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1. ALVENARIA
São paredes, muros ou alicerces (sapatas corridas) feitos com:
• pedras naturais
• blocos e tijolos cerâmicos
• blocos de concreto
• blocos sílico-calcários ¾ com ou sem argamassa
• blocos de concreto celular
• tijolos de vidro
• tijolos de solo-cimento, etc.
cutelo
½ tijolo
SIMPLES 1 tijolo
1 ½ tijolo
2 tijolos
espessura
de caixão comum
COMPOSTA sistema Eckert
mistas
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Tijolos/Blocos Cerâmicos
Produção
o Podem ser prensados ou extrudados (caso mais freqüente).
Características
o Tijolos maciços: podem ser extrudados ou prensados.
o Blocos vazados: são extrudados - 2, 4, 6, 8, 21 furos.
o Resistência à compressão: entre 1 e 10 MPa (mínima: 2,5 MPa).
o Peso de até 131 kg/m2.
o Detêm 90% do mercado brasileiro de blocos.
o Blocos com dimensões modulares e submodulares; blocos com formatos
diversos (tipo canaleta e para instalações elétricas e hidráulicas).
Normas
o NBR 7170/1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria.
o NBR 7171/1992 – Bloco cerâmico para alvenaria.
o NBR 6460/1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Verificação da
resistência à compressão.
o NBR 6461/1983 - Bloco cerâmico para alvenaria – Verificação da
resistência à compressão.
o NBR 8041/1983 - Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Forma e
dimensões.
o NBR 8042/1992 - Bloco cerâmico para alvenaria – Formas e dimensões.
o NBR 8043/1983 – Bloco cerâmico portante para alvenaria – Determinação
da área líquida.
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Blocos de Concreto
Produção
o Mistura de cimento, areia, pedrisco e água.
o Fabricado com agregado normal ou leve.
o Vibro-prensa para moldagem e compactação.
o Cura úmida a vapor durante tempo padronizado.
o Exigem rigoroso controle da cura para evitar retração por secagem
excessiva na parede e sua conseqüente fissuração.
Características
o Resistência mínima à compressão de 2,5 MPa para blocos de vedação.
o Isolamento acústico: deve variar de 40 dB para blocos de 9 cm de
espessura sem revestimento a 46 dB para blocos de 14 cm de espessura
com revestimento.
o Peso de até 156 kg/m2.
Normas
o NBR 7173/1982 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem
função estrutural.
o NBR 6136/1994 – Bloco vazado de concreto simples para alvenaria
estrutural.
o NBR 7184/1992 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria –
Determinação da resistência à compressão.
o NBR 8215/1983 - Prismas de blocos vazados de concreto simples para
alvenaria estrutural – Preparo e ensaio à compressão.
o NBR 12117/1991 - Blocos vazados de concreto para alvenaria – Retração
por secagem.
o NBR 12118/1991 - Blocos vazados de concreto para alvenaria –
Determinação da absorção de água, do teor de umidade e da área
líquida.
Problemas mais comuns
o Devidos, principalmente, à retração por secagem.
o Falta de esquadro.
o Fragilidade.
o Variações dimensionais
o Falta de planicidade da superfície.
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Blocos Sílico-Calcários
Produção
o Mistura de cal virgem, areia fina quartzosa e água.
o Prensagem em moldes (alta pressão).
o Desmolde.
o Colocação em autoclaves e cura sob alta pressão de vapor por várias
horas (16 atm, 200ºC, 5 horas): forma-se hidrossilicato de cálcio (C-S-H).
o Método patenteado em 1880 na Alemanha: “Método de produção de
pedra artificial de areia”. 70% dos blocos comercializados na Alemanha
são sílico-calcários.
o Produção atual em diversos países da Europa, Rússia, Canadá, México e
EUA. No Brasil são produzidos desde 1976 pela Prensil, para alvenaria
estrutural.
o Exigem rigoroso controle da cura para evitar retração por secagem
excessiva e conseqüente fissuração.
Características
o Material bem compactado: resistência à compressão varia entre 4,5 e 15
MPa.
o Alta precisão nas dimensões.
o Arestas bem definidas.
o Textura suave, pouca rugosidade, alta absorção de água.
o Peso de até 132 kg/m2.
o Coloração variada por meio de adição de pigmentos.
Normas
o Não há normalização brasileira para blocos sílico-calcários.
o Norma alemã: DIN-106.
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Produção
o Mistura de cimento, cal, areia e alumínio em pó (agente expansor).
o Autoclave: cura a vapor sob pressão de 10 atm e 180ºC de temperatura.
o Exigem rigoroso controle da cura para evitar retração por secagem
excessiva e conseqüente fissuração.
Características
o Contém bolhas de ar de dimensões milimétricas, homogêneas e
uniformemente distribuídas. A textura é suave.
o Peso 60% menor que os blocos cerâmicos (500 kg/m3): estruturas mais
esbeltas e menor consumo de aço e menor carga nas fundações.
o Preenchimento de nervuras em lajes.
o Maior dimensão dos blocos (até 40x60x19 cm) e maior leveza (peso de
até 75 kg/m2) levam a maior produtividade.
o Regularidade de dimensões: possibilitam fina camada de revestimento
o Isolante térmico e acústico; alta resistência ao fogo (incombustível).
o Resistência à compressão: 2,5 Mpa aos 28 dias.
o Pode ser cortado com serrote de dentes largos; pode ser furado, lixado e
pregado com ferramentas comuns.
o Exigem cuidados maiores no manuseio e armazenagem.
Normas
o NBR 12644/92 – Concreto celular espumoso – determinação da
densidade de massa aparente no estado fresco – Método de ensaio.
o NBR 12646/92 - Paredes de concreto celular espumoso moldadas no local
– Especificação.
o NBR 12655/92 – Execução de paredes de concreto celular espumoso
moldadas no local – Procedimento.
o NBR 13438/1995 - Blocos de concreto celular autoclavado.
o NBR 13439/1995 - Blocos de concreto celular autoclavado – Verificação
da resistência à compressão.
o NBR 13440/1995 - Blocos de concreto celular autoclavado – Verificação
da densidade de massa aparente seca.
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Blocos de Solo-Cimento
Produção
Tijolos de Vidro
Produção
o Fundição de duas partes de vidro a altas temperaturas.
o O resfriamento do vidro fundido faz a pressão interna do ar reduzir.
Características
o Peças ocas, estanques, preenchidas com ar rarefeito.
o Bom isolamento térmico e acústico.
o Várias colorações.
Normas
o NBR 14899-1/2002 - Blocos de vidro para a construção civil – Parte 1:
Definições, requisitos e métodos de ensaio.
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horas: desmanche ou
esfarelamento indicam
queima ruim = trena/24
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2 2 2
1 1
1
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Documentos de referência
¾ projeto arquitetônico
¾ projeto estrutural
¾ projetos de instalações (hidráulico, elétrico, etc)
MÉTODO EXECUTIVO
1a etapa: PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
1. Limpeza da base (laje ou viga de concreto armado)
2. Lavagem (água) e escovação (escova de aço) da superfície de
concreto
3. Chapisco do concreto que ficará em contato com a alvenaria.
O chapisco deve ser feito com 72 horas de antecedência.
Podem ser aplicados três diferentes tipos de chapisco:
CHAPISCO CONVENCIONAL
Argamassa de cimento e areia grossa
estrutura
Desperdício elevado
CHAPISCO ROLADO
Argamassa de cimento e areia média, misturada a seco
fabricante
Aplicação com desempenadeira dentada
4. Marcação do alinhamento
5. Definição da galga (definição da altura das fiadas da alvenaria)
A galga é marcada com auxílio de nível de mangueira ou com aparelho
de nível, nos pilares ou com auxílio de caibro ou escantilhão. São
esticadas linhas de náilon. São marcadas também cotas de vergas e
contravergas.
O ponto mais alto da base define a cota da primeira fiada. Devem ser
feitas, com argamassa, correções de desníveis na estrutura de concreto
superiores a 2 cm, com pelo menos 24 horas de antecedência.
6. Fixação dos dispositivos de amarração da alvenaria aos pilares
“Ferros-cabelo” – aço CA-50 φ 5mm chumbado no pilar, a cada 2
fiadas
Tela soldada aparafusada ao pilar, a cada 2 fiadas
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Blocos junto aos pilares: deverão ser assentes com a argamassa da junta
vertical já aplicada na sua face lateral, de modo que ela seja fortemente
comprimida contra o pilar previamente chapiscado. O preenchimento
posterior da junta pilar/alvenaria pode criar uma ligação fraca
sujeita à fissuração.
13. Verificar o prumo, nível e alinhamento de cada fiada
Instrumentos: prumo de face, régua de nível e linhas de náilon.
14. Não executar até o respaldo
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DETALHES DE CONSTRUÇÃO
1. Encontro entre paredes
½ L, T, cruz
½ O objetivo é evitar destacamento entre panos de alvenaria
(fissuras), por meio de amarração.
½ O ideal é a utilização de blocos especiais
juntas de assentamento
telas metálicas embutidas no
revestimento
quando for esperada intensa
2. Juntas de controle
½ Servem para evitar fissuras causadas por
movimentações térmicas e higroscópicas
da alvenaria, e por retração por secagem
da argamassa de assentamento.
½ Preenchimento com selante (acrílico,
silicone, polissulfetos)
½ Ligação: fios de aço φ = 4,2 ou 5 mm,
nas juntas horizontais ímpares, passando
30 cm para cada lado da junta.
Cintas de amarração
½ hparede > 3m Î cintas de amarração intermediárias
½ hparede > 5m Î cálculo estrutural Î alvenaria estrutural
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4. Embutimento de instalações
½ Forma tradicional: embutimento é feito posteriormente à
elevação da alvenaria, por meio de cortes e rasgos na parede.
Implica em elevado desperdício de tempo e de materiais.
Cuidado: redução excessiva da seção do bloco torna necessário o
reforço com tela metálica no revestimento
Cortes em paredes de blocos cerâmicos, blocos de concreto e blocos
sílico-calcários: corte com auxílio de serra de disco de corte.
Cortes em paredes de blocos de concreto celular: rasgador manual.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LORDSLEEM JR., Alberto Casado. Execução e inspeção de alvenaria racionalizada.
São Paulo: O Nome da Rosa, 2000, 103p.
THOMAZ, Ercio; HELENE, Paulo. Qualidade no projeto e na execução de alvenaria
estrutural e de alvenarias de vedação em edifícios. São Paulo: EPUSP, 2000.
(BT/PCC/252)
Revista TÉCHNE. Blocos em carreira. São Paulo: PINI, No.64, julho 2002, p.30-35.
Revista TÉCHNE. Como construir alvenaria de blocos de vidro. São Paulo: PINI,
No.64, julho 2002, p.76-79.