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MEMES ORE ANID CAPITULO IV Géneros Opinativos 1. Géneros opinativos: os mticleos emissores A maifestao de oinionooealisna contemporinco ni é um fendmeno mopolio. Por mais que a insiuigio jomalstica enka una orentapto dena (psi ideodgica fem toro da qual pretende que a5 suas catraturadas, subsiste sempre uma tiferenciago opinativa (oo sentido dearibuigo de valor ‘scontecimentos). As condiges de prod do jornalismo sal txigem a paricipagto de equipes mumerosas, donde Jmporsibitdade de controle total do que se vai dvalzr ‘© monolitismo epinativo caracterizou a vida dos primeira jmaiserevistus, qu eram obra de ua 6 pessoa Lemire 0 Brasil, caso de O Correo Bracliense, nosso ‘petiddico, cuja unidade opinativa deve-re 3 ‘rcunstincia de haver sido produzido solitariamente por Hiplito da Costa, na Inglaterea"”. Fendmeno semelhante ‘corre com tants pblicasdes brasileira do seul passado: 15 Sentinelas de Cipriano Barat, O Censor Maraahense, ‘de Garcia de Abranches!,O Carapuceir, do Padre Lopes Gam", A Aurora Flainense, de Bvarsto da Veiga" 0 Observador Constitacioal, de Libero Badas6™, ot Made ‘Owe do Bras inicialmente de Gongalo Vieene Portela © ‘depois de Indio José de Macedo™ ‘Desde @ momento em que ¢ impreasa deixou de ser empreendiment individ ee tomo insitgSo asimio ‘ctr de ongtnizaso complex, qe conta com equips de fssalariados © colaboradores, 9 expresido da opinion fiagimentou-se seguindo tendéncias diversas © alé mes 12 Jost Morgue de Melo coniltantes, Isso uma decortncia do processa de prod “industrial, pois a realdade eapiada elatda condiciona-se& Denpectiva de observagio dos diferentes nfclos emissors 1 feadineno toma mas sigoficaivo nas empresas de radiodifusto ej rapids no process de emisio mosta-se {ncompativel com os contoes que petendam uniicar as mmensagens. ‘Como vimos no capitulo anterior, a6 instituigdes jocsalisticasbusear encanta mecaismios que AEE, 56 ‘hi o conde, elo mence a supervisio eo acompanhameato ‘as eapas que tansformam em nodias acontecimentos QUE Surgem e refit o dinamismo da soiedade. ‘De qualgsraner,aestrtura do joraiso indus comport até mesmo por azdes mercado, difereagas fs perspectiva na apeensioe valoroso da relidae.Talvez ‘as se possa falar de plraismo, porque toda insituigto Somatic pos son ina editorial qu, ares da slesso ‘Sinformagees (pal, cberira coidesqe) entra 0 fix0 odlonoe ne dum mesmo nig. Mas existe uma bere fara qo a valor das oucaspossa ener a circulagto de ‘Eierentes pons de vis, A ample desse espago varia de fesiagao par insituigdo edepende sempre da conjure politica ncional™. "Ens valraso do acontecientos cancretizase através dos gncros opnativos emerge de quatro nicl 8) empresa, ‘po jrnalist, oo colaborador, dete "R opinio da empresa, ademas de se manifestar no conjuno da ovenagte eit cele, desta, lao), Spatec ofiiemente no editorial A opinito do jornlist, eAitavido como profissionalregulamente asslariado © patencente aos quadros la empresa, apesenta-e soba forma. Be comentdri, resenka, coluna ¢rOnica, caricatura ‘nentuntmente aig. A opin do eolaborador, geralente pevvonalidadesrepresetativas da sociedad civil que buseam Peespagos jmmaliteos para patcipar da vida politica © Cota, expessse soba forma deatigos. A opini do tor ncontraexpresto permanent través da cart Jomatoma Opietvo 03 ses eros posuemaratefsicascomnns do ants de vista da esrtura edaconal ou da perspetiva de anise, ‘ome stcipamos no eat HL No entanto, cada um eles tem sua pepsin identidade no context do jomalismo brasileiro E bom verlade que guase todos sto géneros universas, presentes na totalidade joenalstica de vérios palses, ‘xpecaimente dos ales anos. Mas assume caracerizagio fia em nosso pai, ainda que Fossam gud cers tagos {fo eralismo eurpeu 08 norte-ameriano, de que s= rem tm sua erigem, A ess tarts de esbogar a earseterizagao de ada penero, tal como se apresenta nas manifestaybes jJornalisticas brasilias, em deixar contudo de fazer as ‘Borsa roferéaias que abiblingraiaestrangeiaresgato, amos nos dodicara seguir, Trata-se de um esforgo que Drivlegad incvitavelmente o omalismo impresco, uma ¥ez fe o jomalsmoeletbnicn nacional ainda carece de uma ‘Sservago sistemitica nas universidaesecenrs de pesguia, Select senate tomb, a oe Sogge Eeinend fet ass | ah 2. aitoriat [torial ¢o gener joralisico que express a opiniso oficial da empresa dite 0osfatos de maior repecussi0 n0 momento Toavi, a sua natreza de porvoe da institigso jorsaistica precisa se melhor compreenddaedeimitady Popularmente se diz que o editorial con a opinito do donc tu da enissora de raiodfso. Iso € verde nas “rganizagbes de porte médio ou nas pequems empress, onde {controle finance fea nas milos de um proprietiio ov de sua fai ‘Precsando coneito de editorial diz Rat Rivadeneta Pr que, ao Ie abr sentido de “opin da empres” torneseindspensvel earstrzar as relagesde propriedte {Se natiuigi jomalistes Poi, nas sociedades capitalists, © 108 Joat Marques de Malo stra refet no exaumente a pinto des seus proprctiios nominais, mas 0 conseaso das opinises que emanam dos Aiferentes nicleos que participam da propriedade da ‘organiza, Além dos acionisas merits, hi enciadores que subsidiam a operagio das empress, existem anunciantes que carejam recursos regulaes para os cotes dt organizayio ‘tran de compre de espa lem de tags 2 eprelio troetico do Estado que exeree grande inflvéacia sobre © proceso jomaistco pelos conuoles que exeice no mbito sea, pevideneai,fnanceio ‘Assim sendo, editorial agur-se como um espago de contradigis, Sen dsr consi uma wea de atiblages poliicas por isso representa um execisio permanente de quire semantico, Soa vocaioEadeapeendere concise os diferentes interestes que pexpassam sta opera cotdana "Mas se editorial expressa ess pinto das forgas que ‘maniéo a instiulgo jomalisticatora-se necesséro Indagar para quem sedrige em sus argementaeio. resposta podria Ser trangiilafaopinizo contida no editorial constitu um inieado que pretend areata aopinit abla, Assim sendo, ‘evil € digi &coletvid ‘Narealidade ite aconeceemrelago As empeesa que stuam nas sociedades que possuem una opnido péblica !utOooma. Em outs palaras: que dspoem de uma sociedade {vl forte e oganizada,conapoado-e ao poder do Estado. CY FEste no € 9 caso da sociedade brasileira, cuja organizasdo politica tem no Estado uma enlidade todo- poderosa, presente em todos os niveis da vida socal. Por isso que os editoriasdifundidos plas empresa jcvalistics, ‘embora se djamfomalment"pinigo pica” .na verdade ‘encerram uma relagio de dislogo com o Estado'™ ‘Trata-se de uma hipétese que precisa ser demonstiada sistematicamente, mas que coresponde 2 apreensso desse ‘&nero jrnalistico a pari da observags0 que temos feito “lurante ena a fo, leita de eitoras dos jonni iis, por exemplo,inspir-nosa compreensio de queasinstiuiges Jormaline Opintive 0s jomalistics procuram dizer tos disigenes do aparetho troeritico do Fstado como gostariam de orenar os ssuntos pabliens, Eno se trata de uma aitude voltada para pereber as teivindiapies da coletvidadee expresé-las quem deditéto ‘efSignifiea muito mais um trabalho de “coag” ao Estado para "dees de inereses doe egmentasempeestaisenanceres ‘ve represen. Esta € a nessa pereepeo do editorial na impeensa aie [idencia que coroboram esa tere jé haviam sido indicadas por Jonathan LANE" Ee analisu apatcipagao as institu omatisticas bas GGoulat everficou que sua intengo explicit nos dias que recederam o galpe militar de 31 de matgo era eriarpénico ene as ors armada, conduzindo-as&insiego contro ‘egime consttcionalment insalado, Depo fra raificadas por Alfred STEPAN®™ que estudou o comportimento dos ‘tori os grandes dtios do Rio ede St Paulo emrelagio ‘0s goes de Estado que foram etados ou efedvados durante © periodo 1945-1968, Sua conclusio & a seginte: os golpes ‘poindos aberament pelos editorais dos grandes jomais ‘oblveram itor glpes qe ni coataram como entsiasmo ‘ds etic fraeararam. Em certo sentido Eran BRUNI tra refrgo a essa hiptere de que os editeriais so drgidos a0 Estado e no 3 opinito publica (embora esta tome ‘confierimento dt argunentagsousidaefuneione como massa ‘de manobra), quando most que 0s editors do jornl A ‘iuna, de Santos, no period que atecede abril de 1964, privilegiaram wes grandes temas: poltia, economia © ‘ministre, concentrado suas atras conta Goulart e us ‘Sabendo que dspiem dessa fora e que enconta ‘comespondnca no apareho ext a insiugces jomalistias ttibuen &prdugte doe eiteriis um aleng oto especial {que ste pena integra ene as polities da empresa eos Iteresses oxporatvos que defeadem ras na queda do Goverao 106 José Morgue de Melo Um cas tipico €0 do Jomat do Brasl.O esquema de labora dos seus etriais et reistrado por Natalia NORBERTO" cujosdetales vale» pena rasoreve. Tras se de um elt feito pelo prio 1B, na d6cada de 60. Tendo om geral a novela como for determinate, os eitoriats ou 20 bascados em fotor atu ou em assunios de ineresse permanente - 0 trifego, por cexempl, Para sa elaboraedo, os editorials (.)¢ ‘einem com a Diretoria do Joma, para debater ‘sssuntos em pau seleionarem oxen que va ter ‘abordados no dia. Para isto, todos os stores da redapo € sucursis do JB por todo o pais mandam as informayses mais recente sobreos ats que esto acotecendo, giudando ‘asin na atalino dos etovialsas- que i deve ‘star apar das noticias aravés da leva nao do, ‘nas também de outros jomair, para que avis dot ‘acontecimentosejaa mais anpla posse. Os assuntos ‘io todos onotados «debates, onvindo-se a opine dos presentes para chegar-se a uma conclu, que é fentdosubmetida 2 Dirtoria, nsponsave pela linha do ora, para o tratamento do assunto, (O mimero de edtorats por edigao nao & fix, mas @ maior constateéde és. Os temas s repanidosente 25 editoralstas, nunca ocorrendo de varios deles {Fazcrem o mesmo editorial. Cada um éexclado para ‘studar se temae quand eleé omentum, an nico ‘corilista se encarega dele ‘Assi que ox edtorats fica prowtos 280 novanente ‘submetios Diretora gue os aprove cw entoindica a melhor linha ser tomadade modo a ndopre)udlearem faquelaseguta plo jor Para sua melhor ata agdo eeu maior conkecimento not assunos de ondem ger oseiorialsascostunar fer wma vecada semana reunizes com personalidades Joralona Opinative wor expecializdas em assuntos de interesse ndo muito Imediat, mas que fancionam como informagdo mun process deeslarecimentoconfidenca of the record Observacie entio que cada editorial, uma grande rmpresajomalistica, passa por um sofsticado prooesso de ‘Sepuragio dos fos, de confereoia dos dados, de checagem ‘ds fortes. A deiso é toads pa dietora uncionando 0 ‘editorialist, que se imaginaalguém interado na ina da instituigdo, como intérprete dos pontos de vista que e ‘cenvencioms devar ser divalgaos.Além disso, 0 contacto com personalidad externas organizagiosiguifiaa sitonizago Cont as Forgas cde que depend o joel pa ancionroueujos Jmteeses defend nasa poltica editorial at distant quel prticadeedard0 dos edits nos vhs jms revista, cuj ata ert desempennaa polo ono", on se, pelo jonalistyeoprietiia, Como hoje ax cmpressjrlisticarpertencem grandes cerporages ou so fetenciades por pessoas que nem sempre emergiram ‘ofissonalmente do joealismo, 6compreensivel qu precise pear pararedalores vimbades qu fazem amedagioentea pinto institucional ea mensagem estampada ns editors. ‘Mas al dese taco poltic-sclal, 0 eitrial como nero joralisico tem sta ent redacional, Fraser Bond dia que fetta de um ensaio cure, embebido do senso de *oportidae FO editorial do jena hediemo tem emergido ‘como uma forma joeralistic ocular Sea primo ltrio mals Primo €o esa. Maso eral dfere do ensaio em sua brevidade e também porgue insiste em sua natureza ‘ontemporines)* ese perfil do editorial na imprensa norte-americana correspond em grade parte & su feigso brasileira. Juarez Bain confirma: "Parent iter do ens, editorial & 0 Jornal, no rio oun televisdo, a palavra do editor, a opnito Go velculo ou da empresa Antigamente esa opinidotnka © ‘ome deartigo-de-fundo ou comentario". ae 108 some eee aisbuto.especiico do ediral? ‘Baisio™ sponte quattofinpessoaigaé (ai se trata de tat asin ate ens agecein pose So agus on plu do lan Spcbnia ass de uk tm bn én mc i ae lq Cc pe} oneslie ps as dando tnot tnt amagow ear doctee pate Create mata ao dopo) Teommorc ate conn! even, ‘A impvade em ae aes pa eg de ints oats, ur dea oe ropes indie niles tetramer col igor ato bras ga prt ag fas co pelo pote. Apa ome tao Seoradeas eau slr dasenpees bese Princ sors, ues etal Uo crenata srngns pr aoediida ines tan queso eesti, ea Se aes psa llascomconpetaca-Acotesiine ts coneeén enor ma O er ds dt tims vvendo ms ances a pie dnp {Staopur lun dorm Ue eral pee fal pond vis spe tens aes So pubic besser pasta core Friars enemas Nevis Uehiro cane» ito mann spose peut caicn Esthet acs goo an ¢indopenlacenuare oso por Foes oped ts ns see desdobamens smh aia Namo posuindo ese abuts, era no conse pivot serene spies "or oa Jose tanto Ras mrcon, pesmi sen So Pao ye conta segues Madhya kaa or ne hse Dae Ini que emesis" Jomationo Opn 19 Porque ofeitor sito eeasa editorial? Alan pena algomas eae: 1) editorial émassndo -macigo, sem ubtulos, com poucospardrafs, mit inteletulizado; 2) Asina-se ama determinada case de leitores empresiios ' plitios; 3) nfo € valorzado ~ figura isoladamente na fuperlicie impressa, distante das matérias que trata inforativarente dor mesos temas; 4nd interessa0 itor 1 gealmente o tema sbord no dz espeito ao universo ‘xpetfico do plo NN slima metade do s6eulo XX, algummas mudangas covceera na estratra ds jomaisealgomas dessa reas foram senadae, Or editors hoje gozam de melhor posi na superficie impress, sendo mais eves e menos massudos. “Mas o fundamental no ae alteou, Os editoras eontinuam a featardaqueles temas que no covtespondem aos interesses ‘tiianos dos seus etores, Persist atte de tomar como ‘eferencial para oposcionamentocotidian aquelas quests jf apontadas por Brom ~ politic, economia, adminisrasio ~ ‘eitando&angem problemas igulos a0 mundo do taba, 1 snide, A educag, E se eventualentetais mangas sio ‘pase valradas¢ porque ssiume o crater de assuntos fue atestam a disfuncionalidade ov a negligéucia dos ‘rzismos govemamenai. Nunca so tas msuaesseacia, "Mas ete nio € um problema erpesifen dos it ‘Traa-se de uma cracerfstca dos jomas dis brasileiro, qe tsumiem posturacaramente elitists. As exceyGes si0 35 os jornais “populares” que levam o sensacionalismo a ‘onseqincias desea e também no se preocupam com ts guests fondamenais do pablic lito. Tratam aie de despises, liminar pore smplesmenteos eitorais no € uma medida que conte com a aprovagio dos letoes (e da qual ‘etamente as instuigesjomalistisssequrcogtam)- Numa pesuiss felt no Rio de Janeiro, 78% dos enteevstades Fepelirim & hipstese de suprimir os edtoriais dos jorais ‘rsileirs, justicando: 0 edtorialé uma jnela que peite uo Jost Marques de ete ‘expresso do ponto de vista que oferece as leitoresmethor ‘ia dos fatosnacioniseinteracionis™erifeos-e, por out Tado, que os ktores de editors petencem 8 "iade ‘maduca, ember os jovens 100 dixem de ada Danton Jobim chegou a eopitar do eto “ideal ‘sguele qu, realmente, se passa resumir em das paras: © primero enunciando a tse, aura frase carta, ¢ orm ‘onfimando-o, numa fase ncisiva, que seria a ampli da ‘imei ™ ‘A (cinulade lobimchegou ase apicaa pela Fotha de So Paulo, na década de 60, publcando “extoe opinaivs, ‘com tls na pina eitoral sobre ox peinciais tunis do ia", conforme constaou Belo, Ele tars abservou que jornaiscariocas zeraminovages 9 Corea da Mani cepoa 2 usar substulos € 0 Globo deslocou seu editorial para a Primera pina, ‘Onde esto ceme do problema’? Porque eter io suscita interese dos grandes contingents deletes? Alga ‘as razbes jéapontadas (0 contetdo do préprio eitoil), Belirioidentifienoanaconismo ou superao das pinasonde os eaitorais se localizam. Segregar todo o conjunto das rincpais matcias opinaivas numa dca pina consti un «erode concepeio no modo de “exprimiraopiito do edit" ‘Sua sugesto €a de combinar os eéneror opinaivos com 0s emai g6ne0s no conjunt da superficie imps ‘A maioria dos jomais dirios no Brasil permancce ontudo mantendo o eitral na pina chanada de opis ‘Oumelhor os etorns, pis vem efomando geal orienta de publicarponts de visa sobre s pins uestaes do momento. Daf acxstnciade diferentes expcies de editors Beliio classific-os segundo cinco vandveis: morfolgia, topicalidade, coated, eso enatarea™. ‘Quanto & morfologa, os eaitorisis que aparocern na imprens brasil sedferencam eat de fun eda Principal, suelo pequena nice sobre un at da stuaidae) © nota (epsto ligero de uma ecoracia,artecipando sus Jomaion Opinio um ‘onseglncias ao etn. topicadade pro tes espcies ‘de editorins:preventivo{Toclizando aspecos novos que dem produzirmedanas), de ago (apreendendo 0 impacto e uma ocorréncia) e de consegiéncia (vitualizanda repercnsrdes efeitos). No que sere a conto, temos: Jnformativo(eslarecedon,sormativo (exon ellstativo {educador)O estilo pode sugcri das espécies: 0 intelectual (acioalizant)e o emocional(senibilizante). Finalmente, {quand 8 nstteza,o editorial se divide em: promocional (Goerent conta ina da empresa) crcunstancal(oprtunista, imeditsta) polémico(contestador,provocadn). editorial Gum génera quase exclusive di imprensa, 04, mais reciente, dos ora. Na revit, ein parece com "nas freqéncia nos pericos cultura ou politicos, pois as revistas de informagio gral recocrem is “cara dos editors, mais pr6ximas daquilo que poderfamos chamar de ‘merchandising rnlistio do gue de expeeses opiates" 'No ridio e na televisio, a presenga do editorial é epissdica. Quase sempre ocome em momentos de crs, de ntrhaco social, quando as emissorasse stem compeldas ‘dizer aque peasam sobre os acontecimeatos. ‘A explicagio para essa auséncia do eitorial no jmatismoeletrnico nos & daa po Zita de Andrade Lima: *Napritica, paves emissora braileras editeilizam, esto se deve entre outs rades, plo reeio da responsabilidade, escasez de bons editorials, ignorinia do seu poder na {oxmagio da opin pili e povca dose deteresse no bem ‘oman, Mais aan ela apresenta a rzao que nos parece ‘decsiva:™,orio Guma conesssodo Estado e su utlzagbo pelos que exploram ae ondas magnéicas est rjeita 3 uma Série de imposigbesregulamentres eténicas qu impéem 26 ‘eto, conto so editoiait, muito mais cuidadomaprgho cedifusio de pogramssopinativos"™" Mesmo quando apuece de forma bissexta,o editorial norlfoe ma televisio nao tem fsionominprépra Eo editorial falado, oetria ido, Sua exrtura segue a mesma téenica de m2 Jose Marques de elo laborasao do editorial que se publica na jor, aicionando- 28 letra do texto uma “eaacteristicnronera especial” no «aso do rio, a ceeade locust, no caso da TV. 4 (3) Comentirio CGénero s6 resentments introdido 0 Brasil, 0 comes tr uma eign da mst janes, Seca proces sans Grape na ales ds cas {tei Infor mpiamenteresomiamente hs fos qo ext ssnteceno, eda sete dso {tcabrsu poco aie que cintara sobre eens dhs ceontncan THs muito tempo o comesticio era culivado no Jomalsmo none-amercao, onde se pvieginvam cers gra de sev ound propia profi) cj expe ‘vad emia que se convenesmem ophionmater?™ “fO coment geralnentum jonas em nde expecting acompa st 0 pes Da ‘thay ns ps Jdoe seme dpe cian Comun, Trt Gem observa pea, que tom ondiges para descorit cesta tranar gue envorem teontsinetion cof st conprecs do pb. ‘use sempre bem renee, 0 comet um roisional qu posi fir bagnge cla e pra tem lementos para enitropinides e valores capazes de “reid tsi como ier pin. Ses son SpreigGes meres respi 6 dn recepione, mas também dos pesonages do mundo dare ‘Conso,o coments n um ugador puto, slgoém qu fr psltismoce outa Lum alist qe precisa eae conencer, see desdbrameno ths procera mani aod pov en tenant ns ceonsacn, nto nko que ier qu sa nest, AS Jomatona Opiasvo a conti, ttae de wm profsionl participate que pss ‘pinto piri, mas eta como agent danotcie no procura exercer sua fungdo par extrait vantages posterires (exrgos blcatascensto paltica). Em sinese, assume-e como juz Sac publica Orienta sem impor Opinasem paix, Conduz semscaliahar (0 comentitio surgiu como tentativa de quebrar 0 monopslio opinativo do editorial. Esse monopolio era ‘onsencia da unidade ieolorica qu poss o jeraliso indstia. Mas, quando instiuigoesjmalistias toma aréter mereanti,reus dirigentes deparam-se com a Invitabildade dis concesshes soci. Concedes a9 Esta, ‘que mantém sua espada legal permanentemente aflads, oncestdes aos grupee econémicos, que contolam o Mxo Financeiro através comrade espagatiezapo pra osanincios; ‘oncestdes 8 mignca, da qual dependem para jsifiar os [rGprics invetimentos publicitérios. Por iss, tomou-se Incbmodo manter © monopélio opintivo que expresava, través do editors, « onto de vista das frgasdietamente ‘esponsiveis pelo funionamento da empresa joralistiea esta forma, 0 comentirio emerge come género endo, realizado una pein valraiva dedeerminados fios.A'tica vblizada nao 6 necessariamente a da empresa, Aves opertnidade ara quo joraista competete Fossa fmitir suas préprias opinides, responsabilizando-se aturalmente pr eas Enquanto oeitorial seating emisso de opinides seo fatos de maior portnci, 0 comentrio eumpre a turf de examine fats também significative. mas de menor sbeangénca, com inependacia em relag a linha eit “A vigéna do comeatirio€ uma Tango da projey0 do comentarita, Criando vinculos com 95 receptors, © ‘comentarisa traf um pono derefeénca permanente. Sas svalinges da conjuntira 30 buscedas porque o ciao quer suber come comportar-se diante dos acontecimentos ‘eforgando seus patos de vista oy procurandoconbecer novos ‘prisms par entender acenacotidiana ua José Margues de Met (0s grandes mites do joenalisno note-americano como Walter Lippmann! ow James Reston!” Firmaram-se no Puorama police através do comentrio.O mesmo pode-se ize, no Bras de Newion Carlos ou Palo Francs ‘0 surgimento do comeatiro ue joni brasileiro sfigua-se como espago propio para a expresso opinativa fos seu profissonas. As opertunidades pars a manifesto de opine em noses veiulos jmaliaticos sempre estiver acessves as grandes intelectual ou sas reper destacados [Nanea aos reditores que demenstravam poteneaidades de anise ede previsio dos acontecimentos. Ace que revlavara tendéncias dessa nnrezarestaveachance de produireorias na medida em que meveessem a confahiidade da empeesa, Com exceglo dos repsteres de “fro” que descobriamn fotos sensacionals e mobilizavam o ntersse do public, 0 jornalismo brasil Sempre foi svaro em projet grandes mes, Una dasaridades & Assis Chateabyand, qe prations Jntensamente o comentitio jf na década de $0, mas isso se expla plo fo de ser ele o prose dos joa em que lem meados da década de 60 que aimprensa brasileira pass pr im period de “modernzagio”. Alm de incorporse 5 novasconguistastecnolégieas,absorve também alguns dos dies do joralsma nort-americano, ene os gua o ipo {de nidaderedacona ssinad por um jcralista competente fue se tom, pouco a pouco, persnalidade pdblicapelas pines gue erie Essa revolugao omega com Utne Hora, oral xiao por Samuel Wainer, no Rio de Janeiro, que se transformaria ‘em cadeia nacional Prfissionais categorizads so chamados 4 sar como observadores do cen noicieo etranemitir ‘sas impresses ans tres. © patio sera sompanhado plas frandes empresas - JB, Estat, Pola de S. Paulo, Abi Comentristas como Clos Castelo Branco, Caos Chagas, [Newton Carlos, Alberto Dines, 080 Gimares, Mino Carta ‘tc despootam como exegeasdotranstro, como captadores Jamalona Opatve ns 40 senda que entelaga cada faceta do movimento da rociedade. ‘© que 0 comeatisio? Martinez Albertos™ diz que € una “editorial asinad”. Eugénio Castel o identifica como poner intemedirio ete ocdioiaeacrOnica, pore uliza (© método exposivo 6 edirial, mas ingoduz a ions © 0 Iumor da cence "Na veto comentiio em su pépriaespecificidade engusntoesteranarativa do cotidiann Trta-se dou gaero ‘que mantém vinculagio estrcita com a atualidade, sendo ‘rodizido em cima dos fates qu esto oeorendo. Vem junto Com a propria noticia Por isso € diel de ser realizado, ‘xigindo muta argieia no sentido de evita prognésics no ‘eons "Tem razio Martinez Albertos quando diz que 0 omentiia 60 "vaio mais ou menos prio do posterior ‘evenvolvirnate dos futon”. Para tanto comeatarisa precisa ‘sce muito bem informa de modo ajulgarosaconecimentos ‘om rpidezeprever seus desdobramentos! ‘© comenlirio expla as noteas, seu elcance, suas _sreunsténcins, suas consegncas, Nem sempre ocomentarista ‘nite ua pinto explicit. Seu julgamento€ percebido pelo Facieinio que utliza, pelos mos dasua arguments. ‘Uma eatacteristicasnerente a0 comentiio € a sua continidade, Uma matéra que contém apecigio sobre um filo articult-se ecessaramente com as que a antecederam © ‘om as que vio, Poi offio do comentarista 6 jstamente tsubeleeeronexoqueligacs fates. estes adem sentido to tempo. Uma versio apresentaa hoje poe softer alteragio tanh, de acordo com a tendéncias da realidad, Compete socomentaiata eroeber esas mutagdeseajudar ose pilico entre is, ‘Quancoum conjunc de coments é eu em ivro anos depois da sua pblicagio, como o fer Cars Castelo Branco com at vstes do movimento militar de 1964, pode-se observar com nides essa transioriedade de cada text, 46 José Marge de Melo ‘Toavia, letra continuadaassogura a comnpreenso do todo, 4 purtr sempre do rote cometiva que o omentarita tem necesidade de zee Cada eomentinio do presente pode set capitulo dx hiséiaque se fz.” Referindo-s, por exemplo, a Newton Carlos cujos coments rotlaindvidamente conn “edness joa Marcio Cavaleiro,naresenha "Groesca América” Vornado Bras, 26-08-1979), apeende essa dmensio histria (a talver.0 emprego das palavras “erica”, “eroista, que comrespondem a "egisto para a hist", “histriadoe do resent") das matfrias queintegramo vlume América Latina ‘ois pontas (Rio deJaeio, Codes, 1978), ~"Exrtas muitas vezes dante do prio cendri em que se desea os fo, «sas nics, em seu conjuno, esha por for un pane ‘expressive dasombria realidad deste peda de mundo. (-) Newton Carlos pouco argument em favor dos seus pontos de vista, Jogo fats na mesa e dita que ees fal po si idprios.E para que flea com maior eloquéacia, 0 ator ‘cores justaposiges 20s fies, mete, lumina restita do paleo, mastando apenas opersonsgem que cond gio" ‘Aangulagem do comentro€oimedino. Vere perceber ‘que transcend a paréacia constitu seu maior desao, Exige uma permanente sntonizegso do jonalista que praca esse _&neto com sus fortes de informs. Sua técnica de realizagie é mais livre que a do ditral. Estrutura-se em duas partes ) sintered fato © nuit oe glen) agement ue ogee Raramente 0 comentirio € conclusive, Amiscar uma ‘marc indieado por AntGno Clad reflete dais pisos que mudriam sensveimenteo panorama clr brasileico e que, por sua vez, decorrem do pracesso de industrializacio'e urbanizagdo que alterow a fisionomia vonbimica dopa. le so 9) A Semana de Arte Modern de 1922, que iim movimento de ile, evande 2 tos teat sj ate, loguagom, ase spronima de realace acon abe oo plano d ngs ue ese movimento influences teal, fans abandonar vehwestia dlacusivo doy bacatis pars dsc Simplicidade ea claera da aguagem cols Sea ec hai, i oo Stealo XIX, eabogade reaps no teeae lingo, sa io consepseInprea joraliso como wm ad: Depis 1923, no. Oteervaremos uma madangnos pads do estilo oral.» %) ——_O desenvolvimento da prensa, pois nesse esd os jornais dros das grandes eidades 'sssumem fees empresariai, tornado-se ‘mais dindmices,anplianda seu pblinietor, incorporando a agilidade da moderns imprensacuropiae nort-amesicana™ Essa Fevolusio da imprensa conduz a ume Aivesifeago do conteido 8 ampliagao das Sees permanente para atnder am pblico Teitor mais exigente (a emergent classe Jomaione Opietve ass snédia). Nese quatro, a erica adguire um gar especial 0 exonista € um intepete das mutagées que dio nove fsionomis & sociedad brasileira, ‘A.exica que se pratica no Brasil a partic cada de 20, tendo em Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga, FFemando Sabino e Paso Mendes Capos seus principals caltoes,repesenta uma continuago do géner que Machado de Assis e Jost de Alencar haviam sedimentado em nosso jomalismo. Mas os noves eronistasdo-ihe ums dimensio ‘epoca, ‘Semerbica de costumes vali do el (as ons ‘60 moment) simplemente como “deina” ou como inspracio ara um relat patio ou para una descrgt iter, a rdniea ‘mode assume a palpitao ea aiid de um jmnalisno em muta. Ela figura no corpo do jomal i como objeto ‘stan, mas como mata inteiramenteligada so esp da ‘edigaonotiiosa ‘A crinica moderna gira permanestemente em tno da aualdae, apt com argc e seaside o dinamo ” ‘eino Coutinko™ ou Massaud Moisi" (Género joralistico ou genero literio a erOnica representa uma narativa do clidiano muito dtl de ser relia "Nabantno Ramos, com a sua experiéncia de eto de Joma dso em So Palo, diz enaicamente:"E, aler, 0 ‘mas diel gnero do tabao joealisizo, porque exige mio pens ena, qe ve pode aprender mas tambem ae, que € dom. (.) Aeranica deve ser capa, seni de comove itor pelo menos de faz-lo pensar, semi a0 pdr em iovimento lgunas de suas emogies”. Apes da iichldade para.apitica esse género jomalistico, Nabantno diz que “o sonho da _gencraldade ds omalisas €eserever cxicas™ Noeatant, saa € geraimente eseassa™ B conclu “Bons ceoists conta nos decor da mo, em toda impensa do pas" ‘Se ¢verdade que a mora dos jamais gostaria de esereverenicas, parece qu 0 msmoacontece com 6 ete 162 José Marques de eo Lourngo Dias? apreciado cronistapaistano, dz que 3s pessoas Idem exis ojoral dio “forge a erdnica nada ‘ais que as palaveas que elas gosariam de terest. Esse ‘ashi do omit do tor pla rbnicatem umaexplicago cabal-"aerdniea 6 aquele pedo daimprena onde se cltva ‘senza de que a mundo continua live ~ coms paris, ssmavens os vagabundes™ Pr isso Diafra no ttubeia em afrmar que “perdem tempo os “erica” preccupados em “Ziscutr se a etnica é um genero maior ou meno’, pois "a fungi da erica nao é Sale e 6 grand,pequena ou media”. Compt, dizendo: “A fango da cénica explo, no denarapteca cir, acrdat 1 pessoas que esto dormindo de oho aero rita”. aviamescoocetuado a enica com “relat possico do real”, Bcomtinuamos a faz-Lo.E assim que os eroaistas& fentendem, A defingio de Loureago Diaféria taduz com Sentimentoe paix ese sentido basileisimo da craica. ‘Arnica a reinvengio da ua abstraide da violag des cientfices ¢espacias, €a metafsica dos posts das ‘zaldas, éalupa que permite confimar, comapalavra ‘scrita, se 0 sabonete Palmolive continua abrir os porosemanterapele eve eacetnada A crnica existe ava darereduldade gos oma radar de noticias reais demas para ser levadasa sri. Acrinia descobre fs pessoas no meio da muliddo de letores, Bla revela ‘aa dstint pubic que ards do bot elerOnico existe tim busing resfrado ede nari pingando, que asia e ocifert: A crOnica serve para mostrar oouir lado de tudo ~ dos palanques, das tore, ds eclipse, das ‘enchentes, dos barracos, do poder eda majesade. Bla nda conta noperiiceporondescendénca. A edna Zaldgrina,osorrse, 0 acen, «emo, ober, que nda fom estrutra pora se infltrar como notela ‘eporsagemeiarial, comentiio ov aninei publiciiio to jomalE, conto, € wm pouco de tudo iso Jomatona Opiativo 163 8. Carieatura (© univeroopinaivo do oral ed revista re imita 0 texo, mas ncorperaigualmente aimagem. © wsodaimagem como instrumento de opinito atende, muitas vezes, a9 Jmperativo de influenciar um piblico maior que aquele edicad letra ateta dos pero pinativsconvencionss atrial, aig, erica ete. ‘Matas yezes, tor nteressado em saber raidamente ‘oquescomtece,e ques initaa uma vst cls pelo jor scapa.a uma adesio, um poscionamento quanto as opiniSes explicitas do veieuto. lar que nesse conta, por mais breve que se om 6 veieulo, oor naturalmente incorpoa una cata ica do real Mas sso fie initadoa un nvelnconsceate Jéo caso 4a imagem, que produz um impacto imediato,seja pela evidencia, sja pelo eventual humorismo, neta-se uma Partcpapo consciente na cata do eotidiano. preciso explictar que nem toda imagem insrida na imprensa tem fungo opiatva.Alguns dos recursos grficos vilzado to meramenteinformativos on expiativos mapas, ‘que pemitem a localizagdo de um fo; eréfics, qu rocuram ‘demonsizartendéncine estaiticar; devenhos, qe buscar reprodizi objtos,pasagens ou até tapos fisiondmicos: fotogratins, que fazem um registro denotativo dos 'A opniso se manifesta explicit © permanentemente através da earicaura, soja fnaidade satirea ou humeesica pressupoe a emissio de juzos de valor. Por isso Ramon Columba denomina a caricatre de “supreme tribunal” can rmandato provém da opinigo publica. "A caricatura é a fncaregoda de asinalar qualquer excesso social ou politico suspeito de icencosdade corpora. faze juz suman, 166 José Marques de Melo sem materaicao das provas nem aeloposivel Ante ela se Inclinam os padpios jlzes © as autoriddes da nagto. Quer dizerqueexerce una suprema jurisdgio,mssdode pvilégio ‘que par certo, to pessdem oatrasates que enfrentam amb 1 atureza ereproduzem aspects da sociedad, porém sent nexium obrgagio de etic ou de senteng, O caicatarist, ‘com seu fpisem stew em nome da opiiso pbc, eremete € censua cumpetdo un mandaloimperativ desea afi, Suas amas sto amdves, soveras ou aparenement ingens “Amaves quando patica 0 romano presto: Castigaridendo ‘mores. Severas quando asc esta agressive morda. E parentemnteingtaua quand o hamocsts sore far sori ‘om ua garguhadainanscendent” ‘A introdugao da caricatura a impreas explia-se pela ‘onjugag de dois frees socioculuais:0avang eenlgion os process de repos grifica ea popalrizag do joral como veiculo de somunicasto eoletva. No pimeizo cao, vetifcamos qu a criaturas6 se desenvolves depois que a Urografia passou a constituir um recurso plenamente incorporado aos processos de produo jornalistie, Foi justamentema década de 1830 que surpt na Fraga ojonal La Caricature, publicando a imagem como deseahada, como complementa do registo vebal dos fates da aalidae. No Segundo caso, observamos que o recurso da caricatura representou una necessidae social de um joralismo que smplava seu rao de a5%0, ganhando novos contigentes de letoes.O novo pablico da imprensa contin sepmentos que no haviam tide opivilgio da educasa0 Formal continua € ‘eujapereeeso do aconesimentos xia process desritvos Imai efcarese motvadores™ ‘Opel imagem deseahada como recurso naerativona imprensa diva vai atingir o auge no fim do século XIX, nos stidos Unidos, quando se tava a “guerra” ene Hearst © Paltz pela conqsista do pbc liter. Nese episéio da histria do jomalismo norte-americaro, vamos encontrar = catcatura esas formas conexas~ charge, caroon, comic = ‘como instruments decisvospraa mebilizagto do palin” Jomalsno Opiaivo as A carcatura 6 uma forma de tsa que aimprensa absorve com sentido ritidamente opiativa. Soa origem Semlnica (italiano caricore) conesponde a ridiculras, ‘Sua expresso, porém, antecede a iutragio gfe Comega como textoe56 depois sereaiz através dn imagem ‘Muito excites jf praticavam a sitieae 9 homorismo, deformando ou exagerndo caracersticas de psoas ode sagen, 'Na opinito do historiador da earcatwra do Brasi Herman Lima, o nosso primeic earicaturista “ao foi enum dos nossos grandes fzedores de bonecoe”(.) “oi homer, nto do iis, mas da pena, Frei Vicente do Salvador’ ‘Ouro caricaturista que aponts 0 poeta Grego de Matos No jomalisme, porém, um dos pioneiros da nossa «aricaturafoio Padre Lopes Gama, qu ediou em Pernasnnico 1 orn © Garapuceiro. Lendo esse joel, a impressio recolhida por Gilberto Freyre™ € guase a de folhea-se umn jomal caret, to forte €a sgesto petri ~grtescameate letvia ~ das palatras viva, picantes eB vezes ches de or". Sto to expeessivos os tragae da cariatura nos textos esertaspor Lopes Gama qu um dos seus bisgrfos, Vallemae Valene™, comete aquilo que G. Freyre chama de “exagero pologtico":consderat6 un carieatrista socal superior Iquee “insign francés de quem o arapceira conserva scipolo- La Bruyee” , porém, com o deseaho, que a caicturaaqire “xpresio permanente como relat humorstico, dade ongem ‘mesmo a um segment do jas ~« jomalsmecareato destnado stra politica e sci, ‘Alvarus"® identifica na carcatra uma sigificaso istic inconteste: ade restabelecoe a verdad sbre fats ¢ ersonagens, que a hist (oficial) se esmera em cto." ‘aricaura, realmente, unio preciso nn al asestadiosos contra, ea nos muras das pocas mas aust, ea nak fothas volantes ou no efémero das paginas impressas Je 106, Jost Marues de Melo peridicn erevists stad, o elemento necessrio par 0 festabelecioento de um ponto, por veres abseuro ou controvertido, estabelecendo as exatas proporgdes de ‘eterminado prsonagen fat oladamest ou em comjunt, ‘guise sempre desvirsdo ns dseigbes laudatias, questo ‘aguelae que comumenteinfermam hist Enguanto ger jomalisico, a earcataracumpee uma fungi svi mis profunda que aemissio rotineia da pinio nos vfculos de comuricagdo eleva. que a imagem, na immprenss, motvade al mod o etre produz uma percepsio to répida ma opnifo que se tora instumento eficaz de Persuasio, Por iso a cricaturaincomoda mais os donos do poder que oeioial oso rig. Nio é aro na hstxia do Jomalismo de muitos pases, como o Bras que a caviar rurcha durante os goveenos autriiies, reaparecendo ¢ dezenvolvendo-se com fete quando volta florescer a via ‘democrstica™ Lembre-se caso do caricaritaBelmonte que, durante ‘0 Bstado Novo fl impel a esquocer 0 ced nacional, passandoasatiizar spenas epiaschospesonagensdapollica fexterion® Ni vai distante também a crise que soften a ‘arcatara brasileira em meados da década de 0, quando se impie o governo militar ea stra pola, cossadapelas petveguiges a polticos a jomalists,raticament desaparece tas piginns ds joraise revista. "© ‘Se, por ido, caicatura tem esa pecuiaridade de «stigmatizar ets peronagens da id plies por ono Lado, Contrib também para humanizélos, popularizéls. Foi facavés dos tragos projetados pela carcatra que muitas petronalidades do mundo pottico ov atstico ganharamn Testimacio pblica ese destaaram socalmente. Pero I & um caro documentado no passado®™”, Lula e Malu so tvidencias do presente Nao €incompreensvel,potano, a fsa com que muitos polos, iniiantes na vide piblica, ‘ese verse cricaurados, jutamente para obterem mais ida populariaso. Somalia Opinaivo a Jornsisicamente, 0 que € caricatra? Duas respostas so posiveis.Expeciicamente,acaicaua a “epresenaeto ‘sion humana com caraterstis gress, ricas ‘ou humoristicas". Genecicameate, sigaifica forma de expresso aristiea através do deseaho que tem por fim © hamoe=” ‘Nessa acepgfo mais ampla vamos identiicr vis especies: 1). Cavcatura (propane dita. Retrato humana ot

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