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A primeira liga criada no Brasil foi liga de Combate Sfilis, em 1920, na faculdade
de medicina da USP (FILHO et al, 2011). Tal entidade pertence ao Centro Acadmico
Osvaldo Cruz e at hoje desenvolve projetos para a melhoria no tratamento e preveno de
Doenas Sexualmente Transmissveis. Historicamente, essa liga, proporcionou mudanas no
tratamento s doenas infecto contagiosas na cidade de So Paulo (QUEIROZ et al, 2014).
No perodo da ditadura militar houve questionamento, por parte das associaes estudantis,
sobre o ensino universitrio e com isso o surgimento de novas Ligas Acadmicas (FILHO et
al, 2011). O perodo durante a ditadura forneceu um contexto que favoreceu o despertar de
questionamentos acerca da essncia dos ensinamentos fornecidos pelas universidades
(QUEIROZ et al, 2014). J na dcada de 1990, principalmente no incio de sculo XXI,
muitas ligas foram criadas em todo o pas. Esse fato coincidiu com um perodo repleto de
reformas curriculares e intenso debate poltico e acadmico sobre a formao profissional
mdica (FILHO et al, 2011).
Uma liga acadmica composta pelos seguintes aspectos: ensino, pesquisa e extenso.
Sendo assim, o ensino baseia- se em leituras, cursos e seminrios que complementam os
assuntos ministrados em sala de aula. A pesquisa realizada por meio de coleta de dados na
comunidade e associada a grupos de estudos. Extenso baseada na em atividades
desenvolvidas na comunidade. A importncia da existncia de liga acadmica concentra- se
em criar oportunidades para os estudantes servirem a comunidade. Assim, os alunos so
estimulados a participarem de campanhas preventivas e de transformao social. Isto acontece
porque os alunos aprendem o processo sade- doena e desenvolvem um conhecimento a ser
transmitido aos cidados. Desta maneira, estes alunos so uma fonte de informaes teis para
a sociedade (Aguiar, L F S, 2013)
Com relao as crticas s ligas acadmicas esto o fato de ocuparem o tempo livre dos
estudantes, no serem os espaos adequados para suprimirem as lacunas curriculares,
possibilidade de subverso da estrutura curricular para formal, reforar vcios acadmicos,
possibilitarem o exerccio ilegal da medicina quando existe a falta de superviso docente,
permitirem o aprendizado de conceitos e prticas equivocadas, abrirem espao interveno
da indstria farmacutica, favorecerem a especializao precoce e poderem se transformar em
meras sociedades cientficas (FILHO et al, 2011).