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APRENDENDO GEOMETRIA
ANALÍTICA COM PSTRICKS
UFMT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
APRENDENDO GEOMETRIA
ANALÍTICA COM PSTRICKS
RESUMO
2 O Ambiente de Trabalho 9
5 Circunferência 49
6 Outras Possibilidades 56
7 Conclusão 58
Referências Bibliográficas 60
A Cônicas e Quádricas 61
B Instalando o LATEX 68
C Recursos do PSTricks 71
Agradecimentos 90
4
Introdução
A seguir faremos uma descrição sobre como se originou a idéia deste trabalho,
objetivos e metologia, em seguida, uma breve apresentação do sistema LATEX e do
pacote de desenho PSTricks. Depois veremos três módulos exemplificando o uso
do PSTricks para se aprender Geometria Analítica: o primeiro sobre sistema de
coordenadas e pontos, o segundo sobre distância e segmentos de reta, e o terceiro
sobre circunferências. São muitos os temas de Geometria Analítica, mas por este ser
um trabalho introdutório, nos concentraremos apenas neste módulos. Em seguida
veremos mais algumas possibilidades do uso do PSTricks.
5
Capítulo 1
História
6
e a escolha por esta ferramenta se deu pela flexibilidade e gama de opções que o
PSTricks oferece, além da qualidade de impressão.
Objetivos
Metodologia
7
Esta idéia pode ser aplicada a partir do Ensino Fundamental, onde o aluno já
tem uma noção de Geometria Euclidiana plana. A partir daí, ele poderá construir as
noções de Geometria Analítica proposta neste trabalho, lembrando que seu “diálogo”
com o computador consiste em: o aluno escreve os códigos e o computador responde
com as figuras, dessa forma ele irá analisar e construir as idéias aqui propostas.
8
Capítulo 2
O Ambiente de Trabalho
O LATEX
9
Para entender melhor um arquivo LATEX podemos compará-lo a um arquivo html,
onde escrevemos o código e só depois de um processo de compilação que vemos o
resultado final. Veja como compilar um arquivo do LATEX no Apêndice C.
O PSTricks
10
O Ambiente pspicture
Para fazer um desenho no LATEX, é necessário uma estrutura composta por duas
partes: o preâmbulo e o ambiente do documento. No preâmbulo inserimos uma classe
de documento com o comando \documentclass{}; e carregamos o pacote pstricks
com o comando \usepackage{}. Para o ambiente de texto usamos os comandos
\begin{document} e \end{document}. E por fim, o ambiente pspicture, onde é
desenhado um retângulo imaginário e todos os elementos da figura ficam dentro dele.
\begin{pspicture}(x0,y0)(x1,y1)
objetos
\end{pspicture}
\begin{pspicture*}(x0,y0)(x1,y1)
objetos
\end{pspicture*}
\documentclass{article}
\usepackage{pstricks}
\begin{document}
\begin{pspicture*}(x0,y0)(x1,y1)
objetos
\end{pspicture*}
\end{document}
11
Capítulo 3
Como é definido um ponto no plano? Como representá-lo? Para isto vamos usar
o PSTricks como nossa ferramenta de trabalho.
12
3.1 Escreva o seguinte código e veja o resultado:
\psdots(0,0)
Solução:
b
\psdots(0,0)
\psdots(0,0)
\psdots(1,0)
Solução:
b b
\psdots(0,0)
\psdots(1,0)
Obs: Observe que o ponto (0,0) é preto e o ponto (1,0) é azul. Para escrever
este segundo usamos o seguinte comando \psdots[linecolor=blue](1,0), então
daqui em diante vamos considerar sempre este modelo, ou seja, todos os pontos
diferentes de zero em azul, porém omitiremos este código (que é opcional) para uma
melhor visualização dos resultados.
13
3.3 Verifique o comportamento dos pontos no seguinte código.
\psdots(0,0)
\psdots(1,0)
\psdots(2,0)
Solução:
\psdots(0,0)
b b b
\psdots(1,0)
\psdots(2,0)
\psdots(0,0)
\psdots(1,0)
\psdots(2,0)
\psdots(3,0)
Solução:
\psdots(0,0)
b b b b
\psdots(1,0)
\psdots(2,0)
\psdots(3,0)
14
3.5 Compare os quatro desenhos anteriores.
b) Meça as distâncias com a régua. Que relação você faz entre os pontos e as
distâncias?
0 1 2 3 4 5
Figura 3.1
Desta maneira podemos representar cada um desses números numa reta com
orientação positiva. (Fig. 3.2)
0 1 2 3 4 5
\psdots(0,0)
\psdots(-1,0)
15
Solução:
b b
\psdots(0,0)
\psdots(-1,0)
\psdots(0,0)
\psdots(-1,0)
\psdots(-2,0)
Solução:
\psdots(0,0)
b b b
\psdots(-1,0)
\psdots(-2,0)
c) Qual a relação entre os números dentro dos parênteses e os números dos primeiros
exercícios?
16
Agora surge a necessidade de representar esses pontos (com valores negativos)
numa outra reta. Mas como fazer isso?
5 4 3 2 1 0
Figura 3.3
−5 −4 −3 −2 −1 0
Sendo assim, a reta real é uma reta orientada ou um eixo, e a cada ponto está
associado um único número real e vice-versa. O ponto O do eixo ao qual está
associado o número zero é chamado origem.
17
Se considerarmos um ponto A qualquer do eixo, quando ele estiver à direita de
O, o número será positivo; quando à esquerda, será negativo; e quando coincidir
com O, será nulo.
\psdots(0,0)
\psdots(0,1)
Solução:
b
\psdots(0,0)
\psdots(0,1)
b
\psdots(0,0)
\psdots(0,1)
\psdots(0,2)
18
Solução:
\psdots(0,0)
b
\psdots(0,1)
\psdots(0,2)
b
b) Observe que agora os números que variam são os da segunda entrada do par
ordenado. O que isto muda no comportamento dos pontos?
19
3.12 Verifique o comportamento dos pontos no seguinte código.
\psdots(0,0)
\psdots(0,-1)
Solução:
b
\psdots(0,0)
\psdots(0,-1)
\psdots(0,0)
\psdots(0,-1)
\psdots(0,-2)
Solução:
\psdots(0,0)
b
\psdots(0,-1)
\psdots(0,-2)
b
20
3.14 Mais uma vez, compare os exercícios 3.12 e 3.13.
b) Qual a relação entre os números dentro dos parênteses e os números dos exercícios
3.9 e 3.10?
Podemos representar esses pontos numa reta do mesmo modo que fizemos ante-
riormente. Então pegue uma régua e coloque-a na posição conforme a Fig. 3.7, em
seguida trace uma reta e marque os pontos.
2
0
3
−1
4
−2
5
−3
A partir daí podemos representar esses pontos numa reta vertical com orientação
negativa. (Fig. 3.8)
21
Como as duas retas possuem a mesma direção (verti-
cal), podemos uni-las, transformando numa única reta
3
orientada que chamaremos de eixo Y .
2
1
A cada ponto da reta está associado um único número
22
Assim, obtemos o eixo y, cuja orientação positiva será para cima a partir do
ponto O, e a orientação negativa para baixo em relação a O.
y
−3 −2 −1 0 1 2 3 x
−1
−2
−3
\psdots(0,0)
\psdots(1,0)
\psdots(2,0)
\psdots(-1,0)
\psdots(-2,0)
\psdots(0,1)
\psdots(0,2)
\psdots(0,-1)
\psdots(0,-2)
1
Nome dado em homenagem a René Descartes, matemático e filósofo francês (1596-1650), um
dos fundadores da Geometria Analítica.
23
Solução:
\psdots(0,0)
b
\psdots(1,0)
b
\psdots(2,0)
\psdots(-1,0)
b b b b b
\psdots(-2,0)
b
\psdots(0,1)
\psdots(0,2)
b \psdots(0,-1)
\psdots(0,-2)
Solução:
\psaxes{->}(0,0)(-3.99,-3.99)(4,4)
\psdots(0,0)
3 b
\psdots(1,0)
\psdots(2,0)
2 b
\psdots(3,0)
1 b
\psdots(-1,0)
b b b b b b b
\psdots(-2,0)
\psdots(-3,0)
−3 −2 −1 1 2 3
−1 b
\psdots(0,1)
\psdots(0,2)
−2 b
\psdots(0,3)
−3 b \psdots(0,-1)
\psdots(0,-2)
\psdots(0,-3)
Falando ainda um pouco mais sobre retas, repare que mencionamos a palavra
reta real. Isto significa que não estamos limitados apenas aos números inteiros,
2
Para usar o comando psaxes é necessário carregar o pacote pstricks-add.
24
mas sim a todos os números reais. Desta forma podemos escrever pontos como no
exercício a seguir:
3.18 Escreva o seguinte código e meça a distância entre eles com a régua.
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
\psdots(0,0)
\psdots(1,0)
\psdots(1.5,0)
\psdots(2,0)
\psdots(2,0.25)
\psdots(2,0.5)
\psdots(2,1)
Solução:
2
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
\psdots(0,0)
1 b
b
\psdots(1,0)
b b b
b
b
\psdots(1.5,0)
\psdots(2,0)
−2 −1 1 2
\psdots(2,0.25)
−1 \psdots(2,0.5)
\psdots(2,1)
−2
25
3.19 Escreva o código a seguir e observe como os pontos se “movimentam” em
relação à origem.
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
\psdots(0,0)
\psdots(1,0)
\psdots(2,0)
\psdots(2,-1)
\psdots(2,-2)
Solução:
2
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
1
\psdots(0,0)
b b b
\psdots(1,0)
\psdots(2,0)
−2 −1 1 2
\psdots(2,-1)
−1 b
\psdots(2,-2)
−2 b
26
3.20 Faça as mesmas observações com o código a seguir.
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
\psdots(0,0)
\psdots(-1,0)
\psdots(-2,0)
\psdots(-2,1)
\psdots(-2,2)
Solução:
b
2
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
b
1
\psdots(0,0)
b b b
\psdots(-1,0)
\psdots(-2,0)
−2 −1 1 2
\psdots(-2,1)
−1 \psdots(-2,2)
−2
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
\psdots(0,0)
\psdots(-1,0)
\psdots(-2,0)
\psdots(-2,-1)
\psdots(-2,-2)
27
Solução:
2
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
1
\psdots(0,0)
b b b
\psdots(-1,0)
\psdots(-2,0)
−2 −1 1 2
\psdots(-2,-1)
b
−1 \psdots(-2,-2)
b
−2
Observe que desta vez os pontos se movimentam para a esquerda e depois para
baixo.
3.22 Escreva o código a seguir, e observe em que região do plano se encontra cada
ponto.
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
\pnode(0,0){O}\psdots(O)
\pnode(2,2){A}\psdots(A)
\pnode(-2,2){B}\psdots(B)
\pnode(-2,-2){C}\psdots(C)
\pnode(2,-2){D}\psdots(D)
28
Solução:
B A
b
2 b
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
1
\pnode(0,0){O}\psdots(O)
b
\pnode(2,2){A}\psdots(A)
\pnode(-2,2){B}\psdots(B)
−2 −1 O 1 2
\pnode(-2,-2){C}\psdots(C)
−1 \pnode(2,-2){D}\psdots(D)
b
−2 b
C D
Primeiro observe que neste exercício usamos um novo comando: \pnode.3 Este
comando “nomeia” um ponto para depois desenhá-lo (com \psdots). A vantagem é
que podemos usar o nome do ponto várias vezes, e isto será muito útil nos próximos
exercícios.
2◦ quadrante 1◦ quadrante
O x
3◦ quadrante 4◦ quadrante
3
Para usar o comando pnode é necessário carregar o pacote pstricks-add.
29
3.23 Escreva o código a seguir, e diga a qual quadrante pertence cada um deles.
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
\pnode(1,1){A}\psdots(A)
\pnode(2,2){B}\psdots(B)
\pnode(-1,-1){C}\psdots(C)
\pnode(-2,-2){D}\psdots(D)
\pnode(-1,1){E}\psdots(E)
\pnode(-2,2){F}\psdots(F)
\pnode(1,-1){G}\psdots(G)
\pnode(2,-2){H}\psdots(H)
Solução:
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
\pnode(1,1){A}\psdots(A)
\pnode(2,2){B}\psdots(B)
\pnode(-1,-1){C}\psdots(C)
F b
2 b
B \pnode(-2,-2){D}\psdots(D)
\pnode(-1,1){E}\psdots(E)
E b
1 b
A \pnode(-2,2){F}\psdots(F)
\pnode(1,-1){G}\psdots(G)
\pnode(2,-2){H}\psdots(H)
−2 −1 1 2 \uput[0](A){\blue{$A$}}
C −1b b
G \uput[0](B){\blue{$B$}}
\uput[180](C){\blue{$C$}}
D b
−2 b
H \uput[180](D){\blue{$D$}}
\uput[180](E){\blue{$E$}}
\uput[180](F){\blue{$F$}}
\uput[0](G){\blue{$G$}}
\uput[0](H){\blue{$H$}}
3.24 Escreva o código a seguir, e diga a qual quadrante pertence cada um deles.
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
\pnode(2,1){A}\psdots(A)
30
\pnode(-1,2){B}\psdots(B)
\pnode(1,-1){C}\psdots(C)
\pnode(-2,-2){D}\psdots(D)
Solução:
B b
2
A
1 b
\psaxes{->}(0,0)(-2.99,-2.99)(3,3)
\pnode(2,1){A}\psdots(A)
\pnode(-1,2){B}\psdots(B)
−2 −1 1 2 \pnode(1,-1){C}\psdots(C)
−1 b \pnode(-2,-2){D}\psdots(D)
C
b
−2
D
y
B( , ) (1, 4)
4
C( , )
3 (0, −2)
A( , )
2 (2, 0)
1 E( , ) (−4, 0)
F( , ) D( , )
(−2, −4)
−4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 x
−1 (0, 1)
−2 H( , ) (−3, 3)
−3 (3, −3)
I( , )
−4 (4, 2)
G( , )
Figura 3.11
31
Solução:
\pnode(4,2){A}\psdots(A)
\pnode(1,4){B}\psdots(B)
\pnode(-3,3){C}\psdots(C)
\pnode(2,0){D}\psdots(D)
\pnode(0,1){E}\psdots(E)
\pnode(-4,0){F}\psdots(F)
\pnode(-2,-4){G}\psdots(G)
\pnode(0,-2){H}\psdots(H)
\pnode(3,-3){I}\psdots(I)
\psaxes{->}(0,0)(-1.99,-1.99)(4,4)
\pnode(3,2){A}\psdots(A)
\pnode(2,3){B}\psdots(B)
Solução:
B
3 b
A
2 b
\psaxes{->}(0,0)(-1.99,-1.99)(4,4)
1 \pnode(3,2){A}\psdots(A)
\pnode(2,3){B}\psdots(B)
−1 1 2 3
−1
Como você já deve ter observado, a notação (x, y) é usada para indicar o par
ordenado de números reais x e y, no qual o número x é a primeira coordenada e o
número y é a segunda coordenada. Observe no exercício 3.26 que os pares ordenados
32
(3, 2) e (2, 3) são diferentes, pois a primeira coordenada de (3, 2) é 3, enquanto a
primeira coordenada de (2, 3) é 2.
a) \pnode(1,1){A}\psdots(A)
\pnode(3,1){B}\psdots(B)
\pnode(2,1){M}\psdots(M)
b) \pnode(1,1){A}\psdots(A)
\pnode(1,-1){C}\psdots(C)
\pnode(1,0){N}\psdots(N)
Solução:
A M B
1 b b b
\pnode(1,1){A}\psdots(A)
\pnode(3,1){B}\psdots(B)
\pnode(2,1){M}\psdots(M)
1 2 3 4
33
1 b
A
\pnode(1,1){A}\psdots(A)
b
N \pnode(1,-1){C}\psdots(C)
1 2 3 4 \pnode(1,0){N}\psdots(N)
−1 b
C
Definição 3.1 Dados dois pontos distintos A e B, um ponto M é ponto médio dos
pontos A e B se, e somente se, M está entre A e B e d(A, M) = d(M, B).
d(A, M ) d(M, B)
A M B
Num sistema de eixos coordenados podemos definir o ponto médio M(x, y) como
sendo a média aritmética dos pontos A e B em cada coordenada, ou seja, dados os
pontos A(x1 , y1 ) e B(x2 , y2 ) temos que
x1 + x2 y1 + y2
x= e y=
2 2
x1 + x2 y1 + y2
então, o ponto médio entre A e B é dado por M , .
2 2
34
3.28 Calcule e escreva o código do ponto médio M entre os pontos A e B a seguir.
\pnode(-2,1){A}\psdots(A)
\pnode(4,3){B}\psdots(B)
Solução:
−2 + 4 1+3
x= =1 e y= =2
2 2
\pnode(1,2){M}\psdots(M)
B
3 b
M
2 b
\pnode(-2,1){A}\psdots(A)
\pnode(4,3){B}\psdots(B)
Ab
1 \pnode(1,2){M}\psdots(M)
−2 −1 1 2 3 4
35
3.29 Considere M o ponto médio entre os pontos C e D. Dados
\pnode(-3,1){C}\psdots(C)
\pnode(0,-0.5){M}\psdots(M)
Solução:
x + (−3)
0= ⇒0=x−3⇒x=3
2
y+1
−0.5 = ⇒ −1 = y + 1 ⇒ y = −2
2
\pnode(3,-2){D}\psdots(D)
C
b
1
\pnode(-3,1){C}\psdots(C)
M
−3 −2 −1 b
1 2 3 \pnode(3,-2){D}\psdots(D)
−1 \pnode(0,-0.5){M}\psdots(M)
D
−2 b
Nosso estudo sobre pontos foi longo por este ser o objeto mais elementar da
Geometria Analítica e por servir de base para a construção de outros elementos,
como por exemplo, um segmento de reta.
36
Capítulo 4
Vale lembrar que a intenção deste material não é abordar todos os conteúdos
de Geometria Analítica, e sim fazer uma breve apresentação e introdução de al-
guns tópicos em especial; lembrando ainda, que a intenção é que o leitor perceba o
potencial do PSTricks para aprender conteúdos de Geometria Analítica.
\psaxes{->}(0,0)(-0.99,-0.99)(5,3)
\pnode(1,1){A}\psdots(A)
\pnode(3,1){B}\psdots(B)
37
Solução:
2 d(A, B) = 2
\psaxes{->}(0,0)(-0.99,-0.99)(5,3)
A B
1 b b
\pnode(1,1){A}\psdots(A)
\pnode(3,1){B}\psdots(B)
1 2 3 4
\psaxes{->}(0,0)(-0.99,-2.99)(5,2)
\pnode(1,-2){C}\psdots(C)
\pnode(1,1){D}\psdots(D)
Solução:
1 b
D
\psaxes{->}(0,0)(-0.99,-2.99)(5,2)
1 2 3 4 \pnode(1,-2){C}\psdots(C)
−1 d(C, D) = 3 \pnode(1,1){D}\psdots(D)
−2 b
C
38
4.3 A partir dos pontos dado no código a seguir, calcule a distância de:
a) O a A;
b) O a B;
c) A a B.
\psaxes{->}(0,0)(-0.99,-0.99)(5,4)
\pnode(0,0){O}\psdots(O)
\pnode(4,0){A}\psdots(A)
\pnode(4,3){B}\psdots(B)
Solução:
B
3 b
\psaxes{->}(0,0)(-0.99,-0.99)(5,4)
2
5 cm 3 cm
\pnode(0,0){O}\psdots(O)
\pnode(4,0){A}\psdots(A)
1 \pnode(4,3){B}\psdots(B)
b
4 cm b
A
O 1 2 3 4
39
Solução:
4
B
3 b
\pnode(1,1){A}\psdots(A)
2 \pnode(1,3){B}\psdots(B)
\pnode(4,1){C}\psdots(C)
A C
1 b b
0 1 2 3 4
Para resolver os exercícios 4.3 e 4.4, provavelmente você tenha usado o teorema
de Pitágoras; é exatamente com este teorema que obtemos uma fórmula que indica
a distância entre dois pontos no plano cartesiano.
y2 B
∆y
y1 A
∆x
0 x1 x2 x
Figura 4.1
40
A partir daí obtemos o triângulo ABC, conforme a Fig. 4.2, onde ∆x é a variação
de x1 à x2 , ou seja, ∆x = x2 − x1 e ∆y = y2 − y1 .
B
)
A,B
d ( ∆y
A ∆x C
Figura 4.2
\pnode(-2,-1){E}\psdots(E) e
\pnode(3,2){F}\psdots(F)
Solução:
p
d(E, F ) = (3 − (−2))2 + (2 − (−1))2
√
= 5 2 + 32
√
= 25 + 9
√
d(E, F ) = 34
41
A maioria dos livros abordam o conceito de reta a partir de seus diversos formatos
de equações, mas abordaremos aqui apenas alguns dos recursos do PSTricks que é o
segmento de reta. O PSTricks também desenha retas a partir de suas equações, mas
para isso fica a cargo do leitor buscar informações sobre funções, equação reduzida
da reta e ler o manual do PSTricks [11].
Segmento de Reta
\psline(0,0)(2,1)
Solução:
2
\psline(0,0)(2,1)
1
1 2 3
42
4.7 Escreva o seguinte código e compare com o exercício anterior.
\psline(0,0)(2,2)
Solução:
2
\psline(0,0)(2,2)
1
1 2 3
4.8 Escreva o seguinte código e compare com o exercício anterior.
\psline(1,2)(3,1)
Solução:
A
2
\psline(1,2)(3,1)
B
1
;;
1 2 3
Como podemos observar, dois pontos são suficientes para definirmos um segmento
de reta. Então, usando a notação AB, temos que o segmento de reta AB possui
extremidades nos pontos A e B.
43
Então escrevemos o comando
\psline(x0,y0)(x1,y1)
\psline(0,0)(2,2)(4,0)
Solução:
1 \psline(0,0)(2,2)(4,0)
1 2 3 4
Note que podemos desenhar duas retas (emendadas) usando apenas um comando
\psline.
44
4.10 Desenhe um triângulo cujos vértices sejam os pontos (1, 1), (1, 4) e (3, 3).
Solução:
2 \psline(1,1)(1,4)(3,3)(1,1)
1 2 3 4
\psaxes{->}(0,0)(-0.99,-0.99)(5,3)
\pnode(0,0){A}
\pnode(2,2){B}
\pnode(2,1){C}
\pnode(4,2){D}
\psline(A)(B)
\psline(C)(D)
\psdots(A)(B)(C)(D)
45
Solução:
\psaxes{->}(0,0)(-0.99,-0.99)(5,3)
B D \pnode(0,0){A}
2 b b
\pnode(2,2){B}
C \pnode(2,1){C}
1 b
\pnode(4,2){D}
A b
\psline(A)(B)
1 2 3 4
\psline(C)(D)
\psdots(A)(B)(C)(D)
\psaxes{->}(0,0)(-0.99,-0.99)(5,5)
\pnode(0,0){A}
\pnode(3,1){B}
\pnode(1,4){C}
\psline...
Solução:
C
4 b
3 \psaxes{->}(0,0)(-0.99,-0.99)(5,5)
\pnode(0,0){A}
2 \pnode(3,1){B}
\pnode(1,4){C}
1 b
B \psline(A)(B)(C)(A)
A 1 2 3 4
46
4.13 Os pontos A(−1, 3); B(−1, 1); C(2, 1) e D(x, y) são vértices de um retângulo.
Encontre as coordenadas do ponto D e desenhe o retângulo completando o código
a seguir.
\psaxes{->}(0,0)(-1.99,-0.99)(3,4)
\pnode...
\psdots(A)(B)(C)(D)
\psline...
Solução:
A D
b
3 b
\psaxes{->}(0,0)(-1.99,-0.99)(3,4)
\pnode(-1,3){A}
2 \pnode(-1,1){B}
\pnode(2,1){C}
b
1 b
\pnode(2,3){D}
B C \psdots(A)(B)(C)(D)
\psline(A)(B)(C)(D)(A)
−1 1 2
Solução:
A B
b
2 b
\psaxes{->}(0,0)(-1.99,-0.99)(4,3)
\psline(-1,2)(3,2)
1
\psdots(-1,2)
\psdots(3,2)
−1 0 1 2 3
47
4.15 Trace uma linha do ponto A(0, 1) ao ponto B(2, 3) e outra linha de C(−2, 1) a
D(2, −3). Em seguida trace uma linha do ponto médio da primeira ao ponto médio
da segunda.
Solução:
B
3 b
M
2 b
\pnode(0,1){A}\pnode(2,3){B}
C A \pnode(-2,1){C}\pnode(2,-3){D}
b
1 b
\pnode(1,2){M}\pnode(0,-1){N}
\psline(A)(B)
−2 −1 1 2 \psline(C)(D)
N \psline(M)(N)
−1 b
\psdots[linecolor=blue](A)(B)(C)(D)
\psdots[linecolor=red](M)(N)
−2
D
−3 b
48
Capítulo 5
Circunferência
Seguindo a mesma idéia dos módulos anteriores vejamos alguns exercícios, mas
desta vez usaremos o comando \pscircle sem se preocupar com sua sintaxe, pois
a partir dela já podemos responder a segunda pergunta feita inicialmente.
\pscircle(0,0){1}
Solução:
\pscircle(0,0){1}
−1 1
−1
49
5.2 Escreva o seguinte código e identifique a relação entre a variação dos números
entre chaves e um dos elementos da circunferência.
\pscircle(0,0){1}
\pscircle(0,0){2}
\pscircle(0,0){3}
Solução:
1
\pscircle(0,0){1}
b
\pscircle(0,0){2}
−3 −2 −1 1 2 3 \pscircle(0,0){3}
−1
−2
−3
\pscircle(0,0){1}
\pscircle(2,0){1}
\pscircle(4,0){1}
50
Solução:
1
\pscircle(0,0){1}
b b b
\pscircle(2,0){1}
−1 1 2 3 4 5 \pscircle(4,0){1}
−1
5.4 Escreva o seguinte código e identifique a relação dos números entre parênteses
com o segundo elemento da circunferência.
\pscircle(0,0){1}
\pscircle(2,1){1}
\pscircle(4,2){1}
Solução:
2 b
\pscircle(0,0){1}
1 b
\pscircle(2,1){1}
b
\pscircle(4,2){1}
−1 1 2 3 4 5
−1
51
5.5 Escreva o código a seguir e calcule a distância de cada ponto até o ponto C.
\pnode(0,0){C}\pnode(1,0){A}
\pnode(-0.46,0.89){B}
\pnode(-0.75,-0.66){D}
\pnode(0.7,-0.71){E}
\psline(C)(A)\psline(C)(B)
\psline(C)(D)\psline(C)(E)
\psdots[linecolor=red](C)
\psdots(A)\psdots(B)
\psdots(D)\psdots(E)
\uput[180](C){$C$}
\uput[0](A){$A$}
\uput[135](B){$B$}
\uput[225](D){$D$}
\uput[-45](E){$E$}
Solução:
\pnode(0,0){C}\pnode(1,0){A}
\pnode(-0.46,0.89){B}
\pnode(-0.75,-0.66){D}
\pnode(0.7,-0.71){E}
B \psline(C)(A)\psline(C)(B)
b
\psline(C)(D)\psline(C)(E)
\psdots[linecolor=red](C)
C b b
A
\psdots(A)\psdots(B)
b
b
\psdots(D)\psdots(E)
D E
\uput[180](C){$C$}
\uput[0](A){$A$}
\uput[135](B){$B$}
\uput[225](D){$D$}
\uput[-45](E){$E$}
52
Agora podemos definir a circunferência, que é a mesma definição segundo a
Geometria plana:
d(P, C) = r
Solução:
d(P, C) = r
p
(x − a)2 + (y − b)2 = r
(x − a)2 + (y − b)2 = r 2
53
5.7 A partir do código abaixo escreva a equação da circunferência.
\pscircle(2,1){3}
Solução:
2
\psaxes{->}(0,0)(-1.99,-2.99)(6,5)
1 b
\psdots[linecolor=blue](2,1)
\pscircle(2,1){3}
−1 1 2 3 4 5
−1
−2
\pscircle(0,0){1}
Solução:
1
\psaxes{->}(0,0)(-1.99,-1.99)(2,2)
b
\psdots[linecolor=blue](0,0)
−1 1 \pscircle(0,0){1}
−1
A equação da circunferência é x2 + y 2 = 1.
54
5.9 Desenhe em PSTricks a circunferência dada pela equação
(x + 1)2 + (y − 2)2 = 4.
Solução:
3
\psaxes{->}(0,0)(-3.99,-0.99)(2,5)
b
2 \psdots[linecolor=blue](-1,2)
\pscircle(-1,2){2}
1
−3 −2 −1 1
55
Capítulo 6
Outras Possibilidades
Vimos até aqui apenas três módulos com a intenção de descrever os conceitos
apresentados neste trabalho. Seria um grande desafio abordar todos os tópicos
da Geometria Analítica, principalmente levando em consideração nosso foco, que
é o aprendizado de Geometria Analítica de forma autonôma pelo aluno, porém,
deixamos aqui algumas idéias e sugestões para o desenvolvimento de mais alguns
tópicos.
Porém, levando em consideração o nosso tema, deixamos aqui uma proposta so-
bre como explorar outros dois tópicos da Geometria Analítica, que são as cônicas
56
e as quádricas. Como trabalhar os comandos PSTricks de forma que o aluno fosse
levado a descobrir as definições e equações que geram as cônicas? Como são apresen-
tadas as quádricas em sala de aula? Como poderíamos desenvolver essa idéia? Este
seria mais um desafio de aprendizado de Geometria Analítica. Veja no Apêndice A
alguns exemplos de cônicas e quádricas escritas com PSTricks.
57
Capítulo 7
Conclusão
Este método pode ser aplicado numa sala de aula para alunos de qualquer idade
a partir do Ensino Fundamental, desde que configurado e adaptado para cada série.
58
Para isto, basta apenas que o professor, enquanto orientador, prepare atividades
convenientes levando em consideração o nível de dificuldade. E para os alunos, pode
ser interpretado como uma forma de desenvolver o pensamento matemático para a
solução de problemas ao se construir figuras da Geometria Analítica.
59
Referências Bibliográficas
[3] DANTE, Luiz Roberto. Matemática: Contexto & Aplicação. Ensino Médio.
Vol. Único. Ed. Parma: São Paulo, 2000.
[9] VIGNAULT, Jean Paul. et. al. pst-solides3d: The Documentation - The
Basics. http://www.ctan.org/tex-archive/graphics/pstricks/contrib/
pst-solides3d/pst-solides3d-doc.pdf, 2008.
[11] ZANDT, Timothy Van. PSTricks - PostScript macros for Generic TEX. http://
ctan.tche.br/graphics/pstricks/base/doc/pstricks-doc.pdf, 2003.
60
Apêndice A
Cônicas e Quádricas
Cônicas
\psellipse[linecolor=blue](0,0)(3,2)
−3 −2 −1 1 2 3
−1
−2
Note que o comando usa o centro e as extremidades da elipse para sua construção.
61
Exemplo A.2 Parábola.
1
\rput{-90}(0,0){
\psplot[algebraic,linecolor=blue
1 2 3 4 ]{-2.0}{2.0}{x^2}
}
−1
−2
Observe que a parábola foi girada 90◦ para a direita. Para ter a parábola com
concavidade para cima digite apenas a segunda linha.
1
%%requer o pacote pst-func.
\psplotImp[algebraic,linecolor=blue
−1 1 ](-6,-6)(4,2.4){x^2-y^2-1}
−1
62
Quádricas
63
Exemplo A.4 Parabolóide elíptico1
\psset{unit=0.5}
z \begin{pspicture*}(-6,-2.7)(6,8.5)
\psset[pst-solides3d]{viewpoint=50 40 30
rtp2xyz,Decran=50}
\psset{ngrid=.25 .25,linewidth=0.5pt}
%superficie parametrica
\defFunction[algebraic]{Paraboloid}(u,v)
{u*sin(v)}{1.5*u*cos(v)}{0.5*u^2}
\psSolid[object=surfaceparametree,
base=0.001 pi 0.001 2 pi mul,
hue=0 .15,incolor=yellow,
y function=Paraboloid]
x \axesIIID(0,0,3)(5,5,8)
\end{pspicture*}
y 2 − x2
F (x, y) = ; −4 < x < 4, −4 < y < 4
4
z \psset{unit=0.7}
\psset[pst-solides3d]{viewpoint=80 30 30
rtp2xyz,Decran=50}
\psset{ngrid=.5 .5,linewidth=0.1pt}
\begin{pspicture*}(-4,-3.5)(4,4)
\psSurface[algebraic,hue=.3 0]
y (-4,-4)(4,4)
{(y^2-x^2)/4}
\axesIIID(0,3,0)(10,6,6)
x \end{pspicture*}
1
O domínio das funções deve ser escrito no formato RPN (Reversed Polish Notation), veja em
[9].
64
Exemplo A.6 Elipsóide
F (u, v) = (cos u senv, 2 senu senv, cos v); 0 < u < 2π, 0 < v < 2π
\psset{unit=0.7}
\begin{pspicture*}(-4,-2)(4,3)
\psset[pst-solides3d]{viewpoint=40 40 20
rtp2xyz,Decran=20}
z \psset{linewidth=0.5pt}
\defFunction[algebraic]{ellipsoid}(u,v)
{cos(u)*sin(v)}
{2*sin(u)*sin(v)}{cos(v)}
\psSolid[object=surfaceparametree,
y base=0 2 pi mul 0.001 2 pi mul,
x hue=.3 0,incolor=yellow,
function=ellipsoid,
unit=3,ngrid=40]
\axesIIID(6,6,4)(8,8,5)
\end{pspicture*}
√ √
F (u, v) = 1+ u2 senv, 1+ u2 cos v, u ;
−π < u < π, −π < v < π
\psset{unit=0.7}
\begin{pspicture*}(-4,-3)(4,3.8)
\psset[pst-solides3d]{viewpoint=30 30 20
z rtp2xyz,Decran=20}
\psset{ngrid=.25 .25,linewidth=0.5pt}
\defFunction[algebraic]{hyperboloidOne}%
(u,v)
{sqrt(1+u^2)*sin(v)}
{sqrt(1+u^2)*cos(v)}
y {u}
\psSolid[object=surfaceparametree,
x base=pi neg pi pi neg pi,hue=0 .3,
incolor=yellow,
function=hyperboloidOne]
\axesIIID(1,1,1)(7,5,5)
\end{pspicture*}
65
Exemplo A.8 Hiperbolóide de duas folhas
Neste caso precisaremos dividir a equação em duas partes porque devemos ter
u > 1.
√ √
F (u, v) = −2u, u − 1 cos v, u − 1 senv ;
2 2
\psset{unit=0.6}
\begin{pspicture*}(-5.5,-4)(5.5,3.5)
\psset[pst-solides3d]{viewpoint=60 50 30
rtp2xyz,Decran=20}
\psset{algebraic,ngrid=.25 .25,
linewidth=0.5pt}
%superficie parametrica
\defFunction{hyperboloidTwoN}(u,v)
{-2*u}
z {sqrt(u^2-1)*cos(v)}
{sqrt(u^2-1)*sin(v)}
\psSolid[object=surfaceparametree,
base=1.001 2 pi mul 0.01 2 pi mul,
hue=.3 0,incolor=yellow,
y function=hyperboloidTwoN]
x %superficie parametrica
\defFunction{hyperboloidTwo}(u,v)
{2*u}
{sqrt(u^2-1)*sin(v)}
{sqrt(u^2-1)*cos(v)}
\psSolid[object=surfaceparametree,
base=1.001 2 pi mul 0.01 2 pi mul,
hue=.3 0,incolor=yellow,
function=hyperboloidTwo]
\axesIIID(-2,0,0)(16,8,8)
\end{pspicture*}
66
Exemplo A.9 Cone
\psset{unit=0.6}
z \psset[pst-solides3d]{viewpoint=30 50 20
rtp2xyz,Decran=50}
\begin{pspicture*}(-5.5,-4.5)(4.5,6)
\psset{linewidth=0.5pt}
\defFunction[algebraic]{cone}(u,v)
{u*sin(v)}{u*cos(v)}{u}
\psSolid[object=surfaceparametree,
base=-2 2 0 2 pi mul,
x y hue=0 .3,incolor=yellow,
function=cone,
ngrid=25 40]
\axesIIID(-1,-1,0)(3,3,3)
\end{pspicture*}
67
Apêndice B
Instalando o LATEX
68
Onde encontrar
• Winedt - www.winedt.com
• TeXnicCenter - http://www.texniccenter.org/
• WinShell - http://www.winshell.de/
• http://latexbr.blogspot.com
Meu site, onde faço uma introdução ao LATEX e sobre o uso do PSTricks e
TikZ.
• www.ctan.org/tex-archive/info/lshort/portuguese-BR/lshortBR.pdf
Manual IshortBR.pdf. É um manual indispensável para quem quer aprender
LATEX.
• http://www.dm.ufscar.br/~sadao/latex/tex-examples.php?lang=pt
Neste site você aprende LATEX através de exemplos. É mantido por Sadao
Massago, prof. da UFSCar.
• www.ctan.org
Distribuidor de conteúdo LATEX. Nele você encontra todos os pacotes, docu-
mentação, etc.
• www.tex-br.org
Site brasileiro, ideal para iniciantes e intermediários. Contém várias dicas,
interessantes.
69
• www.tug.org
Informações sobre o LATEX e PSTricks.
• http://ctan.tche.br/graphics/pstricks/base/doc/pstricks-doc.pdf
Manual do Pstricks.
• http://ctan.org/tex-archive/graphics/pstricks/contrib/pstricks-add/
pstricks-add-doc.pdf
Manual do Pstricks-add.
• ftp://tug.ctan.org/pub/tex-archive/graphics/pstricks/contrib/pst-eucl/
euclide_english.pdf
Manual do PST-Eucl.
• http://www.ctan.org/tex-archive/graphics/pstricks/contrib/pst-solides3d/
pst-solides3d-doc.pdf
Manual do PST-Solides3D.
• www.tug.org/PSTricks/main.cgi?file=examples
Exemplos de Pstricks.
• www.ctan.org/tex-archive/graphics/pgf/base/doc/generic/pgf/pgfmanual.
pdf
Manual do PGF/TikZ.
• www.texample.net/tikz/examples/
Exemplos de TikZ.
70
Apêndice C
Recursos do PSTricks
Vimos na seção 2 como deve ser a estrutura para criar uma figura em PSTricks.
Então abra o seu editor (Winedt, TeXnicCenter, WinShell ou Kile) e digite as
seguintes linhas de código:
\documentclass{article}
\usepackage{pstricks}
\begin{document}
\begin{pspicture}(-1,-1)(1,1)
\psline(0,0)(0.71,0.71)
\pscircle(0,0){1}
\end{pspicture}
\end{document}
Salve o arquivo, por exemplo, Figura.tex depois basta clicar no ícone LATEX.
A partir daí teremos o primeiro arquivo no formato DVI, que já é um arquivo final
tanto para visualização quanto para impressão.
71
Existe o comando PDFLaTeX que compila um arquivo direto para PDF, porém, ele
não gera as figuras PSTricks.
Outros pacotes
O uso de pacotes facilita muito nosso trabalho, pois os pacotes são conjuntos
de macros com comandos pré-definidos que dão mais flexibilidade e consistência aos
desenhos aumentando assim sua produtividade.
Veremos agora dois dos pacotes mais usados para produção de ilustrações matemáti-
cas no PSTricks.
pstricks-add
72
1
Exemplo C.1 Considere a função real dada por f (x) = x + 1. Segue o código
2
que gera o gráfico.
y
1 \psaxes{->}(0,0)(-3.99,-1.99)(4,2)
[$x$,-135][$y$,-45]
−3 −2 −1 1 2 3 x \psplot[algebraic,linecolor=blue]
−1 {-4}{4}{0.5*x+1}
\psset{trigLabels,dx=\psPiH,dy=1,
y trigLabelBase=2}
1
\psaxes{->}(0,0)(-3.5,-1.99)(7,2)
−π π 3π x [$x$,-135][$y$,-45]
−π −1 π 2π \psplot[algebraic,linecolor=blue]
2 2 2
{-3.5}{6.5}{sin(x)}
\pnode(0,0){A}\pnode(4.5,4.5){B}
\multido{\iA=0+30}{12}{%
\psRelLine[linestyle=dashed,linecolor=
y lightgray,angle=\iA,trueAngle](A)(B)
4
3 {1}{EndNode}}
2 \multido{\r=0+0.5}{6}{%
1 \pscircle[linestyle=dashed,linecolor=
x
lightgray](A){\r}}
−4−3−2−1
−1 1 2 3 4 \psplot[algebraic,labelFontSize=\
−2 footnotesize,linecolor=blue,
−3 linewidth=1.5pt,plotstyle=curve,
−4 polarplot=true]
{0}{\psPiTwo}{2*(1-cos(x))}
\psaxes{->}(0,0)(-4.9,-4.9)(5,5)
[$x$,-135][$y$,-45]
73
Exemplo C.4 Considere a curva escrita na forma paramétrica (θ − senθ, 1 − cos θ).
y
2 b
−1 π 2π 3π 4π 5π 6π 7π 8πx
3 \psaxes{->}(0,0)(-2.99,-0.99)(3,4)
[$x$,-135][$y$,-45]
2 \psplot[algebraic,linecolor=blue,
b
linewidth=1.5pt]{-3}{3}{2.72^x}
1 \psplotTangent[algebraic,linecolor=red]
{0.5}{2}{2.72^x}
\psdots[linecolor=red](0.5,1.648)
x
−2 −1 1 2
74
√
Exemplo C.6 Considere o gráfico da função f (x) = x e seu intervalo de inte-
gração.
3
\psStep[algebraic,linecolor=red,
linewidth=0.2pt,fillstyle=solid,
fillcolor=yellow]
2
(0.1,4.5){9}{sqrt(x)}
\psplot[algebraic,linecolor=blue,
1
linewidth=1.2pt]{0}{5}{sqrt(x)}
\psaxes{->}(0,0)(-0.99,-0.99)(5,4)[$x
x $,-135][$y$,-45]
1 2 3 4
pst-eucl
\pstGeonode[PosAngle={180,0}]
C (0,0){A}(2,0){B}
b
\psset{linestyle=dashed,linewidth=0.5pt}
\pstCircleOA{A}{B}\pstCircleOA{B}{A}
\pstInterCC[RadiusA=\pstDistAB{A}{B},
RadiusB=\pstDistAB{A}{B},
A b b
B PosAngleA=90,PosAngleB=-90]
{A}{}{B}{}{C}{D}
\psset{linestyle=solid,linecolor=blue,
b linewidth=1pt}
D \pstLineAB{A}{B}\pstLineAB{B}{C}
\pstLineAB{A}{C}
75
Exemplo C.8 Indicação de ângulos e segmentos num triângulo.
\pstGeonode[PointSymbol=none,PosAngle
={90,225,-45}](3,2){A}(0,0){B}(4,0){
C}
\psset{linewidth=0.5\pslinewidth}
\pstProjection[PointSymbol=none,
A PointName=none,CodeFig=true,
CodeFigColor=black]{B}{C}{A}[D]
// \pstSegmentMark[SegmentSymbol=pstslash]{
/
A}{C}
β \pstSegmentMark[SegmentSymbol=pstslashh
/// ]{A}{B}
B C
\pstSegmentMark[SegmentSymbol=pstslashhh
]{B}{C}
\psset{linewidth=0.2pt,MarkAngleRadius
=10pt}
\pstMarkAngle{C}{B}{A}{$\beta$}
\pstGeonode(0,0){O}(3,0){P}
\pstCircleOA[Radius=\pstDistVal{2}]{O}{}
b
A
\pstMiddleAB[PointSymbol=none,
PointName=none]{O}{P}{O’}
\pstInterCC[RadiusA=\pstDistVal{2},
b
O b
P DiameterB=\pstDistAB{O}{P},
CodeFigB=true,CodeFigColor=green]
{O}{}{O’}{}{A}{B}
b
B \psset{linecolor=blue,nodesep=-1}
\pstLineAB{P}{A}\pstLineAB{P}{B}
76
pst-solides3D
1
Exemplo C.10 Considere a função dada por f (x, y) = sen(x2 + y 2 )). Segue o
3
código que gera o gráfico.
z
\psset{viewpoint=50 20 30 rtp2xyz,
Decran=70}
\psSurface[algebraic,ngrid=.15 .15,
hue=0 1,linewidth=0.1pt](-3,-3)(3,3){
y (sin(x^2+y^2))/3}
\axesIIID(2,2,1)(4,4,3)
x
77
PGF/TikZ
Além do PSTricks, um outro pacote do LATEX que não poderia deixar de ser
mencionado é o PGF/TikZ. Ele faz quase tudo que o PSTricks faz, porém, seus
comandos são bem diferentes. Um recurso interessante é que com o TikZ podemos
posicionar as figuras em qualquer lugar da página; ou colocar no meio do texto,
como é o caso deste losango ou “conectar” duas figuras diferentes independente da
sua posição na página.
\documentclass{article}
\usepackage{tikz}
\begin{document}
\begin{tikzpicture}
\draw (0,0) -- (45:2);
\draw[blue] (0,0) circle (2);
\end{tikzpicture}
\end{document}
Observe o espiral que pode ser inserido como plano de fundo da página.
78
Exemplo C.13 O setor circular deste exemplo pode ser “conectado” à figura
do próximo exemplo.
Veja o código:
\ begin { center }
\ begin { tikzpicture }[ remember picture , overlay , yshift = -1 cm ]
\ node ( n 2) {};
\ draw [ - >] ( n 1) to [ out = -90 , in =135] ( n 2) ;
\ draw [ fill = cyan ] ( -1 ,0) -- (0 ,0) -- (0 ,1) arc (90: -180:1) --
cycle ;
\ end { tikzpicture}
\ end { center }
79
Exemplo C.15 Rosáceas em coordenadas polares.
0, 5 C
0, 5 C
0, 5 K
0, 5 C
0, 5
K
0, 5 K
80
Exemplo C.17 Sistema de coordenadas esféricas.
z
Pólo Norte
O
y
Q
Meridiano Equador
principal
x Pólo Sul
81
Inserindo figuras PSTricks no corpo do texto
Uma figura PSTricks pode ser escrita diretamente no corpo do texto, como no
exemplo abaixo:
\documentclass{article}
\usepackage{pstricks}
\begin{document}
\begin{pspicture}(-1,-1)(1,1)
\psline(0,0)(0.71,0.71)
\pscircle(0,0){1}
\end{pspicture}
\end{document}
Mas geralmente queremos a figura centralizada e com uma legenda. Então digite:
\documentclass{article}
\usepackage{pstricks}
\begin{document}
\begin{figure}[!htb]
\centering
\begin{pspicture}(-1,-1)(1,1)
\psline(0,0)(0.71,0.71)
\pscircle(0,0){1}
\end{pspicture}
\caption{Reta e círculo}\label{fig01}
\end{figure}
\end{document}
82
Importando figuras PSTricks externas
\begin{pspicture}(0,0)(2,2)
\psline(0,0)(2,0)(2,1)(0,0)
\end{pspicture}
\begin{pspicture}(0,0)(2,2)
\pscircle(1,1){1}
\end{pspicture}
83
No seu arquivo principal digite:
\documentclass[a4paper]{article}
\usepackage[latin1]{inputenc}
\usepackage[brazil]{babel}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{pstricks}
Este é o exemplo de duas figuras \begin{document}
PSTricks inseridas no corpo de
texto do arquivo principal. Este é o exemplo de duas figuras
PSTricks inseridas no corpo de
texto do arquivo principal.
\begin{figure}[!htb]
\centering
Figura C.4: Triângulo \input{figTriangulo}
A partir daí podemos inserir \caption{Triângulo}\label{figTriang}
várias figuras no texto. \end{figure}
\begin{figure}[!htb]
Figura C.5: Círculo \centering
\input{figCirculo}
E continuar escrevendo normal-
\caption{Círculo}\label{figCirculo}
mente.
\end{figure}
\end{document}
84
Convertendo figuras para outros formatos
\documentclass{article}
\usepackage{pstricks}
\usepackage{pst-eps}
\pagestyle{empty}
\begin{document}
\begin{TeXtoEPS}
\begin{pspicture}(0,0)(2,2)
\pscircle(1,1){1}
\end{pspicture}
\end{TeXtoEPS}
\end{document}
latex figCirculo
Lembrando que você deve estar na mesma pasta onde foi salvo seu arquivo.
Agora, já temos a figura em EPS. Para converter a figura de EPS para PDF digite:
epstopdf figCirculo.eps
85
Softwares de Desenho
Geogebra - www.geogebra.org
86
LaTeXDraw - http://latexdraw.sourceforge.net/
87
Inkscape - www.inkscape.org
88
K3DSurf - http://k3dsurf.sourceforge.net/
Este software não exporta em nenhuma linguagem. Porém, ele é indicado para
visualização de figuras tridimensionais. A partir daí, podemos fazer um estudo das
superfícies e verificar seus intervalos de domínio.
89
Agradecimentos
90