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Desenvolvimento:
Aspectos morfossintticos:
A ligao por meio do sndeto ( conjuno coordenativa
copulativa "e") das trs estrofes do poema impondo no s a
diviso do texto em trs partes lgicas, mas tambm sugerindo
uma sequncia lgica no desenvolvimento do assunto.
Os verbos, com excepo da forma teve(pretrito perfeito),
encontram-se no presente, o que est de acordo com a
natureza terica do poema, que anunciada pelo ttulo
"Autopsicografia" (estudo que o poeta faz do fenmeno
psicolgico que nele se passa, no ato de criao artstica,
portanto, no presente).
A forma do perfeito "teve" explica-se, porque exigida para marcar a
prioridade temporal em que o poeta experimentou as suas dores em
relao ao tempo (presente) em que o leitor experimenta a dor lida.
A expresso infinitiva "a entreter" apresenta-se com um ntido
aspeto durativo, insinuando a repetio continuada do processo
criativo. Note-se a insistncia do poeta no processo mais importante
da criao potica: o fingimento. Este processo marcado pelas
formas verbais "finge" e "fingir" e pelo substantivo "fingidor". O verbo
fingir (do latim "fingere " = fingir, pintar, desenhar, construir) aponta
no apenas para disfarar, mas tambm para construir, modelar,
envolvendo, assim, todo o processo criativo desenvolvido pelo poeta
na produo do poema: o poeta um artfice.
Perfrase - "os que leem o que escreve" (para significar os
leitores) portadora de uma expressividade especial: aponta
para os dois intervenientes fundamentais do processo potico
-o emissor (poeta) e os receptores- (leitores).
Aspetos formais
Verso de redondilha maior (verso curto de sete slabas), de feio
rtmica popular, distribudos em quadras, para expor uma teoria
intelectualizada e de alto nvel mental.