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Orientaçãode
Auditoriaem
OdontologiadoSNA
Brasília-DF
2004
II
ÍNDICE
Apresentação 01
1 - Conceitos dos Níveis de Atenção em Odontologia 02
1.1 – Atenção Básica 02
1.2 – Atenção Especializada de Média e Alta Complexidade 02
2 – Áreas de Atuação 02
3 – Planejamento das Atividades de Auditoria 03
3.1 – Fase Analítica 03
3.1.1 - Produtividade 03
3.1.2 – Avaliação do Acesso da População aos Serviços de Saúde Bucal 04
3.1.3 – Razão entre Procedimentos Odontológicos Coletivos e a População
de 0 a 14 Anos 04
3.1.4 – Proporção de Exodontias em Relação às Ações Odontológicas
Básicas Individuais 06
3.1.5 – Análise da Capacidade Potencial Física e Capacidade Potencial de
Recursos Humanos 06
3.2 – Fase Operativa 07
3.2.1 – Nas Secretarias Estaduais de Saúde 07
3.2.2 – Nas Secretarias Municipais de Saúde 08
3.2.3 – Nas Unidades Básicas de Saúde e Nas Unidades de Saúde da
Família – USF com inserção da Equipe de Saúde Bucal - ESB 09
4 – Assistência Odontológica Especializada 11
4.1 – Unidades de Saúde com Serviços Especializados em Odontologia 11
4.2 – Centros de Especialidades Odontológicas – CEO e Laboratórios
Regionais de Prótese Dentários - LRPD 13
4.3 – Radiodiagnóstico em Odontologia 14
5 – Assistência Odontológica em Alta Complexidade 15
5.1 – Implante Dentário Ósteointegrado 16
6 – Considerações 17
6.1 – Anestesia Geral (Grupo 22) 17
6.2 – Aspectos Importantes, Independente do Nível de Atenção 17
6.2.1 – Estrutura / Funcionalidade 17
6.2.2 – Humanização no Atendimento 18
7 – Assistência Odontológica Hospitalar 19
7.1 – Fase Analítica
19
7.2 – Fase Operativa 19
7.2.1 – Relativos ao Exame do Paciente Internado 19
7.2.2 – Do Prontuário do Paciente 19
7.2.2.1 – Composição Mínima do Prontuário (Portaria/MS/GM nº 396/2000) 19
7.2.2.2 – Obrigatoriedade do Preenchimento 20
7.2.2.3 – Na Análise do Prontuário do Paciente Internado Verificar: 20
7.2.2.4 – Autorização de Internação Hospitalar - AIH 20
7.2.2.5 – Análise da AIH / Prontuário Após Alta 20
8 – Órtese, Prótese e Materiais Especiais - O. P. M. 22
9 – Legislação 27
10 – Bibliografia 27
II
APRESENTAÇÃO
2 - ÁREAS DE ATUAÇÃO
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• Unidades de Saúde da Família – USF que contam com a inserção da
equipe de saúde bucal, e outras que ofertam atendimento odontológico no nível
da atenção básica; e
• Unidades de Saúde que ofertam atendimento especializado de média e alta
complexidade em odontologia, quer seja ambulatorial ou hospitalar.
3.1 - Fase Analítica – permite avaliar o perfil do modelo assistencial proposto pelos
estados e municípios.
3.1.1.- Produtividade
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A fórmula apresentada permite identificar a compatibilidade entre a produção dos
procedimentos odontológicos realizados no município e o quantitativo de cirurgiões
dentistas identificados na rede.
Utiliza-se este indicador operacional para avaliar o acesso da população aos serviços
de saúde bucal. Possibilita análises sobre a cobertura da população com primeira
consulta odontológica, podendo indicar tendências do perfil do atendimento, se existe
apenas urgência e emergências, ou se há uma atenção integral em saúde bucal a
toda a população ou a grupos específicos.
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3.1.3 - Razão entre procedimentos odontológicos coletivos e a população de
0 a 14 anos
Como este indicador é apresentado em forma de razão, a relação mais favorável, que
indicaria uma boa cobertura das ações preventivas de saúde bucal, estaria mais
distante de 0,0 e próxima de 1.
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Número total de exodontias de dentes permanentes*
realizadas em determinado local e período
X 100
Total de ações básicas individuais em odontologia**
realizadas em determinado local e período
quant. equipos odonto X .... nºhoras /turno dia X .... parâmetro proc/hora X 22 dias
úteis/mês =
= atendimento odont/mês.
Quant. profissionais X carga horaria diária X ...parâmetro proc. /hora X ... dias
úteis/mês =
= proced. odont. /mês
Esta fase compreenderá visita “in loco” as SES, SMS e unidades de saúde, onde deverá ser
observado o princípio da integralidade da assistência à saúde nas UNIDADES DE SAÚDE
DA FAMÍLIA (USF) com inserção das Equipes de Saúde Bucal, nas unidades com atenção
secundária, e ainda nos CEO – estabelecimentos de saúde com oferta especializada criado
pela Portaria GM/MS nº 1570, de 29.07.2004, publicada no DOU DE 15.09.2004.
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Constatar se:
• as ações de saúde bucal foram incluídas no Plano Diretor de Regionalização do SUS
(PDR);
• existe contribuição para a reorganização das ações de saúde bucal na atenção
básica por intermédio da estratégia de saúde da família;
• presta assessoria técnica aos municípios em todo o processo de implantação,
planejamento, monitoramento e gerenciamento das ações de saúde bucal no
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF);
• há viabilização, em parceria com o MS, da capacitação técnica e educação
permanente específica em saúde da família para os profissionais de saúde bucal, por
intermédio dos Pólos de Capacitação, Formação e Educação Permanente e/ou de
outras instituições de ensino, em articulação com as SMS;
• há viabilização, em parceria com o MS, da formação de pessoal auxiliar em saúde
bucal – Técnico em Higiene Dental e Auxiliar de Consultório Dentário para atuar nas
Equipes de Saúde da Família (ESF), por intermédio das Escolas Técnicas de Saúde
do SUS ou Centros Formadores de Recursos Humanos e/ou de outras instituições
formadoras, em articulação com as SMS;
• existe contribuição na produção e disponibilidade de material didático para
capacitação dos profissionais de saúde bucal e dos Agentes Comunitários de Saúde
(ACS);
• presta assessoramento aos municípios na implantação do Sistema de Iinformação de
Atenção Básica;
• consolida e analisa os dados relativos à saúde bucal de interesse estadual e
alimenta o banco de dados nacional;
• identifica recursos técnicos e científicos para o processo de controle e avaliação dos
resultados e do impacto das ações de saúde bucal do PSF no âmbito do estado;
• promove intercâmbio de informações relacionadas às experiências em saúde bucal
no PSF entre os municípios.
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• é assegurado o vínculo dos profissionais de saúde bucal nas ESF, em regime
de 40 horas semanais;
• houve levantamento epidemiológico de saúde bucal para a definição das prioridades
de intervenção no âmbito da atenção básica e dos demais níveis de complexidade do
sistema, levando-se em consideração o índice CPOD (dentes obturados, perdidos e
cariados);
• o município realiza Campanhas de Detecção de Câncer de Boca e qual o percentual
de lesões suspeitas e de casos positivos durante a campanha;
• existe estrutura ambulatorial ou hospitalar que garanta o atendimento odontológico
aos pacientes especiais ou infradotados;
• há fluxo garantido de referência e contra-referência para serviços de maior
complexidade ou de apoio diagnóstico, considerando o Plano Diretor de Regionalização do
SUS;
• a SMS, em parceria com a SES, proporciona a capacitação e a educação permanente
dos profissionais de saúde bucal das equipes, e também a formação de pessoal auxiliar
Técnico em Higiene Dental - THD e Auxiliar de Consultório Dentário - ACD;
• dispõe de materiais didáticos para capacitação dos profissionais de saúde bucal e dos
ACS;
• há Consórcio Intermunicipal para atendimento especializado em Saúde Bucal;
• existe serviço de pronto atendimento na área odontológica;
• há participação do Conselho Municipal de Saúde quanto ao levantamento das
necessidades da população; e
• alimentam a base de dados do Sistema de Informação da Atenção Básica, conforme
determina a Portaria GM/MS nº 1886, de 27.12.1997, e se utilizam esses dados para o
planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações de saúde bucal no âmbito da ESF.
3.2.3– Nas Unidades Básicas de Saúde e nas Unidades de Saúde da Família – USF
com inserção da Equipe de Saúde Bucal – ESB
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3) ações de Educação em Saúde Geral e em Saúde Bucal nas famílias,
abrangendo temas como dieta, higiene, hábitos saudáveis de vida, hábitos bucais e
outros – solicitar a comprovação das palestras - agenda, boletins, lista de participantes
ou outros que comprovem a realização da atividade ;
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• cumpre o estabelecido na Portaria / GM /MS n° 1.230/99;
• estão sendo realizados pelo menos 25 bochechos/ano para que haja eficiência do
bochecho, tendo em vista que o ano tem 52 semanas, ou se está sendo utilizado
outro método alternativo na aplicação do flúor;
• ocorre seleção prévia dos participantes, cadastro e acompanhamento de todo o grupo
durante o programa;
• é elaborado no final de cada período (1 ano), relatório com a avaliação
epidemiológica de cada grupo submetido aos procedimentos coletivos;
• a unidade identifica os participantes do programa ao longo do ano, através de relação
nominal por grupo, a qual deverá ficar à disposição do Controle e Avaliação;
• há parceria da Secretaria de Saúde com a Secretaria de Educação.
Deve-se ter especial atenção aos registro deste procedimento, quanto a população
coberta pelas ações preventivas constantes da descrição de procedimentos coletivos
na tabela do SIA/SUS, ou seja: exame epidemiológico, educação em saúde,
bochechos fluoretados, evidenciação de placa bacteriana e higiene bucal
supervisionada.
Verificar no sistema, se o registro efetuado se dá pelo quantitativo de indivíduos
cobertos, e não pela “quantidade de procedimentos” realizados;
Devem ser registradas a população acompanhada durante todos os meses do ano,
mesmo que as ações sejam realizadas trimestralmente, ou com outra periodicidade.
O indicador, portanto, refere-se a uma média de pessoas acompanhadas durante 12
meses.
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A diferenciação no atendimento ocorre apenas em alguns aspectos , quanto aos
insumos , instrumentais e equipamentos, devendo seguir o preconizado para
o atendimento integral independente do nível de atenção.
Estas ações são contempladas nos Grupos 8 , 9 e 10 da Tabela SIA/SUS
Atividade
Código Procedimento Profissional
SIA/SUS
09.024.01-8 Fratura de mandíbula por Hemiface 30, 85
09.024.02-6 Tratamento de Luxação Temporo Mandibular 30, 85
09.024.03-4 Tratamento do Arco Zigomático 30, 85
12
09.024.04-2 Tratamento dos Ossos Próprios do Nariz 30, 85
09.024.05-0 Tratamento dos Ossos da Face 30, 85
Código Atividade
SIA/SUS Procedimento Profissional
09.034.01-3 Tratamento dos ossos da Face 30, 85
09.044.01-9 Revisão e troca de Aparelho Gessado em lesão 30, 85
dos osso da face
NOTA: Nos valores pagos está incluída a sutura da pele (incisão cirúrgica), e os valores
atribuídos a cada procedimento incluem os cuidados pré e pós-operatórios.
NOTA: Quando o primeiro atendimento incluir ato cirúrgico, implicará o pagamento desse
ato, nele ficando incluído o valor da consulta ou qualquer outros atos relacionados com a
seqüência desse atendimento.
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Os CEO e os LRPD, destinados à atenção secundária, foram criados pela Portaria
GM/MS nº 1570, de 29.07.2004, publicada no DOU em 15.09.2004, e estabelecem
critérios, normas e requisitos para implantação e credenciamento dessas unidades e dos
Laboratórios Regionais de Próteses Dentários.
Para o credenciamento dos LRPD independe a natureza jurídica, que devem ofertar, no
mínimo, os serviços de prótese dentária total e prótese parcial removível.
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5 - ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA EM ALTA COMPLEXIDADE
- Subgrupo 03 – Ortodontia
Cód. 10.031.07-3 - Tratamento Ortodôntico – Instalação de Aparelho* em Pacientes com
Anomalias Crânio Faciais.; e
Cód. 10.031.08-1 - Tratamento Ortodôntico – Manutenção de Aparelho* em Pacientes com
Anomalias Crânio Faciais.
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6 - CONSIDERAÇÕES
7.1- Fase Analítica - permite avaliar a o perfil da atividade, serviços ou unidades que
serão auditadas, utilizando-se os relatórios de saída do Sistema de Informações
Hospitalares – SIH/SUS, conforme descrito no Manual de Orientações Técnicas sobre o
Sistema de Informações Ambulatorial (SIA) e Sistemas de Informações Hospitalares
(SIH)/ 2002.
7.2- Fase Operativa - consiste na verificação “in loco”, dos serviços ofertados, das
ações realizadas, mediante a constatação dos controles internos, fatos, dados,
documentos e situações, objetivando:
• aferir de modo contínuo a adequação, eficiência, eficácia, e os
resultados dos serviços de saúde;
• identificar distorções, promover correções e buscar um
aperfeiçoamento do atendimento hospitalar, procurando obter melhor relação
custo/benefício na política de atendimento das necessidades do paciente; e
• promover processo educativo com vistas à melhoria da qualidade do
atendimento na busca da satisfação do usuário.
Deve ser analisado nas dependências do prestador de serviço, a não ser em situações
excepcionais, com autorização do paciente.
Verificar os seguintes aspectos:
Deverá ser observado o limite das quantidades estabelecidas para cada produto
constante da Tabela de OPM, e no caso de repetição do procedimento realizado no
campo “procedimentos especiais da AIH” (politraumatizado, cirurgia múltipla), o
sistema irá aceitar até o dobro da quantidade máxima permitida para cada produto.
Estes artigos poderão ser usados todos ou em parte, dependendo do caso, deverão
estar à disposição do profissional.
Na hipótese de uma órtese vir a ser seccionada e utilizada em dois ou mais pacientes,
uma cópia xerox da nota fiscal deverá ser anexada ao prontuário de cada um dos
pacientes.
Grupo Descrição
33.101.05.1 Cirurgia da boca e face V
33.101.06.0 Cirurgia da boca e face VI
33.101.07.8 Cirurgia da boca e face VII
37.101.04.8 Cirurgia do ouvido
37.102.04.4 Cirurgia do nariz IV
1º Procedimento – 100%
2º Procedimento – 75%
3º Procedimento – 75%
4º Procedimento – 60%
5º Procedimento – 50%
10 - BIBLIOGRAFIA