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CAPITULO 14 383 Principios de Bioenergética As células ¢ 06 organismos precisim realizar trabalho para se ‘manterem vivos, crescerem ¢ reproduzirem. A habilidade para aproveilat a enetgia, direcionando-a na forma de trabalho bio- logico, ¢ uma propriedace fundamental ce todas as células.e or- iganismos vives, aparentemente adquirida muito ceda no curso ta evolugae celular. Os organismos atuais executam uma notte vd variedadle ce processos de transformiagio de energie, conver tendo uma forma de energia em outta, Ble utilizam a enengia uimnica contida nos combustiveis para sinttizar,a partir de pre ccrsores simples, moléculas complexes ¢altamente organizadas, Hs tarbsém converter a energia quimica das combustiveis em aradientes de concentragdo ¢ eletrico, em movimento e calor ¢, em alguns organismos tais como o vage-lume e peixes do fundo cdo mar, em huz. Os organismos Fotossintéticas transformam a energia lumtinosa em todas essas outras formas de energia, (Os mecanismos quimicos envelvides nos processos de trans. formagao da energia bicldgica por séculos tém fascinacioe desa ado os binlogisias. Antoine Lavoisier, decapitada durante a Revolugao Francesa, reconhieceu que de alguna forma os ani- mais transformam combustiveis quimicos (alimentos) em ca- lore que esse processo de respiragio ¢ essencial para a vida. Ele relatou o seguinte: eral a vespicagao nada mais € de que uma combustio lento de carbon ¢ hidroggnio, semelhonte aque ocorre em uma lampada ou vela aces, € assim, sob este ponto de vista, os ani mais que respicam «to verdadeiros corpos combusiveis que jgecimiam e cansciner a si propria... Alguém poceia dizer ‘abe cata analogia entre combustio erespizagio nde passou des percebida aes poetas, eu melhor, aos lesofos da Antiguidade, Fi tendo sda por eles rlatada e interpreta: Este fogo roubade des céas esa toch de Frometeu, ni representa apenas ama ‘déiapoctica ¢ engenhosa, mas antes, 20 menos para es animais| {que respirarn, ie uma represeatasio fel das operagoes a 1a- ‘era, Porianto, em conformnidade com os antiges, pode-se dit zet que a tocha da vida inflama-se asi mesma no momento er 1.9 Negatna —Ocome de fermacneta 10 zero Estdem equi <1.9 Pesta come de forma iver ‘Como exemplo, seré apresentado um célculo simples da va- Fingdo de energia livre padrio para a reago catalisada pela fos foglicomutase: icose--fesftlo = gliane-o-fosito -Aanslie quimica mostra que sea reasao for iniciada com 20mM. de glicose-I-fosfito (na auséncia de glicose-«fosfato) on com 20mM de glicase-6-fosfaro (na ausencia de glicose- | fost) 2 25°C e ptt 7.0, no equilfbri final estarto presentes ImM de gis cose: [-osfato e 19M de glicose-6-fosfato, (Lembre-se de que as enzimas n3o iterferem no ponto de equilibrio de uma rea- ‘40; elas simplesmemte accleram a elocidade com que ele atin- ido.) Dos dados apresentados, pode-se calcular a constante de cequilibrio: fasta Tostatol 19m Trt A partis deste valor da Kixy pode-se calcular a variaga de ener gi livre padrao: 4G*=-RT In Ky == (15 /mol 298K }n 19) 96}"m0l ~~ 73 od ‘Como. variagzo de energia livre padrao é negativa, quando area {20 €iniciada com glicose-I-fostatoe glcose-»-fosfato, ambos 0, compextox em concentragao 1,0M, a conversao do primeira no segundo d-se com perda (liberagao) de energia ive, Para area ‘lo reversa (a conversto de glicose-S-fosfatn er glicase-I-fosfi {0}, AG" apresenta valor equivalente, porém com sil oposte ATTabela 4-4 apresenta as variagdes de engi livre pad paca algumas reagdes quimicas representatives. Observar que2 hidrolise deésteres simples,amides, peptideos¢ glicosideos, bem ‘como reagdes envolvendo rearranjos eeliminagées,ocorrem com, variogbes relativamente pequenas na energia livre padrio, en: quanto a hidrolise de anidridos de dcidos ocorre com dirsinui ‘oes relativamente elevadas, A exidagao completa de compos {os orginicos tais como glicase e palmitato a CO, ¢ HO, rea lcse Telicose Kas Tabela 144 - Variagdes de energia livre padrio de algumas reacbes quimicas em pH 7,0, a 25°C (298K) ae ese (inal) Tavined Teapes rides de Sdos Ari acto +40 —» 2 acetto 14 AIP 0+ ADP =F 305 AIP 10> AUP 456 mreto— 2h “192 46 ubPagose + 0 —> Uv «gloss eto “30 103 Esteres Acta de eile + 1j0—+ tral» acetate 96 47 lense orate + HO — gcse +F 18 3a rats «pepieos Cluarins +40 —> ghana + Ni “182 34 Glin oO 2 ena 32 2 oss Matose + 1,0 —* 2 gore 158 30 Laces + W,0— alee + gattove ise ae Reorrarios Gicn seo + gicose otto 13 2 Fre fofaia —+ glee esata “3 4 timinacio de dove Malato— fatto + 0 a oe Oxides com exigénio moleclor Gleowe + €0, > 6C0; +6140 290 +26 Patio + 230, —» 16C0, + 16320 “37% 2338 es que nas clulasincluem varias ctapas, resulta em uma gran de diminuicio na eneraia livre padio. As variagoes na energia livre padrao tais como as apresentadas na Tabela 14-4 indicam, a quantidade de energia livre disponivel para uma determinada eagao, sob comdicoes pasrao, Para as concigoes existences nas células, entretanto, a expressto pertinente &a variagao de ener- ga livre red das concentracées de reagentes produtos Vaviago de energia livre, AG, e variagdo de energia livre padri,, AG's sio expresses distintas. Cada reagao quimica apresenta uma variagio de energia livre padrio caracteristica, que pode sot positiva, negativa, ou igual a zero, dependende da constants de equilbrio da reagio. A variagdo de energia live padrao indi ‘ao sentide de uma reagao, bem como a distancia em que ela se encontrado estado de equilibrio quando a concontragae inicial de cada componente ¢ 1,0M, 0 pH 7,0, a temperatura 25°C e a pressio 101,3KPa (1 aim). Assim, AG” é uma constante, uma, vez que oseu valor para uma determinada reac € caracteristi ene invarigvel. Entretanto, a variagao de energia livre real, AG, depende cas concentragbes dos reagentes ¢ produtos,além da temperatura, valores que ndo correspondem necessariamente 208 des condicdcs-padrao descritas anteriormente. Além disso, ‘valor de AG para qualquer reagao que ocorre espontaneamente no sentido do equilibrio & sempre negativo, torna-ce menos ne sgativo medida que a reagao evolu, atingindo o valer zer0 no onto de equilibrio, a partir do qual a reagao nao mais realza ‘rabalho. (Os valores de AG e AG" para uma determinada reagan A + B= C + D, sto relacionadas pela equagto few) rails) 8674 RT In 43) ra qual os termos em vermelho sio aqueles realmente prevale- ‘ceates no sistema em observagae. Os termes de concentrayio nesta equasao expressarn o feito geralmente denominado ayo das massas. Por exemplo, suponhamos que a teagio A + == C+ Desta se processando sob condiges-padrao de tem- peratura (25°C) e pressdo (101,3KPa), mas que as coneentra- ges de A, B, Ce D no sio iguais entre sie também mao corres pondem ao valor-padrao de 1,0M. Para determinar a variagae real de energia livre, AG, sob essa condigao nzo-pacirzo de con. centragio, & medida que a react evalui da esquerda para a di- reita, basta intraduzie as concentracoes remis de A, B, Ce D na Equagao 14-3; 0s valores de R, T ¢ AG" sae conhecidos. O valor de AG € negative e aproxima-se de zero a medida que a reagio evolui, uma vez que as concentragies reas de Ae B diminuem enquanto as concentragdes de C ¢ D aumentam. Pode-se obser var que quando 2 reagio esti no estado de equilibrio, ou seia, 387 388 quando nio existe qualquer forca impulsionande a reagio em qualquer um dos sentidos ¢ AG ¢ igual a zero, a Equagao 14-3 reduz-se a: peace ar in ClalPl REACT [Aloyl Loy AG =-RT In&y 4 equagio que, coniorme mencionaco anteriormente, elaciona ‘ariagao de energia livre pacao e constante de equiibto © critério para avaliar 2 espontaneidade de uma reagio é utilizar o valor de AG, nao o de AG". Lima teacio com valor de AG positivn pode ccerter no sentido direto 029 AG tena valor negativo, Iso € possivel quando o termo RF In ({produtos! lrea~ sgentes}) na Equayio 14-3 € negative apresenta um valor absolute ‘muito maior do que o de 8G". Por exemplo,a remocio imedicta ddosprodutos de uma ragio pede mantera razi0 [produtos|/[rea~ gentes] muito absixo de 1, de tl forma que o termo RF In ([pro dus)/{reagentes]) apresente um valor bastante negatv. AGM e AG s20 expressoes da quantidade muicime de energia livre que uma ceterminada reagda pode teoricamente iheras, 01 scja, uma quantidade de energia utilizével apenas mediante a presenca de um dispositive pereitamente efciente em capté-la ‘ou armazend-la, Jd que tal dispositive nao & factivel (alguma ‘quantidade de energia livre & sempre perdida como entropia durante qualquer processo), a quantidade de trabalho realizado por uma rearao para vemperatura e pressao constants é sempre menor do que a quantidade teoricamente disponivel Un -modinamicamente favordveis, ito €,reagdes pa lores de AG" sao eltos ¢ negativos ndo ocorrem em velocidades rmensuiréveis, Por exerplo,¢ combustio da lenha a COse HiO & ‘um processo altamente favorivel termodinamicamente, Entre tanto,a lenha maniém-seestavel por anos, uma ver quea energia de ativacdo (veja Fig. 8-3) para @ reagan de combustao é maior doquea energiadisponivel temperatura ambiente,Casoa cnet= sin de ativagdo necessiia seja fornecida (por um fsforo aceso, por exemplo}, a combustio tera inicio eonvertendo a madeira nos produtos mais estaves CO, e HO e liperando energia nas formas de calor e luz. calor liberado por sa reagao exoterm ca fornece a energia de ativagdo necessiria para combustao de regioes vizinhas 4 lena, autoperpettiande esse processo, Nasccthilas vivas,as reagbes seria extremament lenias C280 ‘rio fosers catia, Entretantovelasos20, no por suprimento de calor adicional, mas por diminuigio da energia de ativagio por meio da acio de enzimas. As enzimas fornecem ume via de reagao aitemativa com uma energia de ativagio menor do que a da reagao nao-catalisada, de tl forma gue, 3 temperatura ambi ente, uma grande fragaodas moléculas de substratoadquire ener- gia térmica suficiente para sobrepujar » barreira de ativasio, ‘aumentando drasticarmente a velocidade de reayo. A varia de euergialirve para uma renga ¢inuependente da via pela qual la ocorre; ela depende apenas da natureza ¢ das concentrages ‘dos reagents inicias © dos produtos finais. As enzimas, portan- ‘to; mio alteram as constantes de equilbrios 6 que elas fazer & aumentar a velociade pels gual a reacao ocorre no sentido de- terminado pela termodinarica ‘es ter as quais 08 va ‘outra questan importante & que algumas rea As variacées de energia livre padréo sdo aditivas No caso de dues reagies quimicas em seqtiéncia, A= Be BC cada uma deas possuia sua propria constante de equi- Iibrio ca sua variagio de energialivre padrdo caractristica, AG;"® € 8G: Como as duas reogdes sto seqliencais, o terme B &can celado,resultando ne reagio total A= C, que possuia sua pro pria constante de equilibrio e, portanto, a sua propria variegao ay ASB age @asc sg Simisrio; A> CAGP-+ AG de energa livre patird0, AG" up O5 valores de AG™ para reages quirsicas seqitenciais sao aditives. Para a reagio total A AGP sea€ a soma algébrica das variagies de energia livre padrdo individuais, AGT e AGP’, das duas reagSes separadss: APs = Gi AG!", Esse principio da bioenergética explica como ume reagio termodinamicamente desfavoravel (endergénica) em um determinado sentido pode ovorrer nesse mesmo sentide polo acoplamento, por meio de um intermediario comum, com ume reagao altamente exergonica Por exemplo, 2 sintese de glicose.6-fosfato éa primeira clapa ne tutilizagao da glicose por muitos oxganismos: AG° = 13aidioa Glcose +P —> glcos-6farfne + 140 (valor positive de AG" indica que sob condigoes-padrao a res: Bo ndo tenders 2 acorter espomtaneamente no sentido em que esti representada. Una outra reagio celular, a hidrélise do ATP a ADP e P,, €altamente exergonic ATP + HO ADP +P Act sosiaimel Estas das reagoes compartilham os intermediérias P, © Hi podendo ser expressas como reagies seqienciais: 11). Glicose +P, —> glcose6-fodito + HO 2) ATP + HO—> ADP +P, Sonn AP + gas —> ADP + gives tale A variagao de energia livre padeio total ¢ obtida pelo somaterio, dos valores de AG” para as reagoes individuals Bkyimol + (-305kI'w0b A reacio total & exerghnica. Neste caso, 9 energia armazenada nas ligagoes do ATP ¢ utilizada para promover a sintese de glico- se-p-fosfato, ainda que a sua formagio a partir de glicosee fos- Fao seja enderpénica. A via de jormagao de plicose-6-Fosfato por transferéncia do fosfato do ATP ¢ diferente das reagoes (1) ¢(2), apresentadas acima, embora © resultado final seja equivalente a0 obtide pelo somatério das duas reagoes, Para efeito de cilew- los termodinimicos, © que importa € 0 estado do sistema no infeio € no Final do processo, send intelevante 0 caminho enite 68 estados iniial¢ final. ‘Como foi mencionado, AG" € uma forma de expressa a ‘constante de equilibrio de uma reagio. Assim, para a reagio (1), apresentada acima, act= ~te.7kvo e-t-fort Tico Observe que a HO ndo esti incluida nesta expressio. A cans tante de equilibrio para a hidrolise do ATP € x, = PAIL TAT] Portanto, a constante de equilibrio pata as duas reapses ecopl- as 6 « 3910 Me 210M Igleose-o-foutaro| ADE] Ielicsel (RILATP] (KR) = (3,9 1H12,9 109) Kus =78 10 Este célcuo iustra uma importante questo com relagdo scons tantes de equilibrio: embora os valores de AG para duas rex {8es cajo somatério result em uma terceirasejam audios, « Ki paca uma reasio resutante do somatério de duas outras cotzesponde ao froduto dos seus valores de Ki, individuas, ou seja, as constantes de equiibrio s20 muplicativas. Assim, a Ky para formagao de glicose--fosfato envolsendo acoplamento com a hidrolise do ATP ¢ elevada por um fater de aproximadamente 20) Fost estratégia envelvenda intermediates comuns & utili zada por todas s ells vivas na sintese de intermedirios me: labslicos © components celulares, seo tequisto pata © seu uncionamento a continua disponibilidade de compostos como © ATP. Nos capitules a seguir, serio consideradas algumas das ‘mais importantes vias celulares de produgio de ATP. Transteréncia de Grupo Fosforil e ATP Uma vez conhecides alguns dos principios fundamentals das translormagdes de energia nos sistemas quimicos, pode se ago. ra analisar 0 ciclo de energia nas células, bem como a fungao special do ATP na ligagae entre processos catabsilicos e anabo- licos (veja Fig 1-14). AS células heterotréficas abt enengia li vre, de naturera quimica, por meio de catabolisme de molecu las nuurientes atilizando-a para sintetizar ATP a partir de ADP. © Pi O.ATP, por sua ver, transfere parte de sa energia quimica para processas endergonicos,tais come sintese de intermedia sios metabglicos e macromoléculas a partir de precursores me~ ores, transporte de substincias contra gradientes de concen ‘agdo por meio de memisranas ¢ movimento miecinico, Essa ‘ransferéncia de energia do ALP geralmente envolye a participa: sto de ligagdo covalente do ATP na reagio a ser processada, com sua consequlente conversso em ADP € P, ou, em algunas rea oes, em AMP 2B, Seraa discutidas, a seguir, as bases quia cas para as grancles variagbes de energia livte que acompanham, a hidrélive do ATP € de outros cmpastos com grupos fosfate dlealtaenergia, Alem disso, seréexaminado fatode quea maior parte dos casos de transferéncia de energia do ATP envolve a tuansferéneia de grupo, ngo simplesmente a sua aidrdise. A sé rie de transiormagdes de energia nas quais o ATP participa serd ilusteada pela sintese de macromoléculas informacionais, pelo transporte de solutes através de membranas e pelo movimento, produzido durante a contragae muscular A varlagio de energia livre para a hidrélise do ATP é grande e negativa A Figura 14-1 apresenta um resumo das bases quimicas que jus- tiffeam o valor negativo erelativamente alto da variagao de ener aia livre podrdo paraa hideslse do ATP. 0 rompiniente hideol tico do anidrido de acide fosforieo terminal (fosfoanidrido! do ATP separa um dos txés grupos fosfato carregodos negati ‘vamentealivianco parte de repulsie cleirostatica na mokeulas ‘© P,(HPOF | liberado pela hidrdlise ¢estabilizado devido a for magic de virias formas de ressonaincia, nao possiveis na molé ‘ula de ATP; ADP®, 0 outro produto diteto da hicrlise do ATP, ioniza-se imediatamente liberanco H' em um meio que apre senta [}"] muito baixa (~107M). Por serem as concentragoes os produtos dizetos da hidrlise do ATP muito inferiores as concentragbes no estado de equilibrio, aga0 das massas favore- cea reagao de hidrilise Emboraa reagan dehidrétise do ATP seja altamente exerg- nica (AG° = -30,5kI/mol), a molecule € cineticamente estével ‘em pi 7.0, uma vez que « energia de ativagdo para ahidrdlise do ATP &relativamente alta. Assim, 0 rompimento répido das ign Ges fosfoanidrido di-se apenas mediante catilise enzimstica 389 9 9 ! y a Yaa o-f-on + foo » ; 6d nw 6 @ 9° b ope} ae] posteo fe ws ob of om fame ADP Figura 14-1 ~ Bases quimicas para a grande varlagso de energia livre associada 8 hidrolse do. ATP. Prmetio, 3 ners, por causa seporacao de cage, alive 9 renulsioeletestatca entre os quatro cataes nagatisac co ATP Seguro, ofexate inorganco) Iherace pela ede Ihe 6 estailzado pela formacéo de um hitido de ressondrcla, no qua Ceila una das Qualo hdecoes PO apreseia © meno grade coater ide dupla igacae @ oe fone Nragénna nao se ercontam permanente mente assooados. qualquer um dos atoms de ongéno. Certo grau ce fectailzaceo per resonanca também acote nos lastatos anual nas Igacbes aster ov ancnde, mas em menar quantidade do que no P. Te «ero, ADP™ preduzido pela herdliseorize-se inediatamee, Iberardo Um proton em ury meio de [| muta baba IpH 7,0) Ure guar fator {pe apresentado nesta figural que favorece a Fidrolze do AT®é 0 maor S12 de solataco (heratacao) dos Produtos Pe ADP em relacio eo ATS ‘que proporciona uma estab!2aca0 adciana Cos produras am rela 205 reagentes, A variagio de energia livre pac para a hidrdlise do ATP € 30.3kV/mol sob condiges-podrao, embora a enerpa livre rea de hidrdlie |AG} do ATV no interior des cul vivas sea mu to diferente. ss porque as concenteagbos celulares de ATP, ADP Py nao so kéenticas entre, am de serem muito inferiones 3s concen:ragoes-pacrao de 10M (Tabela 14-5). Alem disso, no Citoso,o Mg" liga-se ao ATP e ADP (Fig 14-2), sendo que ara reagdes ensimiicas que envolver a ATP como dloador de um grupo fosforl 0 verdadeira substrata € 0 comple- toto d oto ot opm) ae] ae b b MgAIP> ae ro oto to pe aa Baier Mgt Figura 142 Ng @ ATP. A terrace de complosos de Ma ia po Gllrente os cargos regetnes, mlurwando « sonformeca dos gros fosfato em nuckerides ak como AIP © ADP 390 Tabela 145 ~ Concentragies de nucleotideos de adenina, fostato inorganico ¢ forfecreatina enconttadas em diferentes cfiua ‘Concontragio (mM) ADP AMP Gr Hepatéctoderate 338 132~«029°~« SSC Mido de rato 805 093 oes 28 Newonodersto «2590730062724 Edie humano 225025015 Couinds col 7901080? 7S “Fea 0 ervdctos, os coneentates corespncer i encntiadas no O05 oneiecics human 20 passer leg eu mitecancra| Pas cs ema ‘par do cals, os dado rere a todo 9 conteudo aii, embor3 © ‘ost 095 milecdnrasaprsentam concnwacbes de ADP waite rents ‘Afosfoceatine FCN € dacuda na pagina 39 "Estes valores tefete 9 concentagho toa; 0 valores veces para ADP lave pork ser mule menos ja Adendo 14.2), x0 MgATP® e 0 verdadeiro valor de AG, portanto, € 0 valor cortespondente a0 da hidrdlise do complexo, © Adendo 14-2 mostra como pode ser calculada 6 valor de AG para a hidrAlise do ATP no etitrécito intacto,a partic dos dados apresentados na ‘Tabela 14-5. AG para a hidrélise do ATP nas celulas intactas, geralmente denominado AG, émuito maisnegative do.gue AG”, variando de-50 a -65kI/mok AG, & reqiientemente denomina- do potencial de fosforilaglo, Entretanto, nas discussdes a seguir sera utlizada a variagdo de energia live padrao para a hidrdlise do ATP, uma vez.que esse partmetro permite compars¢6es, nas ‘mesmas bases, com a energerica de outras eagbes celular, Deve se considerar, entretanto, que nas eélulas vivas, tanto para a hi drolise do ATP quanto para as demais reacoes,o valor pertinen. fe € 0 de AG, o qual pode ser substancialmente diferente do vie Tor de AG". ‘Outros compostos fosforilados ¢ tioésteres também apresentam altos valores de energia livre de hidrélise (© fosfoenolpiravato (Fig. 14-3) contém uma ligaco éster fst to capay de softer hidr6lise produzindo a forma enélica de pint ‘ato, que sofie imediata tautomerizacao para a forma cetonica, isestive. Come o reagent osfoenolpicwvato) presenta uma Linica forme (enol) ¢o produit (pirwveto) apresenta dus fic mas possves,o produto € mais estivel do quco reagent, Esse 6 fator que mais contribui para a alta eneegia livre padsio de hidrolise do fosfoenolpizuvato: AG" = -61,9k)/mdl. Um outro composto com tréscarbonos, 0 13- crestina + PAG = 430bHmol Figura 165 — Hidrlise da fosfacreatina. © rompmento da liao PON da fostoceatina produ a caatina, ele 6 esabitzada pela forma. ADP +P) 205 ‘ATP > AMP.4 PP) 5/3 ‘AMP (+ acenosina +) -142 PRC -180 Gicose-1ostato 208 Frutose 6 fostato “58 Gicose--forato 38 ice -fosfato 92 Acei-Co 314-75 Fonte: aces oraldos ary sua macy pare daniels WE (976) F ManOo04 Ef Brochomacty and Meter Siclogy ed f2sman GD, 08 Pye ane {Cherea! Bota, V9. |, pp. 296-304, CRC Fos, Boco Raton, FL. O neve valor fara a energie do Ncroise do. veo de Fey PA. & Arabs, (1995 Sande macenery ctange forthe fio of the a-pshesphoashydide tdgein ATP Biocheryayy 34,11 307-11 310 392 Os thogstetes, mos quais 0 oxigenio na ligagao éster & substi- tuido por um dtome de enxofre, também apresentam energia livre padraa de-hidritse alta e negative. A acetil-coenzima A, 4 accti-CoA (Fig. 14-6), € um dos muitos tieésteres importantes ‘n0 metabolism. O grupo acila nesses compestos €ativaco por transacilagdo, por condensagio ou por reagées de cnidagio-re- dugio, Os tioésteres sofrem muito menos estailizagio por res- Sondncia do que os ésteres de oxigénio (Fig. 14-7); consequien- temente,a diferenga de energia livre entre 03 reagentes © 03 seus produtos de hidrolise, que s@o estabilizados por ressondncia, ¢ ‘maior para os toésteres quando comparades aos ésteres de oxi agtnio equivalentes, Em ambos os casos, a hidrdlise do éster pro ‘duz um fcido carboaslieo, que pode ionizar-se assumindo dife rentes formas de ressomncia (Fig. 14-6). Fm conjunto, esses f- ‘ores resultam em. um AG" astante negative para a hidedlise do acctl-CoA, ou seja, —31KVmol é Sy Asst CoA Ho. : omy Acetl-CoA 4 HjO—+ seotato"+ CoA FH? AG" = -32.0/mol Figura 14-6 - Hidedise da acotiLcoensima A, A acl CoA € um to ler com energe lve de hirtlse aka e negataa Os eescees conve lum atomo de envofe a posicaa em que os Sere Ge oxgeri possuem tum stamo de oxgtrio. A esrtura complete da coenzima & (CoASH) € rmositade Figura 10-4) Energia lise, @ Em resumo, para reagoes de hidrélise com variagSes de ener Bia livre padeao altas e negativas, os produtos sio mais estéveis ‘do que os reagentes, em decorzéncia de um ou mais dos seguin tes fatores: (1) a tensao da ligaga nos eeagentes devido a repul sto eletrostitica &aliviada pela separagae das cargos, como no «aso do ATP (escrito amieriormente); (2) as prociutos sto esta- Dilizados por ionizagao, como no caso do ATP, acilfasfaos tio Esteres; (3) os produtos sio estabilizados por isommerizacia (tau tomerizagio}, como no caso do fosfoenolpiruvato; e/ou (4) 05 produtos so estabilizados por resiondncia, come no caso da creatine liberada da fostocreatina, do fon carboxilato liberado dos acifostatos ¢ tiogsteres, do fesfato (2, liberado das ligt 08s anidrido ou éster. © ATP fornece energia por transferéncia de grupos, e ndo por simples hidrélise Ao longo deste livto serdo encontradss reagoes ou processes pars ‘os quals 0 ATP fornece energia, sendo que a sua participasao ¢ xgeralmente indicada conforme apresentado na Figurs 14-880 seja, com uma seta simples mosiranda a canversao de ATP em ADP e P, ou do ATP em AMP e PP, (pirofasfato). Ess reagbes do ATP, quando apresentadas elessa forma, aparentam ser sia ples reagdes de hicrlise nas quaiva dgua desloca 0 P,ou 0 PP, assim, poder se-ia supor que uma reagae dependente de ATP € “impulsionada pela hidrlise do ATP” Entretanto, esse reo £0 «aso. A hicrélise do ATP, por si, geralmente nada produz além da liberagao de calor, © qual nao ¢ capaz de promover am pro ‘cesso quimico em um sistema isotérmico. As reagdes representa ‘das por setas simples, tas como as apresentadas na Figura M8, “quase sempre cortespondem a processos compreendides por duat tapas (Fig, 14-8h), nas quais parte da molécula de ATP, ou sj, ‘os grupes losforil, pirofosforil ou adenilate (AMP) sto primei- ramente transferidos para uma moléeula de substrato ow pare tum resfduo de aminodcido em uma enzima, ligando-se cova Jentemente a eles © aumentando os scus conteidas de energia livre. Na segunda etapa, 0 segmento contendo @ grupo foserl ‘transferido na primeira etapa é deslocado, liberando P, PP, ou AMP Assim, © ATP participa covalentemente da reugio catalise: dda enzimaticamente, para a qual ele fornece energta livre. cbse dos tiodsteres e ésteres de oxigen. Os predvtos de ambos ox vps oe reayao de hidvolse possuem aprnimadamenta a mesma quantdade de energa lie (Gnas os totsteres conte malor {quantidade de energa ivre do que os éteres de oxiario. A sobreposio Ge oritasenire os atoms de O eC reste ot estabilizacSo pot resannca nos tees de 3igo0, Nas a sobteposigan de erties ante os atmos de S © Ce pou ‘express, resitando em base grau ce etabli2gao par reseennca 2) Beet como reagan de uma etapa, ATP ADP Mh ase ‘NH oe of Figura 14-8 — Hidrélise do ATP em duas atapas. A contiducco do ATP para urna veacao & getlmente mostads come aoresentanda uma Sn etapa lay entrotant,e quave sempre ur process Ge hi tare, come apresenlodo para. reagio eataisada pela glutamina sinterase de. Dendente de ATP (bi. Um crupe fostol ¢ pemairamente tanstendo th ATP pare © glutamate, @ sottendo desiocamento por Nis Sendo. Iiherado ne fouma de P SG de hile (mol) Figura 14-9 Selegio dos compostos fosfatados de importancia nlretanto, alguns processos envolvem a hidrdlisedireta do AYP (ou GTP), Por exemplo, a ligagae nao-covalente do ATP (ow do GIP), seguida por sua hidrolise a ADP (ou GDP) € Pi, pode fornecer a energia necessiria para altemnar a conformayao dealgumas proteinas, producindo trabalho mecinico.13s0 ocorre pa eontragdo muscular ene movimento de enzimas.ae longo da cadeia de DNA ou no movimento dos ribessomas a0 longo do HINA mensageito, As reacoes dependentes de energia catalisadas pelas helicases, protefna RecA. e algumas topoisomerases (Capt tulo 25) também envolvem a hidrélise direta de ligagdes fostoa idrido, Proteinas ligantes de GTP que atuam em vias de snal zagio hidrolisam o GIP ditetamente, promovende alteracoes conformacionais em resposta a sinais desencadeados por hor: iménios ou por ont fates extracelulares (Capitulo 13) Os compostos de fosfato encontrados nos organismos vi 10s podem ser dividides arbitrariamente em dois grupos, com base em sous valores de energia livee padrao de hidrolise (Fig. 14.9), Os compostos de “alta energia” apresentam valor dle AG" dehidrolise mais negativo do que ~25kV/mol, enquanto os com postos de “baixa energia” apresentam valor de AG” menos ne- sgativo, Com base nesse critério, 0 ATP, com AG™ de hidroiise ‘gual a -30,5k)/mol (~7,3keal/mol), éum composto de alta ener- gia, enquamto a glicose-6-fosfato, com AG de hidrdlise igual a =13,8kT/mol (-3.3keal/mol], é um composto de baixa energia. (© termo “ligagao fosfato de alta energia’, amplamente wtili- zado pot bioguimicos para descrever © rompimento da liga20 P—-Onna reagao de hidrolise, ¢ incorreto por sugerir que a ener~ gia ¢ intrinseca a ligacao, De fato, o rompimento de ligagoes ‘quimicss eequer um jornecitnento de energie. Entretamto, a ener sia livre liberada pela hidrdlise de compostos de foslato ndo pro- ‘vém da ligagio especifica que € rompida, mas, ants, ela resulta dos produtos da reagao, que apresentam um contetido de energia livre menor do que 6 dos reagentes. Por simplificasao, elgumas 16gica por energia livre padrdo de hile fata figura apresenta 0 fxo dos arunes fastor, represertado por D, 2 parte de dosdores do grupos testo ce ata ‘eneigia, va ATR, para MoKcLat recepforas (tal Como a gltose @ o giceol formando seus devedas fosteto de baie tneieia Case Fhe de grupos foston cakalzado por enzimas derominadas quinases, act nas corcscoesintraceulaes| Corr urna perce tora de everaa lve, A hdr de compostos&e fosato de bava aneraa NboraP, que apresenta Ur potenclal dls arsftencla de gap fesforl ainda menor (confor definico no text) 393 394 vezes std utilizado o terme “compostos de fasfato de alta ener. sia” quando nos referirmos ao ATP 04a outros compostos de fosiato com energia livre padrao de hidtise bastante negativa, Por serem aditivas as variagaes de energia livre de reagoes seqilenciais, qualquer composto fosforilado pode ser sintetiza~ do mediante acoplamento com o rompimento de um outro com- posto fosforilado com energia livre de hidrdlise mais negativa, Por exemplo, pelo fato de rompimento do P, do fosfocnolpiru vaio (PEP) iberar mais energia do que a energia necessdria para 2 concensagao do P, com ADP, a ransfectncia direta de um grupo fosforil do PEP para o ADP é termodinamicamente viavel: AG* (kyo) 18 A Ty a a Somat PEP + HO —> pinata +P, ADP+ P,—> ATP 4 H.0. PEP + ADP —> pinuvata + ATP Poder, portanto, descrever 0s compostosfasforilados como sendo dotados de um alto ou baixo potencial de transferéncia de grupos fosfori. Assim, 0 potencial de transieréncia do grupo fosforl do fosfoenalpiruvato éxito alto, do ATP éalto.¢o da sficose-6-fstato ¢ baixo, Grande parte do catabolism direcionada para a sintese de composcos de fosfto de ata energa, embora« formacao deles Wo Sea um objetivo era si. Antes x6 & a Forma de ativar uma grande variedade de compostos para sotrertransformagdes qui- micas posteriores A transfertncia de um grape fesfoel para am compostoeftivamenteinjeta energia live nele, de tal foemnaque cle passa a apresentar maior quantidade de energia livre para liberar ern transformagdes metabdlicas subsegdentes, Foi mos- trado gcima como a siatese da glicose-Gfosfato é asociada 4 transferencia do grupo fosioril do ALP, No préximo capitulo seri examinado como a fsforlasio ativa ou “prepara a glicose para as reagoescataboicas que acorrem em quase todas as célu las vivas. Devica sua posicdo intermediria na escala de po- de rane de grupos ATP ¢eapar de ransporar cnergia dos compostos de fosfato de alta energia, procuzidos pelo catabolism, para compostos caino a lcs, eonvertendo esses em espécics mais reatvas. sim, o ATP atua como uma “moeds universal” de energie €m todas a clas vives. ten fo fo RIG RD 9 o 9 \ ot Hro—o- Rmo—P—0-P 9 ° ADP ante. ‘Transferéncia| Transferencia 6 Fosfor de picofosford @® ) ‘Ts poses para ataque do nucldfilo RG sobre o ATP ‘Ua caractritica quimica do ATP é crucial para a sua fun «40 n0 metabolism: embora em solugao aquose o ATP sea ter smodinamicamente instivl, endo porsento um bom doadot de {grupos fostoril ele &cinercamenre stave. Asti, devido a enor ime energa de ativagao (200. 400k}/mol)necestria para rom- pimenio ndoenzimtico desualigagzofosfoanidrid ATP nao €capaz de doar espontaneamente grupes fosfri para adguaoy para centenas de outtos potenciais receptors cul Some te quando enzimas especificas diminuem essa energia de ati so € que efetivamente ocorre a transfertacia do grape ost do ATP. A ceula & portanto,capaz de regular a disponibilidade da energia armazenada no ATP por meio de regula das dife rentes enzimas que atuam sobre ele. © ATP doa grupos fosforl, pirofosforil e adenilil ‘As reagdes do ATP s20 geralmente deslocamentos nucleoiics do tipo SN2 (pig, 51), nos quaiso nucledilo pode ser, por exen: pio, 0 oxigénio de um slcool ou carbexilato ou, ainda, um ni- trogénio da creatina ou da cadeia lateral da arginina ou bistdi- na, Ceda um dos trésfosfatos do ATP € susceivel 20 ataque nt cleofilico (Fig. 14-10), sendo que 0 ataque a cada posigio «specifica resulta em um tipo diferente de produto. © ataque nucieatilico de um leool sobre o foslato 7 (Fg. 14-10a) deslocs ADP produzindo um novo ésterfosfato.Esti= {os realizados com reagentes marcados com !°0 mostraram que «ponte oxigénio no novo composto nio ¢ detivada do ATP, ‘mas sim do dlcools grupo iransferido do ATP nao ¢ um fosito (—OPO}), mas sim um fosfori] (—PO?). A transteréncia do grupo fosforil do ATP para o glatamato (Fig. 14-8) ou para agli- cose (pig, 212) env ataque na posigdoy da molécula de ATE © aiaque ao fosfato fi do ATP desloca AMP, cedendo uma grupo pirolosforl (ndo-pirofosiato) para o ataque nucletico (Fig, 14-10b). Por exemplo a formagio do 5'-osforibose |-pio- fosfato,um intermedivio central na sintesc do nucleotideo,ocort medida que um grupo —OH da ribose ataca ofosfatop. Oatague nucleofilice a posigio «do ATP desloca PP, trans: ferindo adenilato (5'-AMP) como um grupo adenilil (Fig. 1 10e); a reagto corresponde a ums adenililagdo, Note que a hi- Arélise da ligagio a-fosfoanidrido lbera mais energia (~46kI/ RBH (ia) — wo} oi} ia] P, Trandferéncia dk aden cc} | Figura 14-10 ~ Reagbes de deslocamente nucteoflce do ATP. Un dos tr atomos de Pc, ou») pede set como abo 2 tofice para. ataquerucleofico, neste caso pelo nuclesio marcado FO. O nuclstilo pede seu 2k) ROM. Um grup «abenisRCOO") ou einda um fsfoanctido (um nucleosieo mona ou difosteto, per exemple. (a) Quando 0 enigbno 6 nave. ‘i alaca a posicao y, a ponte oxigen do produta sire marcagio, inaicanco que 0 grupo transfendo Go ATP reo # um foot '—-0PO8", mas sm um foster POF}. O etaque na posicio fs desoce AMP promnenerico atratslerenea de um grupo proves. forl tréo-irofesfato) pare 0 nucedlo, (0 O ataque na posiao a desioc PP rareferindo 0 Graco adenil para 9 nuceuflo, mol) de que a hidrslise da ligagao fly (~31kF/ mol) (Tabela 14- 6). Além disso, o PP, formado como um subprodute da adeni- lilagdo € hidrolisato liberando dois P, por aga da pirofosfatase inorginica, uma enzima de peesenga constante,liberando 19k) mol ¢ fornecendo, portanto, uma energia adicional de “arran ‘que” paraa reagio de adenillagio. Assim, ambasasligagoes fos foanidrido do ATP sa0 rompidas na reacao total. As reagoes de adenililagao sae, portanto, termodinamicamente muito favo- riveis, Quando a energia do ATP € requerida para promaver uma reagzo metabslica particularmente desfavorive, 2 adenil lag € frequentemente 0 mecanisme de acoplamento de ener: gia empregido. A ativaglo dos acidos graxos é um bom exem: plo dessa estratégia. [Na primeira etapa de ativagio de um écido graxo, seja pare ‘oxidagao geradora de energia (Yeja Fig 17-5) ou para utiizagio na sintese de lipidios mais complexos (Capitulo 21), ele ¢ liga do a0 carteador coenzima A (Fig, 14-11).A condensagio direts de um écico graxo coma coenaima A é endergonica, masa for magdo do acil graxo-CoA torma-se exergonica pela remosao se quencial de dois gropos fosforil do ATP. Primeiramente, 0 ade- ailato (AMP) é transferide do ATP para o grupo carboxila do Acido graxo, formando um anidrido misto (acil graxo-adenila- ‘oe liberando PP, O grupo tiol da coen grupo adenilato, formance um tiogster com @ somatério dessas das reagdes € energeticamente equivalente & WA deslocaentio a ido grave. O PD ie ele aoe ancy 1-0-b ooo asim) a ila 6 6 $ Palit ar , + 2t, canicttn oi} Palins Coan A & | cnycn.-e + o-|-o-fBH aia orn k | i ane ane +22 “AG”? = ~32,5k}/mal Figura 14-11 ‘gfaxo, mas os lgacoeslosfoeriddo do ATP 530 evenivalene rom: picos na formagao de paimita-eneraima 8. Prevero, 0 ATP doa atenla~ fe AMM) formando © acl craxo-adenlao e liberarda Fh, que ¢ hidioh ‘Sco fla prolosazase inorganca, 0 grupo acivgraxo “energizado" & ‘entao rarsterdo para a coeraima A {COASH), com a qual ee forma uma Foacéa toéster ave conserve parte da energia resutonte do ATR Reagio de adenillagso na abvagio de um acido 395 hdrdlise exergbnica do ATP em AMP ¢ PP, (AG = ~45,6kI/ mol) ¢ formacio endergénica do acil graxo-CoA (AG 3idk{/mo}). A formagdo do acil graxo-CoA torna-se energeti- ‘camente favorivel pela hidrélise do PP, por meio da agio da pitofosfatase inorganica. Assim, na ativagao de um acido gra xo, ambas as ligagoes fosfoanidrido do ATP sao rompidas. O va lor de AG resultante corresponde ao somutorio dos valores de AG para 6 rompimento dessa ligagoes, ou seja,~25,5k}/mal + (19,22)k}/mok ATP 20 —+ AMP + 2F, kom A ativagio dos aminodcides que precede a formagio de prot nas (Weja Fig. 27-16) ¢acompanaca de uma série de reacoes and Jogas nes quais @ coenzima A é subsituida por uma molécula de RNA detransferencia, Uma rarauilizagao do rompimento do ATP fem AMP e PP, corre no vags-lume, cue utiliza ATP como fone de energia para proclugo de lampejos de luz (Acendo 14-3), A sintese de macromoléculas informacionais requer energia ‘Quando precursores simples sio ligadas formando polimeros de alto peso molecular com seqiéncias ordenadas (DNA, RNA, proteinas), conforme descrito em detalhes na Parte IV deste ‘ro, & nacessiriaenergia tanto para a condensasao das unidades 'monomericas quanto para a formagao das sequéncias ontona das, Os precursores das sinteses de DNA ¢ RNA s30 mucleosi- ddeos trifosfao, sendo a polimerizag0 acompanhada de rompi- ‘ment da ligagao fosfoanidride entre os fasfatos a e fi, com I beragao ce PP, (Fig. 14-12). Os segmentos transferides para 0 pelimero em crescimento nessas Feagdes Sto adenilato (AMP), guanilato (GMP), citdilato (CMP) ou uridilato (UMP) para & sintese de RNA, e seus “desoxi-" andlogos (com TMP substitu- indo UMP) para 4 sintese de DNA. Conforme mencionedo, & ativacio dos aminoacidos para a sintese de proteinas envolve 3 transferéncia de grupos adenilato do ATP; posteriormente sera ahordado o fato de que a formagao de ligagoes peptidicas sobre 1s ribessomos éacompanhada tambem de hidrolisede GTP (Ca- pitulo lum nucleoside trifosfaro est acoplada an processo endergéni co de sintese de um polimero de seqiléncia ordenada.. 7). Em todos esses casos, 0 rompimento exerypnica de O ATP energiza o transporte ativo e a contragao muscular O ATP pode fornecer energa para 6 transparte de ions ou mo léculas, através da membrana, de um determinado compart ‘mento aquoso para outro no qualassuasconcenteagoesse0 mais clevadas (veja Fig, 12-30). Os processos de transporte s20 0s rmaiores consumidores de energia. Nos rin ecérebro humanos, por exemplo, dois tercos da energia constmida durante re pouso sto utlizados para bombear Na" e K* através de mem Ibranasplasmdticas, un processo que intermediado pela Na"K~ ATPase. O transporce de Na” K* €impulsionado pela fosforila ‘oe desfosforilaao csi da proteina transportadora endo 0 ATP como doador de grupo fosforl veja Fig, 1234). fosfori- Lucio Na’-dependente de Na’K’-ATPase incur o um alterasdo na confocmagio da proteina e uma destosforlagdo K'-depen ante favoree oretorno conformagao original, Cade ciclo no processo de transporte resulta na conversao de ATP em ADP ¢ P, sendo a variagao de energi ive da hidrlise do ATP respon- sive pela inducdo de alteragoescilicas na conformagao da pro- teinae conseqvencebombeamentoeletrogenica de Na" eK". Note aque, nestecass,0 AT? interage covalentementetranserindo gru- po fosforl& enzima, nao 20 substrate,

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