O documento discute 3 pontos principais:
1) A diferença entre símbolos e sinais e a importância da narrativa nos sonhos;
2) Como os sonhos expressam pensamentos e problemas inconscientes através de símbolos;
3) Que parte do inconsciente consiste em pensamentos e impressões temporariamente ocultas que continuam influenciando o comportamento.
O documento discute 3 pontos principais:
1) A diferença entre símbolos e sinais e a importância da narrativa nos sonhos;
2) Como os sonhos expressam pensamentos e problemas inconscientes através de símbolos;
3) Que parte do inconsciente consiste em pensamentos e impressões temporariamente ocultas que continuam influenciando o comportamento.
O documento discute 3 pontos principais:
1) A diferença entre símbolos e sinais e a importância da narrativa nos sonhos;
2) Como os sonhos expressam pensamentos e problemas inconscientes através de símbolos;
3) Que parte do inconsciente consiste em pensamentos e impressões temporariamente ocultas que continuam influenciando o comportamento.
A espcie humana utiliza-se da palavra (escrita/falada) para se expressar, utilizando: - linguagem simblica; - sinais; - imagens no estritamente descritivas. Smbolo:
Termo, nome ou mesmo imagem que nos pode
ser familiar na vida diria, embora possua conotaes especiais alm do seu significado evidente e convencional. Implica alguma coisa vaga, desconhecida ou oculta para ns. No so smbolos: - abreviaes simples; - iniciais (ONU, CPF, UFG); - marcas comerciais (Coca Cola, Goianinho); - nomes de remdios (Rivotril, AAS); - insgnias (bandeiras, brases, distintivos), etc.
Apenas indicam os objetos a que esto
ligados. Palavra/imagem smbolo:
"Uma palavra ou uma imagem simblica
quando implica alguma coisa alm do seu significado manifesto e imediato (...)" e "tm um aspecto 'inconsciente' mais amplo, que nunca precisamente definido ou de todo explicado".
"Quando a mente explora um smbolo,
conduzida a idias que esto fora do alcance da nossa razo". Limites da compreenso humana
Frequentemente utilizamos termos simblicos
como representao de conceitos que no podemos definir ou compreender integralmente.
Misonesmo: medo do 'novo', do 'desconhecido'.
A funo dos sonhos: contribuio da antropologia. Conscincia aquisio muito recente da natureza e ainda em num estgio 'experimental'. Organizao psquica da personalidade global relevncia da funo dos sonhos e imagens simblicas. "Perda da alma": tecnicamente, uma dissociao da conscincia. A funo dos sonhos (cont.) "Participao mstica": quando um indivduo identifica-se inconscientemente com outra pessoa/objeto (Lucien Lvy-Bruhl): ameaa de fragmentao da psique sob o assalto de emoes incontidas. Autocontrole ilusrio: um amigo facilmente pode dizer-nos coisas a nosso respeito que no tnhamos a menor conscincia. Controle das emoes
- deciso consciente (separao/supresso
voluntria e temporria de parte da psique - conquista do ser civilizado); e - deciso inconsciente (separao/supresso espontnea, sem conhecimento/consentimento, contra as intenes de parte da psique - "perda da alma", patologia). A importncia dos sonhos
Os sonhos: o mais fecundo e acessvel campo
de explorao para a investigao da faculdade humana de simbolizao. Sigmund Freud primeiro cientista a tentar explorar empiricamente o 2 plano inconsciente da conscincia. Hiptese: os sonhos no so produto do acaso esto associados a pensamentos e problemas conscientes. A importncia dos sonhos (cont.) Sintomas neurticos (histeria, certos tipos de dor e comportamento anormal, etc.): - reas dissociadas da nossa conscincia que podem tornar-se conscientes ou estarem relacionados com alguma experincia consciente (Pierre Janet). - tm significao simblica (assim como os sonhos, eles tambm so um modo de expresso do inconsciente - Sigmund Freud e Josef Breuer). A importncia dos sonhos: significao simblica (I). - espasmos ao engolir: "no pode engolir a situao; - acesso de asma: "no pode respirar a 'atmosfera' de sua casa"; - paralisia nas pernas: "no pode continuar em dada situao"; - vomita o que come: "no pode digerir determinado fato. A importncia dos sonhos: significao simblica (II).
Os problemas reais que nos afligem, manifestam-
se no inconsciente e expressam-se nos sonhos com muito mais frequncia, numa variedade muito maior que os sintomas fsicos da neurose. Com o uso da "livre associao" (tcnica de Freud), os sonhos podem, eventualmente, ser reduzidos a certos esquemas bsicos. A importncia dos sonhos: significao simblica (III). Se uma pessoa comenta as imagens dos seus sonhos e os pensamentos que estas lhe sugerem, ela acabar por 'revelar' o fundo inconsciente dos seus males, tanto no dito quanto no deliberadamente no dito (Freud). O sonho no o nico ponto de partida para se descobrir os complexos de um paciente pelo processo da livre associao: de qualquer dos pontos de uma circunferncia alcana-se diretamente o centro. A importncia dos sonhos: significao simblica (IV). Os sonhos tm uma significao prpria, mesmo quando provocados por alguma perturbao emocional em que estejam tambm envolvidos os complexos habituais do indivduo (pontos sensveis da psique que reagem mais rapidamente aos estmulos ou perturbaes externas). Por esta razo, a livre associao pode levar de um sonho qualquer aos pensamentos secretos mais crticos. A importncia dos sonhos: significao simblica (V). Os sonhos possuem: - funo prpria (especial; significativa); - estrutura definida; - sentido evidente (indicando idia ou inteno subjacente). * necessrio dar mais ateno forma e ao contedo do sonho em vez de livre associao; * O sonho 'expressa' o que de 'especfico' o inconsciente 'tenta' dizer. A narrativa do sonho - tcnica que leva em conta os vrios e amplos aspectos do sonho (movimento circunvolutrio cujo centro a imagem); - a narrativa no sonho no possui obrigatoriamente incio, meio e fim (dimenso espao-temporal muito diferente da que rege a conscincia); - conhecer e entender a organizao psquica da personalidade global de uma pessoa (relevncia da funo dos sonhos e das imagens simblicas). A narrativa do sonho (I) - no sonho, por associao, o ato sexual - e seus complexos especficos - pode ser simbolizado por uma imensa variedade de imagens ou representado por alegorias; - estes mesmos complexos tambm podem ser deslindados graas a um devaneio em torno de um grupo de letras indecifrveis do alfabeto russo (por exemplo); - da concluimos que, por motivos determinados, o sonho pode conter outra mensagem alm de uma alegoria sexual. A narrativa do sonho (II) Exemplo: um homem enfiando uma chave numa fechadura/empunhando um pesado pedao de pau/forando uma porta com uma arete (alegorias ou smbolos sexuais). O inconsciente, por vontade prpria, escolher uma destas imagens especficas significativo: por que a chave em lugar do pau ou o pau em lugar do arete? Pode no ser, ento, o ato sexual representado ali, mas algum aspecto psicolgico inteiramente diverso. A narrativa do sonho (III) - s o material claro e visvel de um sonho pode ser utilizado para a sua interpretao (o sonho tem seus prprios limites); - trabalhar em torno da imagem do sonho (desprezando qualquer tentativa de fuga na narrativa do paciente). Exemplo: homem sonha com uma mulher 'degenerada' (que seria a sua esposa), apesar de no se parecer com ela. Na verdade, seria a sua prpria parte feminina (anima). A narrativa do sonho (IV) - quem sonha tem tendncia a ignorar - ou rejeitar - a mensagem do sonho (a conscincia resiste ao desconhecido misonesmo!); - animal selvagem/homem primitivo/homem "civilizado", todos tm as mesmas reaes medo profundo e supersticioso ao novo; - o homem "civilizado" cria barreiras psicolgicas para se proteger do choque da inovao (o mesmo em relao ao seu prprio sonho). O passado e o futuro no inconsciente (I) Os sonhos so, comprovadamente, o material mais acessvel e fundamental para se investigar a faculdade humana de produzir smbolos. Dois pontos essenciais sobre o sonho: - ele deve ser tratado como um fato a respeito do qual no se fazem suposies prvias (a no ser a de que ele tem um certo sentido); - o sonho uma expresso especfica do inconsciente. O passado e o futuro no inconsciente (II) Sonho: acontecimento normal possui uma causa racional para a sua existncia ou intencional (ou ambos). Parte do inconsciente consiste de uma profuso de pensamentos, imagens e impresses provisoriamente ocultas. O passado e o futuro no inconsciente (III) Os pensamentos e idias esquecidos no deixaram de existir: continuam presentes num estado subliminar (alm da memria). Coisas que vimos/ouvimos/cheiramos/provamos conscientemente e que esquecemos (todos ns fazemos muitas coisas sem not-las na ocasio). O inconsciente, no entanto, tomou nota de tudo (e sem o percebermos, tais fatos influenciam a maneira como vamos reagir a pessoas e fatos).