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pin 4 Swap ei stra. TEMPO E HISTORIA nhuma outra. Somente o homem, como ser auto-refk tempo. Porém, na reaidace, como se fosse um paradoxo,o processo tempo- (0 tempo & uma varidvel, como dissemos, ow uma dimensao, como _acrescentamos agora, essencial, integrada nas realidades sociais, que configu -mos “integrada’” porque nao ha realidade social sem tem- ‘A temporalidade é, porém, uma realidade tio imbricada em nossa meci- “nica psicologica e social, no processo de socializagao de qualquer ser humano, ‘que pode perfeitamente aparecer como algo dado, indiferenciado, inclusive Snato, uma categoria « priori, como pretendia Kant, mais alem de qualquer re- 10 € até meso de qualquer exPeriéncia, Com efeito, o tempo aparece ‘como algo intuitivo cuja percepgao, sem diivida, progride com 0 amadureci io psicoldgico, como mostrou Piaget,” algo dado e“suposto” para sen- “comum, e, como algo suposto, sua consideracio especifica esta ausente do to historico, se € que esse mesmo relato ji nao é, como pretende Paul Ri- ; a prépria “configuragao” do tempo.” 2 Nesse sentido, a primeira afirmagio que devemos estabelecer de manei- ee eesinn ni ieee nen : a 25 Sao bastante conhecidos os estuds de J Piaget enn seus Eres Epstomoloie ge ndique sobre o desenvolvimento da percepgae do tenpo nas eriancas. Do mes autor €6 estudo Le développement de la notion de temps chez Fenfan, Paris: PUR, 1946, 26 RICOEUR, P. Tiempo y narvicién. Madrid: Cristianidad, 1987, espesialnente ov. 3. dado de analisar com rigor.o problema da realidade objetiva do tempo fi sua percepgio subjetiva, A realidade do tempo nto é i mente mas do que uma. Outra coisa éa perepedo sensorial, io intelectual do tempo pelo homem, cujos perfis psicol De outro ponto de vista, a questo da construsio “sociolégica” do tem- Po apresenta maior interesse:em todos os nticleos socias historicamente exis- _ tentes o tempo € uma instituicdo que se constrdi e que tem fungdes precisas, Para a construgao davidéia de historia, no entanto, o que interessa, na realida- de, a maneira pela qual a significagao do tempo como um componente inter- ‘no,inserido realmente nas coisas, pode ser captada e explicada por nds de for- ‘ma objetiva: de que forma 6 tempo atua sobre a existéncia das coisas e se ma. nifesta no processo historco. A forma como a historia é conceitualmente uma “dimensio” ou “qua lidade” do social, como dissemos, tem sua explicagao também pela existencia dessa outra condigio ou dimensio prévia: porque tudo o que existe esti “imetso no tempo’, ainda que seja uma maneira metaférica de expressi-lo, Portanto, o ctculo dessa argument : toda pesquisa sobre a natureza da historia’ & também, sobre a natureza da socicdade, também o sera, inseparavelmente, sobre natureza do tempo, sobre 4 temporalidade. Nao podemos falar do que é 0 hist6rico sem falar do social edo temporal. Dai que, no mundo do homem, mais do que falar de um “fato social” € preciso entendé-1o como um “fato s6cio-temporal’, que por ser ani- bas as coisas, social e temporal, o categorizamos com maior precisto como fato sicio-histrico. Nao existe nada que possamos chamar“fatohistorico” sem imaiores qualificagdes ~ no sentido das mais clissicas idéias do positivismo, 10 estara fechado ao se concluir que, se 27 TAQUES, B. La forma del tiempo. Buenos Aires: Paids, 1984. Ver especialmente para nossa disenssio, dentro desse excelente € completo sro de um psicélogo, 0 ‘capitulo 4 la experiencia consciente preconsciente e inconsciente Hanada tiempo. 28. HASSARD, J. The Sociology of Time. London: Macmillan, 1990, p. 10 29. ELIAS,N. Sobre el tiempo. Madrid: ECE, 1989, um ensaio sobre a construcao social do tempo. Ver também ADAM, B. Time an Social Thoory. Cambridge: Polity Press, 1990. Tumbém o f citado J. Hasaed Capit Sviadalec mp A historia 6 sociedade mais tempo, ou menos metaforicamente, “sociedade com tempo’; Por isso toda con: de certa forma, unia consci brea qual os fildsofos se pronunciaram ha muito tempo, desde Kant a Husser] ede Heidegger a Ricoeur. A ‘Mesmo sendo verdade, como dissemos, que nao se pode falar de um tem~ po fisco ¢ outro historico, € possivel sim fazé-lo, acreditamos, considerando um objetivo e outro, subjerive. Por outro lado, é também uma afirmagio substancial ade que o tempo ¢ irreversivel ¢ 0s processos fundamentais que conformam 0 ‘mundo também o sao. © tempo aparece assim, em todas as suas manifestayoes, ‘emo somente nas humanas, como cumulativo: nio pode volta tris." Mas,em lltimo caso, a pergunta que o historiador deve se fazer, como qualquer outro analista de sua propria disciplina, aque deve responder a partir dela mesma, € 0 ‘que &0 tempo. Tal “o“que” é aqui inevitavelmente uma interrogagao filosofica & cientifica E para responde-la com propriedade ¢ preciso que conhegamos, ainda {que de forma sumaria, em que mbito de idéias nos movemos. jencia que © homem adquite do historico & ia da tempofalidade, ¢ isso € uma questo so- © Que £0 TEMPO? “As consideragdes do tempo no sentido fisco, do tempo do universo,€ 00, sentido floséfico, sao necessariamente o ponto de partida para entrar no assun- to. A exploragao da entidade do tempo foi empreendida desde a Antiguidade través do mito, da religiso e, depois, da espectlagao cosmologica e fisica,"A “anilise de ordem cientifica seria mais tardia, mas esti claro que ambas as ma- neiras de abordar o problema do tempo nunca estiveram categoricamente sepa~ tadas antes de chegar Einstein ou, talver, as reflexdes de H. Poincaré. O caso das ciéncias sociais e, em particular, da historiografia é bastante diferente 30. Coino uma primeira introdugto a esse assunto nada file sobre o qual existe wn importante bibliogtaia, ver o dassié monogrico: Pensar el tiempo, pensar a tiem~ po Archipelago. Cudernos de criti de la cultural, Barcelona, 10-11, 1992 {31 Para todo esse tratamento é de grande interesseo livro de POMIAN, K, ff onder del tiempo, Madrid: [Wear 1990. 273 Aerie cing Idéia do tempo na filosofia e na ciéncia No que se refere & tradigio ocidental, a origem do tratamento filosofi- coe cientifico do tempo encontra-se na Grécia antiga, A especullaio filos6fi- «ca grega mais importante, e de todo © mundo antigo, foi, sem davida, a de Aristoteles, ainda que de modo algum tenha sido a primeira. As posigoes de Aristoteles sa0 as de maiores conseqtiéncias para o futuro, mesmo levando em conta as também fandamentais, mas muito menos sistemticas e extensas, de Agustin de Hipona." Aristételes trata do tempo de maneira completa no livro IV de sua Fisica,” onde sdo expostas algumas grandes concepcdes sobre a na- tureza e a medida do tempo que perduram até hoje. Na anilise aristotéliea, 0 fundamental € que se absolutiza a relagio de tempo € movimento, mas se nega que o tempo seja equivalente ao proprio movimento, Depois do notavel avanco da tecnologia da medigdo do tempo, quer di- 2zer, da transformagao do tempo qualitativo em quantitative,” se produzit 0 trabalho tedrico de descrever o proprio tempo ¢ de definir seu estatuto, levan- do em conta as descobertas que pareciam ter tornado caducas as opiniGes de Aristoteles.” O tempo havia sido considerado como inerente a algo. Nesse sen- tido,o tempo é um acidente ou, ainda, um acidente de segundo grau, aciden- te de acidente. Mas a partir do século 16 se rechaga essa idéia do “tempo aci~ dente’, nao para fazer dele uma substancia mas para estabelecer que, como 0 espago, possui uma entidade suri generis. Nesse sentido, Gassendi defenden que ‘05 conceitos de substancia e acidente nao esgotam todo o ser, pois 0 lugar € 0 tempo nao sio nem um nem outro. As posigoes de Gassendi sto entao do ma~ ximo interesse, mas seria preciso chegar a Newton ¢ seus Principia para que o tempo se convertesse em um das eixos do entendimento do mundo fisico. ‘A configuragio do fempo como magnitude uniforme ¢ homogénea, re- versivel, escalar, mensurdvel e, por outro lado, como uma reatidade ou entida- 32. SAN AGUSTIN. Las confesones. Madrid Akal, 1986. Vr a célebre passagem do ea pitulo XIV do livro XI, p. 297 et seq, 33. ARISTOTELES. Fisica, Pars: Les Belles Lettres, 1990. I,p. 13 et seq, 3 WHITROW, G:1- tiempo en la historia, Barcelona: Critica, 1990, especialmente p.25 et seq. 35 POMIAN, K, Blonden del tempo. Mk —— Capito ‘Sisal tmp ori lat. dde emt cxja seio sucedemn as demais realidades fisicas foi, como se sabe, idéia ar ‘gumentada por Newton e a fisica cissica nos séculos 17 e 18, Posteriormen- te, essa concepsio foi discutida e, em boa medida, descartada,, no entanto, ;permanece bastante viva na opiniaio comum. O “tempo absoluto” definido por Newton foi logo discutido por outras concepgdes fisicas do tempo posteriores ‘sua, mas foram as formulagdes de Ernst Mach e as de Albert Einstein, depois, as que acabaram por coloci-las inteiramente em questa. Com efeito, Newton estabelece no Escolio I das definigdes de sua obra classica que E E ‘0 tempo absoluto, verdadeico ¢ matemitico, por si proprio e por sua prop natureza, fui de maneira uniforme sem relacio a qualquer coisa externa €, por ‘utzo nome € chamado durasao. O tempo reariro,aparente e comum & wma me= dida sensivele externa (precisa ou desigual) da duragao do movimento, que € co rumente usada ao inves do tempo verdadeiro; tal como uma hora, um dia, um és, mano." + ‘A concepgio de um tempo absoluto por parte de Newton, que se baseia na tradigio astronomica que vem desde Ptolomeu, apresenta tal capacidade de penetragao por seu aparente carter intuitivo que continua até hoje orien tando a crenga comum das pessoas a respeito do comportamento do tempo. (Os antigos também tinham uma idéia do tempo absoluto. O tempo é um “am- bite’, um “ambiente”, um “fluxo” nao sujeito a nada externo, “uniforme’, quer "dizer, homogéneo, que equivale a duragao e em cujo seia, em cujo interior, su- " cedem todas as coisas. F, sem diivida, a imagem do tempo que alimenta 0 en- tendimento comum dele. A medigao do tempo das coisas € 0 tempo relativo e se efetua por meio do “movimento”, o que resulta, como dissemos, em uma idéia ja exposta por Aristoteles. A de Newton é a que poderia ser chamada " conéepsio do “tempo-recipiente’, s Mas a profunda mudanga na concepgie fisica do tempo comega no ‘momento em que se poe em questo a idéia newtoniana de um tempo abso- Juto como um fluso constante, uniforme, no qual estavam imersos 0s fendme- sn0s do universo e que se media através do tempo relativo. A idéid da existen- 36 I. Newton, Philaposophiae Naturalis Principia mathematica. Escolio [als definici- nies fundamentaes. Pode-se ver uma edigio castethana dos Principis matematios de la flosofis natural, Madrid: Tecnos, 1987. p, 32 et seq. O grifo € nosso. 275 ans A mori de igi cia teal desse tempo absoluto foi discutida ja por Leibniz depois foi rechaga- da pelo fisico e metodslogo da ciéncia Exnst Mach, um dos claros predecesso- res do neopositivismo na eigncia e na filosofia, em fins do século 19, qualifi- cando-a de“concepga0 metafisica ociosa’,"baseada em argumentos aparente- ‘mente sensatos” e, em todo caso, “supérfiua’. O tempo 36 pode ser medida ‘pela mudanga das coisas,” disse Mach, Nao existe um tempo “absoluto' assim como também nao existe um espace absolute. Assim, pois, como ji percebeu Mach, na sua época, ¢ reafirmow Eins- tein depois, o tempo nao é uma realidade fluente na qual “se submergem’, se desenvolvem todos os fendmenos do universo. Nao existe um tempo fluente e externo, um tempo absoluto, © tempo nio éexterno as coisas, as fenomenos, ‘mas sio 0s fenomenos que sustentam o tempo, 6 que o prova. £ 6 movimen- to.a mudanga, 0 que denota que existe o tempo. O tempo astrondmico neces- sita da idéia de uniformidade, de movimentos uniformes que de fato no exis- tem. Por isso Newton disse que se podle aceder desde o tempo vulgar-a0 astro- nomico de forma matematica. Sem movimento ou mudanga o tempo nao ‘como assinalou Aristteles,¢ a experiéncia pode facilmente recons- ‘ruilo, Essas constatagies tém para a historia e para a historiografia, como se pode deduzir, uma importancia nao desprezivel e depois insstiremos nelas.* Em sua significado ultima, a percepgao e conceitualizagio do tempo pelo homem partem da denotugdo da muadanga no mundo real. Mas isso no permite afirmar, de forma alguma, que o tempo éa mudanca, coisa que ja de- rnunciow Aristoteles como errOnea € que foi motivo também dos enérgicos - taques de Friedrich Engels ao Doctor Daring.” © tempo nio é a mudanga, mas nao pode ser apreensdido sénao através de algum tipo de mudanga. Essa observa se deve também a Arstteles. O tempo nao contin a muda rente do que acreditava Newton, mas antes o contririo, O tempo nio é tampouico uma substaneia, nem um fluxo continuo, nem um fundo sobre @ qual 0s fatos se produzem. E uma dimiensdo das proprias coisas. O tempo 137, MACH. The Science of Mechanics La Salle, L: The Open Court, 1942. Ea versio inglesa do original alemao de Mach de 1902. Os parigrafos que interessam se en- . tado as perspectivas que suas anilises apresentavam. Ainda que aqui nao aprofunddemos na discussio das teses de Braudel sobre o “tempo longo” e demais temas que defende,” pode-se destacar que sua grande contribuigao é,a nosso ver, © estabelecimento de que o tempo da historia nao esta de forma alguma citcuns «tito cronologia ¢ que os “eventos” s2o somente uma parte do devir histotico © ‘ndo suza nica manifestagdo. Algumas das criticas que se fez a Braudel, como as _ de Ricocur, por exemplo, nao carccem de interesse, mas continuam operando so- bre uma conceituasao erronea, externa e cronolégica, do tempo." * Braudel trabalha com uma conceituacio do tempo “estruturalizante” enquanto que o “tempo curto” opera no sentido “individualizante” © cami- nho estruturalizante empreendido pelos Annales na anslise do tempo pode ter luma certa relagio com o fato de que a escola, em principio, tratara pouco da historia contemporanea onde, segundo M. Miyake, o tempo estrutural encon- tra dificuldades. Mas esse autor, comentarista de Braudel, nio compreendew ‘na sua profundidade a relacdo entre estrutura e evento que os annalistes ma- ‘ncjaram. Ricoeur, por sua vez, langou crticas a falta de rigor de Braudel e sua caréncia de percepgdes do tempo plural. Disse que, falando em termos abso- lutos, a iia de “velocidade do tempo” nao pode ser aplicada aos intervalos de {tempo mas aos movimentos que os atravessam. A questio est em que Ri coeur parece cret,no estilo newtoniano, que hai um tempo absolute cujos ine 56, MAIRET, G. te discours et Phisorique. Esai sur la reprisentation hisorienne du temps. Pati: Mame, 1974. 57 Algo a esse respeito se fiz no capitulo 5 deste li 58 RICOEUR, P. Tiempo y narrucién. Madrid: Crstianidd, 1987 |p. 183 et eq, 59 MIYAKE, M. The Concept of Time as a Problem of the Theoty of Historical Kno- ‘sledge. In: Nicidenken tber Geschiclte In memoria Karl Dietrich Enmann, New :inster: Karl Wachholtz, 1991, p. 321-337. 282 Sorina tp A ori da iia los podem ser atravessados por movimentos. Uma vez mais se confun- {tempo-recepticulo e tempo-mudanca. ‘Uma das contribuigdes recentes de maior interesse a partir do campo riogrifico é, indubitavelmente, a de Reinhart Koselleck. Esse autor colo- suas visdes sob uma denominacao geral to sugestiva como a de “semanti dos tempos historicos”” e suas apreciagdes gerais acerca do papel do estudo ‘tempo em uma teoria historica coincidem substancialmente com 0s que se ia aqui. Koselleck adyerte no inicio de sua obra que “o que representa 0 dda historia é, entre todas as questoes impostas pela ciéncia historica, ddas mais dificeis de resolver’: A cronologia, dira também, calcula de acor- ‘com as leis da fisica ¢ da astronomia, mas “nao é nessas condigdes naturais divisio do tempo que se observa o que se interroga sobre as relagdes entre historia e o tempo, mesmo que exista algo como um tempo da historia’ wém nao relacionar “diretamente” o tempo mensuxivel da natureza com 0 ito de tempo da historia, O tempo da i tem unicidade, mas, na le encontra-se ligado “aos conjuntos de acoes sociaise politicas” Koselleck defenders a idéia de um tempo miltiplo da historia, no-que temente esti na linha de Braudel. As determinagdes temporais si0 pela natureza mas se definem, no entanto, como especificamente hist Evidencia-se claramente em Koselleck a marca de Heidegger e da herme- ica quando afirma que“em uma situagao concreta, as experiéncias do pas- ‘transformaram-se e as expectativas, as esperancas, 0s prognésticas volta- para o futuro, encontram a mangira de se expressar" Logo, a ideia da tem- dade hist6rica de Koselleck se volta para a exploragao dos trés tempos ou. «da temporalidade em uma relagio entre passado e futuro que se crista- ‘no presente: o movimento historico se desenvolve entre a experiéncia, en- as categorias que o autor denominou concretamente um “campo de expe- ia” € um “horizonte de expectativa’”’ © tempo da historia é cumulative. sua entidade completa nao se entende senao a partir da tensio em direcao {50 R. Koselleck em seu livo i tad anteriormente Futuro pasado, ‘61 Citamos pela edigio francesa desse livro, dadas as conigdes da versio espanhola a que ja nos referimos, Le Futur pasé: Contritution & une sémantique des temps his- Foriques.Pavs: EHESS, 1990 p.9. (62 Pigina 11 163. No excelente ensaio final do liro, p. 307-330, 7 283 «40 futuro, Assim, as ressonancias heideggerianas aparecem de novo como a di- ferenga entre esse tipo de especulacao e a realizada por Braudel, © problema do tempo também nao foi abandonado pelos fldsofos das tendéncias mais diversas no século 20. Para E. Huser! a fenomenologia ¢ a consciéncia do tempo, o fundo da “psicologia da psicologia”; 0 tempo é uma

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