Michel de Certeau aborda no captulo VII, Caminhadas pela Cidade
uma problematizao acerca do embora j conhecido espao urbanizado de
uma cidade, onde ele pode nos apresentar um manancial de possibilidades de se pensar esse meio. As pessoas j no tm mais tempo, a vida cotidiana vivi num agitado processo de acelerao da histria como aborda Pierre Nora, o ato simples de contemplar uma paisagem j no se faz presente nessas sociedades contemporneas. nessa perspectiva que Certeau traz logo no incio do texto uma anlise oposta, uma pessoa contemplando Nova Iorque na enlouquecida rotina cotidiana, em cima do World Trade Center, o maior polo econmico do mundo. A cidade para Certeau surge a partir da necessidade do sujeito em se estabelecer em um espao, que no caso da cidade num espao urbano, desenvolvido, tecnolgico, contemporneo e que no foi atribudo superficialmente, mas por meio de elementos que a define e atribui tal valor. Os discursos e/ou representaes apresentam uma ideia de cidade que Certeau analisa como um espao cuja sua posse prpria do sujeito que se coloca como universal que est inserido em um no-tempo. Para Certeau o espao pode sempre estar em constante mudanas dependendo unicamente do caminhante que atribui significados diferentes, organizados a partir de um sistema com possibilidades e leis. Todo percurso do sujeito estar a cada passo um olhar diferente ao espao, a apropriao do espao se coloca como elemento de construo junto com a construo dos discursos que so lanados sobre o meio percebendo atravs da uma sequncia de possibilidade de se pensar e questionar os elementos histricos pelos discursos dos lugares, partindo de fragmentos de histrias que tem como espelho as prticas das sociedades. Os lugares praticados so diferentes em grau e nmero dos lugares utpicos. Os espaos so cheios de significados, uma cidade com ruas, casas, nmeros e barros so antes de tudo um espao que transbordam significados, quem nunca se perguntou o porqu tal rua tem aquele nome, toda edificao carrega consigo um passado, vivncias histricas.