Resumo do capítulo 10 do livro “Condição pós-moderna”.
HARVEY, David. Teorizando a transição. Condição Pós-Moderna. In: ______. São Paulo: Loyola, 1989. cap 10, p. 163-176.
Resumo do capítulo 10 do livro “Condição pós-moderna”.
HARVEY, David. Teorizando a transição. Condição Pós-Moderna. In: ______. São Paulo: Loyola, 1989. cap 10, p. 163-176.
Resumo do capítulo 10 do livro “Condição pós-moderna”.
HARVEY, David. Teorizando a transição. Condição Pós-Moderna. In: ______. São Paulo: Loyola, 1989. cap 10, p. 163-176.
HARVEY, David. Teorizando a transio. Condio Ps-Moderna. In: ______. So
Paulo: Loyola, 1989. cap 10, p. 163-176.
No dcimo captulo da obra Condio Ps-Moderna, nomeado Teorizando a
transio, Harvey (1989) explica como se deu a transio do sistema fordista para a acumulao flexvel, quais as dificuldades do momento e ainda busca conceb-la sob um vis terico. Inicialmente somos apresentados concepo de de alguns estudiosos. Enquanto Schumpeter interpreta o fordismo e o keynesianismo como um interldio infeliz no progresso capitalista, Lash e Urry enxergam tal revoluo no s como um colapso de circunstncias materiais em uma poltica da classe trabalhadora, como tambm uma fase de desintegrao do capitalismo contemporneo. (SCHUMPETER, LASH e URRY apud HARVEY, 1989, p. 163-164) Porm, de acordo com o autor, a acumulao flexvel ainda um sistema capitalista. a partir dessa proposio que Harvey (1989) resume sua tese em um quadro composto por argumentaes feitas em outro livro do escritor, The limits to capital (Harvey, 1989). Baseado nesse pressuposto, so destacados trs aspectos estabelecidos como fundamentais pelo autor:
1. O capitalismo orientado para o crescimento. [...]
2. O crescimento em valores reais se apia na explorao do trabalho vivo na produo. [...] 3. O capitalismo , por necessidade, tecnolgica e organizacionalmente dinmico. [...] (HARVEY, 1989, p. 169)
No primeiro tpico, Harvey (1989) explicita que o capitalismo precisa preparar
toda uma conjuntura de crescimento para que a produo de seus produtos seja ampliada independentemente dos impactos sociais, polticos e ecolgicos. J sobre o segundo ponto em destaque, o autor explica brevemente sobre como a expanso capitalista est intimamente ligada diferena de recursos financeiros entre o que o trabalhador produz e o que obtm. Chegando explicao da terceira colocao, Harvey (1989) comenta sobre as leis coercitivas que impe aos capitalistas inovaes acerca do lucro. Segundo o autor, Marx (MARX apud HARVEY, 1989, p. 168) conseguiu demonstrar que essas trs condies essenciais para o modo de vida capitalista so incompatveis e volveis. Desse modo, o sistema capitalista era, de maneira inerente, propenso a instabilidades uma vez que esses trs pilares destacados por Harvey (1989) so to necessrios ao sistema em anlise. O argumento marxista adotado pelo autor que, desse modo a inclinao superacumulao nunca poder ser extinguida do capitalismo. Em um segundo momento do curto captulo, Harvey (1989) apresenta algumas estratgias que podem ajudar a minimizar os danos da desordem social imposta pelo capitalismo. So elas: desvalorizao de mercadorias associada destruio direta; controle macroeconmico por meio de algum sistema de regulao para conter o acmulo excessivo; a absoro da superacumulao por meio do deslocamento temporal, espacial e tempo-espacial. a partir desse instante que o autor lana uma questo importante para a compreenso da histria geopoltica: Como, ento, o fordismo resolvia as tendncias de superacumulao inerentes ao capitalismo? (Harvey, 1989, p. 172) Para responder pergunta, toda uma conjuntura histrica apresentada, passando pela Segunda Guerra Mundial at os idos de 1972. Harvey conta que, antes da segunda Grande Guerra faltava um aparato que proporcionasse o deslocamento temporal e espacial principalmente dentro dos pases. Foi a partir de 1945, com o desdobramento do planejamento de guerra, que estratgias respaldadas no controle da desvalorizao e na absoro da superacumulao foram institudas. Em contrapartida, houve tambm a instituio de um forte sistema de controle macroeconmico que restringia a luta de classes e equilibrava, na medida do possvel, a produo e o consumo de massa por meio do comando do Estado. (Harvey, 1989, p. 173) O captulo ainda traz diversas informaes aprofundadas e relevantes para a concepo da transio terica da era fordista para a capitalista. Entre elas, a de que foi atravs do deslocamento espacial e temporal que o regime fordista de acumulao resolveu o problema da superacumulao no perodo ps-guerra. (Harvey, 1989, idem) Harvey conclui apresentando a ideia de que, embora a conjuntura atual seja diferente do perodo em anlise ao longo do captulo, no difcil perceber que alguns elementos definidos por Marx ainda so fundamentais ao modo de vida capitalista - e, em alguns casos, so mais necessrios hoje do que tempos atrs. Pois a acumulao flexvel se mostra, no mnimo, (...)com uma nova configurao. (Harvey, 1989, p. 176)