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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DE UMA CASCALHEIRA DESATIVADA,

NA ZONA RURAL DA CIDADE DE DOIS VIZINHOS - PR

Marcos José CHAVES1; Maurício MEURER1 & Marcelo TOBALDINI1

1
Acadêmicos do Curso de Engenharia Ambiental da União de Ensino do Sudoeste do
Paraná - UNISEP - Av. Presidente Kennedy, 2601 - Bairro N. S. Aparecida, Dois Vizinhos -
PR. Endereço eletrônico:

RESUMO

O diagnóstico ambiental consiste no levantamento de dados e análise do contexto ambiental


a que a cascalheira está inserida, contemplando seus aspectos biológicos, físicos e sócio-
econômicos. O objetivo do trabalho realizado consistiu em identificar os impactos ambientais
apresentados em sua área de influencia e apresentar propostas de medidas e manejo
ambiental para controlar aqueles de natureza negativa decorrentes da exploração do local.
Os métodos utilizados na elaboração do trabalho foram os métodos “AD HOC” e as
“Matrizes de Interação”. O método AD HOC consiste no levantamento dos impactos
ambientais ocorridos no local por meio de debate entre os autores do trabalho baseando-se
em literatura e impactos que tal atividade normalmente apresenta. As Matrizes de Interação
consistem numa listagem bidimensional que relacionam as ações impactantes identificadas
com os fatores ambientais. Os resultados obtidos após realizado o diagnóstico ambiental
consistem na elaboração de medidas mitigadoras para amenizar os impactos negativos
causados pela atividade extrativista realizada no local. Essas medidas prevêem,
principalmente, a implantação e manejo de espécies arbóreas nativas da região visando o
aumento da biodiversidade da flora e consequentemente da fauna que antes se
estabeleciam no local.

Palavras-chave: Cascalheira, Impactos Ambientais, Reflorestamento, Biodiversidade.


1.0 - INTRODUÇÃO

Quando falamos em atividades econômicas, torna-se impossível tratar de seus


aspectos, seja no âmbito de comercialização ou de produção, sem inserir a eles a variável
de transporte. O funcionamento e sustentabilidade das atividades humanas dependem
dessa variável e não se dariam sem ela.
Considerando-se a realidade da região e a predominância do transporte viário no
Brasil, para que este possa ser realizado, faz-se necessária a construção e manutenção de
vias (estradas). Quando tratamos de vias rurais desprovidas de pavimentação ou
calçamento, é indispensável que as mesmas sejam cobertas por cascalho para possibilitar o
fluxo de veículos sob quaisquer condições climáticas. À área onde este cascalho é extraído
denomina-se cascalheira.
A cascalheira é uma atividade que, devido a suas características particulares,
acarreta em vários impactos ambientais, podendo eles apresentar maior ou menor
amplitude, de acordo com o local onde a cascalheira se encontra, com o planejamento para
a retirada de cascalho, o volume a ser retirado, entre outros. Um impacto ambiental é, de
acordo com o art.1° da resolução 001/86 do CONAMA, “qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma
de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,
afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem - estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - à biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.”

O presente trabalho pretende analisar e diagnosticar os impactos ambientais


evidentes em uma cascalheira, propondo medidas mitigadoras e de monitoramento. no
momento desativada, localizada na comunidade de Canoas, zona rural do município de Dois
Vizinhos.
As atividades de extração de cascalho na referida área iniciaram-se por volta do ano
de 1975, com o intuito de suprir a demanda de cascalho da via intermunicipal que liga Dois
Vizinhos a Boa Esperança do Iguaçu, passando pelas comunidades de São Cristóvão,
Santa Cruz, Canoas e Linha Vachin.
No início da exploração do cascalho, a extração apresentava-se de forma mais
intensa. Passados cerca de sete anos, a extração começou a ocorrer de modo mais
intercalado, menos intenso, até que, no ano de 2007, a cascalheira foi desativada.
Para a realização do estudo/diagnóstico ambiental, utilizou-se de dois métodos: o
método “AD HOC” e o método de “Matrizes de Interação”.
Os trabalhos no local iniciaram-se a partir da demarcação da área a ser estudada por
meio de aparelho GPS. Na ocasião, foram previamente identificados os impactos ambientais
que se apresentavam na cascalheira. A continuidade do trabalho consistiu em fotografias e
analises mais detalhadas dos fatores impactantes e seus respectivos impactos.

2.0 - MATERIAL E MÉTODOS


Todas as atividades desenvolvidas foram registradas com máquina fotográficas
para posterior interpretação e análise. Após o levantamento e registro dos impactos, para
facilitar sua avaliação e posterior discussão, foi utilizado o método de matriz de interação ou
“Matriz de Leopold”. Segundo (SANCHÉZ, 2008), ‘’ Este método facilita a visualização e a
valoração dos impactos sobre os diferentes componentes do ambiente, que são separados
em meio físico, biológico e socioeconômico.”
Para um melhor entendimento, foi descrito os significados dos termos utilizados na
classificação dos impactos:
1-Natureza do Impacto: orientação quanto aos efeitos dos impactos relativa ao fato de gerar
benefícios ao meio ambiente, neste caso impacto positivo, negativo quando é prejudicial, e
indeterminado quando não foi possível identificar os seus efeitos. Não se considerou a
sinergia entre os vários efeitos.
2-Causa do Impacto: Podem ser diretas, quando são decorrentes unicamente do efeito
causal na origem do impacto analisado, e indiretas quando são geradas a partir de um outro
impacto, ou da somatória de impactos.

Quadro 1 - Variáveis utilizadas para a caracterização dos impactos ambientais detectados.


Variável Atributos Simbologia
Natureza Positiva, Negativa ou Indeterminada P, N, I
Causa Direta, Indireta ou Ambas D, I, A
Ocorrência Certa, Provável, Improvável C, P, I
Início Imediato, Curto, Médio ou a Longo prazo I, C, M, L
Duração Temporário, Permanente, Cíclico, Recorrente T, P, C, R
Importância Grande, Média, Pequena G, M, P
Possibilidade de reversão Reversível, Parcialmente reversível, Irreversível R, P, I
Possibilidade de Compensação Sim ou Não S, N
Possibilidade de Potenciação Sim ou Não S, N
Programa e Medidas Sim ou Não S, N

3-Ocorrência: orientação quanto à possibilidade de o impacto ocorrer. Desta forma pode


variar desde certa, incerta, provável e improvável.
4-Início do Impacto: é a mensuração ou visualização do inicio do efeito causal do impacto.
Define-se como imediato, curto, médio ou em longo prazo.
5-Duração do impacto: relativo ao tempo de duração do impacto. Este pode ser permanente,
quando não se pode eliminar o seu efeito causal, temporário, quando o impacto finaliza
depois de cessado o efeito causal, ou a sua permanência é por tempo limitado, cíclico,
quando aparece de tempos em tempos obedecendo a uma certa regularidade em função da
sazonalidade, e recorrente, quando o impacto ocorre de tempos em tempos, mas não
cíclico.
6-Importância do Impacto: relativo a sua significância ao meio em analise, podendo ser de
grande, média ou pequena importância.
7-Possibilidade de Reversão: relativo à possibilidade de se evitar ou atenuar efeitos de
impactos negativos mediante a apresentação de programas ambientais. Neste caso
podemos ter aqueles efeitos que são reversíveis, irreversíveis ou parcialmente reversíveis.
8-Possibilidade de compensação: relativo à possibilidade de aplicação de medidas ou
programas que objetivam compensar efeitos dos impactos negativos de difícil
reversibilidade.
9-Possibilidade de potencialização: relativo à possibilidade de se ampliar os efeitos dos
impactos positivos.
10-Programas e medidas: relativo a geração de programas ambientais, medidas de
mitigação, medidas de compensação em função da análise final dos efeitos.
Portanto, apresentaremos estes impactos descritos individualmente, apresentando as
considerações que conduziram a aquela decisão.
Após a classificação dos impactos, foi feita breve discussão sobre os impactos de
maior relevância, no intuito de comparar os aspectos positivos e negativos das diferentes
tipologias.

3.0 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 -Caracterização da área de estudo

3.1.1 - Localização da área


Dois vizinhos é um município localizado ao norte do Sudoeste do Paraná, situado a
cerca de 50 km ao norte de Francisco Beltrão, 120 km ao Sul de Cascavel e a quase 580 km
da Capital do Estado, Curitiba.
A área em estudo encontra-se ao norte do município, próximo a divisa com o
município de Boa Esperança do Iguaçu e Cruzeiro do Iguaçu.
Localização geográfica do estado do Paraná em relação ao Brasil

Localização da região sudoeste em relação ao estado do Paraná

Localização geográfica do município de Dois Vizinhos em relação ao estado do Paraná


Vista aérea da Cascalheira

3.1.2 - Características geológicas e geomorfológicas


A geomorfologia é a ciência que se ocupa das formas da Terra e busca estudar as
diferentes silhuetas apresentadas, como se formaram e quais as características e limitações
do relevo apresentado.
“A tipologia das formas, como tudo na natureza, não ocorre de modo
aleatório e caótico, como pode transparecer aos não-especializados.
Ao leigo cabe apenas sentir as agruras do sobe e desce que a
morfologia da superfície do terreno impõe, além das desagradáveis
surpresas que a natureza reserva, quando o homem a utiliza de
modo inadequado.” (ROSS, 2007)

O município de Dois Vizinhos, no qual se localiza a cascalheira, encontra-se sobre


um derrame basáltico antigo, no Terceiro Planalto do Paraná, ou Planalto de Guarapuava. A
topografia do município é bastante uniforme, sendo formada com ondulações leves e, com
raras exceções, por acidentes íngremes. O relevo é ondulado, constituído por planaltos. Por
ocorrerem em relevo ondulado, as lavouras necessitam de práticas conservacionistas e
plantio em curvas de nível para controle da erosão rural.
Mapa de declividade da área da cascalheira

Mapa hipsométrico da área da cascalheira

3.1.3 - Descrição do solo - pedologia do local


O solo da região é classificado como latossolo roxo, litólicos e terra roxa estruturada.
Apresenta solos profundos, com boa aeração e permeabilidade. A constituição geológica da
região é representada pelas rochas basálticas da Formação Serra Geral, formadas por
derrames de lavas do grande vulcanismo fissural ocorrido durante a era mesozóica que
atingiu o sul do país.
3.1.4 - Levantamento hidrológico
O município está localizado no mais importante divisor de águas da região, com
inúmeras nascentes e córregos, riachos e rios como, Iguaçu, Chopim, Jaracatiá e Lajeado
Grande, estes fazem parte da Bacia do Rio Paraná e Bacia Secundária do Rio Iguaçu.
“A bacia do rio Iguaçu apresenta-se como uma das mais importantes
do estado do Paraná, na medida em que seu rio principal atravessa a
maior parte do estado na direção Leste-Oeste, desaguando no rio
Paraná”. (SANTOS, 2005 p. 72)

3.1.5 - Caracterização Climática


O clima predominante na bacia é o Cfa - Clima mesotérmico superúmido, com média
do mês mais quente superior a 22ºC e do mês mais frio inferior a 18ºC, sem estação seca,
com verão quente e geadas menos freqüentes.

Mapa Mundi e a “classificação climática de Köppen-Geiger”, mais conhecida por “classificação


climática de Köppen” (sistema de classificação global dos tipos climáticos mais utilizada em geografia,
climatologia e ecologia)

3.1.6 – Flora
A vegetação original da região de estudo é a Floresta Ombrófila Mista (Floresta com
Araucária), sendo que esta foi bastante degradada devido ao povoamento e conseqüente
desmatamento ocorrido na região contando apenas com pequenos remanescentes de
floresta. Juntamente com a Araucária, encontramos outras espécies, tais como: bracatinga,
canela-guaicá, cedro, erva-mate e imbuia.
3.1.7 – Fauna
Antes de ser desmatada, a região de estudo tinha uma fauna bastante rica.
Atualmente são encontradas algumas espécies de aves como pombos, bem-te-vis, beija-
flores, gaviões, entre outros. Cobras e lagartos são encontrados esporadicamente.
Quanto aos mamíferos, tatus, morcegos, raposas e gatos do mato são avistados com
freqüência.

3.2 – Impactos observados


Sobre a área estudada pode-se dizer que é predominantemente marcada por
ações antrópicas, totalmente alterada pelo uso e ocupação do solo. Os impactos ambientais
observados na área em estudo, estão apresentados na Tabela 1.
Matriz de Identificação dos Impactos dos Ambientais nos meios Biológicos, Físico-químicos e Sócio-econômico (Antrópico). Leopold,
(1971)*

Compensação

Potenciação
Intensidade

Mitigação
Reversão
Natureza

Medidas
IMPACTOS OBSERVADOS

Causa
Contaminação biológica (exóticas) N A P R S N S S
Diminuição de área de ocorrência de espécies nativas N A P R S N S S
Fragmentação de habitats - isolamento N D P R S N N S
Biológico

Invasão de espécies mais adaptadas N D P R S N S S


Mudança de paisagem (ambiente). N D M P S N N S
Perda de biodiversidade N A M R S N S S
Alteração da composição da fauna. N A P R S N N S
Aparecimento de vetores. N A P R S N N S
Destruição de habitats. N D P R S N N S
* LEOPOLD, L. B. et al. A procedure for evaluating environmental impact. U. S. Geol. Surv. Circ., 645, Washington D. C., 1971.

Compensação

Potenciação
Intensidade

Reversão
Natureza

Medidas
IMPACTOS OBSERVADOS

Causa
Alteração das características dinâmicas do relevo. N D M P S N N
Físico

Alteração das condições geotécnicas N D M P S N N


Alteração da estrutura do solo N D P P S N N
Alteração da fertilidade do solo (npk, mo, ph micronutrientes.) N D P R S N N
Alteração do uso do solo. N D M R S N N
Compactação do solo N D P R S N N
Diminuição da capacidade de regeneração do meio N A M R S N N
Erosão superficial. N A M R S N N
Impermeabilização. Aumento da evapo-transpiração do solo N A M P S N N
* LEOPOLD, L. B. et al. A procedure for evaluating environmental impact. U. S. Geol. Surv. Circ., 645, Washington D. C., 1971.

Compensação

Potenciação
Intensidade

Mitigação
Reversão
Natureza

Medidas
IMPACTOS OBSERVADOS

Causa
Alteração das condições da qualidade de vida P A M I N N N N
Socioeconô

Alteração de áreas e atividades agrícolas P A P R N N S N


mico

Alteração das atividades comerciais e de serviços P A M P N N S N


Alteração do sistema viário, incluindo rodovias, ferrovias, hidrovias e
P D M I N N S N
aeroportos
* LEOPOLD, L. B. et al. A procedure for evaluating environmental impact. U. S. Geol. Surv. Circ., 645, Washington D. C., 1971.
3.3 - Descrição dos impactos e sugestão de medidas mitigadoras

3.3.1 – Meio Biológico

1-CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA (EXÓTICAS): Este impacto é de natureza negativa, de


causa direta e indireta (ambas), de intensidade pequena, reversível, apresenta possibilidade
de tomada de medidas, sem necessidade de compensação, de possível potenciação e
mitigação.
Medidas Propostas: Plantio de espécies arbóreas nativas objetivando o aumento da
biodiversidade local, eliminando gradativamente as espécies exóticas.
Monitoramento: Contagem de espécies e de banco de sementes em intervalos de tempo
regulares.

2-DIMINUIÇÃO DE ÁREA DE OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES NATIVAS: A classificação


deste impacto apresenta-o como de natureza negativa, de ambas as causas (direta e
indireta), de intensidade pequena, com possibilidade de reversão e de medidas, sem
necessidade de compensação, de possível potenciação e mitigação.
Medidas Propostas: Plantio de espécies arbóreas nativas objetivando o aumento da
biodiversidade local, aumentando a área de ocorrência dessas espécies.
Monitoramento: Contagem de indivíduos, espécies e de banco de sementes em intervalos
de tempo regulares.
3-FRAGMENTAÇÃO DE HABITATS – ISOLAMENTO: Impacto de natureza negativa, causa
direta, pequena intensidade, reversível e com possibilidade de medidas, dispensando
compensação, de potenciação nula e mitigável.
Medidas Propostas: Formação de corredores ecológicos entre os remanescentes de
floresta próximos á área impactada.
Monitoramento: Contagem de indivíduos e espécies em intervalos de tempo regulares.

4-INVASÃO DE ESPÉCIES MAIS ADAPTADAS: Este impacto apresenta natureza negativa,


causa direta, pequena intensidade, possibilidade de reversão e tomada de medidas,
dispensa ações compensatórias, pode ser potencializado e é mitigável.
Medida Propostas: Assimila-se as medidas propostas anteriormente com o intuito de
controlar tais espécies por meio da inserção de espécies nativas.
Monitoramento: Contagem indivíduos e espécies em intervalos de tempo regulares.
5-MUDANÇA DE PAISAGEM (AMBIENTE): Impacto de natureza negativa e causa direta, de
intensidade média, reversão parcial, possibilita medidas e dispensa compensação, não pode
potencializar e é mitigável.
Medidas Propostas: Reflorestamento com nativas, objetivando melhoria do aspecto visual.
Monitoramento: Pesquisa com a comunidade.

6-PERDA DE BIODIVERSIDADE: Apresenta natureza negativa, ambas as causas (direta e


indireta), intensidade média, possibilidade de reversão e de medidas, não necessita de
compensação, pode potencializar-se e é mitigável.
Medidas Propostas: Inserção de espécies nativas endógenas da região.
Monitoramento: Contagem de espécies e de banco de sementes em intervalos de tempo
regulares.
7-ALTERAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DA FAUNA: Impacto de natureza negativa, de ambas as
causas (direta e indireta), de pequena intensidade, reversível, possibilita medidas e
dispensa compensação, não pode potencializar-se e é de possível mitigação.
Medidas Propostas: O reflorestamento proposto anteriormente acarretará no aparecimento
da fauna.
Monitoramento: Contagem de indivíduos e espécies em intervalos de tempo regulares.

8-APARECIMENTO DE VETORES: Natureza negativa, de ambas as causas (direta e


indireta), de intensidade pequena, reversível, com adoção de medidas, não necessita de
compensação e nem apresenta possibilidade de potenciação e é de possível mitigação.
Medidas Propostas: Elaboração de um plano de monitoramento e controle dos vetores.
Monitoramento: Análise da eficiência do plano.

9-DESTRUIÇÃO DE HABITATS: impacto de natureza negativa, causa direta e pequena


intensidade, reversível, necessita de medidas, dispensa compensação, não pode
potencializar-se e é mitigável.
Medidas Propostas: Proteção dos habitats através do plantio de nativas.
Monitoramento: Contagem de habitats e indivíduos e espécies por habitat.
3.3.2 – Meio Físico

1-ALTERAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS DO RELEVO: Impacto de natureza


negativa, causa direta e intensidade média, parcialmente reversível necessitando da adoção
de medidas, dispensando compensação, sem possibilidade de potenciação e mitigável.
Medidas Propostas: Aterramento e posterior plantio de espécies nativas na área
degradada.
Monitoramento: Visitas periódicas para acompanhar a evolução da recuperação.

2-ALTERAÇÃO DAS CONDIÇÕES GEOTÉCNICAS: Natureza negativa, causa direta e


intensidade média, parcialmente reversível necessitando da adoção de medidas,
dispensando compensação, sem possibilidade de potenciação e mitigável.
Medidas Propostas: Aterramento e posterior plantio de espécies nativas na área
degradada.
Monitoramento: Visitas periódicas para acompanhar a evolução da recuperação.
3-ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA DO SOLO: Impacto de natureza negativa, causa direta,
pequena intensidade, parcialmente reversível, demanda tomada de medidas, dispensa
compensação, não pode se potencializar, possibilita mitigação.
Medidas Propostas: Aterramento e posterior plantio de espécies nativas na área
degradada.
Monitoramento: Visitas periódicas para acompanhar a evolução da recuperação e coleta
de material para análises físicas.

4-ALTERAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO (NPK, MO, PH MICRONUTRIENTES):


Impacto de natureza negativa, causa direta e intensidade pequena, parcialmente reversível
necessitando da adoção de medidas, dispensando compensação, sem possibilidade de
potenciação e mitigável.
Medidas Propostas: Uso de biofertilizantes, calcário, fosfatos, entre outros, para correção
do solo. Plantio de adubação verde: Ervilhaca, Nabo forrageiro, etc.
Monitoramento: Coleta para análises químicas em determinados intervalos de tempo.
5-ALTERAÇÃO DO USO DO SOLO: Impacto de natureza negativa, causa direta e
intensidade média, reversível necessitando da adoção de medidas, dispensando
compensação, sem possibilidade de potenciação e mitigável.
Medidas Propostas: Aterramento e posterior plantio de espécies nativas na área
degradada.
Monitoramento: Visitas periódicas para acompanhar a evolução da recuperação.

6-COMPACTAÇÃO DO SOLO: Impacto de natureza negativa, causa direta e intensidade


média, reversível necessitando da adoção de medidas, dispensando compensação, sem
possibilidade de potenciação e mitigável.
Medidas Propostas: Aterramento e posterior plantio de espécies nativas na área
degradada.
Monitoramento: Visitas periódicas para acompanhar a evolução da recuperação.

7-DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE DE REGENERAÇÃO DO MEIO: Impacto de natureza


negativa, causa direta e indireta (ambas), intensidade média, reversível necessitando da
adoção de medidas, dispensando compensação, sem possibilidade de potenciação e
mitigável.
Medidas Propostas: Aterramento e posterior plantio de espécies nativas na área
degradada.
Monitoramento: Visitas periódicas para acompanhar a evolução da recuperação.
8-EROSÃO SUPERFICIAL: Impacto de natureza negativa, causa direta e indireta (ambas),
intensidade média, reversível necessitando da adoção de medidas, dispensando
compensação, sem possibilidade de potenciação e mitigável.
Medidas Propostas: Plantio de árvores nativas em toda a área, preocupando-se
primordialmente nas áreas de maior declividade. Terraceamento nas áreas mais críticas.
Monitoramento: Visitas periódicas para acompanhar a evolução da recuperação.
Estimativa da erosão.

9-IMPERMEABILIZAÇÃO. AUMENTO DA EVAPO-TRANSPIRAÇÃO DO SOLO: Impacto de


natureza negativa, causa direta e indireta (ambas), intensidade média, parcialmente
reversível com necessidade de adoção de medidas, dispensando compensação, sem
possibilidade de potenciação e mitigável.
Medidas Propostas: Plantio de plantas que tem efeito de descompactar o solo e criação de
cobertura vegetal.
Monitoramento: Visitas periódicas para acompanhar a evolução da recuperação e análise
físicas.
3.3.3 Meio Socioeconômico

1-ALTERAÇÃO DAS CONDIÇÕES DA QUALIDADE DE VIDA: Impacto de natureza positiva,


causa direta e indireta (ambas), intensidade média, irreversível e sem necessidade de
adoção de medidas, dispensando compensação, sem possibilidade de potenciação e sem
mitigação.

2-ALTERAÇÃO DE ÁREAS E ATIVIDADES AGRÍCOLAS: Impacto de natureza positiva,


causa direta e indireta (ambas), intensidade pequena, reversível e sem necessidade de
adoção de medidas, dispensando compensação, com possibilidade de potenciação e sem
mitigação.
3-ALTERAÇÃO DAS ATIVIDADES COMERCIAIS E DE SERVIÇOS: Impacto de natureza
positiva, causa direta e indireta (ambas), intensidade média, parcialmente reversível e sem
necessidade de adoção de medidas, dispensando compensação, com possibilidade de
potenciação e sem mitigação.

4-ALTERAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO, INCLUINDO RODOVIAS, FERROVIAS, HIDROVIAS


E AEROPORTOS: Impacto de natureza positiva, causa direta, intensidade média,
irreversível e sem necessidade de adoção de medidas, dispensando compensação, com

possibilidade de potenciação e sem mitigação.


4.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÕES
Todas as atividades exercidas pela sociedade humana, principalmente aquelas ligadas a
economia, demandam de recursos naturais. Por inúmeras vezes, a má administração do uso
desses recursos e a falta de planejamento ou descaso referente as ações exercidas sobre
determinado meio, causam impactos ambientais negativos para o meio ambiente e para a
própria sociedade. Através dessa análise e de inúmeros exemplos de ações mal elaboradas
que podem ser tomados, vê-se a importância do planejamento para a utilização e/ou
extração de recursos naturais e as medidas a serem implantadas durante e após a
exploração para que se evite ao máximo a degradação do meio. Através de técnicas e
planejamento pode-se usufruir do meio ambiente de maneira responsável e eficaz,
promovendo a sociedade e a qualidade de vida daqueles que a compõe.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GUERRA, Antônio José Teixeira; CUNHA, Sandra Baptista da (Organizadores);


Geomorfologia e Meio Ambiente, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.

ROSS, Jurandir Luciano Sanches – GEOMORFOLOGIA: Ambiente e Planejamento, São


Paulo: Contexto, 2007.

SÁNCHEZ, L.E. Avaliação de impacto Ambiental: Conceitos e


Métodos – São Paulo: Oficina de Texto, 2006.

SANTOS, Edelso dos; MAPEAMENTO DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DA BACIA


HIDROGRÁFICA DO RIO JIRAU MUNICÍPIO DE DOIS VIZINHOS – PARANÁ – Curitiba,
2005.

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_do_Paraná> - Acessado em 18 de abril de 2010


<http://pt.wikipedia.org/wiki/Dois_Vizinhos> - Acessado em 18 de abril de 2010

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:World_Koppen_Map.png> – Acessado em 18 de
abril de 2010

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