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EDUCAÇÃO A DISTANCIA : Concepções, conceitos e contradições

Ana Priscila Zanedim


Daniele Loboda

Pedagogia - UNICENTRO

Introdução:

Muito se fala em ensino à distancia na nossa atualidade e o primeiro pensamento que


vem em nossas mentes é a respeito dos cursos de formação superior que tem sido muito
ofertados por diversas instituições. Este tipo de ensino veio tentar aproximar o aluno e a
escola..
Entretanto, há também vários questionamentos sobre a qualidade do profissional que
é formado por esse meio. Neste breve estudo será discorrido sobre o início da EaD, suas
concepções, conceitos, contradições e em que realmente consiste.

As formas de EaD

Considera-se Educação á Distancia, para fins institucionais, tudo o que diz respeito
aos processos de ensino e aprendizagem mediados por tecnologia, nos formatos semi-
presencial, e á distancia, no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão, conforme o Núcleo
de EaD (CONCEITO, s.d., p.01).
A primeira forma de ensino á distância conhecido foi os cursos por correspondência.
O Instituto Universal Brasileiro foi um dos pioneiros oferecendo diversos cursos técnicos,
cursos de língua estrangeira e até mesmo supletivo do ensino fundamental e ensino médio, e
está há mais de 60 anos no mercado.
A segunda forma é muito conhecida e utilizada ainda hoje, são os Canais de TV que
apresentam, por exemplo, o Telecurso 2000 que oferece desde ensino fundamental até cursos
técnicos, e também TV FUTURA e TV ESCOLA destinadas exclusivamente aos assuntos de
educação.
Atualmente a tecnologia está proporcionando ferramentas muito mais dinâmicas
como o uso de computadores, nas vídeo aulas por teleconferências, correio eletrônico, ou
seja, uma terceira geração, a dos ambientes interativos.
O EaD tenta beneficiar pessoas que por diversos motivos não podem freqüentar
cursos presenciais e a tecnologia veio apenas mudar a forma de comunicação durante as
aulas já que algumas das metodologias aplicadas como pesquisas ,apresentações de trabalhos
e exames presenciais são utilizados também nas aulas semi-presenciais. O ensino á distancia
é regulamentado pela lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (LDB), Artigo 80 que diz:
Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas
de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.
(Regulamento – Decreto n° 5622, de 19 de dezembro de 2005)
§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será
oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.
§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de
diploma relativos a cursos de educação a distância.
§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a
distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de
ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de
sons e imagens;
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários
de canais comerciais.

Para que se tenha um aprendizado considerável o aluno por ser dono do seu tempo
deve ter consciência de que o comprometimento, responsabilidade e pesquisas são essenciais
para o sucesso de sua trajetória á distancia. Quanto aos professores também requer um maior
preparo e conhecimento das tecnologias, para tornar as aulas mais produtivas.

“ Ensino á distancia pode ser definido como a família de métodos instrucionais onde as ações dos
professores são executadas a parte das ações dos alunos, incluindo aquelas situações continuadas que
podem ser feitas na presença dos estudantes. Porém, a comunicação entre o professor e o aluno deve
ser facilitada por meios impressos, eletrônicos, mecânicos ou outros pontos, conforme (NUNES apud.

MOORE, 1973, p. 01)”.

Algumas vantagens claras são a flexibilidade de tempo e lugar, pois o aluno estuda
onde e quando puder, formação permanente e personalizada e economia de recursos, os
encontros são mínimos e através da tecnologia se consegue atingir um número maior de
pessoas.
Podem ser apontadas como dificuldades a falta de socialização, as respostas são mais
lentas inclusive porque é preciso um certo nível de conhecimento das mídias e tecnologias
para poder estudar e também um letramento suficiente para compreender os textos técnicos, e
a maior de todas que é a evasão, pois muitos que começam não tem motivação suficiente pra
seguir em frente.

Conclusão

A falta de conhecimento das pessoas a respeito de o que é e como funciona o EaD


gera uma desconfiança muito grande, mas na verdade o principal intuito desta forma de
ensino é o de proporcionar a um maior número de cidadãos a possibilidade de seguir
estudando e manter sua empregabilidade. Além disso, o mercado de trabalho requer
candidatos bem preparados, e com isso sentiu-se necessidade de instruir mais pessoas e a
forma encontrada foi usar a tecnologia a esse favor. É possível que essa forma de educação
seja no futuro tão normal quanto o ensino presencial, e as legislações a este respeito já vem
sendo modificadas para assegurar um ensino com mais seriedade e garantias aos alunos.

Referências
BOLZAN, Regina de Fátima Fructuoso de Andrade. O Conhecimento Tecnológico e o
Paradigma Educacional. Florianópolis, março de 1998. Disponível em:
<www.esp.ufsc.br/disserta98/regina/index.htm> Acesso em 06 de abril de 2010.

NÚCLEO DE EAD. Conceito <http://nead.unisal.br/html/ead/conceito.html> . Acessado em


12 de março de 2010.

NUNES, Ivônio Barros. Noções de Educação á distancia. Brasília, dezembro 1993.


Disponível em: <www.rau-tu.unicamp.br/nou-rau/ead/document/?view=3> . Acesso em 24
de março de 2010.

WIKIPEDIA. Histórico da Educação. Disponível em : <http://pt.wikipedia.org/wiki/educa


%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia> Acessado em 06 de abril de 2010.

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