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ISSN: 1646-3137
Labcom

www.bo cc.ubi.pt

A velocidade como fetiche – o discurso jornalístico na era do "tempo real"

Sylvia Moretzsohn, Universidade Federal Fluminense


(tese de mestrado, 2000)

(Introdução, Capítulo I, Capítulo II, Capítulo III, Conclusão & Bibliografia)

Resumo

Introdução

Capítulo I
Chegando na frente: a imprensa no tempo do capital
O tempo hegemônico
A aceleração do tempo
Espaço de fluxos, “tempo real”
A imprensa nos trilhos do capital
O retorno da política

Capítulo II
Dizendo “a verdade”: o discurso da objetividade
“Responsabilidade social”
Notícia: problemas para uma definição
As fontes no tempo da imprensa
A fabricação das notícias
Três dimensões da objetividade

O conhecimento relativizado
Jornalismo e formas de discursividade: texto, imagem, edição
A imagem no jornal
O dissenso entre imagem e texto
O discurso na primeira página
Texto objetivo: o tabu da subjetividade

A objetividade como “ritual estratégico”

Capítulo III

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A velocidade como fetiche


Notícia e fetiche,
A velocidade auto-valorizada
A imposição do “tempo real”
A informação instantânea
“Tudo igual ponto com"
A rotina da velocidade
A corrida contra o tempo
O “mimetismo midiático”
Sem tempo para pensar
O “fim” do jornalista e a mediação revalorizada

Conclusão

A notícia como clinamen

Bibliografia

Anexos

Resumo

O trabalho investiga os conflitos existentes na tradicional promessa do jornalismo:


dar “a verdade em primeira mão”. Assim, divide o lema em duas partes para depois
cruzá-las novamente, extraindo daí uma síntese que busca outra qualidade para o
trabalho jornalístico. Tal síntese se justifica ao identificar o quanto a imprensa trai
sistematicamente seu ideal de “dizer a verdade” diante das condições reais de
produção, que, na era do “tempo real”, funcionam de acordo com a valorização da
informação instantânea. Dessa forma, demonstra-se a hipótese principal, de que a
velocidade é um fetiche (no sentido marxista), pois antes de mais nada a
informação deve ser rápida para ser considerada eficiente. A velocidade, portanto,
parece ganhar vida própria, e passa a ser o valor fundamental a ser consumido.
O primeiro capítulo trata do contexto no qual se constitui a percepção de
“aceleração do tempo”, na esteira do desenvolvimento capitalista em que a
imprensa, consolidando-se como atividade industrial, luta para “chegar na frente”
do concorrente. O segundo capítulo aborda os princípios e métodos segundo os
quais o jornalismo pretende cumprir seu ideal de “dizer a verdade”, discutindo as
questões da objetividade e imparcialidade, a teoria da responsabilidade social e o
sentido de mediação implícito na formulação da imprensa como “quarto poder”. O
terceiro capítulo ocupa-se dos conflitos existentes entre os dois termos
desmembrados da equação (“a verdade em primeira mão”) e, a partir das
implicações contidas na definição de notícia como mercadoria, elabora argumentos
para demonstrar a velocidade como fetiche.
Na conclusão, apresentam-se justificativas para a recuperação do sentido de
mediação da imprensa, indicando uma nova abordagem da prática jornalística, com
a formulação do conceito de notícia como clinamen e tudo o que ele proporciona
como perspectiva de intervenção na realidade social e como possibilidade

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transformadora.

Introdução
A utopia está no horizonte...
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe jamais a alcançarei.
>Para que serve a utopia? Serve para isso: para caminhar.

Eduardo Galeano

A imprensa convive, como atividade industrial, com uma contradição intrínseca ao


seu lema tradicional, e certamente mistificador, de dar “a verdade em primeira
mão” (uma variante daquilo que os americanos definiam como “get it first, but first
get it right”). Mistificador porque fala em verdade genericamente, quando se trata
de entendê-la no sentido estrito de informação verdadeira, relativa a fatos que
realmente ocorreram - e que comportam interpretações diversas; mistificação
necessária, porém, para a sedimentação de outro mito, o da imparcialidade, que
garante à imprensa o seu lugar de autoridade. De qualquer forma, a verdade, ao
contrário do que afirma o lema, costuma ficar submetida à necessidade da
veiculação de notícias em primeira mão (dadas as imposições da concorrência),
trazendo como resultado, freqüentemente, a divulgação de informações falsas ou
apenas parcialmente verdadeiras, com conseqüências às vezes catastróficas.
Hoje, na era do “tempo real”, essa contradição atinge níveis que apontam para uma
aparente irracionalidade no processo de produção da notícia. Afinal, que sentido
haveria em investir na última palavra em tecnologia se o que interessa não é a
qualidade da informação, mas sim “chegar mais rápido que o concorrente”?
Dizíamos, porém, que essa irracionalidade é aparente, pois esconde outra lógica,
que procura encobrir o caráter ideológico e político inerente à atividade
jornalística, substituindo-o pela noção de “serviço prestado ao leitor”. Essa noção,
decorrente da velha e criticada idéia de que o público tem o “direito de saber” para
poder tomar suas decisões, sugere que o público “precisa saber” cada vez mais
rápido, porque esse é o ritmo do mundo. Portanto, a qualidade é aí identificada com
a rapidez na transmissão da informação. Coerentemente, as próprias condições de
trabalho - que, como se sabe, são determinantes na produção do discurso - ficam
subordinadas a essa “lógica da velocidade”, apresentada como um dado da
realidade, como se fosse dotada de uma dinâmica própria, e não como resultado da
rotina industrial.
Como argumenta Ramonet [1] , não é mais possível analisar a imprensa fora da

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lógica do “tempo real”, que submete todas as formas e meios através dos quais se
pratica o jornalismo. Esta é, no dizer de Marcos Dantas, a “lógica do capital
informação”, que exige uma fluidez cada vez maior (pois “informação não se
estoca”) e se viabiliza pelas tecnologias digitais, que reduzem a informação a
sequências de zero e um e permitem, por isso, “tratá-la por uma mesma medida: o
tempo”.

[T]udo deve ser feito para que se “ganhe tempo”. A precisão na


comunicação e a velocidade com que a informação deve ser transportada
são fundamentais para a dinâmica do novo modelo, comandado pelas
grandes corporações-redes [2] .

Este trabalho pretende, assim, demonstrar a hipótese de que a velocidade é um


fetiche, no sentido marxista, segundo o qual o produto do trabalho, tão logo assume
a forma de mercadoria, passa a ter “vida própria”, a valer por si, escondendo a
relação social que lhe deu origem. No jornalismo, passa a ser o principal “valor
notícia”: antes de tudo, importa chegar na frente do concorrente, e alimentar o
sistema com dados novos, num continuum vertiginoso a pautar o trabalho nas
grandes redações, que, além dos tradicionais produtos impressos diários, oferecem
simultaneamente serviços de informação em “tempo real”.
O foco de análise é o jornalismo impresso, submetido a essa lógica - o que nos
levará, frequentemente, a traçar paralelos com a informação veiculada por outros
meios. Coerentemente com o lema citado, o trabalho se divide em duas partes,
detalhando as implicações contidas nas promessas de “chegar na frente” e de
“dizer a verdade”, para depois cruzá-las e averiguar as contradições existentes na
prática do jornalismo, considerando as condições materiais da produção desse
discurso. Na conclusão, serão ensaiadas algumas propostas alternativas.
Devemos esclarecer, desde logo, de que jornalismo estamos falando. Pois, a rigor,
não há propriamente jornalismo, mas jornalismos, com formas, métodos e objetivos
bem distintos entre si, de acordo com os propósitos de quem produz e do público a
que se destina. Assim, vamos tratar do que, à falta de melhor definição, Adelmo
Genro Filho chamou de “jornalismo informativo, tradicionalmente entendido como
modelo do próprio conceito de jornalismo” [3] . O que não deixa de ser verdadeiro -
afinal, os postulados clássicos da imprensa relacionam-se à proposta iluminista de
esclarecer os cidadãos. Mas, também, é certamente redutor, pois a generalização
desses critérios acabaria por desqualificar, de saída, como não-jornalísticos (ou,
pelo menos, como exemplo de mau jornalismo) os chamados jornais populares,
herdeiros de uma tradição que remonta às “folhas volantes” medievais, com sua
mistura de informações econômicas e histórias extraordinárias, e passa pela
imprensa folhetinesca do século XIX. Os princípios que orientam a imprensa

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popular, cuja forma discursiva já foi tratada em várias pesquisas, mereceriam


estudo à parte, que foge dos nossos objetivos.
Assim, com base principalmente em autores de orientação marxista, começaremos
apresentando o contexto em que a imprensa se consolida como atividade industrial,
um contexto marcado pela percepção da aceleração do tempo, maximizado agora
na pós-modernidade da “sociedade em rede”. A partir daí, discutiremos o quanto o
ideal iluminista da imprensa se perde diante da imposição da instantaneidade como
valor fundamental, relacionado ao estabelecimento da “transparência” como valor
principal (tudo deve ser devassado em nome da informação), o que, ainda segundo
Ramonet, representa um retorno à concepção pré-renascentista segundo a qual
“ver é compreender” - sem contar que legitima o uso de câmeras ocultas na
“investigação” jornalística. Buscaremos mostrar que o ideal iluminista também está
em crise diante da noção de fim da história, tomada não no sentido aparente e
certamente superficial, que mal disfarça o seu caráter ideológico e rigorosamente
conservador de “vitória do capitalismo”, mas no sentido potencialmente inovador de
crítica às narrativas universalizantes que vigoraram até hoje.
A seguir, vamos expor os princípios e instrumentos através dos quais a imprensa
afirma cumprir seu ideal de “dizer a verdade”: as normas consagradas de
objetividade e imparcialidade, vinculadas à teoria da responsabilidade social, da
qual decorre a noção de que o público tem o “direito de saber”, e que portanto o
jornalismo é serviço público e atua como mediador social, na condição de “quarto
poder”. Daí, também, a defesa da idéia de que os fatos “falam por si”, e que cabe ao
público tirar suas próprias conclusões.
Alvo de críticas bem fundamentadas, esses postulados persistem hoje, tanto na
prática profissional quanto no próprio esforço acadêmico de produção de uma
teoria do jornalismo. Procuraremos aprofundar essas críticas, discutindo as formas
de discursividade do jornalismo - por exemplo, o aspecto essencial mas quase
sempre negligenciado de que um jornal é uma junção de elementos verbais e
não-verbais que interagem na produção de sentido. Assim, tentaremos demonstrar
que, embora tais conceitos não se sustentem, eles são apropriados pelas empresas -
e pelos próprios profissionais - como uma forma de excluir o sentido político da
atividade e reduzi-la a seus aspectos técnicos (apresentados também
a-historicamente) para justificar o irracionalismo de uma prática profissional que
tem diariamente de pedir desculpas por jamais atingir os objetivos a que se propõe,
exatamente com o argumento de que “não há tempo” para fazer melhor.
A teoria da responsabilidade social será apresentada no contexto da sociedade
americana, que lhe deu origem, e de onde parte para erigir-se em paradigma do
“bom” jornalismo. Toda a teoria daí decorrente (definição de notícia, influência das

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rotinas de produção na produção do discurso) será baseada na vertente da


sociologia americana que trabalha com o conceito de construção social da
realidade, tal como formulado por Berger e Luckmann. A discussão a respeito da
objetividade estará dividida em três partes: a primeira, básica, remete à teoria do
conhecimento (e, portanto, novamente ao conceito de construção social da
realidade); a segunda, informada pelos postulados teóricos da análise de discurso
(escola francesa), refere-se às distinções (e confusões) entre texto e discurso: de
um lado, o texto objetivo como pressuposto para o jornalismo e, de outro, as
práticas discursivas que se traduzem na relação entre texto e imagem,
considerando-se que a notícia não pode ser analisada fora do contexto da edição
através da qual ela é apresentada; a terceira recorre novamente à sociologia
americana e ao trabalho de racionalização levado a efeito por empresas jornalísticas
brasileiras (especialmente a Folha de S. Paulo) para mostrar como o conceito de
objetividade é apropriado por essas empresas e associado à idéia de
profissionalismo, num processo que ajuda a reduzir o jornalismo a uma técnica,
mascarando o caráter político e os interesses que orientam a atividade.
O terceiro capítulo vai cruzar as duas exigências constantes no postulado de “dizer
a verdade em primeira mão” e investigar o quanto a imprensa trai
sistematicamente o seu ideal diante das condições reais de produção, que criam
rotinas segundo as quais o que se tem não é a novidade, mas o clichê, que sofre
sucessivos processos de “atualização” para dar ao público a sensação de estar
consumindo informação inédita. Em primeiro lugar, será apresentada a
conceituação marxista de fetiche e sua aplicação à mercadoria notícia,
confrontando-se argumentos distintos de dois autores da mesma matriz teórica:
Ciro Marcondes Filho e Adelmo Genro Filho. A seguir, a tradução desse fetiche na
lógica do “tempo real” - a velocidade como se tivesse vida própria, na abordagem de
Paul Virilio. A partir daí, o irracionalismo que se radicaliza na produção jornalística,
demonstrado por exemplos variados e baseado na crítica empreendida por
Ramonet, demarcando uma transformação fundamental na mitologia em torno da
imprensa: o abafamento do grito de “parem as máquinas!” indicador da
subordinação da rotina industrial à força das notícias, pois agora trata-se de
“alimentar o sistema” em fluxo contínuo. Finalmente, veremos como a
instantaneidade conduz logicamente ao limite de excluir a necessidade de
mediação (e, portanto, do jornalista), dada a sugestão, embora ilusória, da
possibilidade de acesso direto à informação em “tempo real” por um público
conectado global e ininterruptamente. A partir da análise do contexto em que se dá
essa ilusão (a “valorização” do consumidor pelo mercado, no dizer de Mattelart, e a
redução de todas as questões ao próprio mercado), será possível sugerir a

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necessidade de se recuperar o sentido político de mediação numa perspectiva


crítica à “sociedade em rede”.
A conclusão indica a reprodução do fetiche na confusão entre tempo técnico e
tempo social (Wolton) ou político (Ramonet). Romper com essa associação parece
um bom ponto de partida para a formulação de alternativas ao modelo de
jornalismo dominante hoje. A sugestão de outras práticas discursivas, capazes de
dar conta das ambiguidades da vida, baseia-se na formulação do conceito de notícia
como clinamen, remetendo à proposta epicurista que apontava aí, no desvio, o
princípio da liberdade humana. Serão, evidentemente, apenas indicações de um
vasto campo de pesquisa de linguagem, para o qual o meio acadêmico reuniria as
condições essenciais de produção, com a possibilidade de aplicar o trabalho teórico
em práticas laboratoriais, não estivessem nossos cursos tão pressionados a atender
às demandas do mercado, nesse esforço de autolegitimação que os impedem de
fazer perguntas fundamentais. Diante das críticas aqui expostas e das propostas
apresentadas, a primeira reação provavelmente será indagar sobre sua
aplicabilidade no modelo atual; trata-se de perguntar, porém, se esse modelo serve
para aquilo a que ele próprio (cinicamente?) se propõe: informar o público,
colaborar para a construção da cidadania, ou, na síntese enunciada por um dos
maiores jornais do país, “tornar a notícia mais compreensível em seus nexos e
articulações” [4] .
Não se trata, portanto, apenas de acusar o caráter ideológico próprio a todo
discurso e de sugerir simplesmente a inversão de sinais como forma de mudar a
qualidade da informação. Como bem resumiram Armand e Michèle Mattelart sobre
sua extraordinária experiência no Chile de Allende, trabalhar com a comunicação
democraticamente implica enfrentar dificuldades inimagináveis, porque se trata de
lidar com o cotidiano e, “para as pessoas, o cotidiano é a vida num regime
capitalista” [5] . Politizar o cotidiano, estabelecer entre os fatos vínculos não
percebidos, é ir contra a corrente dos estereótipos vigentes, e portanto alterar uma
lógica aceita como o “estado natural das coisas”.
Nesse sentido, o jornalismo precisaria fazer a crítica do senso comum no sentido
que Gramsci deu à filosofia da praxis, demonstrando “que ‘todos’ são filósofos e que
não se trata de introduzir ex novo uma ciência na vida individual de ‘todos’, mas de
inovar e tornar ‘crítica’ uma atividade já existente” [6] . Sousa Santos recupera essa
proposta, inserindo-a no que chama de transição paradigmática para um novo senso
comum, e assim justifica a utopia a partir da inconformidade com uma realidade
que contradiz as promessas da modernidade [7] .
Trata-se, portanto, de empreender um esforço para compreender o jornalismo
numa perspectiva transformadora que, para realizar-se, terá de envolver a

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sociedade na retomada de uma utopia que a estimule a caminhar.

[1] Ignacio Ramonet. A tirania da comunicação, Petrópolis, Vozes, 2000.

[2] Maria da Conceição Tavares. Prefácio a Marcos Dantas. A lógica do capital


informação, Rio de Janeiro, Contraponto, 1996, p. 10.

[3] Adelmo Genro Filho. O segredo da pirâmide - para uma teoria marxista do
jornalismo. Porto Alegre, Tchê!, 1987, p. 23.

[4] Projeto Editorial 97, Folha de S. Paulo, 17 de agosto de 1997.

[5] Armand e Michèle Mattelart. Frentes culturales y movilización de masas,


Barcelona, Anagrama, 1977, p. 6.

[6] Antonio Gramsci. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro, Civilização


Brasileira, 1978, p. 18.

[7] Boaventura Souza Santos. A crítica da razão indolente - contra o desperdício da


experiência. São Paulo, Cortez, 2000, p. 23.

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