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S& Intercom — Sociedade Brasileira de Estudos interdisciplinares da Comunicag3o ‘ll Congresto de Citncae da ComunicacBo na Rego Norte Belém -PA~04 #05/05/2014 ‘Uma Anilise da Representacao da Pratica Jornalistica em Filmes’ Milanna Carvalho AMBROSIO” Vitor Franco GAVIRATE Graciene Silva de SIQUEIRA® Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Instituto de Ciencias Sociais, Edueagdo e Zootecnia (Iesez) Resumo Cinema ¢ jamalismo apresentam uma relago que ultrapassa a simples presenga de um no produto do outro, ou seja, 2 incorporacao do jomalista em um filme elou o relato de uma produco cinematogréfica nas noticias. A partir da exibiedo da rotina de repérteres = redagies. a chamada Sétima Arte reproduz estereétipos sobre © jomalista, fixando uma imagem da profissdo no imaginério social. O artigo é fruto de dois projetos de iniciagao cientifica em andamento, fomentados pela Fundagto de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), cujo objetivo € analisar filmes de ficga0 e como estes reproduzem a pratiea jomalistica. No entanto, neste trabalho destacamos a discussto teériea sobre cinema e jomatismo, apresentando informagaes acerea da apropriagao do Jomalista como personagem de obras do cinema. Palavras-chave Jomalismo: Cinema; Teorias do Jomalismo: Representacdes Sociais. Introducio ‘Ao longo dos anos, o cinema reproduziu imimeras histérias que faseinaram mithares de pessoas, seja pelo enredo, pelos efeitos ou através de outros elementos que compdem a producdo cinematografica. Em meio a tantas obras, os newspapers movies’ aparecem como filmes que realizam diversas abordagens sobre o jomalismo ¢ os profissionais da rea. Estas narativas, geralmente, se desenvolvem centradas no interior de salas de redagdes, com cenas que demonstram o trabalho de jomalistas e 0s conflitos ccomidos na empresa jomalistica. De certa forma, atuando como reprodutoras dos bastidores dos jomais (BERGER, 2002). Em suas obras, o cinema reproduz imagens de diversos profissionais — no sé de Jomalistas ~ ¢ elas sdo embasadas em representagdes sociais criadas acerca da referida * Teabato aprevatase aa Diisdo Temdtce Jonnaismo, de Tetercom Je ~ NIT Congreso de Citeciy 6a Coenuscasdo aa Reade Norte realizado de 01 03 de maio de 2014 2 "Esradeas de Graduagd edo 3° semestre do Curse de Comuaicegio Socil-lonalisns da Universidade Federal do Amazones (Ufam) stato de Citnias Soca, Evcasio eZocteena Qcsez), email gulsuuafaGemaicom 5 Estalante de Gredaagio do 3° semeste do Curso de Comunicasdo Soial-fornalismo de Universiade Fact! do Amazones (Ufa), tate de Cienias Soca, Edvcasio e Zoctecna Qesez), email znita_ vitor cael com MOrienadcra do tabalho. Docente do. Cuno de Comunicagio Socia-Tormatamo éa Universidade Federal do Amazvaas (Ufa). Mic. em Citncss ca Combaisapto, email: gicicsaniguesa@emalcom "Segond Berger (2002), earaae cectracas a redagbr de joraiscocsagram Um gieero de fle: somheciso ove ~ ms Une waseSo re: fines de jomaliame come nowerape 51% Intercom ~ Sociedade Brasileira de Estudos Interdisiplinares da Comunicagéo ‘ll Congresto de Citncae da ComunicacBo na Rego Norte Belém -PA~04 #05/05/2014 profissdo. Stella Senra (1997) destaca que o cinema possui capacidade de eriar imagens autonomamente, registri-les e reproduzi-las, Fato que lhe concede o poder de manter ‘vivas, no cotidiano das pessoas, as figuras construidas por ele, Neste sentido, a autora fala que o cinema reproduz estereétipos sobre o jornalista, sendo essa imagem carregada com tragos marcantes tanto pasitivamente quanto de forma negativa. Christa Berger (2002) afirma que as representagies de jomalistas produzidas pelos filmes contribuem para a formacdo de um tipo ideal de jomalista. Assim, criando uma espécie de padrdo de comportamento o qual a sociedade associa a todos os Jomalistas com que se relaciona. Associagao que nao se dissolve com o tempo, mesmo que a pritica diéria mostre 0 contririo (SENRA, 1997). Rosa (2006) apanta que o cinema, desde o seu inicio, tem a preocupacéa de se manter atento aos acontecimentos do mundo ¢ ser um reflexo da realidade. Através dos newspapers movies, & sua manera, 0 cinema revela o cotidiano dos jomalistas, a apuragaio das noticias, 0 contato com as fontes ¢, particularmente, 0 seu aspecto preferido: a relagdo do profiscional com a ética. Para a autora, o cinema ascumiu a fungi de vigia da midia As representagdes do jomalista exploradas pelos newspapers movies sZ0, em boa parte dos casos, formuladas por jomalistas. Berger (2002) fala que outros estudiosos creditam a produgto de bons filmes com criticas ao jomalismo a participagao de Jomalistas na eserita de roteiros. O primeiro homem contratado, exclusivamente, para escrever um filme foi o jornalista Roy MeCardell, em 1908, um ano antes do langamento do inaugural filme sobre jomalismo: The Power of the Press, de 1909, ditigide por Van Dyke Brook. Os newspapers movies aparecem com enredos que podem fomentar interessantes discussdes relacionadas as teorias do jomalismo, além de despertar o interesse pelos filmes que reportam o jornalismo. Jornalismo na Tela do Cinema O jomalista frequenta as telas de cinema desde o inicio do séeulo passada. Senta (1997, p. 37) destaca que “a afinidade entre cinema ¢ jomalismo é histérica, ¢ se esta aproximagio tem sido examinada mais frequentemente em relagao ao filme, o jomal por sua vez contribuiu desde cedo para a difusto ¢ preferéncia das imagens cinematogrificas”, No que tange ao estudo da relagio entre Jomalismo e Cinema, destacam-se duas iniciativas: os livros O Ultimo jornalista: imagens de cinema, de Stella Senra, ¢

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