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ESTADO DEGOIAS _ SECRETARIA DA SEGURANCA PUBLICA CORREGEDORIA DA POLICIA MILITAR Rua 83 esquina com Rua 83-D, Setor Sul, Fonerfax: 3201-2242 POLICIA MILITAR Goidnia - GO, 03 de margo de 2010 Oficio n° 823/10 - SEC Excelentissimo Senhor Dr. José Carlos Miranda Nery Junior DD. Promotor de Justiga/Centro de Apoio Operacional Criminal e do Controle Externo da Atividade Policial — CAO Criminal Rua 23 esq. c/ Av. B, Qd. A-06, Lt. 15/24, 3° Andar, Sala T-10, Térreo Jd. Goias NESTA Senhor Promotor, Em referéncia ao Oficio n° 082/10 - CAO Criminal, datado de 26/01/10, encaminho a V. Ex*. para fins de conhecimento, cépia parcial do Didrio Oficial Eletrénico da PMGO n° 030/2010, em que consta a publicagao da Portaria n° 499/10-PM/1, versando sobre aprovagao de Norma Geral de Agao visando uniformidade dos procedimentos policiais militares em local de crime, especialmente em casos de confronto armado envolvendo policial militar em servigo ou em razo dele, do qual resulte morte(s) e/ou ferido(s). A oportunidade, reitero protestos de elevada estima e distinta consideragao. Lorival Camargo — Ten Cel QOPM Corregedor da PMG: Por detegacto: Magnoel Fernandes @ de Sousa - Ten Col QOPM ecneeden da PMGO PRIMEIRA SECKO DO ESTADO-MAIOR PORTARIA N° 000499, 11 FEV 2010. Aprova Normas Procedimentais em Caso de Ocorréncias de Vulto Envolvendo Policiais Miltares (© Coronel QOPM Comandante-Geral da Policia Militar do Estado de Goids, no uso das atribuigdes legais que Ihe confere o § 3° do art. 3° clc art. 4° da Lei 8.125 de 18 de julho de 1976,e.... Considerando as Normas Gerais de Agao visando uniformidade dos procedimentos policiais militares em local de crime, especialmente em casos de confronto envolvendo policial militar ‘em servigo ou em razao dele, do qual resulte morte(s) e/ou ferido(s), conforme o previsto no art. 9°, inciso I, alinea“c’, do CPM clc art. 82, § 2° do CPM; Considerando a necessidade de estabelecer normas e parémetros de desempenho de procedimentos em caso de ocorréncias de vulto envolvendo policiais militares da corporacao, RESOLVE: Art. 1° Aprovar as Normas Procedimentais em Caso de Ocorréncias de Vullo Envolvendo Policiais Militares e 0 Manual de Orientagao, conforme anexos | ¢ Il desta Portaria Art, 2° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicagao. Gabinete do Comandante-Geral, Goiania, 11 FEV 2010. Carlos Anténio Elias ~ Cel QOPM Comandante Geral ANEXO | NORMAS PROCEDIMENTAIS EM CASO DE OCORRENCIA DE VULTO ENVOLVENDO POLICIAL MILITAR DE SERVIGO OU ATUANDO EM RAZAO DA FUNCAO. CAPITULO! PROCEDIMENTOS COM VITIMA FATAL Art 1° Em caso de ocorréncia cuja ago polcial haja desdobramento com vitima fatal (civil ou Policia militar), 0 Oficial de Plantdo da Corregedoria PM ou Oficial da Unidade Polcial Militar (UPM), ‘devera adotar as seguintes providéncias, apés ter conhecimento preliminar dos fatos: | - ofientar ao(s) policialis) miltar(es) que diretamente tenha (m) participado da ocorréncia para que faga (I) 0 isolamento e preservagao do local de crime (no remocao de corpos, amas ‘demais objelos), até a realizagao da pericia técnica cientifica, cujos peritos deverdo ser acionados pelo Coordenador de Operagdes do Centro de Operagdes da Policia Miltar (COPOM) ou Oficial responsavel da UPM ou polical militar mais antigo presente; | ~ comunicar ou orientar que se comunique imediatamente ao Delegado(a) plantonista da Delegacia da area e ao plantonista da Delegacia de Homicidios; || comparecer no local do fato; colher e prestar todas as informagées junto as autoridades de Policia Judiciéria competente (Delegacia de area; Homicidios Peritos), esclarecendo dados indispensaveis no ambito de suas atribuigées. IV —acompanhar a pericia técnica cientifica no local do fato, conforme medidas prescritas no art. 12 do CPM, e outras providéncias julgadas de acerto. \ - conduzir possiveis detidos, testemunhas do fato, armas e objetos para a Delegacia da Policia Civil em que sera registrada a ocorréncia, quando nao mais necessério que permanegam no local do fato e desde que nao adotada tal providéncia pela Autoridade da Policia Civil; Vi - determinar a apresentapdo dos policais militares na Corregedoria PM com copia da respectiva documentag’o confeccionada na Delegacia de Policia Civil, caso ja no tenham ~apresentado espontaneamente no Plantéo da Corregedoria ou perante 0 Oficial que deverd adotar ‘odas as medidas ja alinhadas (desde que nao esteja diretamente envolvido com os fatos), dentre elas a citiva dos policiais militares; Vil— encaminhar os policais militares, arma(s), veiculo(s) e outro(s)objeto(s) de propriedade da PMGO, relacionados ao fato, para serem submetidos a pericia, caso nao determinada tal providéncia pelo Delegado de Policia Vill confeccionar Relatério Circunstanciado sobre o fato em questo. CAPITULO II DO SOCORRO MEDICO EM OCORRENCIAS POLICIAIS MILITARES Art. 2° © socorro médico aos feridos, ainda que em casos de controntos, devera ser a primeira medida a ser providenciada pelos policias militares, Art. 3° Para socorro aos feridos, deverd a equipe policiat solicitar o-servigo de atendimento médico de emergéncia (Resgate BM, SIATE e/ou SAMU), informando ao COPOM/Sala Operacdes 0 nlimero de feridos para encaminhamento. Art. 4° Nao @ permitido aos policais militares realizarem a remogao dos feridos para hospitais e/ou unidades de atendimento médico, salvo por orientagao médica, ou quando haa inviabilidade do sservigo especializado de socorro, ou quando 0 fato ocorrer em municipios que nao disponham de servigo pilblico de atendimento de emergéncia. Ocorrendo um desses casos, 0 fato deve ser registrado ‘no Boletim de Ocorréncia, de forma a constar 0 momento do acionamento do servico de atendimento médico de emergéncia e o nome do atendente Art. 5° Nas hipéteses de exceao do artigo anterior, a remogo dos feridos para unidades de atendimento médico, em casos de confronto, deve ser efetuada, preferenciaimente, por equipe polcial de apoio, que nao tenha participado diretamente do confronto. Art. 6° Ocorrendo uma das hip6teses do artigo anterior, o fato deve ser registrado no Boletim de Ocorréncia, de forma a constar o momento do acionamento e o nome do atendente. Art. 7® Quando 0 atendente do servigo médico de emergéncia alegar a impossibilidade de atendimento imediato, a equipe polcial estard autorizada a efetuar a condugao dos feridos em viaturas policiais militares, devendo, de igual modo, ser registrado no Boletim de Ocorréncia 0 momento de acionamento do servigo e o nome do atendente; At 8° O policial militar deve, sem prejuizo das dilgéncias acima, utlizar seus conhecimentos ‘em primeiros socorros, usando técnicas adequadas no sentido de minorar sofrimentos e salvar vidas, salvo quando impossivel ou inconveniente. Art. 9° O no atendimento do determinado neste Capitulo caracteriza descumprimento de ordem, sujeitando o infrator &s sangées penais e administrativas previstas em lei. CAPITULO Il DISPOSIGOES GERAIS Art. 10. O Oficial Plantonista deverd comunicar imediatamente a0 Corregedor da PM ocorréncia de confronto armado seguido de morte(s) ou ferido(s), fomecendo todos os dados acerca do caso. Ja os Oficiais das UPM devergo fazé-lo 20 Piantao da Corregedoria, imediatamente apds o registro do ocorréncia e adogao das providéncias legais. Art. 11. Os casos omissos deverao ser resolvidos pelo Oficial Plantonista de acordo com ‘suas atribuigbes e, se necessério, com orientagao do Corregedor PM. Art, 12. Havendo dano ou extravio de viatura, ou de qualquer bem sob dominio ou ertencente a Policia Militar, devera ele ser submetido a pericia e, se necessario, apreendido. Art. 13. Devera ser dispensado tratamento condizente com 0 comportamento demonstrado pelos policiais militares envolvidos em ocorréncia de natureza grave, envidando-se esforcos no sentido de preservar sua integridade fisica e psicolégica, e, ainda, culluar o principio da legalidade e da dignidade da pessoa humana, durante o tempo em que os trabalhos correicionais estiverem sendo realizados, Paragrafo inico. Os policiais militares envolvidos diretamente em ocorréncias de natureza grave, incluindo ai hipdtese de confront com vitima fatal, deverdo ser encaminhados imediatamente para serem submetidos a avaliagao psicolégica. (Portaria n° 007/2006 do Comando Geral). Art. 14. O Oficial Corregedor de Plantéo devera manter contato com os Centros de Operagdes (COPOM), a fim de tomar conhecimento imediato das ocorréncias de vulto de interesse da Corregedoria, bem como do Comando da Corporacéo, com o objetivo de auxiliar na condugao e providéncias imprescindiveis ao correto proceder desta NGA; Art. 15. Fica proibida a condugdo de civis presos e/ou suspeitos envolvidos em ocorréncias policiais para Unidades Miltares/Quartéis. Excetuam-se os civis arrolados como testemunhas de crimes militares, conforme previsdo do Cédigo Penal Militar (CPM), nos casos da necessidade da lavratura do auto de priséo em flagrante delito por Autoridade Judiciaria Militar, nos termos do Cédigo de Processo Penal Militar (CPPM), Corregedoria PM, Goidnia, 10 de fevereiro de 2.010. Lorival Camargo - Ten Cel QOPM Corregedor da PMGO ANEXO II MANUAL DE ORIENTACAO 4. FINALIDADE a. Normatizar os procedimentos policiais militares visando & uniformidade da ago em local de crime; bb. Normatizar os procedimentos polciais militares quanto a prestagdo de socorro a vitima(s) de confronto armado em ocorréncia policial-miltar, <. Orientar os policiais militares na execugao da correta interdigao de local de crime; 4, Faciltar 0 desenvolvimento dos trabalhos da Pericia Criminal, quardando e preservando o local de crime e todos os vestigios nele existentes; . Padronizar procedimentos objetivando a exceléncia nos resultados das agdes © operagdes desenvolvidas. 2. CONCEITOS BASICOS 8. Local de Crime - Considera-se “local de crime" a area onde tenha ocorrido um fato definido pela Lei como delituoso. . Classificagao de local de crime: O local de crime é tecnicamente classificado em: 1) Quanto ao local em si- Esié diretamente relacionado com sua situacao topografica, apresentando-se sob duas formas: 4) Local de Crime intemo ou interior- E aquele identificado por um espago limitado através de paredes e cobertura, como local de crime intemo ou interior podemos citar uma sala, um quarto ou dependéncia qualquer de uma construgao, mesmo que rudimentar. ) Local de Crime externo ou exterior- E 0 caracterizado por ocorer em ambiente aberto ccomo por exemplo: rua, jardim, quintal de uma residéncia, etc. Os locais de crime, intemnos e externos so subdivididos em: - Ambiente imediato - E a rea onde ocorreu o crime. E nesse ambiente que se coletam ‘0s detalhes, presumindo-se que 0 local tenha sido convenientemente preservado desde 0 comparecimento do primeiro policial militar. ~ Ambiente mediato - Compreende as adjacéncias do local onde ocorreu o falo e, por assim dizer, a area intermediaria entre o local da ocorréncia e o ambiente exterior. 2) Quanto & natureza do fato - O local de crime assume os seguintes aspectos: 2) Local de Homicidio; ) Local de Furto; ©) Local de Furrto Quaiificado; d) Local de Incéndio, etc. 3) Quanto ao exame do local - A realizag3o de exames no local de crime, nos fomece trés alternativas distintas a saber: 4) Local idéneo - Considera-se aquele que nao foi violado, isto é, que ndo sofreu qualquer alteragao desde a ocorréncia do fato, alé o comparecimento do policial militar. b) Local inidéneo, violado, alterado ou desfeito - E aquele que foi alterado, ou seja, que sofreu qualquer modificagao apés a ooorréncia do fato. Esta modificaao pode ter corrido, antes, durante ou apés 0 conhecimento do fato pelo policial ¢) Locals Relacionados - Sao os que se referem a uma mesma ocorréncia e oferecem pontos comuns de contato. Exemplo: falsificagao de moedas, de selos, atentados terroristas, etc. Nos casos de falsiicago, a moeda ou selo so vendidos e apreendidos em determinado local, porém fabricados em outro; nos de atentado terrorista, o atentado é praticado em determinado local, porém 0 material explosivo adquirido ou preparado em outro; os locais onde se deram os falos e aqueles onde o material foi preparado estao relacionados. 3. 0 ESTUDO DE LOCAL DE CRIME estudo do local de crime, considerando o local em sie @ natureza do falo, tem por finaidade: a. Determinar a natureza da area onde o mesmo ocorreu; b, Determinar a natureza do fato ocorrido. 41) O estudo da natureza da area responde a indagagdo: onde ocorreu o fato? 2) Annatureza do fato ocorrido responde & pergunta: o que aconteceu? 4, ASPECTOS LEGAIS a. O Codigo de Processo Penal e o Local de Crime - 0 Cédigo de Proceso Penal (Decreto n° 3,689, de 03 Out 41), com relagao ao local de crime, estabelece "Art 6° - Logo que tiver conhecimento da prética da infracéo penal, a autoridade policial deverd | - dirgir-se ao local, providenciando para que no se alterem o estado e conservago das coisas, até a chegada dos perites criminais | apreender os objefos que tiverem relagao com o fato, apés liberados pelos peritos criminals; Ill - colher todes as provas que servirem para o esclarecimento do fato © suas circunsténcias; VI - determinar, se for 0 caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras pericias.” “Art 169 - Para 0 efeito de exame do local onde houver sido praticada a infragao, @ autoridade providenciara imediatamente para que nao se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos que poderdo instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidatvos. Paragrafo Unico - Os peritos registrardo, no laudo, as alleragdes do estado das coisas e discutréo, no relatoro, as conseqtiéncias dessas alteragées na dinémica dos fatos." b. © Codigo de Processo Penal Militar -(Decreto-Lei n° 1,002, de 21 Out 1969), com relagao ao IPM, estabelece: “At ° — O inquérito policial militar é a apuragao suméria de fato, que, nos termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o carater de instrugéo proviséria, cuja finalidade precipua é a de ministrar elementos necessarios propositura da acao penal. Paragrafo tnico. Sao, porém, efetivamente instrutorios da ago penal os exames, pericias @ avaliagdes realizados regularmente no curso do inquérto, por peritos idéneos @ com obediéncia as formalidades previstas neste Cédigo’. “At 12° ~ Logo que tiver conhecimento da pratica de infragéo penal militar, verficével na ocasigdo, a autoridade a que se refere 0 §2° do art. 10, deverd, se possivel a) dirigir-se ao locel, providenciando para que se ndo alterem o estado @ a situagao das visas, enquanto necessério; ) apreender os instrumentos e todos os objetos que fenham relagdo com o fato; 4) colher todas as provas que sivam para o estabelecimento do fato ¢ suas circunsténcias.” 5. VALOR E PROTECAO DO LOCAL DE CRIME. O local de crime devidamente preservado é de fundamental importancia para elucidagao dos fatos ali ocorridos, pois oferece os primeiros elementos que norteiam a Policia Judiciéria nas investigagdes iniciais. Estes primeiros elementos recebem 0 nome generico de provas, que sto de dduas especies: provas festemunhais e provas técnicas. a, Provas testemunhais: sao constituidas pelos depoimentos das testemunhas, as quais deverao ser arroladas pelo polcial militar e levadas ao cartirio das delegacias policiais onde, na presenga do escrivdo de policia, prestam depoimento sobre o ocorrido. Todo policial militar deve tomar o cuidado de, ao arrolar testemunhas; ndo relacionar os curiosos, pois isto néo produzira qualquer resultado salisfatério, podendo transformar-se em trabalho initl e prejudicial a investigagao. b. Provas Técnicas: so constituidas pelas pegas materiais que podem ser encontradas no local de crime. O poiicial militar que chegar a0 local em primeiro lugar, deve preserva-o convenientemente para que essas pegas nao sejam alteradas de qualquer modo. 6, PROCEDIMENTOS DO POLICIAL MILITAR NO LOCAL DE CRIME. Normaimente, os polciais miitares em face de sua atividade ostensiva so 0s primeiros a chegar a0 local de crime, sendo, portanto, de absoluta necessidade que apliquem todas as medidas que visem, tanto quanto possivel, a manté-lo nas mesmas condigdes em que se encontravam quando ali consumado 0 ato eriminoso, resquardando os vestigios existentes e adotando os seguintes procedimentos: 1°) Socorrer os feridos: =O socorta. médico aos feridos nas oconéncias deverd ser a primeira medida a ser providenciada pelos policias militares; - Para socorro aos feridos, policial militar deve providenciar, com urgéncia, o atendimento médico, acionando 0 Resgate BM efou SAMU; = © momento do acionamento do servigo e nome do atendente devera constar no Boletim de Ocorréncia; - Nao & permitido aos policiais militares realizarem a remogao dos feridos para os hospitais efou Unidades de atendimento médico, salvo por orientagao médica, ou quando haja inviabilidade do servigo especializado de socorro, ou quando 0 fato ocorrer em municipios que nao disponham de servigo piblico de atendimento de emergéncia. Ocorrendo uma destas hipéteses, o fato deve ser registrado no Boletim de Ocorréncia, de forma a constar o momento do acionamento do servigo, o nome do atendente etc = Os casos atipicos, que ndo se enquadrem em nenhuma das regras acima preconizadas, deverdo ser avaiados pelo CPU ou polcial militar mais antigo presente, com ciéncia do ‘Comandante da Area. O CPU ou polcial militar mais antigo presente deverd registrar de forma circunstanciada com as razBes e motivos que o conduziram a tomar a deciséo. =O policial militar deve, sem prejuizo da diigéncia acima, utiizar os conhecimentos de ‘Primeiros Socorros’, usando a técnica adequada no sentido de minorar softimentos e salvar vidas, salvo uando impossivel ou inconveniente. As medidas adotadas pelo policial militar neste sentido também devem ser registradas no Boletim de Ocorréncia, 2) Prender o criminoso: - O policial deve agir com a cautela necesséria, revistando o criminoso ou suspeito, desarmando- ©, se necessario, e 0 colocando sob custédia alé a chegada da autoridade policial, ou se possivel e necessério, conduzindo-o até a delegacia polical da area, ~ Havendo necessidade de optar entre 0 socorro da vitima e a prisdo do criminoso, deve-se ptiorzar 0 socorro, mas desenvolvendo todos os esforgos com o objetivo de efetivar ambos. ~ N&o é permitida a condugdo de presos elou suspeitos para unidades militares, salvo em se tratando de crime militar. 3°) Interditar 0 local: ~ Tratando-se de local intemio ou interior, 0 policia militar deve isolar o local visando protegé-lo, obstando, principalmente, na “érea imediata’, 0 ingresso de estranhos, curiosos, interessados, parentes ou ouiras pessoas que no sejam a autoridade policial competente e, em certos casos, nao permitr a retirada de qualquer pessoa que se encontre no recinto. Se 0 fato tiver ocorrido dentro de um prédio, todo ele deve ser interditado parcial ou totalmente - Tratando-se de local extemo ou exterior, O polcial militar devera interditar apenas a area que ccontenha vestigios, procurando, tanto quanto possivel, ndo interromper o transito, caso o fato tenha ocorrido em logradouro, adotando as demais providéncias preconizadas para o local de crime interno ou interior. OBS. Os materiais adequados para o isolamento e preservacdo do local s&o fitas. com finalidade propria, cordas, cavaletes e lonas. Se o policial militar deles nao dispuser, fara o isolamento utilizando qualquer material que esteja disponivel. 4°) Preservar o local: a, Para local interno ou interior: 1) Evitar que se arrume 0 que esté fora dos respectivos lugares, principalmente na “area imediata’, considerando que o aspecto de desordem, a posigao dos moveis desarrumados ou desviados de suas posigdes normais, roupas de cama em desalinho, armas e instrumentos varios caidos no assoalho constituem elementos valiosos para orientar a Policia Técnica na elucidagao do fato criminoso 2) Permanecer nas proximidades do cadaver, quando exist, no tocando no corpo e nem permitindo que outras pessoas o fagam, mantendo-o na posigo em que foi encontrado, juntamente com os objetos que o cercam. 3) 0 policial militar no deve tocar em objetos ou mudar suas posigdes; deve ter sempre em mente que 0 local de crime é intangivel. 4) Nos casos de inoéndio, deve-se auxiiar na retirada das pessoas que estiverem dentro do prédio ou residéncia e conservévlos nas adjacéncias, isto @, retiré-las da “area imediata,” rocurando, ainda, informar-se sobre a existéncia de pessoas no interior do prédio ou residéncia. Havendo cadaver na érea onde estiver ocorrendo 0 incéndio e no havendo nenhuma outra altemativa, os mesmos deverdo ser retirados. 5) Nos casos de acidente por vazamento de gas, deve-se fechar a torneira geral, reirar as vitimas para a “area mediate’ e abrir todas as janelas de modo a ventilar completamente o ambiente, tendo, entretanto, o cuidado de realizar todo este trabalho na presenca de testemunhas. 6) As portas e janelas com fechaduras, quando trancadas e sem as chaves, podem ser abertas por meio de chaves falsas, gazuas ou canetas de bombas, devendo permanecerem abertas para evitar que sejam destruidos os vestigios dos meios empregados na abertura, 7) As janelas € portas nao deverdo ser fechadas antes do exame pericial. Nos batentes, parapeitos e nas folhas podem ser encontrados diversos vestigios que orientam os trabalhos da pericia e permitirem chegar-se a uma conclusao correta, 8) Os cadeados que tenham sido violados por qualquer processo nao devem ser fechados antes do exame percil b, Para local extemno ou exterior. 1) Resguardar os indicios porventura existentes, como sulcos, pegadas, etc., mantendo a osigao original dos objetos, instrumentos e armas encontradas. 2) Havendo pecas ou vestigios capazes de serem inutiizadas pelo contato com o ar, mau ‘tempo, etc.,.0 policial militar devera protegé-los, como por exemplo: mancha de sangue, pegada, arma, etc.. Essas pegas, como todo e qualquer outro vestigio, podem e devem ser protegidas, cobrindo-se com uma caixa, lata, tébua, efc., tendo-se, entretanto, 0 cuidado de nao deixar que esses elementos de protegao fiquem em contato com os vestigios. A finalidade principal 6 proteger os vestigios, sem entretanto prejudicé-los ou inutilizé-tos. 3) Adotar as demais providéncias preconizadas para o local de crime interno ou interior, comunicando 0 falo, arrolando testemunhas, aguardando no local até a chegada da Policia Judiciaria, Policia Cientfica e Instituto Médico Legal 5°) Comunicar o fato: ‘Comunicar imediatamente 0 fato ao COPOM ou Sala de Operagées da Unidade e & autoridade polcial da area, ou, se nao puder, solicitar que alguém o faga, usando o meio mais répido que dispuser. 6°) Arrolar testemunhas do fato: policial militar deve arrolar testemunhas que tenham presenciado a ocorréncia no seu todo ou parcialmente. Inexistindo testemunhas, relacionar pessoas que tenham conhecimento do fato, escolhendo-se as que forem mais capazes de prestar a autoridade policial informagdes fitis, precisas e completas sobre o ocorrido. 77) Aguardar no local: Permanecer no local até a chegada da Policia Judiciaia, Policia Cientiica e Instituto Médico Legal, transmitindo-hes as informagées ja obtidas. . COMPORTAMENTO DO POLICIAL MILITAR EM UM LOCAL DE CRIME. O policial militar, em um local de crime, deve, obrigatoriamente, adotar a seguinte postura: a) Nao fumar e nao permitir que outras pessoas presentes fumem, uma vez que os palitos de {Osforos, cinza e pontas de cigarro, muitas vezes, constituem elementos que o Perito utliza nos seus trabalhos. Se esses vestigios tiverem sido depositados no local apés o comparecimento do Polical militar, poderao trazer davidas quanto a sua presenga, confundindo os Peritos. Também podem aparecer misturados com os outros que ja estavam no local antes da sua chegada, b) Nao prestar qualquer informago a pessoas desconhecidas sob qualquer pretexto. Todas as informagoes que obter sobre o caso devem ser conservadas para orientar seus futuros trabalhos. Podera © deverd, naturalmente, informar aos seus superiores hierarquicos, bem como a Autoridade de Policia Judiciéria, das suas observagbes. ©) Nao emit 0 seu ponto de vista sobre 0 caso aos repdrteres e as outras pessoas a quem ndo deva obediéncia em razao da fungao, 4) Principalmente nos casos de crimes misteriosos no manifestar-se quanto a autoria. Sera Preferivel, e mesmo conveniente, dizer que nao possui informagbes circunstanciadas quanto as causas do delito. So relatara suas conclusées @ autoridade a quem estiver subordinado e uardara inteiro siglo sobre os fatos que tenha conhecimento, em razao de sua funco. A ética profissional deve estar sempre presente no espirito do polcial-riltr. ) Permitir 0 trabalho dos érgaos de comunicagao, adotando, todavia, os cuidados necessérios no sentido de que seus agentes no destruam ou substituam, inconscientemente ou nao, os indicios deixados pelo (s) autor(es) do crime. 4) Tomar cuidado com atitudes, postura e comportamento no local de crime com dbito, evitando risos e brincadeiras, principalmente diante do pblico, familiares e de integrantes da imprensa, dando conotagao de desvalorizagao da vida. }. PROCEDIMENTOS EM LOCAIS ONDE SE PRESUME TER OCORRIDO UM CRIME. Os procedimentos preconizados na presente normativa devem ser adotados, também, naqueles locais onde nao se tenha a certeza de cometimento de crime, onde, porém, os indicios existentes levam a essa presuncao, como no encontro de cadaver, morte suspeita, entre outros. 9 PROCEDIMENTOS POLICIAIS-MILITARES EM LOCAL DE CRIME COM VITIMAS DE CONFRONTO ARMADO. a. Atribuigdes: 1) Comandante da Equipe (ou mais antigo) > Logo apés 0 confronto: - Verficar a situacao da(s) vitimays). - Solicitar, com prioridade, assim que possivel, © acionamento do servigo de atendimento médico piblico de emergéncia (Resgale BM elou SAMU), informando ao COPOMISala Operagdes 0 niimero feridos para encaminhamento, preferencialmente via radio e/ou via fone 190 no caso de dificuldade na radio-comunicacao.. - Assistir ao(s) ferido(s) de modo a manté-lo(s) em condigbes e em posi¢go que seja favoravel @ manutengao de sua vida, e por meio de atitudes (preocupagao com vida, 0 socorro, etc.) buscar minimizar a situagéo, enquanto aguarda a chegada o atendimento médico de emergéncia = Comunicar 0 fato ao CPU. > Caso ocorra de ébito no local (apés constatagao de dbito(s) pelo SIATE): - Interdit 0 local - Preservar o local - Tomar medidas para cobrr o(s) corpo(s). - Soliitar e aguardar a chegada da Policia Cientifica (Instituto Médico Legal e Instituto de Criminalistca). - Arrolar testemunhas do fato. - Registrar Boletim de Ocorréncia (BO) ~ Confeccionar 0 Auto de Resistencia & Prisdo, preferencialmente com testemunhas civis. 2) Despachante do COPOM: - Comunicar imediatamente o Chefe de Operagdes ou responsavel ~ Acionar 0 servigo piblico de atendimento de emergéncia (Resgate BM e/ou SAMU). - Em caso da confirmagao de dbito(s) no local, solitar a presenga da Policia Cientifica, Instituto Médico Legal e Instituto de Criminalistica - Registrar todo andamento da ooorréncia e as providéncias tomadas. 3) Coordenador do Policiamento da Unidade - CPU: ~ Comparecer no local da ocorréncia e conferir se foram tomadas as medidas necessarias de isolamento e preservagao do local de crime. ~ Coordenar a ocorréncia mantendo no local o minimo de equipes necessérias, - Informar de imediato 0 Cmt da OPM elou Cia da érea. - Reunir os elementos necessarios para confecgdo da documentacdo sobre o fato (Auto de apreensdo de armas dos PM, veiculo, objetos, arma dos criminosos, BO, etc). - Lavrar 0 Termo de apresentago esponténea ou encaminhar a Corregedoria da PM se na Capital. 4) Responsavel COPOM/Sala de Operagées: ~ Na Capital, informar de imediato 0 Oficial Supervisor pelo respective CRPM (Capitdo), 0 Ct Regional e o Oficial Superior de Dia. - NNas Unidades do interior, informar de imediato o Cmt da OPM e/ou Cmt de Cia da area. = Coordenar e tomar iniciativas que agilzem a mobilizagdo dos meios necessarios para priorizagao no atendimento e demais contatos decorrentes. 5) Oficial Supervisor do CRPM (Capitao): Fora do horario de expediente, comparever no local de ocorréncia com vitima(s) de confronto ‘armado, devendo ao final etaborar um relatbrio circunstanciado sobre o fato e responder os seguintes quesitos: quando, onde, como, porque, efetivos envolvidos e se todas as providéncias legais e administrativas foram corretamente adotadas, encaminhando ao Cmt do CPC ao término do turno de servco, 6) Comandante da OPM: - Informar de imediato 0 Comando Regional (CRP). Tomar as seguintes medidas administrativas: > realizar abertura de IPM ou Processo Administrative adequado ou encaminhar o fato & Corregedoria da PM para os fins pertinentes, > determinar o afastamento e proceder 0 encaminhamento para avaliag30 psicossocial o(s) polcial(s) envolvidos diretamente no confronto; 7) Comandantes de CRPM e Grandes Comandos: - Informar de imediato o Comandante Geral. 8) Excecdes: - Nao é permitido 20s policiais militares reaizarem a remogao dos feridos para os hospitais e/ ou unidades de atendimento médico, salvo por orientagao médica, ou quando haja inviabilidade do servigo especializado de socorro, ou quando 0 fato ocorrer em municipios que n&o disponham de servico piblico de atendimento de emergéncia. - Ocorrendo uma destas hipdteses, o fato deve ser registrado no Boletim de Ocorréncia, de forma a constar o momento do acionamento do servigo, o nome do atendente etc. ~ Em tais hipdteses de excegao 0 socorro deve ser prestado, preferencialmente, pela equipe que esteja em apoio, que ndo tenha envolvimento direto no contronto; = N30 sendo possivel a propria equipe devera proceder ao socorro da(s) vitima(s), comunicando 0 fato por escrito ao comando imediato, - 03 casos atipicos, que nao se enquadrem em nenhuma das regras acima preconizadas, deverdo ser avaliados pelo CPU ou policial militar mais antigo presente, com ciéncia do Comandante da Area. 0 CPU ou policial militar mais antigo presente deverd registrar de forma circunstanciada com as razées e motivos que o conduziram a tomar a decisao. 10. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. ~ Constituigéo da Repiblica Federativa do Brasil; - Consiituigdo Estadual de Goids; ~ Cédigo Penal; ~ Cédigo Penal Militar, - Cédigo de Processo Penal; - Cédigo de Processo Penal Militar; - Orientaeo do Ministério Piblico de Golds/CAOEx; ~ Resolugao n° 34/169 - ONU, de 17/12/1979 - Cédigo de Conduta para os Policiais & Principios Basicos sobre a Utlizagao da Forga e de Armas de Fogo pelos Funcionarios Responsaveis pela Aplicagdo da Lei; - Programa Nacional de Direitos Humanos ~ PNDH — | I ~ Resolugao n° 1671/03, do Conselho Federal de Medicina, Corregedoria PM, Goidinia, 10 de fevereiro de 2.010. Lorival Camargo -Ten Cel QOPM Corregedor da PMGO “ft| ‘COPIA tence Cc Centro de Apolo Operacional Criminal e do Controle Externo da Atividade Policial Ata da Reuniao ‘SOCORRO AS VITIMAS DE CONFRONTO ARMADO 12 de janeiro de 2010 / 14:30h / sala T-08 [DATA _ sae bean ea Creat | |HORARIO 14830 | [LocaL ‘Sala T-08 Aos doze dias do més de janeiro do ano de dois mil e dez (12/01/2010), ‘aconteceu a reunido acerca do socorro as vitimas de confronto ammado com a Policia Militar A reunigo contou com a participagéio de representantes da rea da satide, Dr. Ciro Ricardo Pires de Castro, neste ato representando o CRMIGO e o SIATE, Dr. Ricardo Sandre, Coordenador Geral do SAMU, 0 Corregedor-Geral da PMGO, Ten. Cel. Lorval Camargo, o representante do Corpo de Bombeiros, Capitéo Pedro Carlos Borges de Lira, Dra. Jaqueline Luvisotto, Técnica Pericial do MPGO, bem como o coordenador do CAO Criminal, Dr. José Carlos Miranda Nery Jdnior. Discutiu-se a respeito de como seria o adequado atendimento dado pelo policial militar a feridos e vitimas de contronto, Necessidade de regulamentagio a ser elaborada pelo CRWIGO ara estabelecer diretrizes ao trabalho médico e ao atendimento de emergéncia. Atendimento as vitimas @ preservago do local do crime. Necessidade de melhoria da capacitagao em Primeiros Socorros e disponibitzagao de materiais e equipamentos de protecdo individual e de primeiros socorros nas viaturas, etc. Deliberagdes: 1) © socorto médico aos feridos nas ocorréncias deverd ser a primeira medida a ser Providenciada pelos policiais militares; 2) Para socorro aos feridos, o policial militar deve Providenciar, com urgéncia, 0 atendimento médico, acionando © Resgate BM/SIATE elou SAMU; 3) © momento do acionamento do servigo e nome do atendente deverd constar,n0 Boletim de Ocorréncia; 4) Nao @ permitido acs policiais militares realizarem a remogo ai feridos para os hospitals e/ou unidades de atendimento médico, salvo por orientagao médica, ‘04 quando haja inviabilidade do servigo especializado de socorte, ou quando o fato ocorrer em municipios que n&o disponham de servigo publico de atendimento de emergéncia. Ocorrendo uma destas hipéteses, 0 fato deve ser registrado no Boletim de Ocorréncia, de forma a constar lento do servigo, o nome do atendente, etc.; 6) Os casos atipicos, que Seen! a dbf tee\ ‘da Estado oe Golds Centro de Apoio Operacional Criminal e do Controle Extemno da Atividade Policial no se enquadrem em nenhuma das regras acima preconizadas, devertio ser avaliados pelo CPU ou 0 policial militar mais antigo presente, que deverd registrar de farma circunstanciada as ‘az6es @ 08 motives que o conduziram a tomar a deciséo; 6) O policial deve, sem prejulzo da diligéncia acima, utlizar os conhecimentos de “Primeiros Socorres’, usando a técnica adequada no sentido ce minorar softimentos e salvar vides, salvo quando impossivel ou 'nconveniente. As medidas adotadas pelo policial neste sentido também devem ser registradas No Boletim de Ocorréncia. Observagtes: as deliberagSes acima servirdo de bass “Vf Dra. Jaqueline Luvisotto Marinho ) a seve i Pees sce POLICIA MILITAR Eacihe oe ustab PORTARIA N° 007/ 2006 - PM/1. Estabelece procedimento a ser adotado quando do envolvimento de PM em © Coronel QOPM Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Goids, no uso de suas atribuigdes legais e com base no Art. 4° da Lei 8125/76, e... RESOLVE: Art. 1° Todo policial militar envolvide em ocorréncia considerada critica deverd ser encaminhado ao Departamento de Psicologia da Diretoria de Satide pata ser submetido a avaliagio peicolégica ¢ acompanhamento, se necessério. Parégrafo Gnico. Para efeito desta Portaria, considera-se ocorréncia critica aquela que tenha produzido grave risco 8 vida do policial milita: © © 4 cancion bem ‘como as que em razsio do desfecho, resulte num inteneo abslo emocional. ‘Art. 2° Apts a avaliago e 0 acompanhamento que alude o artigo anterior, uma comissio composta pelo DAAF, Corregedor, Comandante do CREM © Comandante da Unidade a que pertence o PM, decidira sobre seu futuro empreso na atividade policial militar. ‘Ast. 3° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicagao- Gabinete do Comandante-Geral em Goiania 13 de fevereiro de 2006 Edson Costa Aragjo - Coronel QOPM: ‘Comandante-Geral

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