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EMPRESAS & NEGÓCIOS

ELITE INTERNATIONAL CAREERS

À descoberta de talentos
e de oportunidades
O Fórum de Recrutamento realizado
recentemente em Lisboa atraiu sobretudo
os quadros angolanos. Durante três dias,
os cerca de 500 candidatos participaram
em entrevistas formais e estabeleceram
contacto com os directores regionais
e seniores de recursos humanos das empresas
parceiras da Elite International Careers.

«S
      numa empre- Angola. Segundo Gisela Gonçalves, gestora de Recrutamento
sa que também é». «Uma porta aberta para o regres- e Selecção, «houve um interesse muito maior do que se estava
so às origens, abraçando o desafio de contribuir para à espera entre angolanos, portugueses e brasileiros». Os candi-
o desenvolvimento». Ou simplesmente, «Uma aposta nas pes- datos de outras nacionalidades são bem-vindos nestas acções
soas». São frases que chamam a atenção dos quadros africanos da Elite, embora a preferência seja mais para os quadros ango-
para as oportunidades que se abrem em vários países do conti- lanos. E a escolha por parte das empresas, como referiu aquela
nente, mas com Angola em particular a despertar uma soma de gestora, depende do mérito próprio».
interesses por ser um mercado emergente, cujo crescimento
económico nos últimos anos tem vindo a exigir uma grande Garantia de emprego e carreira
procura de quadros qualificados. É com este espírito e esta
perspectiva de futuro que a Elite International Careers se lan- Participaram mais de 40 empresas, entre as quais a Chevron e
çou em mais uma acção de recrutamento. O primeiro Fórum a Odebrecht, patrocinadoras do Fórum. Justino Amaro, ge-
Elite Angolan Careers, realizado em Lisboa entre 6 e 8 de Mar- rente dos Recursos Humanos da Odebrecht, explicou que a
ço, com a participação das maiores empresas que operam em empresa brasileira precisa do maior número de quadros possí-
Angola, cumpriu esse objectivo. veis, tendo em conta as suas inúmeras necessidades, impostas
Foram seis meses de preparação, com uma campanha de pela dinâmica de crescimento económico que Angola conhece
atracção a nível local e global, uma vez que a Elite é o elo de li- nos últimos anos. Entre outros, fazem faltam engenheiros, ad-
gação entre os candidatos e as empresas. As inscrições atingi- ministradores e economistas. Por isso, garante, «há espaço para
ram cerca de seis mil e mais de mil entrevistas estavam agenda- absorver estes quadros», de modo a enfrentar não só ao proces-
das. Mais de 500 candidatos seleccionados foram entrevista- so de crescimento do país como também das operações da em-
dos no evento. Houve candidatos de vários quadrantes, prove- presa. Há 24 anos no país, a empresa quer por esta via dar ca-
nientes de dez países, entre os quais dos EUA. Um deles viajou pacidade aos angolanos, recrutando cada vez mais mão-de-
da África do Sul até Lisboa. Outros 200 serão entrevistados em obra qualificada. Além de constituir uma oportunidade de em-

76 ABRIL 2009 – ÁFRICA21


VÁRIOS EVENTOS AO LONGO DO ANO

SARA OLIVEIRA
A Elite International Careers vai continuar a apostar em Angola
e a desafiar as empresas que participam na reconstrução do
país. Quem o assegura é o seu director, Miguel Vieira, para
quem este evento em Lisboa ultrapassou as expectativas. Esta
empresa de consultoria, com sede em Londres, tem a ambição
de promover, através dos seus projectos, o regresso de quadros
relevantes distribuídos pela diáspora. «A nossa intenção é aju-
dar o maior número possível de quadros a regressarem para
Angola», afirma em entrevista à África 21. Em Novembro do ano
passado, uma equipa da Elite esteve em Luanda, num encontro
com as entidades governamentais, que louvaram a iniciativa.
Miguel Vieira garante que esta não será a última. No plano da
empresa está contemplada a realização de três eventos dedica-
dos única e exclusivamente para Angola. Depois deste em Lis-
boa, que será anual, está previsto outro em Luanda e um tercei-
ro na África do Sul. «Temos várias empresas que estão à procu-
ra de quadros não só para Luanda», refere dando o exemplo de
províncias como Lobito, Huambo, Malange ou Uije, que tam-
bém estão a necessitar de capital humano qualificado.
Para o nosso entrevistado, o facto deste evento ser um fó-
rum fechado e de se ter registado mais de seis mil inscrições,
dos quais apenas foram convidados 500, isso já lhes garante
como candidatos a uma carreira numa das nossas empresas
prego, os quadros recrutados também têm a possibilidade de associadas da Elite. Por outro lado, o próprio ambiente compe-
fazer uma carreira. Na Chevron, o pessoal nacional represen- titivo deste evento leva as empresas a facilitarem a vida aos
candidatos. «Isto porque as empresas sabem que estes candi-
ta 83 por cento do efectivo da empresa. É política da petrolí-
datos são os melhores e todas elas vão querer recrutá-los»,
fera norte-americana apostar em quadros nacionais. «Vamos
adianta. Angola precisa de muitos quadros e Miguel Vieira
procurar os angolanos que nos podem ajudar a desenvolver os acredita que durante os próximos anos esta necessidade ten-
nossos objectivos empresariais», disse uma fonte da empresa. derá a crescer a vários níveis, quer no sector público quer no
Ana Peneda, da direcção corporativa dos recursos huma- privado. Por esse facto, será necessário realizar vários eventos
nos do grupo Mota-Engil, também confirma a grande necessi- do género ao longo do ano.

SARA OLIVEIRA
dade de quadros em Angola uma vez que a empresa portugue-
sa tem uma elevada carteira de encomendas. «Procuramos pro-
fissionais das várias áreas, mas a engenharia é a nossa área de
excelência», precisa. O grupo está a expandir os seus investi-
mentos no mercado angolano e, por isso, também são de inte-
resse quadros nas áreas da gestão, das finanças, economia, re-
cursos humanos e arquitectura. «Este ano contamos recrutar
um conjunto de quadros que possam, por ventura, estagiar
connosco em Portugal». De acordo com aquela responsável,
«uma vez feita a sua formação de forma mais sólida vão voltar
a Angola para integrar as respectivas direcções». A iniciativa da
Elite, como referiu André Morgado, vice-cônsul da Embaixa- Miguel Vieira,
Director
da de Angola em Lisboa, vem completar as diligências feitas Comercial
Angola
por esta entidade no sentido de mobilizar recursos humanos & Partner
Consultor
face ao esforço de reconstrução nacional..

ÁFRICA21– ABRIL 2009 77

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