O documento discute como o livro "Ética e meio ambiente" aborda a ética ambiental de forma ampla, incluindo filosofia, teologia, espiritualidade, movimentos sociais e culturas tradicionais. O autor argumenta que as pessoas precisam repensar sua relação com o meio ambiente de forma ética e sustentável. A obra também analisa a concepção de ética na Grécia Antiga e como culturas tradicionais viam a natureza.
O documento discute como o livro "Ética e meio ambiente" aborda a ética ambiental de forma ampla, incluindo filosofia, teologia, espiritualidade, movimentos sociais e culturas tradicionais. O autor argumenta que as pessoas precisam repensar sua relação com o meio ambiente de forma ética e sustentável. A obra também analisa a concepção de ética na Grécia Antiga e como culturas tradicionais viam a natureza.
O documento discute como o livro "Ética e meio ambiente" aborda a ética ambiental de forma ampla, incluindo filosofia, teologia, espiritualidade, movimentos sociais e culturas tradicionais. O autor argumenta que as pessoas precisam repensar sua relação com o meio ambiente de forma ética e sustentável. A obra também analisa a concepção de ética na Grécia Antiga e como culturas tradicionais viam a natureza.
Josaf Carlos de Siqueira, atravs do seu livro tica e meio ambiente do
ano de 1998, aborda a questo da tica ambiental de maneira ampla, envolvendo diferentes reflexes no campo da filosofia, da teologia, da espiritualidade, dos movimentos sociais, das culturas tradicionais, da problemtica do desenvolvimento sustentvel, da educao ambiental, da doutrina social da igreja e da mentalidade das novas geraes no meio universitrio. Segundo o autor, de extrema importncia que as pessoas repensem e remodelem a maneira de ver o mundo que nos cerca, contribuindo assim de uma forma tica para um equilbrio digno e afetivo entre sociedade e meio ambiente. DESENVOLVIMENTO ANALTICO CRTICO
O escritor conceitua a tica como o conjunto de atividades necessrias para a
existncia humana. J a tica ambiental, para ele, tem por finalidade a articulao da relao do homem com a natureza, enquanto a moral ambiental est voltada para o indivduo. Comea abordando questes e ideias de autores, tentando argumentar e defender uma filosofia da natureza, que tem por finalidade conscientizar as pessoas. Josaf continua o livro questionando os momentos em que se encontra a relao da tica ambiental com a relao com o homem, e nomeia os nomes de acordo com o decorrer do tempo. Apresenta que o ecocentrismo o ltimo momento dessa relao, e marcada por fragilidades, pelas grandes preocupaes com o meio ambiente, pelas mudanas climticas, como o efeito estufa, a desertificao, entre outros. O desafio tico encontrado nesse momento, elencado pelo autor, o fato de buscar uma articulao entre a realidade global e os fragmentos socioambientais. Apresenta a conceituao do ethos e hexis, afirmando que ethos o costume procedente da natureza do homem, j o hexis o hbito ou comportamento adquirido, procedente do agir do homem. Em consequncia geram-se assim novas prticas que quando corretamente articuladas entre as esferas do ambiente do social, dificilmente se diluem na singularidade do regional, do particular, mas atinge objetivos amplos e alcances imensurveis na juno do indivduo com a natureza. Todo homem possui um senso tico, uma espcie de "conscincia moral", estando constantemente avaliando e julgando suas aes para saber se so boas ou ms, certas ou erradas, justas ou injustas. Josaf apresenta tambm a relao harmoniosa das culturas tradicionais e a natureza, como o fato dos costumes adquiridos por essas culturas dependerem da natureza circundante, fazendo com que a vida desses povos fique determinada pelos ritmos do meio ambiente. Tenta mostrar o valor dado ao espao e ao territrio para essas culturas, pois no visto como uma viso econmica e sim para um lugar de sobrevivncia tribal. Esses povos veem a importncia de equilbrio entre o processo de uso e retirada dos seres da natureza, chamado por Josaf de princpio do controle natural do ambiente. tica ambiental na relao grega entre homem e natureza: desafio ou questionamento? Tudo comeou com os filsofos gregos pr-socrticos, os quais faziam parte de diferentes escolas de pensamento cientfico da poca. Uma destas foi a escola de mileto, que, como as outras, estudava a relao entre natureza e razo. Dentre os integrantes desta escola, encontram-se Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxmenes. Para Tales o princpio fundamental da natureza era o mido, pois ele acreditava que a vida tivera incio na gua, com tal teoria, Tales explicou fenmenos como a circulao cclica da gua: gelo slido, vapor e as chuvas. J para Anaximandro, o princpio fundamental de tudo era o indeterminado, o ilimitado. Acreditava-o que na natureza animal se compreendia a origem do homem. E por ltimo vem Anaxmenes, cujo princpio fundamental de todas as coisas era o ar, pois o mesmo estava presente em tudo e por isso seria um sinal de vida. Saindo da escola de mileto, entra-se direto na escola pitagrica, onde para seus integrantes toda a natureza poderia ser explicada pela matemtica, e pelo cientificismo que comeou a ganhar fora neste momento histrico. Outro ponto interessante que vale destacar-se nesta escola que a mesma pregava a preservao dos seres vivos, visto que para eles, a alma humana poderia ser encontrada dentro dos animais e vegetais. Por tanto se no existir uma preservao dos mesmos, a alma humana corre grande risco de ficar comprometida. Hoje no mundo globalizado no se pode negar que as pluriversas espiritualidades existentes na sociedade, tesouros espirituais de seus fundadores ou inspiradores, so medidas importantes na construo de uma tica ambiental global. De forma geral e finalizando, como foi citado no livro: Somente melhorando nossa percepo do mundo que conseguiremos perceber a unio intrnseca entre o social e o ambiental, gerando assim posturas ticas ecologicamente humanas e profundamente ambientais. REFERNCIA
SIQUEIRA, Josaf Carlos de. tica e meio ambiente. So Paulo: Edies Loyola, 1998.