Carlos Eduardo Paulino, 43, Psicopedagogo, Especialista em Sade Mental,
Licenciado em Geografia e Histria
Depois de tantos artigos definindo a inteligncia e seus tipos, chegou a
hora de contar, em breves linhas, um pouco de sua histria.
Tudo comeou com a II Revoluo Industrial, a do sculo XIX, quando
dominamos a eletricidade e os motores qumicos, nesse momento de ebulio do conhecimento, o Homem queria quantificar tudo, medir tudo, ter controle sobre tudo. Foi a Era da Razo.
Neste tempo, os pesquisadores, que acumulavam 200 anos de estudo
do crebro vo perceber sua importncia, tornando-se o principal rgo do corpo humano, em substituio ao corao, portanto, o centro de nossa inteligncia passa a ser esse incrvel processador de dados, responsvel pela memria, fala, viso, audio, enfim todas as funes cognitivas. Disseca-se o crebro procurando localizar em cada parte do mesmo os centros responsveis por comandar suas funes, pois neste perodo aparece Francis Galton, parente de Charles Darwin, que esboa testes para quantificar a inteligncia. A inteno era medi-la.
Do outro lado do Canal da Mancha, no grande rival da Inglaterra, que
era a Frana, um pesquisador, mais renovado, chamado Alfred Binet vai iniciar estudos em 1905, concludos em 1916, que daro origem ao famoso teste de QI (Quociente de Inteligncia). O QI compara a idade mental ou intelectual com a idade cronolgica, de onde sai um ndice, de tais indicies foram apontados intervalos, entre os quais o considerado de inteligncia normal, variava de 0,9 a 1,1, ou se preferirem de 90 a 110, assim sendo, se o leitor for submetido a um teste de QI, e seu ndice variar neste intervalo, sinta-se a vontade, pois possui inteligncia normal. No entanto, embora estes testes tenham evoludo muito h fortes crticas sobre eles, entre as mais contundentes, a do paleontlogo, j falecido, e grande divulgador cientfico Stephen Jay Gould, que em seu, espetacular, livro A Falsa Medida do Homem, disserta sobre as razes ideolgicas existente por trs de sua descoberta e disseminao como meio de controle.