buscas satisfeitas pela eficiência e agilidade do Google, recomendavam a
ferramenta de busca para os seus amigos para a mídia e para sites, o que
ajudava a divulgar o Google em artigos e reportagens. Enquanto o Yahoo,
ainda um dos seus principais concorrentes gastava milhões em publicidade
inclusive outdoors e comerciais de TV, o Google investia seus recursos
financeiros em tecnologia, deixando o boca a boca responsável pela
divulgação.

Em fevereiro daquele ano, uma newsletter foi encaminhada aos usuários da


ferramenta de busca informando que o projeto de pesquisa, o Google, se

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tornara Google.com, e que uma nova empresa estava surgindo, com a
finalidade de proporcionar serviços de busca de qualidade.

Os esforços de Brin e Page para que sua ferramenta se tornasse essencial


para os usuários de internet produziu frutos rapidamente e o Google tornou-se
sinônimo de serviço eficiente gratuito na internet, pois antes da chegada do
Google ao público uma pesquisa precisava ser feita em utilizando-se diversos
buscadores para tentar conseguir o resultado esperado. O Google conseguiu
tornar-se a única ferramenta de busca que trazia os resultados de forma rápida
e objetiva.

3.1 Inovando o E-mail

Em 1965, foi criado o conceito de e-mail (Folha Online, 2007a), com o


propósito de permitir a troca de informações dentro de um grupo. Até essa
época, muitas vezes as pessoas não tinham condições de receber um recado
por telefone, ou até mesmo uma carta que poderia demorar muito tempo para
chegar ao seu destino. A eficiência do e-mail conseguiu agilizar os processos
de trocas de informações e resolveu os problemas como tempo, disponibilidade
e distância geográfica. Essa ferramenta no entanto demorou quase 30 anos
para se popularizar, quando empresas adotaram-no como serviço para seus
sites. Nessa época, o serviço de e-mail que era de exclusividade de provedores
pagos de acesso à internet, obrigavam o usuário a instalar software específicos
em suas máquinas para permitirem o envio e recebimento de mensagens.

Pouco tempo depois, o serviço de webmail, acesso via browser, chegou ao


público e seus servidores disponibilizavam para seus clientes uma pequena
capacidade de armazenamento de dados, alem de mostrarem aos mesmos
anúncios.

O serviço de webmail gratuito chegou ao público pelo Hotmail, da Microsoft.


Ainda com pouca capacidade de armazenamento, atraiu grande número de
usuários. Apesar disso, os serviços de e-mail então existentes eram

18
deficientes, o que levou o Google a se interessar pela criação de um novo
serviço desse tipo.

Dentro dessas deficiências, destacavam-se:


• Muitos serviços de e-mail como a América Online, apagavam os e-mails
de seus usuários após 30 dias do seu recebimento mesmo que não
sejam lidos, com a intenção de reduzir os custos;
• Reduzida quantidade de espaço de armazenamento de mensagens;
• Alguns fornecedores como o Yahoo ou à Microsoft cobravam para
fornecer mais espaço de armazenamento em seus servidores, embora
fornecendo serviços básicos de e-mails gratuitos;
• Havia a necessidade de um mínimo de freqüência de acesso para o não
cancelamento da conta;
• A impossibilidade de utilização da mobilidade dos atuais webmails, ou
seja, apenas era possível a utilização do correio eletrônico à partir de
uma única máquina.

O Google lançou seu serviço de e-mail em abril de 2004, o Gmail, que ofereceu
grande espaço de armazenamento e um serviço de um buscador de
mensagens incorporado ao e-mail, tudo gratuitamente.

O Gmail foi um novo conceito de e-mail e seu crescimento foi rápido, já que
estava associado à marca Google que já era considerado um sinônimo de
qualidade. Entrou no mercado para competir com à Microsoft , Yahoo e AOL,
os principais provedores da época.

No início uma conta Gmail tinha a capacidade de 1 gigabyte de espaço. Uma


superioridade de espaço incontestável, 500 vezes mais espaço para
armazenamento livre que o Hotmail da Microsoft, e 250 vezes mais que o
Yahoo.

Outra estratégia inovadora do Gmail era incorporar sua ferramenta de busca no


seu e-mail, ou seja, a qualidade de serviço do seu buscador poderia ser
utilizada para procurar mensagens dentro do seu próprio e-mail.

19
Outras vantagens do Gmail foram, o lançamento do serviço que evita que os e-
mails sejam disparados a uma grande quantidade de usuários, normalmente
contendo propagandas, conhecidos como spams, a atualização seletiva da
caixa de e-mails, sem a necessidade de atualizar toda a página, o
armazenamento automático dos endereços dos remetentes e destinatários,
dispositivo de autopreenchimento de endereço etc.

Mais uma vez o Google utilizou a estratégia de divulgação boca a boca e


ofereceu o seu produto para a uma pequena quantidade de formadores de
opinião que convidaram outros usuários para abrir uma nova conta, tornando
um ciclo fechado de cadastros.

3.2 Gmail e Marketing Viral

A estratégia do Google foi utilizar a técnica de marketing viral do tipo Social


Viral Marketing, quando um grupo restrito de pessoas possui o poder de passar
um serviço ou produto a outros tornando um privilégio para quem a possui; as
pessoas precisavam receber um convite para criar uma conta no Gmail.

Sabendo que era difícil de conseguir uma conta no Gmail, muitos desses
convites eram vendidos em sites de leilão eletrônicos como o eBay ou trocadas
por outros itens em sites de trocas como o Gmail Swap. Os preços dos
convites variavam entre US$ 20 e US$ 80. O motivo para essa demanda é que
muitos usuários buscavam a exclusividade de serem os primeiros a usar o
serviço do Gmail.

Conseqüentemente a mídia começou a se interessar pela divulgação do


serviço do Gmail e da venda de seus convites, passou a aumentar ainda mais
o interesse de pessoas pela ferramenta, tornando o lançamento do Google um
dos casos mais interessante em termos de utilização de estratégia de
marketing viral.

20
3.3 Compartilhamento de ferramentas

No início de fevereiro de 2006, o Google adotou uma nova estratégia, passou a


disponibilizar aos usuários do Gmail um serviço conhecido como Google Talk,
uma ferramenta de mensagem instantânea similar ao popular MSN Messenger
da Microsoft, mas com o diferencial de ser integrada a outros serviços do
Google. Na figura 1 apresenta-se uma tela que permite uma visão dessa
ferramenta.

Figura1 - Fonte: adaptado de Google Talk (2007)

Se um usuário possuir uma conta no Gmail, automaticamente ele já possui


uma conta no Google Talk. Ao lado esquerdo da interface do Gmail, há a lista
de contatos, e a partir dela, caso estes contatos possuam o Gmail e estejam
conectados a ele ou somente a ferramenta Google Talk, o status de online irá
aparecer para estes contatos, podendo assim, iniciar um bate-papo ou chat,
entre usuários dentro do Gmail, com facilidade e comodidade, já que outros
serviços desse tipo praticamente obrigam o usuário a criar uma conta separada
e requer instalação de software e plugins.

Além da integração do Google Talk com o Gmail, existe o compartilhamento


entre Gmail, Google Talk, Youtube e Orkut. O Youtube é um site que possibilita

21
ao seus usuários divulgarem vídeos na internet com duração de até 10
minutos, o Orkut é um serviço de comunidades de usuários com interesse
comuns, que permitem aos usuários procurarem seus conhecidos e fazerem
parte de comunidades de seu interesse.

4 Colhendo Frutos

Quando o buscador começou a tornar-se popular fora da Universidade de


Stanford em 1999 e com o visível crescimento da empresa, foi necessário
investir mais. Page e Brin não tinham mais condições de investir sozinhos no
seu negócio. Foi quando surgiu a idéia de contatar empresas de capital de
risco de grande nome no Vale do Silício, como a Sequoia Capital e a Kleiner
Perkins.

As empresas de capital de risco quando investem em alguma empresa,


normalmente ditam as regras e entram no comando, algo que Page e Brin não
abriam mão.

Após diversas reuniões e apresentações, essas duas empresas enxergaram o


potencial do Google e decidiram investir. Com algumas discussões sobre o
poder da empresa e a divisão de investimento entre duas empresas de capital
de risco, o acordo final chegou pela ajuda de alguns contatos de Sergey e Brin,
e o valor levantado chegou a 25 milhões de dólares, sendo 12,5 milhões de
cada empresa de capital de risco, e se decidindo que a única exigência das
empresas seria a contratação de um executivo para garantir que a empresa
passe de apenas de um serviço para um negócio rentável; esse executivo seria
o Chief Executive Officer (CEO) ou Presidente.

John Doerr, da Kleiner Perkins, um dos capitalistas de risco e investidor do


Google, aconselhou Schmidt a conhecer os criadores do Google, o que acabou
gerando uma reunião com Brin e Page. O objetivo de Doerr era que Eric
Schmidt, que era CEO da empresa que fabricava software Novell, viesse a ser
CEO da empresa.

22
Doerr e outro investidor do Google, Michael Moritz, da Sequoia Capital,
estavam há 16 meses à procura de um CEO para a empresa. Brin e Page
resistiam à idéia de que outra pessoa dirigisse a empresa que eles haviam
criado, apesar do comprometimento que tinham em contratar uma pessoa para
ser o CEO da empresa.

Sergey e Brin tinham pouco interesse em discutir a contratação de Schmidt,


mas por serem bancados por Doerr e Moritz, sentiam se obrigados a tratar do
assunto. Sergey e Brin orgulhavam-se de sua independência, e não queriam
nenhuma pessoa que os pudesse controlar.

O mínimo que as duas empresas que investiram 25 milhões de dólares no


Google poderiam exigir era que fosse contratada uma pessoa que tivesse a
experiência necessária para conduzir a empresa e fazê-la começar a dar lucro;
já que até aquele momento seu investimento não tinha gerado qualquer
retorno, além de notícias esporádicas enviadas por Sergey e Brin. A Sequóia
Capital ameaçou pedir de volta os 12,5 milhões de dólares que foram
investidos caso eles não cumprissem o acordo feito durante o processo de
investimento.

As exigências da dupla para a contratação de uma pessoa para esse cargo


eram grandes; Sergey e Brin haviam rejeitado vários candidatos, com a idéia
de que eles próprios deveriam ter o controle do Google.

Após contatos de Schmidt com Sergey e Brin, os criadores do Google notaram


que Schmidt não possuía experiência apenas como CEO, mas também como
cientista da computação, pois possuía um doutorado em ciência da
computação pela Universidade da Califórnia em Berkeley e mestrado em
engenharia elétrica na Universidade de Princeton, além de ter sido pesquisador
da Xerox e nos laboratórios da Dell. Isso os convenceu a aceitá-lo.

Ficou decidido que Schmidt se tornaria primeiramente presidente do conselho


do Google antes de se tornar CEO da empresa, mas para isto Sergey e Brin

23
insistiram de que Schmidt deveria investir na empresa usando seu próprio
capital.

Schmidt mostrou seu comprometimento ao comprar em ações o equivalente a


1 milhão de dólares, o que o tornou o empregado do Google com o maior
número de ações. O acordo de sua contratação foi assinado em março de
2001, e Schmidt foi simultaneamente presidente de conselho do Google e CEO
da Novell, e em julho, quando a venda da Novell foi confirmado, ele tornou-se o
Chief Executive Officer da Google Inc.

Com o sucesso do PageRank, o Google quis mais uma vez inovar e fugir do já
consolidado método de geração de renda da internet, os banners.

Como os co-fundadores queriam que a imagem da empresa fosse positiva e


referência em serviços de qualidade gratuitos na internet, optaram por um
caminho diferente do tomado pelos outros buscadores, que poluíam suas
páginas com banners que ocupavam grande parte da tela do usuário, pois a
publicidade online já se tornara a maior fonte de renda para websites na
internet, principalmente para prestadores de serviços gratuitos.

A idéia era usar o PageRank e palavras-chave para ajudar a exibir anúncios


que trouxessem maior rentabilidade para o Google, utilizando um conceito já
existente, mas não muito conhecido, o Adword que foi concedido pela empresa
Go.to, que posteriormente tornou-se a Overture em meados de 1998 e que
mais tarde foi comprada pelo Yahoo. O Google, teve que pagar ao Yahoo o
valor de 300 milhões de dólares para acabar com a disputa de patentes.

O Adword é um mecanismo de divulgação de anúncios, que permite que o


custo dos mesmos seja calculado a partir do número de acessos que o anúncio
teve. Estes anúncios aparecem em um local específico da tela onde os
mesmos são identificados, como exemplo, podemos citar um usuário
pesquisando assuntos relacionados a carros antigos: nos links patrocinados
exibidos juntamente com o resultado dessa busca, aparecerão anúncios

24
relacionados à venda de carros antigos, exposições, bares temáticos,
mecânicas etc.

Para ter seu anúncio inserido nos links patrocinados, a empresa ou usuário
interessado, realiza um cadastro onde define quanto pretende investir, em
termos totais e de valor diário e quanto pagará ao Google para cada acesso ao
anúncio. Conforme o volume desses valores, o anúncio ficará em uma posição
nos resultados da busca: quanto mais alto o valor do acesso ao link e o valor
diário, mais no topo o anúncio ficará.

Este método de divulgação de anúncios revolucionou a publicidade online, pois


a divulgação é direcionada ao assunto de interesse do usuário, conseguindo
então o anunciante atrair mais consumidores.

Além de consumidores, o Adword atraiu muitas empresas, já que o


investimento na divulgação de seus produtos é definido pela empresa, trazendo
resultados muito positivos com relativamente pouco investimento.

O valor do acesso ao link inicia-se com R$ 0,10; este valor aparentemente é


muito pouco para uma empresa como o Google sobreviver, porém com sua
imagem de melhor buscador há número elevado de acesso e buscas e esta
pequena quantia acaba transformando em valores extremamente altos. Segue-
se abaixo o gráfico 3 em que ilustra o market share dos mecanismos de
buscas.

25
Fonte: adaptado de Internet World Stats (2007)

Após o sucesso do Adword, o Google enxergou a oportunidade de expandir


sua maior fonte de renda e criou o Adsense, o conceito inverso do Adword. Ao
invés de um anunciante pagar ao Google para ter seus anúncios, o Google
paga para veicular a si próprio em sites para disponibilizar seus Adwords.

O website interessado no Adsense, deve possuir um local específico para os


links patrocinados, como o Google possui. A cada acesso que este link
patrocinado do website colaborador tiver, o mesmo recebe uma quantia,
proporcional ao valor do link patrocinado contratado.

Da mesma forma que o Adword, os anúncios Adsenses são relacionados ao


assunto do website colaborador, ou seja, se o website aborda o tema vídeo-
game, por exemplo, os links terão o mesmo assunto. A seguir na figura 2 e 3
será definido e ilustrado a diferença entre o Adword e Adsense para a melhor
compreensão.

26
Figura 2 - Fonte : GOOGLE (2007c)

Adsense – Como se disse, são publicidades online que estão localizados em


sites em que vendem os seus espaços para anúncios.

Figura 3 - Fonte : GOOGLE.COM (2007c)

AdWords – Como dito anteriormente, é um serviço que está disponível nas


ferramentas do Google, principalmente o buscador, ou localizados no
Adesense em formato de links patrocinados.

O valor do link varia conforme a relevância do website, disponibilizando links


com altos valores quando acessados em sites com alto número de acessos e
de grande relevância.

27
A eficiência no serviço, a grande probabilidade de crescimento, o alto número
de acessos de usuários e o grande potencial de obtenção de lucros, levaram o
Google para uma posição privilegiada entre as ponto-com e atraíram o
interesse de outros investidores. Nessa ocasião o Google resolveu abrir seu
capital, reduzindo o que se conhece como IPO (do inglês, Initial Public
Offering), algo que já se esperava quando fez o acordo com as duas empresas
de capital de risco e que dessa forma acreditavam obter um retorno maior para
seus investimentos.

Segundo análises e especulações, o valor de uma ação do Google logo na


abertura para o mercado, era de US$ 85, chegando a mais de US$ 600 (
outubro de 2007) , mostrando o potencial da empresa, que movimentou
bruscamente a bolsa de valores de Nova Iorque. O Google usa algumas de
suas outras ferramentas da mesma maneira que usa o buscador. Desde o
início, Google procurava obter resultados financeiros com o Gmail. Anúncios
são disponibilizados nas telas do e-mail da mesma forma que os links
patrocinados, ou seja, os resultados destes anúncios são relacionados com o
anúncio ou corpo do e-mail recebido ou enviado, tentando mais uma vez atingir
o público-alvo dos links patrocinados.

No caso do Google Earth, a ferramenta de mapas e imagens de satélites, os


anúncios estão na forma de localização de estabelecimentos, como por
exemplo, uma rede de hotéis na cidade de Nova Iorque, exibindo nas imagens
reais de satélites, a localização exata destes estabelecimentos.

28
5 Assimilação de Empresas

A estratégia do Google prevê a aquisição de empresas da web com grande


potencial de crescimento. A capacidade de reconhecer o potencial de outras
empresas da web e visualizar um mercado ainda desconhecido, fez com que o
Google se interessasse por novos desafios e construísse grande conjunto dos
serviços da web, comprando, muitas vezes com ofertas milionárias, algumas
dessas empresas. A empresa DoubleClick, uma das maiores empresas de
distribuição de anúncios da internet foi comprada pelo Google por 3,1 bilhões
de dólares.

A estratégia do Google é ingressar no mercado de anúncios que não sejam


apenas texto, que é a principal fonte de renda da empresa.

Como o Google sempre foi contra os anúncios pagos na forma gráfica, como
banners e afins, em seus serviços já consolidados, a estratégia que levou à
aquisição desta empresa, era de gerar renda em um site não vinculado aos
serviços do Google e que apresentasse anúncios desse tipo. Outra razão para
a compra desta empresa é o grande número de clientes que a Doubleclick
possui.

Isso é confirmado pela afirmação de Eric Schmidt (Folha Online, 2007e): "A
tecnologia do DoubleClick é amplamente adotada por anunciantes, editoras e
agências, e a combinação das duas empresas irá acelerar a adoção dos
avanços inovadores do Google em exposição de anúncios".

Outra aquisição do Google foi o site de streaming de vídeos Youtube. Apesar


de o Google ter desenvolvido seu próprio site de vídeos na web, este não
conseguiu atingir o mesmo público que acessava o Youtube, que já possuía
46% do mercado de compartilhamento e distribuição de vídeos online. Com
medo de ameaças, interesse em domínio do mercado e visão estratégica, o
Google ofereceu aos fundadores do Youtube a quantia de 1,6 bilhões de

29
dólares e garantiu a compra do mesmo, que interessava a outros grandes
concorrentes.

Segue-se o gráfico 4 referente ao ano de 2006, com dados da porcentagem da


fatia de mercado nos Estados Unidos, acerca dos sites de streaming de vídeos,
e que demonstra o crescimento do Youtube frente aos seus concorrentes:

Gráfico 4 - Fonte: Hitwise Intelligence (2006)

A estratégia do Google na aquisição do Youtube é de ampliação no domínio de


sites relacionados a redes sociais, e na posse do maior veículo de
compartilhamento de vídeos na web.

Apesar da compra, o Youtube continuou operando com sua marca, porém seus
serviços passaram a ser integrados com outros serviços do Google, como o
Orkut.

Dando continuidade à sua estratégia de assimilação de empresas, o Google


adquiriu também a empresa GrandCentral de telefonia via internet, pois tendo
em vista o sucesso do Skype, a pioneira e a maior empresa do segmento que

30
possui 200 milhões de usuários, o Google passou a se interessar também por
este mercado.

A estratégia do Google engloba também pequenas empresas, as quais podem


contribuir para os serviços já existentes. Schmidt (COX, 2006) declarou que o
Google tem interesse na compra de empresas de pequeno porte que
desenvolvam tecnologias inovadoras e podem contribuir para otimização dos
serviços já consolidados do Google e de criação de novas ferramentas. De
início, a estratégia na compra destas pequenas empresas é aperfeiçoar o
Google Earth e o Google Analytics, que discutiremos adiante.

Exemplos de compras de pequenas empresas foram a da Endoxon, empresa


suiça de tecnologia de mapeamento, que ajudou na melhora do Google Earth,
como também a empresa Paronamio, que conecta imagens a localizações
geográficas ao Google Earth.

Estes dados mostram que o Google não tem a visão apenas de desenvolver
suas próprias ferramentas. A estretégia vai além, englobando outras empresas
de pequeno ou grande porte no ramo da internet, criando um possível
monopólio de serviços na web.

31
6 A Competição

Segundo Costa (2004), “nenhuma organização deve agir como se fosse a


única no seu negócio ou como se tivesse um público exclusivo”. Podemos
apontar duas empresas que agiram contrariando essa recomendação:
Microsoft e Yahoo, que estão em competição direta com o Google. Lembre-se
que a Microsoft domina a parte tecnológica em software para computadores
pessoais e Yahoo é um grande player em termos de busca e publicidade
online.

Na disputa com essas empresas, o Google trouxe novidades confirmando o


que diz Costa (2004), “Os que chegarem depois podem oferecer inovações e
soluções diferentes, com melhor desempenho, menor preço ou melhor serviço”;
conseqüentemente ganhava vantagens competitivas em relação aos
concorrentes, trazendo inovação à internet, aparentemente sem custo para os
usuários e oferecendo o melhor serviço em busca e publicidade online para
competir com o Yahoo, que ainda é o seu maior concorrente. Os avanços
tecnológicos do Google, como na área em desenvolvimento de software,
afetaram também a Microsoft.

Costa (2004), afirma também que “a concorrência acaba criando vantagens de


longo prazo para os consumidores, clientes e usuários”. Pode-se ser um que
realmente houve uma melhoria nos serviços e surgiram diversas vantagens
para os usuários da internet, em função de melhoria dos serviços prestados
pelos grandes portais de buscas e serviços de e-mail, tudo sem custo adicional
para os usuários da rede mundial de computadores, além de diversos serviços
ainda em desenvolvimento ou de consolidação.

6.1 Google Versus Microsoft

Segundo o artigo “The Final Days of Google” (Cringely, 2007), nos anos 90 Bill
Gates acreditava que nenhuma empresa iria superar a Microsoft, pois ela
estava em uma posição de superioridade muito grande em relação às outras.

32
Ele pensava que somente no futuro remoto uma empresa poderia ser criada e
somente atuando em um novo conceito de negócio teria chances de ameaçar a
Microsoft.

Com o crescimento e a expansão acelerada do Google na rede mundial de


computadores e principalmente na área de desenvolvimento de software, há a
percepção de que esta pode ser a empresa de que o artigo trata. A Microsoft
logo percebeu que estava sendo ameaçada pela concorrência do Google.

Isto confirma outra afirmação de Costa (2004) no sentido que “os verdadeiros
concorrentes do futuro poderão vir de setores completamente diferentes dos
tradicionais. Terão formas de atuar diferentes, usarão outras metodologias,
tecnologias, formas e regras operativas ou comerciais”. Certamente o autor tem
razão, já que o Google vem de outro setor bem diferente da Microsoft, e utiliza
a inovação e novos conceitos comerciais para disputar com ela.

O Google passou a contratar engenheiros, funcionários e ex-funcionários da


Microsoft, tentando fortalecer a sua estrutura de desenvolvimento para atacá-
la. Esta estratégia era secundada pela contratação de funcionários de outras
empresas de sucesso como a da IBM, Yahoo etc. e pela abertura de escritórios
ao redor do mundo.

Ao mesmo tempo, o Google estava disposto em entrar no mercado da China,


onde a Microsoft estava atuando há anos. A China apresenta constante
crescimento em números de usuários de internet, tornando-se a segunda
colocada no mundo inteiro em números de usuários, somente atrás dos
Estados Unidos. E há o sentimento de que a China pode ultrapassar os
Estados Unidos em poucos anos. Sabendo dessa situação, o Google tem como
estratégia tomar uma parte desse mercado que é dominado pela Microsoft. O
gráfico 5 ilustra o potencial de crescimento de usuários da internet no mercado
chinês:

33
Número de Usuários na China
200
162
150
Em milhões
137
100 103
94
50 59,1 69
33,7
22,5
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Ano

Gráfico 5 - Fonte : adapatado de Internet World Stats (2007).

Complementado as informações sobre esse crescimento apresenta-se a


seguir, um gráfico 6 permite visualizar os vinte países que possuem maior
número de usuários:

34
Gráfico 6 - Fonte: adaptado de Internet World Stats (2007)

Podemos perceber que a Microsoft segue em situação de conforto, pois o valor


de mercado de suas ações segundo Vise (2007) continua na faixa de 275
bilhões de mercado ainda muito superior à do Google. A Microsoft possui a
enorme influência no mercado de computadores pessoais, destacando-se o
seu sistema operacional, o pacote de programas Office, o Internet Explorer e
diversos produtos e jogos eletrônicos. Além disso, a empresa possui em caixa
bilhões de dólares, que podem ser utilizados na implementação de estratégias
que busquem garantir-lhe a liderança e o domínio do mercado.

35
Uma das estratégias encontradas pela Microsoft para contra-atacar o Google é
investir em parceria com principal concorrente o Yahoo, o que será discutido
mais adiante.

Como dissemos, o Google estava disposto a enfrentar a Microsoft de frente.


Um dos seus passos foi em investir em software gratuito como por exemplo o
processador de texto Writely que funciona pela web, um software muito similar
ao Word da Microsoft. Mais tarde, no meio de outubro de 2006 este software
integrou-se ao com o Spreadsheets, uma ferramenta de planilhas similar ao
Excel, constituindo assim a ferramenta ficou conhecido como Google Docs &
Spreadsheets. Abaixo apresenta-se as figuras 4 e 5 que representam as telas
que permitem uma visão dessa ferramenta.

Figura 4 - GOOGLE.COM (2007a)

Figura 5 - GOOGLE.COM (2007a)

36
Como se disse, um dos maiores sucessos da Microsoft e que gera grandes
lucros é o pacote Office, composta de processador de texto, planilhas
eletrônicas e aplicativo de apresentação; juntamente com o Windows esse é o
produto que praticamente “sustenta” a Microsoft (Teixeira, 2007).

Na disputa por esse mercado tão lucrativo e competitivo, o Google adotou a


estratégia de lançar um produto similar conhecido como Google Apps Premiere
para competir com o pacote Office da Microsoft. Embora em fase de testes, a
ferramenta está disponível para utilização em versão online.

O Google Apps Premiere possui uma versão gratuita, mas com publicidade
dentro do aplicativo e com recursos, ou funções limitados. A versão paga não
possui anúncios e oferece mais confiabilidade, flexibilidade e mais recursos aos
seus usuários.

Muitas empresas já estão adotando ou testando o produto; segundo o artigo


“Google Treads Further on Microsoft's Turf”, Oswald (2007) diz que
aproximadamente cem mil empresas já adotaram o produto e que grandes
empresas como a General Electric e Procter & Gamble já estão testando.

A competição entre o Google e Microsoft é feroz, pois o que gera mais lucro e
sustenta o Google continua sendo a publicidade online. A Microsoft não está
disposta a abrir a mão desse mercado para seu concorrente. E para evitar o
crescimento do Google, a Microsoft também vem adotando a estratégia de
aquisição de empresas em publicidade online como por exemplo a compra da
empresa aQuantive.

6.2 Lançamento do Windows Vista e Seu Impacto no Processo de Busca

Nos últimos meses de 2006, o buscador do Google.com viu cair seu número de
utilização e ao mesmo tempo o buscador Live.com da Microsoft obteve um
aumento significativo em número de buscas. Este acontecimento deve-se a

37
uma estratégia da Microsoft que lançou o seu novo sistema operacional
Windows Vista junto com o seu novo navegador Internet Explorer 7, segundo
Sokullu (2007). Cabe lembrar que o Internet Explorer é o navegador mais
utilizado, conforme o gráfico 7, e que seus usuários tendem a utilizar uma
ferramenta de busca a ele associado.

Gráfico 7 - Fonte: Adaptado de Browser Statistics (2007)

O Internet Explorer 7 direcionava a busca do usuário para o Live.com como


forma de padrão do navegador e conseqüentemente, muitos simplesmente não
mudavam essa opção sejam ou por motivos de preguiça ou desconhecimento
deste fato.

Na figura 6 podemos ilustrar a tática da Microsoft, mostrando como o


navegador Internet Explorer 7 através de sua barra de buscas direcionando o
usuário para Live.com e posteriormente é ilustrado o impacto significativo nas
ferramentas de busca do Google e da Microsoft.

Figura 6 - Fonte: adaptado de SOKULLU (2007)

38
Complementado as informações sobre a queda em número de busca no
Google.com e o crescimento Live.com apresenta-se a seguir, os gráficos 8 e 9
permitem visualizar a variação em número de buscas em ambos os sites:

Gráfico 8 - Fonte: adaptado de SOKULLU (2007)

Gráfico 9 - Fonte: adaptado de SOKULLU (2007)

6.3 Google Versus Yahoo

O Google e Yahoo são empresas muito semelhantes na sua história e no seu


crescimento. O Yahoo era considerado uma empresa inovadora nos anos 90 e
que obteve sucesso semelhante ao Google atualmente.

39
A palavra Yahoo, também no idioma inglês, significa “rude e não sofisticado”,
embora alguns afirmem ser a mesma uma sigla, significando Yet Another
Hierarchical Officious Oracle (Mais um Oráculo Hierárquico Oficioso).

As duas empresas Google e Yahoo começaram como projetos na mesma


Universidade de Standford. O Yahoo necessitava de investimentos para a
abertura da empresa. E um dos maiores e mais bem sucedidos investidores de
capital de risco, Michael Moritz investiu no Yahoo 2 milhões de dólares; mais
tarde investiu no Google como mencionamos anteriormente. O Yahoo foi
fundada por David Filo e Jerry Yang, dois universitários assim como Page e
Brin.

Um ponto importante para o sucesso e crescimento de ambas as empresas foi


a contração de seus CEO; no Yahoo o CEO foi o Tim Koogle, um antigo
executivo da Motorola e no Google como dissemos foi Eric Schmidt, ex-Novell.

Nos anos 90, o Yahoo estava competindo com empresas fortes como Excite,
Netscape, AOL, Lycos, etc tendo conseguido crescer de forma extraordinária
diante delas, como mais tarde o Google cresceu em cima do Yahoo. Segundo
Battele (2006), “Google construiu seu negócio nas costas da Yahoo, assim
como a Yahoo o fez nas costas da Netscape”, o que torna a história das duas
empresas muito semelhante.

Acredita-se que o maior erro que o Yahoo cometeu foi a de não dar a devida
atenção nos serviços de buscas. Seu sistema era muito simples e não atendia
as necessidades reais dos usuários. Não conseguiu enxegar as mudanças do
mercado online e possibilitou ao Google uma valorização de mercado de 220
bilhões de dólares, mais de cinco vezes maior ao do Yahoo com 42 bilhões de
dólares segundo o site CNN (2007).

O caso Altavista não será aqui discutido por não estar no escopo deste
trabalho, apesar da importância que teve como buscador.

40
6.3.1 Disputa

A disputa do mercado de publicidade online levou as duas maiores empresas


da internet (Google e Yahoo) a adotar diversas estratégias similares, uma das
quais a compra de empresas especializadas em propaganda online, como já se
disse.

Um estudo do IAB (2007), Interactive Advertising Bureau concluiu que o


mercado em publicidade online tem crescido ao longo dos anos nos Estados
Unidos. Muitos dos gastos em anúncios online aumentaram a receita dos
maiores portais de busca da internet. A maior parte dessas receitas irá para os
principais portais de busca da internet, Yahoo e Google.

Este crescimento em publicidade online já beneficiou os negócios do Google. A


empresa cresceu de uma forma espantosa, graças a novos investimentos de
empresas em publicidade na internet e há fortes indícios de crescimento nos
próximos anos neste mercado segundo o estudo IAB. Toda a receita do Google
está nos links patrocinados que estão localizados ao lado dos resultados da
buscas ou em páginas de internet que divulgam os seus Adsenses como foi
discutido anteriomente.

Continuando a luta, Yahoo adquiriu a empresa Right Media Exchange, por US$
680 milhões e o Google adquiriu a empresa DoubleClick pelo valor de US$ 3.1
bilhões, como já disse. Ambos os lados vem adotando essa estratégia de
compra de empresas com o objetivo, a longo prazo, de aumentar a sua receita
através da publicidade online.

O Right Media Exchange possui um mecanismo de troca de publicidade


eletrônica que permite aumentar o retorno das receitas através de propaganda
online em sites de redes de relacionamentos pessoais, além de divulgação de
banners em sites com baixo número de usuários.

Por outro lado, o Google pretende aumentar a sua participação no mercado de


publicidade online e diversificar os seus anúncios não somente a links

41
patrocinados, mas também em banners composta por animações em Java,
Flash ou Shockwave, vídeos e entre outros tipos de anúncios, como dito
anteriormente. Por isso, o Google investiu um valor muito alto na compra da
empresa DoubleClick, cerca de 4 vezes maior em relação à compra pelo Yahoo
do Media Right. Foi um valor competitivo que não poderia ser batido pela
concorrência. A Microsoft e a Yahoo também tinham a intenção de compra
dessa empresa.

Um dos motivos da compra do DoubleClick seria fortalecer os seus anúncios


gráficos, mercado que era dominados pelo Yahoo. Anúncios gráficos poderiam
ser definidos como banners e gráficos mais sofisticados. Outro motivo seria o
acesso em grande escala a informações sobre os comportamentos dos
consumidores na web; buscou também garantir a sua liderança no mercado de
publicidade online.

No mercado de publicidade online, um dos pontos que coloca o Google na


frente na disputa é a sua tecnologia Google Adwords contra Yahoo Search
Marketing (YSM) do Yahoo. A qualidade, a organização e o desempenho do
Google Adwords gera melhor eficiência de seu sistema de anúncios e
conseqüentemente mais retorno a sua receita.

Por outro lado, Yahoo lançou no começo de fevereiro de 2007 o seu novo
sistema de anúncios conhecido como projeto Panamá, uma modernização e
aperfeiçoamento do Yahoo Search Marketing. Este sistema é semelhante à
tecnologia de anúncios do Google. O sistema funciona de acordo com a
relevância da informação e não leva em consideração em que o anunciante
está disposto a pagar pela popularidade. Não adianta o cliente querer pagar
mais para ficar em primeiro lugar da página é preciso obter relevância da
informação com o que o usuário busca.

Outro método adotado pelas duas empresas para aumentar a quantidade de


buscas diárias nos seus buscadores foi a adoção de estratégias de integração
de uma ferramenta conhecido como barra de busca e serviços no navegador
do internauta. Não é preciso o usuário entrar na página inicial do Google ou

42
Yahoo para fazer busca, somente é necessário instalar a ferramenta integrando
com o seu navegador.

O gráfico 10 ilustra a participação das buscas nas barras de buscadores dos


navegadores da internet, no mês de Setembro de 2006.

Participação em navegadores

3%

Google
50% Yahoo
47%
Outros

Gráfico 10 - Fonte: adaptado de IDGNOW (2007)

Conseqüentemente a disputa travada entre as duas maiores empresas da


internet pela preferência das buscas está no auge; ambos utilizam diversas
estratégias de inovação dos seus produtos ou serviços e principalmente nas
parcerias e acordos fechados com as mais diversas instituições que atuam na
internet. A idéia dessa estratégia é fornecer um serviço de qualidade para os
seus parceiros, assim aumentando o número de espaços para a divulgação
dos links patrocinados e inclusive os seus serviços possibilitando mais retorno
financeiro para o Google e Yahoo.

Em Outubro de 2004, Yahoou sofreu uma das maiores derrotas, quando a


empresa perdeu a disputa pelo fornecimento de anúncios publicitários da AOL
européia para o Google, pois, o Google propôs melhores garantias financeiras
ao AOL e o erro do Yahoo foi a não renegociação da oferta para cobrir a
proposta do Google.

43
Com o passar do tempo os avanços do Google vem roubando as parcerias e
os acordos do Yahoo. A intenção seria de fornecimento e divulgação de links
patrocinados, serviços e produtos tecnológicos, disponibilizar mecanismos de
busca do Google para os maiores portais de internet mundiais. A receita
gerada será divida entre as empresas através dos links patrocinados. Como
por exemplo, os portais IG, iBest e BrTurbo fecharam novas parcerias com o
Google e o Yahoo acabou, por exemplo, não conseguindo renovar o contrato
com o portal IG Brasil que teve o contrato de parceria vencido .

O Google e o Yahoo também vêm adotando novas estratégias para integração


de seus sistemas de busca nos celulares mais modernos que possuem
mecanismos de buscas de informações. Embora o Google já tenha a intenção
de atender o mercado de celulares, isto será discutido no próximo capítulo.

6.4 China o alvo do Google e seus concorrentes

Como foi dito anteriormente, a China está em constante crescimento em


número de usuários da internet. O seu mercado é considerado o maior de
todos por possuir uma população numerosa e inclusive o seu potencial de
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) está muito acima da média mundial
nos últimos anos. Certamente é a melhor oportunidade de negócio para o
Google e seus concorrentes.

Como já dito, o mercado de buscas na internet em quase todo mundo é


dominado pelo Google, seguido pelos seus dois maiores rivais na busca, o
Yahoo e Microsoft. Entretanto, na China a situação é diferente para o Google.
Sabe-se que o Google deve estar atento não somente com o Yahoo ou a
Microsoft, mas inclusive para o único mecanismo de busca que parece poder
derrotar o Google na China em número buscas e usuários, a ferramenta
conhecido como Baidu, conforme se pode verificar através do gráfico 11 que se
segue:

44
Market Share - Buscadores na China

9%

11%
Baidu
Google
Yahoo
58%
22% Outros

Gráfico 11 – Fonte: Adaptado de GoogleDiscovery.com - Mendes (2007)

A China é considerada o segundo maior mercado em que os buscadores estão


investindo. Para o Google entrar nesse mercado, muito diferente do mercado
ocidental, foi necessária a contratação de Kai-Fu Lee, um executivo chinês que
trabalhou para a Microsoft. Mais uma vez, a Microsoft perdeu um dos seus
empregados chave para o Google, segundo Vise (2007).

Existem diversas dificuldades para o Google adaptar-se ao mercado chinês. A


rede de internet na China possui um mecanismo extremante complexo
conhecido como “o grande firewall”. Este mecanismo controla todo conteúdo da
internet, é ele que dita o que pode ou o que não pode a ser mostrado. Assim
todos os buscadores devem se comprometer a bloquear acessos a conteúdo
impróprio, a informações que seguem contrárias aos interesses do governo
chinês.

Apesar das dificuldades locais como burocracia, monitoramento constante do


governo, restrições e censura, o Google está preocupado em ganhar
participação no mercado chinês. O Baidu é o maior portal de busca na China, é
conhecido como uma espécie de Google chinês. A tela inicial do Baidu é muito
semelhante ao do Google, simples e um fundo branco; abaixo apresenta-se
algumas telas da página inicial dos dois maiores buscadores na China, que
permite uma comparação delas, figura 7 e 8.

45
Figura 7 – Fonte: Google.com.cn (2007)

Figura 8 - Fonte: Baidu (2007)

Muitos afirmam que o sucesso do Baidu deve-se à sua eficiência na busca de


músicas em MP3, já que o MP3 player se tornara popular na China e no
mundo, além disso, também colocava vários links patrocinados no topo dos
resultados. Há também outro detalhe que ajuda a colocar o Baidu em primeiro
lugar na China: ela é um mecanismo de busca local o que acabou tornando-o
mais eficiente para os usuários chineses. O faturamento do Baidu cresce a
cada ano, e somente em 2006, houve um aumento de sua receita em 170%
sobre o ano anterior, segundo Computerworld (2007).

46
O Baidu avança em outras áreas, como serviços de buscas de notícias,
serviços de perguntas e respostas, blogs etc. Também está lançando seu
mecanismo de busca em outros países como no Japão, conhecido como
“Baidu.jp”. Lembra-se que o Google tomou o mesmo caminho, expandindo-se
para outras áreas, não somente restringindo-se à busca de informações.

Os esforços do Google na China são grandes, com a abertura de escritórios e


a contratação de profissionais e cientistas chineses. A estratégia do Google é
tentar fazer parcerias com empresas chinesas para competir com o Baidu e o
exemplo dessa estratégia é a aliança com o fórum de discussões chinês Tianya
para competir com os serviços do Baidu.

6.5 Riscos de Alianças competitivas

Segundo Costa (2004) “Cenário é um conjunto consistente de premissas


consideradas plausíveis pelos dirigentes da organização, funcionamento como
pano de fundo para as atividades do setor ou da instituição. Ele condiciona as
atividade, as perspectivas de crescimento, de rentabilidade, de resultados, a
vulnerabilidade e até a sobrevivência da organização.” Para o Google há
possibilidade de construção de vários cenários favoráveis ou desfavoráveis.
Sabe-se que há possibilidade em um cenário de aliança entre os seus maiores
riviais, Microsoft e Yahoo.

No início de Maio de 2007, um cenário possível divulgado pelos jornais


americanos “New York Post” e “Wall Street Journal” previa a possibilidade de
uma fusão entre Microsoft e Yahoo. A Microsoft ofereceu cerca de US$ 50
bilhões para a aquisição do Yahoo ou a possível fusão para combater o forte
crescimento do Google.

Essa aliança estratégia ajudaria a Microsoft a atrair mais anunciantes para


suas operações no mercado de publicidade online, além de trazer várias
vantagens para as duas empresas, tanto Microsoft e Yahoo. Pois, segundo

47
EMLEH (2007), há cinco motivos que levam a acreditar na possível aliança e
abaixo são discutidos os cinco motivos que podem dificultar a competição do
Google.

1) A junção das duas empresas proporcionaria ganhos no Market Share e


conseqüentemente pode elevar o enfraquecimento da concorrência;

2) As duas empresas possuem diversos produtos tecnológicos que combinados


podem gerar vantagens competitivas;

3) Juntar forças estratégicas ao invés de competir individualmente com o


Google;

4) A aliança pode gerar novos negócios como empresas de consultoria e


centros de formação de profissionais;

5) Recuperação do prestígio do Yahoo e da Microsoft que conseqüentemente


podem atrair melhores talentos do mercado.

A união das duas empresas pode dificultar qualquer estratégia do Google,


como por exemplo, na tentativa de fazer sucesso com o novo comunicador
instantâneo, Google talk, cujo o seu crescimento em número de usuários foi
fraco devido a uma estratégia de compartilhamento de comunicadores da
Microsoft e do Yahoo ocorrido em Julho de 2006. Ambas as empresas
tornaram difíceis as estratégias de expansão do comunicador do Google. O
gráfico 12 ilustra a quantidade de usuários dos comunicadores da Microsoft
(MSN Messenger), do Yahoo (Yahoo Messenger) e do Google (Google Talk)
no ano de 2006

48
Quantidade de usuários de serviços
de mensagens instantâneas

Google Talk

Yahoo
Messenger

MSN
Messenger

0 100 200 300 400


milhões de usuários

Gráfico 12 - Fonte: adaptado de Silicon Valley Sleuth (2006)

Este cenário de aliança entre as duas empresas parece não preocupar o


Google.

49
7 Google Offline

A visão do Google sobre a busca de lucros não se restringe apenas ao


mercado da web. CHARETTE (1990) afirma que “o risco afeta acontecimentos
futuros, envolve mudança pensamento, opinião, ações e lugares e também
envolve a escolha das incertezas”. Portanto, o Google vem adotando
estratégias como prevista pela a teoria de portfólio, buscando diversificar
produtos e áreas de atuação para reduzir os riscos a que está sujeito.

A empresa recentemente anunciou sua entrada em outros meios de


comunicação. Agora o Google também está na televisão por meio de
publicidade, com o serviço Google Tv Ads.

Como dito anteriormente, a publicidade online para a empresa sempre foi a


maior fonte de renda, com o Adword, Adsense e a imersão em publicidade
gráfica, na compra do DoubleClick. Porém o mercado publicitário compreende
diversos veículos de mídia, como rádio, jornais impressos, revistas e televisão
e movimenta bilhões de dólares anualmente, como mostra o gráfico 13.

Gastos com mídias ( em bilhões de dólares )

35
30
Bilhões de dólares

25
20
15
10
5
0
Televisão Rádio Revista Internet Jornal
Tipo de mídia

Gráfico 13 - Fonte: adaptado de Anuncie na Internet.com

50
O novo serviço do Google ainda está em versão de teste e está apenas
presente nos Estados Unidos. O Google Tv Ads conta com a parceria de redes
televisivas norte-americanas, como a EchoStar, operadora de televisão via
satélite que possui 13,1 milhões de clientes em seu serviço.

O serviço conta com a mensuração da audiência e nicho de consumidores de


uma determinada emissora, como por exemplo, medir a quantidade de clientes
que assistem ao canal de esportes em uma determinada localização e horário,
funcionando similarmente ao Analytics, serviço do Google de estatísticas de
medição e tendências de acessos de um site que está vinculado a um link
patrocinado. O anunciante programa seus anúncios pela grade de
programação de determinadas emissoras, encaixando-os nos espaços
disponíveis, e assim como o Adword, a anunciante paga apenas pelo número
de vezes que seu comercial for ao ar.

Com isso o Google permite que seus anunciantes do Google Tv Ads, marquem
um público específico, por horário e por localização geográfica ou grupos
demográficos.

O Google não só investe em publicidade fora da web como também prospecta


em áreas desconhecidas para a empresa. Já se preparando para ingressar no
mercado de telefonia móvel e já tem em mente um investimento de centenas
de milhões de dólares.

O Google está montando uma parceria com a empresa chinesa High Tech
Computers, a fim de criar um aparelho de telefonia móvel com software
baseado no sistema operacional Linux. Além desta parceria, o Google quer
negociar a venda de celulares com se buscador web integrado no sistema.

A estratégia para a entrada do Google para este mercado deve-se a tendência


da integração de vários tipos de serviços ao celular e que provavelmente será o
principal meio de acesso a internet.

51
8 Por Dentro do Google

Empresas de tecnologia devem dar especial atenção aos seus recursos


humanos. Neste capítulo tratamos desse assunto.

Analisando o início do Google em termos de qualidade, local, ambiente e


benefícios de trabalho, pode-se dizer que o Google não possuía as
características de local de trabalho ideal para um empregado. Entretanto, a
revolução que o Google fez na sua área de recursos humanos ao longo de seu
crescimento conseguiu influenciar a grande procura de novos empregados,
engenheiros e profissionais de quererem trabalhar na empresa.

No ano de 1998, o Google estava em um escritório pequeno e o número de


empregados não parava de aumentar; no ano de 1999 conseguiu colocar uma
de suas idéias em que melhoraria o ambiente de trabalho de seus funcionários
ao contratar Charlie Ayers, um cozinheiro. Segundo a idéia de Brin, o Google
queria se diferenciar de outras empresas americanas em termos de qualidade
do ambiente de trabalho ao oferecer refeições saudáveis gratuitamente dentro
da empresa, o que seria um privilégio para qualquer funcionário, pois muitos
funcionários do Google não possuíam opções de refeição a não ser em
restaurantes fast food como McDonald’s, Krispy Kreme etc.

Esta idéia fazia parte de uma estratégia do Google em manter as pessoas


próximas umas das outras, eliminando os maus hábitos alimentares e
conseqüentemente a diminuição de produtividade dos empregados, além da
diminuição do tempo de intervalo do empregado para sair e ir almoçar e
também criar uma relação social entre os empregados.

Com uma estratégia como essa o Google melhorou seus resultados financeiros
passando a exigir dos seus fornecedores descontos nos preços dos alimentos,
ou seja, acordos de longo prazo para reduzir gastos no orçamento. Muitos
fornecedores não aceitaram a idéia no início, mas acabaram concordando em

52
ceder os descontos, pois o Google possuía grande orçamento em gastos com
alimentos.

Não faltavam comida e bebida no Google, pois estavam estrategicamente


colocadas em vários lugares, para mostrar a importância da empresa de
valorizar o seu empregado. Assim conseqüentemente, uma pesquisa realizada
dentro da empresa em que perguntava qual razão para se trabalhar no Google
e a resposta diziam que 90% dos empregados apontavam a comida como um
fator importante. E também foi uma das razões em que o Google utilizou para
compor a lista de 10 razões que um pessoa teria para trabalhar na empresa,
qual é apresentada a seguir e que resume as estratégias do Google em termos
de recursos humanos (Google, 2007b)

1 – Integre o trabalho com os afazeres domésticos. Com milhares de visitantes


todo mês, o Google tornou-se uma parte essencial do cotidiano, ligando as
pessoas com as informações de que precisam para usufruir a vida.

2 - A vida é bela. Sendo parte de algo que interessa e trabalhar nos produtos
no qual irá certamente satisfazer a pessoa.

3 – Apreciar é a melhor motivação. Nós criamos um ambiente de trabalho que


você ficará honrado de fazer parte dele, este ambiente está adaptado com
assistência médica e odontológica, serviços de ioga e massagem; oportunidade
de desenvolvimento profissional, e muita comida a qualquer hora do dia.

4 – Trabalhar e brincar não são mutuamente exclusivos. É possível trabalhar e


divertir ao mesmo tempo.

5 – Nós amamos nossos empregados, e nós queremos que eles saibam. O


Google oferece uma variedade de benefícios, incluindo a possibilidade de
escolher seu plano médico, licença maternidade e paternidade e muito mais.

6 – A inovação está no nosso sangue. Mesmo a melhor tecnologia pode ser


melhorada. Nós finalmente enxergamos oportunidades para criada algo

53
relevante, útil, e produtos rápidos para nossos usuários. Google é líder em
tecnologia em organizar as informações do mundo.

7 – Por todo lugar que você procura, a empresa é vista com bons olhos. O
Google possui alcance para formar desde neurocirurgiões, CEOS, campeões
de jogos de estratégias a marujos. Não importam quais são seus objetivos ou
ideais, os Googlers sempre acham seus objetivos no Google.

8 – Unindo o mundo. As pessoas de todos os países e em todas as linguagens


usam nossos produtos. Nós pensamos, agimos, e trabalhamos globalmente –
uma pequena contribuição faz um mundo melhor.

9 – Seja inovador. Há centenas de desafios para ser resolvidos. Nós


importamos com suas idéias e trabalhamos nisso. Você terá a oportunidade de
desenvolver inovando produtos no qual milhões de pessoas irão achar úteis.

10 – Nós oferecemos tudo o que as pessoas querem. Desde comida, a


cuidados da saúde, tudo feito com dedicação.

Estes são alguns dos fatores que influenciou muitas pessoas em decidir em
qual empresa gostariam de trabalhar. O Google recebe diariamente mais de
1.300 currículos segundo o site CNNMONEY (2007). Mais a frente, será
discutido quais vantagens em trabalhar no Google.

8.1 Melhor Empresa para Trabalhar

A revista “Fortune” de Janeiro de 2007 CNNMONEY (2007), mostra as 100


melhores empresas para trabalhar nos Estados Unidos e aponta o Google
como a melhor empresa para se trabalhar após a sua primeira inclusão na lista.

54
A tabela 2 está uma lista das empresas de tecnologia e a sua posição na lista
da Fortune.

Posição Empresa
1° Google
6° Network Appliance
11° Cisco Systems
14° Qualcomm
31° Adobe Systems
44° Yahoo
50° Microsoft
Tabela 2 - Fonte: adaptado de Folha Online (2007c)

O Google possui atualmente 6500 funcionários ( novembro de 2007 ) somente


nos Estados Unidos e oferece aos seus colaboradores benefícios como
médicos, spas, piscinas, refeições e outros. Os engenheiros possuem a
liberdade de dar idéias não somente relativas aos trabalhos, além de poderem
utilizar 20% do seu tempo livre (um dia do seu trabalho), para dedicarem aos
projetos de sua escolha.

Um funcionário do Google tem tempo suficiente para fazer as tarefas de casa


dentro da empresa, pois a empresa disponibiliza um serviço que lava, seca e
passa roupas. Uma inovação que equilibra entre os serviços de casa e
trabalho, além de possuir uma creche para as crianças, da possibilidade de
receber massagens, praticar academia, estudar francês, espanhol, japonês e
mandarim.

Se um funcionário da empresa indicar uma pessoa que, posteriormente, seja


contratada pelo Google, a empresa lhe oferece 2.000 dólares de recompensa
pela boa indicação.

55
A carga horária de trabalho no Google é flexível, o empregado precisa cumprir
40 horas semanais independente do horário e deve estar sempre disponível
para as reuniões ou quando requisitado.

8.2 Ferramentas para Melhor Contratação de Profissionais

Pensando em contratar mais engenheiros e representantes de vendas para


integrar a equipe do Google, a companhia criou um algoritmo que analisa todos
os currículos recebidos a cada mês, este algoritmo realiza uma análise online
que explora as atitudes, comportamentos, personalidades das pessoas
analisadas. As questões abrangem desde quando a pessoa tomou
conhecimento de computadores a se esta pessoa tomou algum conhecimento
de participar de uma organização sem fins lucrativos.

As respostas são analisadas a partir de uma série de fórmulas criados pelos


matemáticos do Google para calcular um placar, que vai desde o zero a cem
pontos, para identificar o quanto este profissional irá encaixar dentro do perfil
de uma área da empresa.

"Conforme crescemos, achamos cada vez mais difícil encontrar profissionais


suficientes para preencher nossas vagas", segundo Laszlo Bock, vice-
presidente de recursos humanos do Google em entrevista ao jornal The New
York Times. "Com os métodos tradicionais, podemos deixar de escapar alguns
dos melhores candidatos."

Por isso não é de se espantar que dentro da cultura googleniana onde a


participação humana em uma busca deve ser a mínima possível, seus
colaboradores sejam escolhidos sistematicamente por um algoritmo que
“procura o seu objetivo”

56
Considerações Finais

Concluindo, pode-se dizer que as principais estratégias adotadas pelo Google


para atingir a situação de destaque em que se encontra foram:

- Publicidade online ( Adword/Adsense );


- Inovação de serviços;
- Compartilhamento de ferramentas;
- Aquisições de outras empresas da web;
- Recursos Humanos;
- Desenvolvimento de novos produtos.

Os principais fatores que diferenciam o Google de seus concorrentes a que


levam as pessoas a utilizarem seus serviços são:

- Interface simples e objetiva;


- Eficiência e eficácia de suas ferramentas;
- Gratuidade dos serviços;
- Ferramentas diferenciadas.

Tudo isso leva o Google a posicionar-se como uma empresa que se destaca
mundialmente em termos de tecnologia, negócios, ambiente de trabalho e
inovações.

Portanto não se pode esquecer que as empresas que dependem mais da


receita publicitária que de tarifas, devem considerar que existe uma quantidade
limitada de recursos destinada ao mercado publicitário, e que existe um
número limitado de mensagens de marketing que uma pessoa pode consumir.
Portanto este modelo de negocio não deve crescer indefinidamente.

Para prosseguimento dos estudos acerca do tema, recomenda-se o contínuo


acompanhamento das ações do Google, tendo em vista possíveis incursões de
empresa fora do ambiente tradicional da internet, pois essas incursões não são

57
descartadas pela empresa, que inclusive considera a hipótese de atuar na área
de hardware, por exemplo, no mercado de celulares e de outros produtos
eletrônicos.

58
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