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[24] Muitas obras dos antigos se tornaram fragmentos. Muitas obras dos modernos j o
so ao surgir.
[206] Um fragmento tem de ser como uma pequena obra de arte, totalmente separado do
mundo circundante e perfeito e acabado em si mesmo como um porco-espinho.
[12] Naquilo que se chama filosofia da arte falta habitualmente uma das duas: ou a
filosofia, ou a arte.
[23] Em todo bom poema, tudo tem de ser inteno e tudo tem de ser instinto. Com isso,
se torna ideal.
[60] Em sua rigorosa pureza, todos os gneros poticos clssicos so agora ridculos.
[297] Uma obra est formada quando est, em toda parte, nitidamente delimitada, mas ,
dentro dos limites, ilimitada e inesgotvel; quando de todo fiel, em toda parte igual a si
mesma e, no entanto, sublime acima de si mesma. Nela o mais elevado e ltimo , como
na educao de um jovem ingls, le grand tour. Tem de ter percorrido todos os trs ou
quatro cantos csmicos da humanidade, no para aplainar seus extremos, mas para
ampliar a viso e dar mais liberdade e pluralidade interna e, com isso, mais autonomia e
auto-satisfao a seu esprito.
Sobre crtica:
[8] Um bom prefcio tem de ser, ao mesmo tempo, a raiz e o quadrado do livro.
[27] Um crtico um leitor que rumina. Por isso, deveria ter mais de um estmago.
[57] Se muitos amantes msticos da arte, que consideram toda crtica como
desmembramento e todo desmembramento como destruio da fruio, pensassem
consequentemente, ento Oh! seria o melhor juzo artstico sobre a obra de arte mais
aprecivel. Tambm h crticos que, no dizendo nada alm, o dizem apenas mais
demoradamente.
[117] Poesia s pode ser criticada por poesia. Um juzo artstico que no ele mesmo
uma obra de arte na matria, como exposio da impresso necessria em seu devir, ou
mediante uma bela forma e um tom liberal no esprito da antiga stira romana, no tem
absolutamente direito de cidadania no reino da arte.
[44] Toda resenha filosfica deveria ser ao mesmo tempo filosofia das resenhas.