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Gandin (2000), por sua vez, fala de três níveis em que a participa-
ção pode ser exercida. O primeiro nível, diz o autor, é a colaboração.
Neste nível, a autoridade ou dirigente já decidiu e apenas conclama as
pessoas para contribuírem com seu apoio, trabalho ou com seu silêncio,
afim de que a decisão tomada por ele tenha êxito. Diz o autor que esta
forma de participação, decorre de um, pensamento ainda ligado às idéias
de senhor-súdito e de rei-povo que, embora superadas no discurso, per-
tencem à mais clara realidade atual, tanto na relações entre nações como
nas que se estabelecem entre grupos e pessoas (p.56).
O autor tece uma crítica à democracia liberal, por esta exigir dos
cidadãos uma macro-participação sem antes passarem pela aprendiza-
gem da micro-participação. Segundo ele, a família, a escola, a fábrica e
até partidos políticos, que deveriam ensinar a participar, não o fazem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
61Para Freire, as mulheres e os homens (...) encontram, em suas vidas pessoal e social, obstáculos,
barreiras que precisam ser vencidas. A essas barreiras ele chama de situações-limite.
62 Essa categoria encerra nela toda uma crença no sonho possível e na utopia que virá, desde que
os que fazem a sua história assim queiram, esperanças bem próprias de Freire. Estas definições
são notas de Ana Maria Araújo Freire no livro de Paulo FREIRE, Pedagogia da Esperança: um
reencontro com a pedagogia do oprimido, p. 205.