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SIMÃO ROBISON OLIVEIRA JATENE

Governador do Estado

VALÉRIA VINAGRE PIRES FRANCO


Vice-Governadora do Estado

FRANCISCO SÉRGIO BELICH DE SOUZA LEÃO


Secretário Especial de Estado de Governo

ROSINÉLI GUERREIRO SALAME


Auditora Geral do Estado

AUDITORIA GERAL DO ESTADO


Centro Integrado de Governo – Av. Nazaré, 871 – CEP 66.035-170 - Belém-PA
( (91) 3201-3653 FAX: 3201-3748 – E-mail: age@prodepa.gov.br
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Apresentação

A importância fundamental da implantação do


Sistema de Controle Interno, pelo Governo do Pará,
é que este não se restringe apenas ao exame dos
atos e fatos administrativos à luz da legalidade e
demais princípios constitucionais que o
fundamentam, mas, sobretudo, amplia-se por gerar
um conjunto de informações e dados gerenciais
confiáveis para o processo de tomada de decisão
dos Gestores Públicos Estaduais.
A Auditoria Geral do Estado, órgão central do
Sistema, tem por finalidade gerar essas informações
à medida que acompanha o desempenho dos
Órgãos e Entidades Estaduais na execução dos
Planos e Programas de Governo. Sempre atuando
de forma preventiva e pedagógica, tem procurado
conceber mecanismos e instrumentos que permitam
aos usuários do Sistema, uma maior eficiência na
condução das suas atividades específicas.
É com esta intenção e propósito que foi concebida
esta Cartilha que contém procedimentos de
orientação para LICITAÇÃO, CONTRATOS E
CONVÊNIOS. O objetivo é permitir aos Agentes
Públicos de Controle dos Órgãos e Entidades do
Governo do Estado do Pará, a orientação devida
para respaldo nas análises dos processos relativos às
despesas efetuadas, propiciando com isso o
adequado registro das conformidades diárias e de
outras ações sob a sua responsabilidade.
Por meio também desse instrumento, espera-se
garantir a integridade, a transparência e a
efetividade na aplicação dos recursos do Estado do
Pará.

Rosinéli Guerreiro Salame


Auditora Geral do Estado
Licitação, Contratos e Convênios

CONSIDERAÇÕES E FUNDAMENTOS LEGAIS DA LICITAÇÃO

CONCEITO
A licitação é o procedimento utilizado pela Administração pública, que
garante, nas contratações, a igualdade de condições entre os participantes
e a obtenção da proposta mais vantajosa nas compras, execução de obras
e serviços.

FUNDAMENTOS LEGAIS
Lei Federal n° 8.666, de 21 de junho de 1993, que institui as normas para
licitações e contratos da Administração Pública.

MODALIDADES DE LICITAÇÃO
ü Concorrência - é a modalidade de licitação própria para atender
os contratos de maior vulto, em que se admite a participação de
quaisquer interessados que preencham as condições estabelecidas
no edital.
ü Concurso - é a modalidade destinada à escolha de trabalho
técnico ou artístico de criação intelectual, com instituição de
prêmio ou remuneração ao vencedor. O concurso possui
regulamento próprio e os trabalhos são julgados por Comissão
Especial, cujos membros devem possuir reputação ilibada e
comprovado conhecimento da matéria que está sendo alvo da
disputa.
ü Convite - caracteriza-se por ser a modalidade mais simples, utilizada
para aquisição de pequeno valor.
ü Tomada de Preços - é admitida para atender contratações de
médio porte. Podem participar os interessados cadastrados ou os
que atendam as condições exigidas para o cadastramento, até o
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas.
ü Leilão - é a modalidade de licitação utilizada para venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou aqueles apreendidos ou
penhorados, ou bens imóveis oriundos de procedimentos judiciais.

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ü Pregão - modalidade de licitação instituída pela Lei Federal nº 1.520
de 17 de julho de 2002, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios. No Estado do Pará, essa modalidade é
tratada na Lei Estadual nº 6474, de 06 de agosto de 2002, para
aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor
estimado do objeto comum.

De acordo com o Decreto Estadual nº 199, de 09 de junho de 2003, que


regulamenta a Lei nº 6.474/02, são considerados bens e serviços comuns:

BENS COMUNS SERVIÇOS COMUNS


• Bens de consumo • Serviços de apoio à atividade de
informática, digitação, manutenção.
• Gás, Combustível e lubrificante. • Serviços de assinaturas: Jornal,
Periódico e Revista.
• Gêneros alimentícios e bebidas. • Televisão via satélite, Televisão a
cabo.
• Material de expediente • Serviços de assistência Hospitalar,
Médica e Odontológica.
• Material hospitalar, médico e • Serviços de atividades auxiliares:
de laboratório. Ascensorista, Auxiliar de escritório,
Garçom, Jardineiro, Mensageiro,
Motorista, Secretária, Telefonista.
• Medicamentos, drogas e • Serviços de Confecção de uniformes,
insumos farmacêuticos. Copeiragem, Eventos, Filmagem,
Fotografia, Gráficos.
• Material de limpeza e • Hotelaria, Jardinagem, Lavanderia.
conservação
• Uniforme • Limpeza e conservação
• Impressos • Locação de bens móveis
• Material de processamento de • Manutenção de bens móveis e
dados imóveis
• Peças e acessórios para • Seguro-saúde
veículos
• Material de construção e • Serviços de Microfilmagem,
acabamento Reprografia, Gravação.
• Bens permanentes: mobiliário e • Telecomunicações de dados, de
equipamentos em geral, imagem, e de voz.
exceto bens de informática.

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Licitação, Contratos e Convênios

BENS COMUNS SERVIÇOS COMUNS


• Utensílios de uso geral, exceto • Telefonia fixa, Telefonia móvel
bens de informática.
• Veículos automotivos em geral • Transporte
• Microcomputador de mesa ou • Vale-refeição
portátil (notebook), monitor de
vídeo e impressora.
• Vigilância e Segurança Ostensiva
• Fornecimento de Energia Elétrica
• Apoio Marítimo
• Aperfeiçoamento, Capacitação e
Treinamento.

OBJETO DA LICITAÇÃO
ü Alienação – toda transferência de domínio de bens a terceiros.
ü Compra – toda aquisição remunerada de bens para fornecimento
de uma só vez ou parceladamente.
ü Obra – construção, reforma, fabricação, recuperação ou
ampliação.
ü Serviço – demolição, conserto, instalação, montagem, operação,
conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte,
locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
profissionais.
ü Obras, serviços e compras de grande vulto – aquelas cujo valor
estimado seja superior a R$ 1.500.000,00 x 25 = R$ 375.000.000,00.
ü Projeto básico – conjunto de elementos necessários e suficientes
para caracterizar a obra ou o serviço. É elaborado com base nas
indicações de estudos técnicos que permitam:
• assegurar a viabilidade técnica e o tratamento do impacto
ambiental;
• avaliar o custo da obra;
• definir os métodos e prazos de execução.
ü Projeto executivo - conjunto de elementos necessários e suficientes
à execução completa da obra, de acordo com as normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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TIPOS DE LICITAÇÃO
ü Menor Preço - o julgamento das propostas pelo tipo de licitação
“menor preço” é o mais simples. É considerado vencedor o
interessado que apresentar a documentação exigida na fase da
habilitação, proposta de acordo com o edital, e que ofertar o
menor preço. No caso de apresentação de preços idênticos, o
desempate é feito, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público,
para o qual os licitantes são convidados, sendo vedado qualquer
outro processo.
ü Técnica e Preço e Melhor Técnica - a licitação do tipo “técnica e
preço e melhor técnica” é bem mais complexa. É utilizada para
serviços de natureza intelectual e, em especial, para elaboração
de projetos, cálculos, fiscalizações, supervisão e gerenciamento,
engenharia consultiva em geral e, em particular, para elaboração
de estudos técnicos preliminares e projeto básico.
Devem ser consideradas a capacitação e a experiência do
proponente, a qualidade técnica da proposta, compreendendo
metodologia, organização, tecnologias e recursos materiais a serem
utilizados nos trabalhos, e a qualificação das equipes técnicas a
serem mobilizadas para a sua execução.
Embora não haja previsão na Lei Federal 8.666/93, esses tipos de
licitação exigem a apresentação de três envelopes, contendo,
respectivamente, documentos da habilitação, proposta técnica e
proposta de preços. Recomenda-se, também, que façam parte
das comissões, servidores de atuação na área em que o objeto foi
requisitado.
Considerando a forma de avaliação, classificação e valorização
das propostas técnicas e de preço, o edital para esses tipos de
licitação deve conter, obrigatoriamente, uma pontuação mínima a
ser atingida. O licitante que não atingir esse percentual terá sua
proposta desclassificada. Para o tipo melhor técnica, deve conter,
também, uma planilha de custos detalhada, com a composição
dos preços, bem como a fixação do preço máximo que a
Administração se propõe a pagar.

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Licitação, Contratos e Convênios

A diferença entre esses dois tipos de licitação está na forma de


classificação das propostas. No tipo “melhor técnica”, é vencedor o
licitante que apresentar a maior pontuação técnica exigida no
edital e o menor preço. Caso o licitante com a maior pontuação
não apresente o menor preço, o presidente da comissão negociará
até alcançar o valor mínimo apresentado nas demais propostas,
que não poderá ser superior ao fixado no edital.
Se o licitante com a maior pontuação não concordar em baixar seu
preço, serão chamados os seguintes, pela ordem de pontuação
técnica, até que o presidente da comissão consiga o menor preço
para a contratação. Neste tipo de licitação, o preço prevalece
sobre a técnica.
No tipo “técnica e preço”, é vencedor o licitante que atingir o
maior número de pontos entre as propostas de preço e técnica.
Essa classificação é feita por média ponderada.

VEDAÇÕES
É vedado à Administração Pública incluir, nos editais de licitação, cláusulas
que condicionem ou limitem a participação ou induzam ao beneficiamento
de licitante específico.

O QUE DEVE SER OBSERVADO NO PROCESSO LICITATÓRIO


v Formalização do Processo:
ü Se há requisição do objeto, com a descrição sucinta dos requisitos de
qualidade e quantidade, de forma a atender a necessidade do
requisitante;
ü Se foi realizada pesquisa de preços, no mercado, sobre o objeto a ser
licitado, para definir a modalidade da licitação e também permitir a
verificação da conformidade das propostas com os preços correntes,
por ocasião do julgamento;
ü Se o objeto da licitação enquadra-se na modalidade utilizada.
ü Se o valor licitado enquadra-se no limite da modalidade utilizada.
Observar se não há fracionamento de despesa;

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ü Se o processo encontra-se autuado, protocolado, e numerado,
contendo:
• Autorização do ordenador de despesa;
• Autorização do Secretário Especial da Área, a qual o
Órgão/Entidade se encontra vinculado;
• Designação da comissão de licitação/pregoeiro e equipe de
apoio;
• Indicação do recurso próprio para atender a despesa, com a
classificação da funcional programática e da categoria
econômica;
• Termo de referência, no caso de Pregão;
• Valor estimado em planilhas, quando for o caso;
• Edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso. As
minutas devem ser examinadas e aprovadas previamente pela
assessoria jurídica do Órgão/Entidade;
• Comprovante da publicação dos avisos, no DOE e em jornal
diário de grande circulação, contendo os resumos dos editais
das concorrências e das tomadas de preço, e comprovante
de entrega do convite, quando for o caso;
• No caso de pregão, o comprovante da convocação dos
interessados por meio de publicação de aviso no Diário Oficial
do Estado, em jornal de grande circulação e por meios
eletrônicos, em função dos seguintes limites:
1. Para bens e serviços de valores estimados em até
R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais):
a) Diário Oficial do Estado; e
b) meio eletrônico, na internet;
2. Para bens e serviços de valores estimados acima de
R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais), até
R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais):
a) Diário Oficial do Estado;
b) meio eletrônico, na internet; e
c) jornal de grande circulação local.

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Licitação, Contratos e Convênios

3. Para bens e serviços de valores estimados superiores a


R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais):
a) Diário Oficial do Estado;
b) meio eletrônico, na internet; e
c) jornal de grande circulação regional ou nacional.
• Originais das propostas de preços e documentos da
habilitação;
• Atas, relatórios, deliberações da comissão de
licitação/pregoeiro;
• Pareceres técnicos e jurídicos emitidos sobre a licitação;
• Ato de adjudicação;
• Ato de homologação;
• Despacho de anulação ou de revogação da licitação,
quando for o caso, fundamentado circunstancialmente;
• Termo de Contrato ou instrumento equivalente.

v Edital de Licitação, preâmbulo contendo:


ü Número de ordem em série anual;
ü Nome da repartição interessada e de seu setor;
ü Modalidade da Licitação;
ü Regime de execução;
ü Tipo de licitação;
ü Submissão à lei;
ü Local, dia e hora para o recebimento da documentação proposta;
ü Local, dia e hora para abertura dos envelopes, início do certame;
ü Objeto da licitação;
ü Prazo e condições para a assinatura do contrato ou retirada dos
instrumentos contratuais, para a execução do contrato e para a
entrega do objeto da licitação;
ü Sanções para o caso de inadimplemento;
ü Local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto executivo;
ü Condições para a habilitação - observar se há exigências exorbitantes
que venham favorecer ou prejudicar qualquer concorrente;

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• Habilitação jurídica;
• Qualificação Técnica;
• Qualificação econômico-financeira;
• Regularidade fiscal.
ü Forma de apresentação das propostas;
ü Critérios para julgamento, com disposições claras e parâmetros
objetivos;
ü Locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação em
que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos
relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações
necessárias ao cumprimento de seu objeto;
ü Condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e
estrangeiras, no caso de licitação internacional;
ü Critério de aceitabilidade de preços unitários e globais, conforme o
caso, proibida a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou
faixas de variação em relação a preços de referência;
ü Critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo
de produção, admitida a adoção de índices específicos setoriais,
desde a data prevista para a apresentação da proposta ou do
orçamento a que essa proposta se referir, até a data do
adimplemento de cada parcela (dispensado em compras de entrega
inferior a 30 dias);
ü Limites para pagamento de instalação e mobilização para execução
de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos em
separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;
ü Condições de pagamento, contendo:
• Prazo de pagamento;
• Compensações financeiras e penalizações por eventuais atrasos
e descontos por eventuais antecipações de pagamento.
ü Instruções e normas para possíveis recursos.

O original do edital, datado e rubricado em todas as suas folhas e assinado


pela autoridade que o expediu, deverá fazer parte do processo.

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Licitação, Contratos e Convênios

CONSIDERAÇÕES E FUNDAMENTOS LEGAIS DOS CONVÊNIOS

CONCEITO
A transferência voluntária é a entrega de recursos financeiros, para atender
despesas correntes ou de capital, a outro ente da federação, com o
objetivo de realizar cooperação, auxílio ou assistência financeira, desde que
essas transferências não decorram de determinações constitucionais, legais,
ou ainda aquelas não destinadas ao Sistema Único de Saúde.
As transferências voluntárias podem ser realizadas por diversas formas, como:
contrato de repasse, termo de parceria e convênio.
O convênio é o instrumento utilizado para a execução de programa, projeto-
atividade ou evento, por diferentes esferas administrativas, com objetivo
comum, com duração certa ou não, sendo resultado de um compromisso
entre Órgão/Entidade da Administração Pública e uma instituição de
qualquer esfera de governo ou a uma organização particular, com objetivo
de repassar um montante de recursos.
Os termos convênio, acordos e ajustes são utilizados hoje como sinônimos.
Inclusive as legislações que tratam desses institutos não apresentam
nenhuma diferenciação, sendo aplicadas às mesmas normas que são
aplicadas aos convênios.

FUNDAMENTOS LEGAIS
Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de
finanças públicas para a responsabilidade na gestão fiscal; Lei Federal n°
8.666, de 21 de junho de 1993, que institui as normas para licitações e
contratos da Administração Pública; e Lei das Diretrizes Orçamentárias para
o exercício financeiro considerado.

PARTÍCIPES DO CONVÊNIO
Na utilização do instrumento de convênio, é necessária a identificação dos
seguintes partícipes:

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ü Proponente - É aquele que propõe a celebração do convênio, seja
público ou particular, ao responsável pelo programa, com a
proposta de plano de trabalho.
Caso aprovada a proposta, o proponente figurará no convênio,
devidamente assinado, como convenente.
ü Concedente - É aquele que concede os recursos provenientes do
convênio, cuja responsabilidade é controlar e fiscalizar a execução
do seu objeto, bem como analisar as prestações de contas dos
convenentes.
Podem ser concedentes os Órgãos da Administração Direta,
Autarquias, Fundações, Empresa Pública e Sociedade de Economia
Mista, de qualquer esfera de governo.
ü Convenente - É aquele que recebe os recursos do convênio e,
posteriormente, presta contas de sua aplicação. Normalmente é
quem executa o objeto do convênio, embora possa,
eventualmente, não ser o responsável direto pela sua execução,
devendo, no instrumento, estar estabelecido quem será o executor.
Vale ressaltar que, ainda que o convenente não seja o executor,
este continuará com a obrigação de prestar contas ao
concedente.
Podem ser convenentes os Órgãos da Administração Direta,
Autarquias, Fundações, Empresa Pública e Sociedade de Economia
Mista, de qualquer esfera de governo, ou organização particular.
ü Executor - É aquele responsável direto pela execução do objeto do
convênio, devendo ser indicado no instrumento, contendo suas
obrigações, uma vez que poderá ser ou não o convenente.
ü Interveniente - É aquele que, embora não seja obrigatório, tem o
poder de intervir no convênio, assumindo obrigações como
acompanhamento da execução, supervisão, fiscalização e
gerenciamento ou para manifestar o seu consentimento na
participação de outros órgãos no convênio.
ü Liberação de convênio - É ato do concedente para com o
convenente de repassar o recurso financeiro após a celebração do

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Licitação, Contratos e Convênios

convênio, para consecução do seu objeto, obedecendo as normas


estabelecidas na legislação e no convênio.
Essa liberação ocorrerá conforme previsto no cronograma de
desembolso constante no Plano de trabalho.
ü Aplicação do convênio - É a utilização do recurso financeiro no
objeto estabelecido no instrumento do convênio, conforme plano de
trabalho, como o objetivo de atingir o fim proposto no convênio.
ü Prestação de contas - É dar ciência ao concedente sobre o
cumprimento do que foi estabelecido no instrumento de convênio,
ou seja, o convenente deve demonstrar a correta e regular
aplicação dos recursos sobre sua responsabilidade, obedecendo o
que foi pactuado e as normas legais vigentes.

PLANOS DE TRABALHO
Após as conversações, o proponente deve solicitar a celebração do
convênio, anexando os planos de trabalho. Deve constar nesses planos o
detalhamento das responsabilidades assumidas pelos participantes, bem
como todas as informações relativas aos procedimentos para atingimento
do objeto, sendo este a peça chave para obtenção dos recursos, já que
servirá de base para a elaboração das cláusulas do instrumento de
convênio.
A Lei Federal nº 8.666/93, em seu artigo 116, §1º, incisos I a VII, determina o
que deve conter em um plano de trabalho, servindo para qualquer ente da
federação, quais sejam:
ü Identificação do objeto a ser executado;
ü Metas a serem atingidas;
ü Etapas ou fases de execução;
ü Plano de aplicação dos recursos financeiros;
ü Cronograma de desembolso;
ü Previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da
conclusão das etapas ou fases programadas;
ü Se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia,
comprovação de que os recursos próprios para complementar à
execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o

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custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão
descentralizador.

DESPESA COM PESSOAL


Outro aspecto a ser observado pelo concedente é que os valores transferidos
não podem cobrir despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, uma
vez que são expressamente vedadas pela Constituição Federal, em seu art
167, inciso X.
Estão Incluídos nessa vedação as transferências voluntárias e os
empréstimos, mesmo que sejam por antecipação de receita (ARO). Essa
exigência também é vinculada ao Princípio da Legalidade.
Essa exigência constitucional é para evitar que os recursos repassados sejam
consumidos apenas para o custeio da máquina administrativa, deixando de
ser implementadas as ações que beneficiem diretamente a sociedade.

O QUE DEVE SER OBSERVADO NO PROCESSO DE CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO


v Plano de Trabalho
ü O objeto;
ü Metas a serem atingidas;
ü Etapas/fases de execução;
ü Plano de aplicação dos recursos financeiros;
ü Cronograma de desembolso;
ü Execução do Objeto: Início e fim;
ü Conclusão das etapas ou fases programadas.

v Relativamente ao Concedente
ü Se foi dada ciência do Convênio à Assembléia Legislativa;
ü Se as parcelas do Convênio foram liberadas em estrita
conformidade com o plano de aplicação;
ü Se há comprovação da boa e regular aplicação da parcela
liberada, inclusive mediante procedimento de fiscalização, pelo
Órgão/Entidade descentralizador do recurso.

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Licitação, Contratos e Convênios

v Relativamente ao Convenente
ü Se não há desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos
não justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas,
práticas atentatórias aos princípios fundamentais da Administração
Pública nas contratações e demais atos praticados na execução
do Convênio, ou inadimplemento do executor, com relação a
outras cláusulas conveniais básicas;
ü Se os saldos de Convênios encontram-se aplicados em caderneta
de poupança ou em fundo de aplicação financeira;
ü Se os saldos financeiros foram devolvidos, em caso de conclusão,
denúncia, rescisão ou extinção do convênio, no prazo de 30 dias.

v Exigência da Legislação vigente


ü Existência de dotação específica;
ü Observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição
Federal - vedação a transferência voluntária de recursos para
pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
ü Comprovação da prestação de contrapartida, devidamente
pactuada de acordo com a capacidade financeira da respectiva
unidade beneficiada, podendo ser atendida por intermédio de
recursos financeiros ou bens e serviços economicamente
mensuráveis;
ü Comprovação por parte do beneficiário:
• Pagamento dos tributos, empréstimos e financiamentos
devidos ao concedente e a prestação de contas de
recursos anteriormente recebidos;
• Cumprimento dos limites constitucionais relativos à
educação e à saúde;
• Observância dos limites das dívidas consolidadas e
mobiliárias, de operações de crédito inclusive por
antecipação de receita, de inscrição de restos a pagar e de
despesa total com pessoal;
• Previsão orçamentária de contrapartida.

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CONSIDERAÇÕES E FUNDAMENTOS LEGAIS DOS CONTRATOS
Lei Federal n° 8.666, de 21 de junho de 1993, que institui as normas para

CONCEITO
O contrato se constitui em todo e qualquer ajuste entre Órgãos e Entidades
da Administração Pública e particulares, seja qual for a denominação
utilizada.

FUNDAMENTOS LEGAIS
Lei Federal n° 8.666, de 21 de junho de 1993, que institui as normas para
licitações e contratos da Administração Pública.

INSTRUMENTO CONTRATUAL
Documento escrito onde são expressas, mediante cláusulas, as vontades das
partes. O instrumento contratual é obrigatório para as modalidades de
concorrência, tomada de preços e para as dispensas e inexigibilidades de
licitação, cujos valores estejam compreendidos nos limites dessas
modalidades de licitação. Aos demais casos, quando a Administração puder
substituí-lo pela carta-contrato, nota de empenho, autorização de compra
ou ordem de execução de serviço, sua utilização é facultada.
A Administração poderá substituir o instrumento contratual pela carta-
contrato, nota de empenho, autorização de compra ou ordem de
execução de serviço, independentemente de seu valor, nos casos de
compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não
resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.

CLÁUSULAS CONTRATUAIS
Todos os instrumentos contratuais devem possuir cláusulas que estabeleçam
o objeto e as condições para a sua execução.

REAJUSTE
O reajuste contratual é admitido apenas quando decorridos doze meses,
contados a partir da data da proposta, de acordo com o art. 2º, § 2º, e art.
3º, § 1º da Lei Federal nº 10.192, de 14 de fevereiro de 2001.

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Licitação, Contratos e Convênios

REEQUILÍBRIO
O equilíbrio econômico-financeiro é a relação existente entre todos os
encargos assumidos pelo contratado e a remuneração correspondente
devida pela Administração. A recomposição do equilíbrio econômico-
financeiro pode ocorrer durante a vigência do contrato, desde que
sobrevenham, nesse transcurso, fatos imprevisíveis ou previsíveis de
conseqüências incalculáveis, em caso de força maior, caso fortuito, ou fato
do príncipe, configurando álea extraordinária extracontratual.
ü Fato do príncipe - qualquer determinação estatal que onere a
execução do contrato – por ex: aumento ou criação de tributo.
ü Álea econômica - acontecimento causador de desequilíbrio,
onerando a execução do contrato.

REPACTUAÇÃO
É a possibilidade de repasse de percentuais relativos a reajuste salarial da
mão-de-obra, ocorrido na data-base, aos custos dos contratos. Ocorre
apenas nos serviços terceirizados, com o objetivo de restabelecer o preço de
mercado, de acordo com a Decisão do TCU de nº 457/95 e 1563/2004 –
Súmula 222.

DURAÇÃO
A duração dos contratos deve respeitar a vigência dos respectivos créditos
orçamentários. A Lei federal n.º 8.666/93 veda a celebração de contrato por
tempo indeterminado.

GARANTIAS OFERECIDAS
Para assegurar a sua execução, quando exigidas:
ü Garantia de participação (facultativa) – 1% do valor estimado do
objeto do contrato.
ü Garantia para prestação ou fornecimento (facultativa) – 5% do valor
do contrato.
• É exigida a critério da autoridade contratante;
• Deverá ser prevista no ato convocatório.
ü Garantia Adicional (obrigatória):

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• É obrigatória aos licitantes classificados, no caso de licitação para
obras e serviços de engenharia;
• Deverá ser prevista no ato convocatório.
ü Modalidades:
• Caução em dinheiro ou título da dívida pública.
• Seguro garantia;
• Fiança bancária.

PRORROGAÇÃO
Podem ser prorrogados os prazos dos Contratos relativos:
ü Aos projetos cujos produtos estejam contemplados no PPA, desde que
haja interesse da Administração e previsão no ato convocatório;
ü Aos serviços de execução de forma continuada, objetivando a
obtenção de preços mais vantajosos para a Administração, limitada a
60 meses, devidamente justificada por escrito e previamente
autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato,
prorrogável por mais doze meses, excepcionalmente.

CONTRATO VERBAL
É nulo e de nenhum efeito, exceto os relativos a compras de pronto
pagamento, no valor de até R$ 4.000,00, feitas sob o regime de
adiantamento (Suprimento de Fundos)

SERVIÇO CONTINUADO
De acordo com a Instrução Normativa MARE nº 18, de 22 de dezembro de
1977, o serviço continuado constitui-se em um serviço auxiliar necessário à
Administração para o desempenho de suas atribuições, cuja interrupção
possa comprometer a continuidade de suas atividades e cuja contratação
deve estender-se por mais de um exercício financeiro.

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Licitação, Contratos e Convênios

O QUE DEVE SER OBSERVADO NO INSTRUMENTO CONTRATUAL


ü Se no preâmbulo é mencionado:
• Nome das partes e seus representantes legais;
• Finalidade;
• Ato que autorizou a lavratura;
• Número do processo da licitação, dispensa ou inexigibilidade;
• Sujeição às normas da Lei nº 8.666/93 e às cláusulas contratuais.
ü Se o instrumento possui cláusulas que estabeleçam:
• O objeto e seus elementos característicos;
• O regime de execução ou a forma de fornecimento;
• O preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e
periodicidade do reajustamento de preços;
• Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de
entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o
caso;
• O crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da
classificação funcional programática e da categoria econômica;
• As garantias oferecidas para assegurar sua plena execução,
quando exigidas;
• Os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades
cabíveis e os valores das multas;
• Os casos de rescisão;
• O reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de
rescisão administrativa, previstos no art. 77 da Lei nº 8.666/93;
• As condições de importação, a data e a taxa de câmbio para
conversão, quando for o caso;
• A vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou
ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;
• A legislação aplicável à execução do contrato e especialmente
aos casos omissos;
• A obrigação do contratado de manter, durante toda a
execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações
por ele assumidas, todas as condições de habilitação e
qualificação exigidas na licitação.

23
• Declaração como competente o foro da sede da Administração
para dirimir qualquer questão contratual.
ü Se foi providenciada a publicação integralmente ou em forma de
extrato, no DOE, que é condição indispensável para sua validade,
conforme art. 28, § 5º da Constituição Estadual.

24
PRAZOS RECURSAIS E IMPUGNATÓRIOS
(Art.9º, incisos V, XXI e XXIII da Lei Estadual nº 6.474\2002 e Art. 41 e 109 da Lei nº 8.666\93)

PRAZO PARA
MODALIDADE PROCEDIMENTO ATO
RECURSO
Convite 2 dias úteis • A contar da intimação do ato ou da lavratura da ata.
• Dirigido ao Presidente da Comissão de Licitação que poderá encaminhar
ATO DECISÓRIO

o pleito ao gestor, se for o caso, em igual prazo, mediante processo • Habilitação


Concorrência
5 dias úteis devidamente informado. • Inabilitação
• Três dias úteis para julgamento e resposta. • Julgamento de
Tomada de Preços • Prazo para impugnação de 5 dias úteis. Propostas
• Ao final da sessão, deverá ser manifestada verbalmente a intenção de • Anulação
interposição de recurso e oficializada no prazo de 3 dias úteis. • Revogação da
Pregão 3 dias úteis • 24 horas para julgamento e resposta pelo Gestor e pregoeiro. Licitação
• Dirigido ao superior hierárquico do pregoeiro.
• O pregoeiro poderá retratar-se de sua decisão.

Por qualquer cidadão: Até 5(cinco) dias úteis antes da data fixada para
abertura dos envelopes.
Pelo licitante: Em caso de Concorrência, até o segundo dia útil que
anteceder a abertura dos envelopes de habilitação; em caso de Convite,
Tomada de Preços, Concurso e Leilão, até o segundo dia útil que anteceder
EDITAL

a abertura dos envelopes com as propostas; em caso de Pregão, protocolar • Impugnação


X X
o pedido até dois dias úteis antes da sessão pública para recebimento das
propostas.

Prazo de 3 dias úteis para julgamento e resposta para todas as modalidades

Especificamente no caso de Pregão, o prazo para julgamento e resposta


deverá ser de até 24 (vinte e quatro) horas.
PRAZOS PARA REALIZAÇÃO DO CERTAME
(Art.22 da Lei 8.666\93)

MODALIDADE PRAZO MÍNIMO ATÉ O RECEBIMENTO DAS PROPOSTAS OU DE REALIZAÇÃO DO EVENTO

Convite 5 dias úteis

30 dias consecutivos Quando a licitação for do tipo Melhor Técnica ou Técnica e Preço.
Tomada de Preços
15 dias consecutivos Quando a licitação for do tipo Menor Preço.
Quando a licitação for do tipo Melhor Técnica ou Técnica e Preço ou
45 dias consecutivos
quando o contrato for de regime de empreitada integral.
Concorrência
30 dias consecutivos Aplicável aos demais casos.

Pregão Nunca inferior a 8(oito) dias úteis.

Concurso 45dias

Leilão 15dias

Obs: Contagem dos prazos – Excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento. Os prazos só se iniciam e vencem em dia de
expediente no Órgão/Entidade.

26
LIMITES PARA DETERMINAÇÃO DA MODALIDADE DE LICITAÇÃO
(Art. 23 da Lei nº 8.666\93)

MODALIDADE VALOR

Obras e Serviços de Engenharia Compras e outros serviços

Convite Até R$ 150.000,00 Até R$ 80.000,00

Tomada de Preços Até R$ 1.500.000,00 Até R$ 650.000,00

Concorrência Acima de R$ 1.500.000,00 Acima de R$ 650.000,00

Pregão Qualquer Valor Qualquer Valor

DISPENSA DE LICITAÇÃO
(Art.24, incisos I e II, e p. único, da Lei 8.666\93)

ÓRGÃOS, AUTARQUIAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, EMPRESA PÚBLICA, AUTARQUIAS E


OBJETO
FUNDAÇÕES FUNDAÇÕES QUALIFICADAS COMO AGÊNCIAS EXECUTIVAS

Obras e Serviços de Engenharia R$ 16.000,00 R$ 30.000,00

Compras e outros Serviços R$ 8.000,00 R$ 15.000,00


DÚVIDAS E RESPOSTAS

DÚVIDAS RESPOSTAS CONTEXTO LEGAL


FRACIONAMENTO DE DESPESAS
• Há diferença entre fracionamento Sim. O parcelamento do objeto é obrigatório, devendo ser
de despesa e parcelamento do preservada a modalidade para o total das obras, compras e Art. 15, IV, e art. 23, § 1°, da Lei nº
objeto? serviços. Fracionamento da despesa é a divisão ilícita do 8.666/93.
objeto, visando utilizar modalidade de licitação menos
complexa ou sem processo licitatório.
• Por que parcelar ou dividir o Para melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no Art. 15, IV, e art. 23, § 1°, da Lei nº
objeto? mercado. 8.666/93.
CONVITE
• Existe vedação legal para
Sim. Na modalidade convite, para prosseguimento do certame
prosseguimento do certame
impõe-se a existência de pelo menos três empresas habilitadas. Art. 22, §§ 3°, 6° e 7°, da Lei n°
licitatório, na modalidade convite,
Quando isso não ocorrer, o certame deverá ser repetido. A 8.666/93.
com menos de três propostas cada novo certame, realizado para objeto idêntico ou
válidas? assemelhado, deverá ser convidado no mínimo, mais um
interessado.
• Por que exige o mínimo de três Para ampliar a competição e evitar o direcionamento. Resolução TCE nº 14.206/95
propostas válidas?
• O que fazer quando não O certame deverá ser repetido.
comparecer nenhum licitante? Art. 22, § 7° da Lei nº 8.666/93.
• Existe possibilidade da não Sim. Na hipótese prevista no art. 22 da Lei federal n° 8.666/93,
repetição do certame? quando, por limitação de mercado ou manifesto desinteresse
dos convidados, devendo essa circunstância ser devidamente
justificada no processo, ou ainda quando não acudirem Art. 22, § 7° da Lei nº 8.666/93.
interessados à licitação e esta não puder ser repetida sem
prejuízo à Administração, a contratação poderá ser realizada
com dispensa de licitação, na forma do art. 24, V, da Lei n°
8.666/93, mantidas todas as condições preestabelecidas.

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DÚVIDAS RESPOSTAS CONTEXTO LEGAL
PUBLICIDADE
• A publicidade do convite poderá Segundo o Prof°. Jorge Ulisses Jacob Fernandes, a prática da
ser unicamente pela imprensa publicidade do convite unicamente pela imprensa não evita a Art. 109, da Lei n° 8.666/93.
oficial? necessidade da repetição do convite, no caso do não
comparecimento de pelo menos três interessados em participar
do certame.
• A data da publicação do Não. A publicidade do julgamento das propostas deve
julgamento das propostas poderá anteceder a homologação e a adjudicação do objeto da Art. 109, da Lei n° 8.666/94.
ser posterior à homologação e à licitação, para respeitar o direito recursal dos licitantes.
adjudicação do objeto?
• É obrigatória a publicação na Sim. Salvo se presentes a sessão todos os representantes dos
imprensa oficial do resultado da licitantes, quando a comunicação poderá ser feita por Art. 109, da Lei n° 8.666/95.
habilitação e do julgamento das comunicação direta e registrada em ata.
propostas?
• O que fazer quando o O Tribunal Superior de Justiça decidiu que "se o procedimento
procedimento licitatório ultrapassou de licitação ultrapassou o exercício financeiro e no orçamento
o exercício financeiro e o seguinte não existe reserva de verba pra enfrentar a despesa Art. 109, da Lei n° 8.666/96.
orçamento do ano seguinte não com a aquisição do bem objeto da concorrência, é lícito a
contemplou reserva para atender Administração declarar extinto o certame. A inexistência de
a despesa? reserva orçamentária é mais que um motivo justo para revogar-
se a licitação. Nele se traduz um impedimento absoluto ao
avanço do procedimento". STJ - Corte Especial NS 4482/DF.
DISPENSA DE LICITAÇÃO
• Quando a Administração pode Quando a compra não decorra de falta de planejamento,
contratar, sem licitação, utilizando desídia ou má gestão dos recursos. -
o art. 24, IV, da Lei n° 8.666/93?
• E na contratação de instituição, Deve se observar se há nexo entre o dispositivo legal e o objeto
com dispensa de licitação, o que do contrato, e ainda a legislação: Acordão n° 354/2000 – TCU. -
deve ser observado?
DÚVIDAS RESPOSTAS CONTEXTO LEGAL
• O que não se licita? A regra é licitar. A exclusão da licitação pode ocorrer apenas
nas hipóteses dos arts. 17, 24 ou 25 da Lei n° 8.666/93. -
• Existe diferença entre dispensa de Sim. As hipóteses do art. 24, da Lei n° 8.666/93 são dispensáveis
licitação e licitação dispensável? de licitação, ou seja, a Administração poderá proceder
certame se quiser, ou poderá excluí-lo sob justificativa. São -
dispensáveis por critério meramente legal, que são os casos
dispostos no art. 17 da referida lei.
ALTERAÇÃO CONTRATUAL /MODALIDADE DE LICITAÇÃO
• Deve ser observada para a escolha Sim. Deve ser observada a modalidade para o total da
da modalidade de licitação, nos contratação, incluída a possibilidade da prorrogação do Entendimento da AGE com base
casos dos serviços continuados, a contrato. na Decisão do TCU.
possibilidade de prorrogação do
contrato em até 60 meses
prorrogáveis para mais de 12
meses?
• E no caso, de alteração do Sim. O contrato poderá ser alterado desde que não ultrapasse
contrato, em 25% ou 50%, deverá ao valor da modalidade da licitação. -
ser observada essa condição?
JULGAMENTO DAS PROPOSTAS
• O que significa princípio do Significa que no julgamento das propostas não cabe favoritismo
julgamento objetivo? de acordo com aspectos subjetivos da Comissão, e sim se Art. 45 da Lei n° 8.666/93.
vincular aos isentos e impessoais procedimentos e exigências
contidos no edital e na lei.
• O que significa pré-qualificação de Ocorre na concorrência quando “o objeto da licitação Art. 114 da Lei n° 8.666/93.
empresas? recomende análise mais detida da qualificação técnica dos
interessados”.
• O que fazer quando se estima a Caso o objeto seja divisível, a licitação pode ser aproveitada Art. 15, Inciso XIV, 23 e 43, Inciso IV
menor o valor da licitação? até o quantitativo cabível, em valor, para a modalidade da Lei n° 8.666/93.
licitada, caso o licitante concorde. Caso o objeto seja indivisível,
ou o licitante não concorde, deverá ser feito um novo certame.

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DÚVIDAS RESPOSTAS CONTEXTO LEGAL
• Qual a necessidade da pesquisa Para o enquadramento do certame à modalidade e Art. 3º, 15, Inciso XIV, Art. 23 e 43,
de preços? proporcionar à comissão condições de proceder ao Inciso IV da Lei n° 8.666/93.
julgamento pelo menor preço.
• É necessário, no caso de dispensa, Sim. Para que seja garantido o princípio de isonomia e da
coletar preços no mercado? seleção da proposta mais vantajosa para a Administração e
assim preservar o disposto no art. 3, da Lei federal n° 8.666/93 -
que determina a observância, pela Administração, da isonomia
e a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração.
• Pode um licitante participar de um Não.
certame licitatório com um CNPJ e
executar o contrato com uma -
outra inscrição? Por exemplo:
Matriz participa do certame e o
estabelecimento filial executa o
contrato?

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