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Indicadores

de
Qualidade
de
Projeto - IQP

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GV-A 2- 020090 9
IQP - INDICADORES DE QUALIDADE DE PROJETO

A equipe de educadores do CPCD sempre trabalhou seus programas de educação popular e de desenvolvimento comunitário,
assim como seus projetos específicos – “Sementinha”, “Ser Criança”, “Bornal de Jogos”, “Fabriquetas Comunitárias”, “Agentes
Comunitários de Educação”, De UTI Educacional a Cidade Educativa, etc. – como processos de permanente apreensão,
compreensão e devolução.

Uma das maiores dificuldades que enfrentávamos era em relação ao quesito “indicadores de avaliação” dos nossos projetos.

Esse problema (que não era só nosso, mas ainda aflige e compromete o trabalho das ONGs e da grande maioria dos projetos
sociais e de intervenção comunitária) passou a ser um desafio permanentemente enfrentado pela equipe. Entre as muitas
questões que formulávamos, destacamos algumas:
- Se entre os objetivos específicos de nossos projetos apareciam “desenvolvimento de auto-estima”, “socialização”, “aprendizagem
lúdica”, “alegria”, “prazer”, etc. como podíamos medir (mensurar ou aferir) concretamente o alcance (ou não) desses objetivos?
se houve aumento ou diminuição da auto-estima? o grau e a qualidade de socialização alcançada? os indicadores de felicidade?
etc.

Não havia indicadores elaborados e concretos para medir os chamados “objetivos intangíveis.”

Por outro lado, havia (e ainda há) por parte das agências financiadoras de projetos uma crítica à falta de critérios palpáveis e
tangíveis nos projetos sociais.

E para se defender, a maioria das ONGs se escondia atrás do discurso dos “objetivos intangíveis” dos projetos sociais.
Resolvemos encarar de frente esse desafio. Foi por isso que começamos a construir os nossos próprios indicadores.

Num primeiro momento, e lá se vão alguns anos, buscamos, junto com os educadores, na observação diária e sistemática
de nossas crianças e jovens, os pequenos avanços e respostas (sorriso x choro, envolvimento x desinteresse, limpeza x sujeira,
delicadeza x agressividade, etc.). Essas questões surgiam em nossas memórias de campo e relatórios técnicos e avaliações. Aos
poucos, fomos formando uma massa crítica, constituída de elementos que apontavam (indicavam) se os objetivos propostos
estavam ou não sendo alcançados e como.

Surgiu assim o que denominamos de “micro-indicadores.” À guisa de exemplo, são indicadores de auto-estima, o cuidado
com o corpo (cabelos penteados, constância dos banhos, uso de batom, etc), o cuidado com as roupas e os objetos pessoais,
as pequenas vaidades, a busca de uma melhor estética, a expressão de opinião e de gostos, o protagonismo na roda, a
disponibilidade para ajudar e participar de ações coletivas, a relação sorriso x choro, etc.

Todos esses elementos palpáveis e perceptíveis no dia a dia formavam um indicador mensurável. Assim fizemos com todos os
objetivos específicos: a aprendizagem, a socialização, a cidadania, a participação.

Esse acúmulo de experiências e reflexões nos mostraram que podíamos, dessa base, construir “macro-indicadores” que
pudessem balizar nossos projetos. Depois de muito trabalho, conseguimos, por consenso (e isso é o mais importante) chegar a
12 (doze) índices. Nós os chamamos de Indicadores de Qualidade de Projeto. Segundo nossa perspectiva, se pudéssemos medir
(e aferir concretamente) esses índices em nossos projetos, poderíamos afirmar se tínhamos ou não um projeto de “qualidade.”

Dessa forma, o conceito de qualidade, praticado pelo CPCD, passou a ser formado pela somatória e interação de doze índices,
que se completam, mas podem ser observados e mensurados individualmente:

Apropriação: Equilíbrio entre o desejado e o alcançado.


Esse indicador nos convida a dar tempo ao tempo, a não fazer do estresse um instrumento de ensino forçado, a respeitar o
tempo de aprendizagem e o ritmo de metabolização do conhecimento de cada um.

Coerência: Equilíbrio entre teoria e prática.


Esse indicador nos aponta a importância da relação equilibrada entre o conhecimento formal e acadêmico e o conhecimento
não formal e empírico. Mostra-nos que ambos são importantes porque são relativos, nenhum superior ao outro, mas
complementares.
Cooperação: Espírito de equipe e solidariedade.
Esse indicador nos instiga a “operar com” o outro, nosso parceiro e sócio na mesma empreitada, que é o ato educativo,
incluindo a dimensão da solidariedade como base humana dos processos de ensino-aprendizagem, tomando o outro, crianças
ou adolescentes, como fundamental para a Educação ser algo plural.

Criatividade: Inovação, animação, recriação.


Esse indicador nos provoca a criar o novo, a descobrir os caminhos obsoletos, a ousar andar na contramão do academicismo
pedagógico “bolorento”, a buscar soluções criativas e inovadoras, para resolver velhos problemas.

Dinamismo: Capacidade de auto-transformação segundo as nossas necessidades.


Esse indicador propõe que nos vejamos sempre como seres repletos de necessidades e em permanente busca de
complementaridade. Viemos ao mundo para ser completos e não para ser perfeitos, que é atribuição do Divino.

Eficiência: Identidade entre o fim e a necessidade.


Esse indicador nos convida a equilibrar as nossas energias, adequando os meios e recursos aos fins propostos. “Aprender a ser,
aprender a fazer, aprender a conhecer e aprender a conviver”, são os quatro pilares da aprendizagem.

Estética: Referência de beleza e gosto apurado.


Esse indicador fala-nos do bom gosto e da busca do lado luminoso da vida. Se “a estética é a ética do futuro”, segundo
Domenico di Masi, precisamos reconstruir o conceito de estética, de modo que incorpore a luminosidade de todos os seres
humanos, fontes e geradores de luz e de beleza.

Felicidade: Sentir-se bem com o que temos e somos.


Esse indicador aponta-nos para a intransigente busca do ser feliz (e não do ter feliz), como razão principal do existir do ser
humano.

Harmonia: Respeito mútuo.


Esse indicador nos conclama à compreensão e à aceitação generosa do outro (meu igual, mas diferente) como contraparte do
nosso processo de aprendizagem permanente e a incorporar os tempos passados e futuros ao nosso presente.
Oportunidade: Geração de oportunidade e possibilidade de opção.
Esse indicador nos apresenta o conceito contemporâneo de desenvolvimento (=geração de oportunidades) como meio e
alternativa de construção de capital social. Quanto mais formos capazes de gerar oportunidades para as crianças e adolescentes
como participantes de nossos projetos, mais opções, eles (e elas) terão para realizar suas potencialidades e suas utopias.

Protagonismo: Participação nas decisões fundamentais.


Esse indicador nos fala de nossa possibilidade sempre presente para assumir os desafios, romper barreiras, ampliar os limites
do possível, disponibilizar nossos saberes-fazeres-e-quereres, estar à frente do nosso tempo e participar integralmente da
construção dos destinos humanos. O que cada um pode fazer? Queremos ser protagonistas de que peça, de que escola, de
que país, de que sociedade?

Transformação: Passagem de um estado para outro melhor.


Esse indicador traduz a nossa missão de passageiros pelo mundo, de inquilinos do “Paraíso”, de propiciadores de mudanças,
cuja responsabilidade é deixar para as gerações presentes e futuras um mundo melhor do que este que encontramos e o que
recebemos de nossos antecessores.

A partir dessa matriz, elaboramos uma série de perguntas. A ideia era (e é) formular tantas perguntas quantas fossem necessárias
para levar o participante (educador, criança, jovem e pais) a perceber nas atividades do projeto a presença (qualitativa) e o grau
da presença (quantitativa) do índice.

Após responder a essa bateria de questões sobre cada índice, o participante dá uma nota (de zero a dez) para esse quesito.

Foi assim que construímos o IQP. Ele é aplicado em cada um de nossos projetos, tomando uma amostragem equitativa e
representativa dos participantes – educadores, pais, crianças e jovens, considerando inclusive a questão de gênero.

O IQP, já no seu nono ano de aplicação sistemática, transformou-se em eficiente tecnologia educacional, pois nos possibilita,
a partir da leitura e análise dos indicadores de avaliação, contextualizá-los e percebê-los como estão sendo introjetados e
metabolizados no fazer e saber-fazer dos nossos educadores, possibilitando-lhes um novo olhar sobre a própria prática.

Tião Rocha
Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP
- Crianças - 6 a 10 anos -
1. Apropriação “Quando chego em casa falo para minha mãe que pulei corda, joguei peteca
Nota: 9,3 e li livro. Mas, quando a gente faz bagunça com os jogos, temos que arrumar.
Minha mãe fala, “- Agora, tem que arrumar a bagunça dos seus brinquedos aqui
A apropriação é o indicador nº 1 do projeto. Aos poucos, as crianças vão também; como você aprendeu.”
entrando na roda, conversando e manisfestando seu carinho e encantamento Alexandrina Sousa, 6 anos

pelas brincadeiras e histórias. Comunidade Beira Rio

“Eu gosto de participar das atividades do projeto, porque posso falar do que eu “Quando participo das atividades do projeto, chego em casa e conto para minha

gosto, do que eu não gosto e mesmo assim, ninguém briga comigo.” mãe tudo o que aconteceu. Ela acha muito interessante. Fala com admiração que,
além das Mães Cuidadoras e Agentes Comunitários de Educação irem na escola,
Alexandrina Sousa, 6 anos
eles ensinam um monte de atividades legais. A biblioteca ajuda a melhorar nossa
Comunidade Beira Rio
qualidade de leitura, porque tem várias opções de livros.”
Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos
“Sinto-me muito bem, participando das atividades do projeto. Divirto muito
Escola Municipal Professora Diva
quando estou criando histórias, e quando estou declamando poesias. O projeto é
muito legal e fico torcendo para chegar o dia de fazer atividade com a gente.“
“Meus pais ficam curiosos para saber por que gosto tanto das atividades do
Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos
projeto. Assim que conto os detalhes, eles ficam contentes em saber que além
Escola Municipal Professora Diva
do professor, temos as meninas do projeto para ajudar na nossa aprendizagem.
O ruim é que tenho colegas que não sabem brincar. Eles não aceitam regras e
“Gostei muito da atitude do projeto Cidade Educativa. Ele trouxe mudas de
não respeitam ninguém. Mas, a gente está aprendendo a corrigir isso através das
plantas para nossa comunidade. Até a escola está cheia de planta! É só cuidar e
avaliações.”
esperar crescer.” Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos
Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos Comunidade Tum-Tum
Comunidade Tum-Tum

3. Cooperação
2. Coerência Nota: 9,1
Nota: 9,2
As crianças e adolescentes sentem-se à vontade para participar das atividades.
As Mães Cuidadoras e os Agentes Comunitários de Educação estão sempre Através de oficinas de jogos, brinquedos e pedagogia das placas, as Mães
preocupados em avaliar e planejar atividades que possam atender às crianças de Cuidadoras e Agentes Comunitários de Educação conseguem estimular a
forma prazerosa. Dessa maneira, elas aprendem a ouvir o outro, a compartilhar, importância do trabalho em grupo e envolvem crianças, professores, mães e
na roda e em casa, o que foi assimilado. comunidade.

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“Eu sempre ajudo meus amigos naquilo que eles não sabem fazer. Assim, a gente “Agora, as atividades na escola estão diferentes; tem cantinho de leitura, oficina de
vai ficando cada vez mais amigo.” brinquedos, teatro... Eu até queria que o projeto continuasse, pois é muito criativo.
Alexandrina Sousa, 6 anos Ele traz muitas atividades prazerosas e bonitas como, por exemplo, as bonecas de
Comunidade Beira Rio pano e as pinturas na parede de tinta de terra, que eu acho maravilhosas.”
Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos

“As rodas de leituras são a melhor coisa para aprender a ler, porque a gente escu- Escola Municipal Professora Diva

ta a leitura do colega, ou lê junto. Aí, quando percebemos, um está ensinando


o outro.” “Achei tão estranho usar terra para pintar casa! E, mais o curioso, é colocar tenaz
Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos para ela grudar. É uma coisa tão simples, que a gente considera sem utilidade,

Escola Municipal Professora Diva


mas que produz algo muito bonito.”
Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos
Comunidade Tum-Tum
“Cooperar para mim é ajudar o próximo, é saber ganhar e perder. Eu não tenho
preguiça de aprender. Gostei do dia que o projeto fez oficina de brinquedo e
5. Dinamismo
futebol de mãos, com a gente. Fizemos muitas coisas! Mas, o que adorei mesmo,
Nota: 9,5
foi o dia que toda escola saiu para plantar as mudas no quintal.”
Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos
A aprendizagem é muito importante e, para acelerar esse processo, o projeto
Comunidade Tum-Tum
Cidade Educativa procura envolver a todos - pais, crianças, adolescentes,
professores e comunidade. As crianças vão descobrindo que todos podem
4. Criatividade
aprender e ensinar. Cada um tem sua própria forma de aprender.
Nota: 9,6
“Minha mãe acha que todo mundo deve participar das atividades do projeto. Todo
A equipe deve se esforçar para ser criativa. Através de oficinas de brinquedos, mundo tem que aprender a ler, escrever e fazer continhas. Eu concordo com ela,
jogos, peças de teatro, cartão de tinta de terra, recital de poesias e outras pois gosto e acho tudo muito divertido.”
atividades, procuramos proporcionar várias opções de atividades, que auxiliem Alexandrina Sousa, 6 anos
na conquista do objetivo do projeto. Comunidade Beira Rio

“O projeto é criativo. Na minha sala, tem uma pintura de tinta de terra linda, “A minha família gosta muito do projeto. Depois que comecei a participar das
cheia de números e alfabeto.” atividades, aprendi a escrever melhor e a fazer continhas com os jogos. Mas, o
Alexandrina Sousa, 6 anos que eu mais gosto é fazer cartão com tinta de terra!”
Comunidade Beira Rio Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos
Escola Municipal Professora Diva

8
“Meu pai gostou muito da pintura com tinta de terra, feita lá em casa! Depois que 7. Estética
tudo terminou, ele disse que ninguém pode julgar as coisas pelas aparências. Que Nota: 9,1
bom que o projeto fez ele enxergar isso!”
Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos Para as crianças, o conceito de estética é muito amplo. Cada um tem uma
sensibilidade diferente para perceber a beleza de uma atitude, de um jogo, de
Comunidade Tum-Tum
um livro, de uma ação. O que mais chama a atenção das crianças são as tintas
de terra, que vão embelezando os espaços e deixando-os mais bonitos.
6. Eficiência
Nota: 8,5 “O quintal da escola está muito bonito, cheio de árvores pequeninas. Isso deixou
a escola mais bonita.”
A roda de conversa é uma das principais ações que tem como resultado outras Alexandrina Sousa, 6 anos
grandes ações. Este ano, em Tum-Tum, conseguimos perceber que o diálogo Comunidade Beira Rio
na roda revelou grandes avanços com as crianças. Surgiram avanços no
comportamento, na aprendizagem e na leitura das mesmas. Elas estão motivadas “Quando vi a parede da biblioteca, toda pintada, gostei muito! Li uma frase
a aprender, dar opinião, avaliar e ter mais interesse pelas atividades. interessante, ”Para educar uma criança é preciso toda uma aldeia “ e adorei o
projeto. São coisas muito bonitas!”
Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos
“Acho que o projeto está ajudando a natureza. Com os materiais que iam para o
Escola Municipal Professora Diva
lixo, as Mães Cuidadoras e ACE’s fazem lindos jogos.”
Alexandrina Sousa, 6 anos “Eu acho muito bonita a atitude do projeto. Ele ajuda as pessoas, trazendo ações
Comunidade Beira Rio inovadoras como a folia do livro, a tinta de terra, as decorações feitas no local
de trabalho. Isso nos anima muito! Os bornais de livros, que ficam nas casas à
“Acho muito bom o projeto, dentro e fora da escola. Todos podem participar. disposições das pessoas.”
Outra coisa que me chama a atenção é a roda. Nela, combinamos o que vai Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos

ser feito no dia. Assim, fica tudo mais organizado e a gente aproveita mais o Comunidade Tum-Tum

tempo.”
8. Felicidade
Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos
Nota: 9,6
Escola Municipal Professora Diva

O projeto Cidade Educativa tem sempre a preocupação com esse indicador.


“A gente cuida dos livros, jogos e de todo material para não estragar. Quando Sabemos que ele exige muita atenção, por isso, procuramos proporcionar
usamos vários jogos, sempre tem as pessoas para organizar. Assim, não some momentos prazerosos e alegres às crianças, adolescentes e comunidade em
nada. Depois, a gente senta para avaliar sobre o que aconteceu no dia.” geral. O cinema itinerante e a biblioteca são motivos de orgulho e felicidade
Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos para as crianças. A cada dia, conseguimos envolver mais crianças nas seções de
Comunidade Tum-Tum filmes.

9
“Um dia, fui muito triste para a escola, pois minha mãe viajou e não me levou. “Eu respeito meus amigos, colegas, professores e todos me tratam bem. Antes,
Cheguei lá, vi as Mães Cuidadoras trabalhando, fazendo as unhas dos meus eu e meus colegas tínhamos medo da professora que gritava muito. Hoje, ela
colegas, tirando fotos. Meus colegas gostaram muito. Aí, eu fui ser feliz também; fala alto, mas ensina bem. Temos mais diálogo, somos mais companheiros e
esqueci da viagem e fiz também minha unha.” gostamos muito dela. O projeto contribui muito com isso, trazendo atividades em
Alexandrina Sousa, 6 anos
grupo para nós, alunos e professores.”
Comunidade Beira Rio
Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos

“Tem três coisas que me deixam feliz no projeto: o cinema toda terça- feira e a Comunidade Tum-Tum
biblioteca, que só fecha no fim de semana, quando eu vejo as pessoas se dando
bem umas com as outras. “ 10. Oportunidade
Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos
Nota: 9,4
Escola Municipal Professora Diva

“Com o projeto na comunidade, estou feliz, pois sei que livros, jogos, brincadeiras, Para as crianças, participar do projeto é uma chance de aprender de forma
biscoitadas são atividades que educam e ensinam a gente cada vez mais e o prazerosa e diferente.
projeto com boa vontade nos ajuda.”
Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos As algibeiras de leituras, bornal de Livros e folia do livro são estratégias simples
Comunidade Tum-Tum
que enriquecem a diversidade de atividades, dando oportunidades às crianças.

9. Harmonia
Nota: 9,2 “Eu aprendi a fazer muitas coisas boas: cantei na folia do livro, apresentei
teatro. No projeto não tem grito, nem xingo e quando eu crescer quero ser uma
Percebemos que há grandes facilidades para resolver as questões que surgem de professora. Mas diferentemente das outras, não vou gritar, quero ajudar quem
forma harmoniosa.
tem dificuldade em aprender igual as Mães Cuidadoras e ACE’s.”
Alexandrina Sousa, 6 anos
“O Projeto tem paz. Acho que é porque ele respeita muito as crianças e escuta o
que elas têm para falar.” Comunidade Beira Rio
Alexandrina Sousa, 6 anos
Comunidade Beira Rio “Eu aprendi muitas coisas, como brincadeiras, criar poesias e histórias, conviver
melhor com meus colegas. Agora, tenho menos dificuldades na leitura. E, quando
“Tenho colegas que não respeitam as pessoas quando estão na roda. Elas eu crescer, quero ser uma professora.”
ficam conversando o tempo todo! Mas, o projeto está ajudando melhorar essa
Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos
relação.”
Escola Municipal Professora Diva
Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos
Escola Municipal Professora Diva

10
“Com as Mães Cuidadoras e ACE’s, aprendi a respeitar uma planta. Hoje sei que 12. Transformação
ela tem vida e sofre quando está com sede.” Nota: 9,4
Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos
Comunidade Tum-Tum Observamos por meio dessa avaliação que a principal transformação das crianças
refere-se à mudança no comportamento e na aprendizagem. Com a ajuda dos
11. Protagonismo pais, professores e comunidade, conseguimos grandes avanços. As crianças
Nota: 9,3 estão lendo mais e as Mães Cuidadoras e Agentes Comunitários de Educação
estão sempre preocupados em fazer a diferença. Eles sabem que as grandes
Declamar poesia, construir um brinquedo, contar história são apenas pretextos mudanças começam nos pequenos detalhes e isso vale para todos e para tudo.
para se fazer uma roda. A partir da roda, cada uma tem sua vez de falar, de
expor sua opinião. Isso ajuda a nos expressar melhor e a perder a timidez, “O projeto mudou o quintal da escola. Antes, ele era cheio de mato e sujo de lixo;
principalmente quando tem uma história para contar ou umas brincadeira para hoje, está bonito e cheio de plantas. O que mudou na minha vida é que aprendi
ensinar. pular corda, coisa que não sabia fazer.”
Alexandrina Sousa, 6 anos
“O projeto Cidade Educativa deixa a gente falar, na roda, as dez brincadeiras que Comunidade Beira Rio
a gente sabe e todos ouvem.”
Alexandrina Sousa, 6 anos “Antes, eu era triste, não gostava de brincar com ninguém. Hoje, sou uma criança
Comunidade Beira Rio alegre, tenho um comportamento melhor em casa e na escola e aprendi a
valorizar como sou, graças às Mães Cuidadoras que me ensinaram a gostar de
“Quando a gente faz a roda, é muito legal. A gente está em união, um fala de mim mesma.”
cada vez , cada um dá a sua opinião e todos participam juntos. Ninguém faz Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos
nada sozinho.” Escola Municipal Professora Diva
Ana Cristina Ferreira dos Santos, 8 anos
Escola Municipal Professora Diva “Tenho melhorado a leitura e a escrita e também estou lendo mais. Consegui
acabar com a timidez. Com o projeto na comunidade e dentro da escola, muita
“Eu fiquei muito feliz quando o projeto me convidou para contar história em coisa tem melhorado em minha vida. Consegui acabar com minha timidez, estou
todas as salas. Senti-me valorizado. Depois, meus colegas chegaram me dando lendo bem mais! Hoje, já conto historia e participo de teatro.”
os parabéns.” Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos
Douglas Pereira Rodrigues, 9 anos Comunidade Tum-Tum
Comunidade Tum-Tum

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Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP
- Crianças - 10 a 14 anos -
1. Apropriação “O que aprendo na biblioteca, procuro sempre passar para meus amigos. Dessa
Nota: 9,0 forma, aprendo e ajudo quem está ao meu redor.”
Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos
Percebemos que todos os adolescentes se envolvem, participam e tomam para si Zona Urbana
a responsabilidade de uma educação comunitária e popular. Eles promovem uma
aprendizagem simples. “Muita coisa que eu aprendo nas oficinas, quando chego em casa tento fazer.
Como, exemplo, tem o circulo de bananeira, pois é uma experiência que a gente
“Acho a biblioteca algo de muita utilidade para a nossa cidade. Ela ajuda na tem que espalhar. E comecei fazendo no quintal de minha casa!”
melhoria da nossa leitura e na nossa postura. Depois que a biblioteca veio para Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos
cá, aprendi a gostar mais dos livros. Hoje adoro ler.” Comunidade Tum-Tum
Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos
Zona Urbana
“Tudo que aprendi no projeto é de fundamental importância para minha vida: as
rodas, as brincadeiras, as mandalas, as receitas de doces. Tudo tem me ajudado
“Eu me sinto muito bem nas atividades do projeto. Tenho mais facilidade para
muito na escola. Fico agradecida, principalmente, porque nas atividades, a gente
aprender e entender a metodologia através da roda. Os pais também têm
conversa para fazer os combinados e avaliar a participação. Eu acho tudo muito
oportunidade de perguntar e dar suas opiniões sobre o que acham e o que
valioso.”
sonham para a sua comunidade.”
Maria Lidiane Silva, 12 anos
Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos
Zona Urbana
Comunidade Tum-Tum

3. Cooperação
“Gostei muito dos jogos ambientais, principalmente do Quintal Maravilha, porque
aprendi o que é composto orgânico. O projeto está sempre utilizando esse quintal,
Nota: 9,0
conscientizando-nos da importância de usar o alternativo.”
Maria Lidiane Silva, 12 anos Incentivar a cooperação nas atividades coletivas é um dos nossos objetivos. A
Zona Urbana cada dia, conseguimos despertar nos adolescentes a importância do trabalho em
grupo, através das gincanas, do futebol de pés amarrados e jogos. Enfim, através
2. Coerência de ações que têm ajudado na aprendizagem individual e coletiva.
Nota: 9,0
“Para mim, cooperação é ajudar quem precisa e isso faço diariamente. Sempre
O projeto, além de gerar aprendizagem, deseja formar bons hábitos e pessoas que estou na biblioteca e tem alguém a procura de um livro, eu procuro sempre
possuidoras de opiniões próprias. Fazemos o possível para que os adolescentes ajudar. A maioria dos trabalhos que faço é em grupo e todos são realizados na
percebam a importância de avaliar as atividades, a importância de dialogar, ouvir biblioteca. Lá sempre encontro fontes que suprem minhas necessidades.”
o outro, compartilhar os saberes e de serem mais solidários uns com os outros. Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos
Nosso principal instrumento é a roda, que reforça a importância de cada um. Zona Urbana

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“Quando estamos em atividades, gosto de aproveitar bem e ajudar o projeto, para das oficinas com tinta de terra. Por isso acho a equipe criativa nas atividades.”
que as atividades aconteçam bem e que a nossa comunidade seja beneficiada Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos
cada vez mais. É um orgulho! Estou sempre participando dos mutirões de limpeza, Comunidade Tum-Tum
das oficinas. Acho importante ter esse espírito de solidariedade. A gente aprende
a ajudar mais o próximo.” “As atividades que o projeto faz são muito criativas. Elas conseguem chamar a
Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos atenção de todo o público, com a mobilização do Conselho Tutelar, das escolas
Comunidade Tum-Tum e com o cinema. Eu acho isso o máximo, pois tudo envolve aprendizagem.
As meninas estão sempre trazendo aprendizagem para nossa vida, como por
“Para mim, cooperar é um ajudar o próximo, ser solidário. O projeto está sempre exemplo, as algibeiras de livro em nossas casas.”
cooperando com a escola, com a comunidade, ajudando sempre no que for Maria Lidiane Silva, 12 anos
possível. O trabalho do projeto é sempre em grupo. Eu sempre participo. Gosto Zona Urbana
muito e ajudo meus colegas também, quando eles precisam. As atividades são
bem dinâmicas. Às vezes, tem competição, mas o projeto nos ajuda a ter uma 5. Dinamismo
atitude melhor, com companheirismo e lidando com as coisas boas e ruins.” Nota: 8,8
Maria Lidiane Silva, 12 anos
Zona Urbana É preciso ser dinâmico para estimular os adolescentes a participar das atividades
do projeto. Para isso, as Mães Cuidadoras e os Agentes Comunitários de Educação
4. Criatividade procuram formas diferenciadas e dinâmicas.
Nota: 9,5
“O projeto é muito dinâmico. Isso faz com que eu o veja de uma forma
As atividades do projeto auxiliam os adolescentes a acreditarem e estimularem mais educativa. Posso tirar minhas dúvidas e aprender de uma forma mais
sua própria criatividade. Já construímos brinquedos, jogos, enfeites, peças de prazerosa.”
teatro, entre outros. Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos
Zona Urbana
“Ser criativo, para mim, é uma arte que a gente desenvolve aos poucos. O
projeto está sempre procurando trazer atividades diferentes, para a biblioteca “Acho muito bom o projeto aqui na comunidade. As meninas fazem um trabalho
como exposição, gincana, contação de história, construção de jogos, brinquedos brilhante para o desenvolvimento da mesma, principalmente na aprendizagem
e enfeites. São coisas criativas e bonitas que fazemos com muito prazer.” dos alunos, incentivando-os a participar das atividades conduzidas pelo projeto.
Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos Houve uma grande mudança no meu comportamento, na auto-estima e na
Zona Urbana aprendizagem.”
Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos
“O projeto traz muitas atividades boas para a comunidade e para a escola. Nós Comunidade Tum-Tum
estamos aprendendo a perceber também nossa criatividade, através dos teatros,

14
“Acho que as pessoas da comunidade apóiam e gostam das atividades do projeto. “O projeto ajuda a resolver os nossos problemas, trazendo atividades que nos
Algumas pessoas falam mal, mas outras elogiam. Eu mesma percebi algumas ajudam a tirar a timidez, a trabalhar o afeto e amizade. E, quando a gente
mudanças em mim, principalmente nas atividades competitivas. Eu não sabia combina uma atividade, ela acontece e sempre tem um para coordenar.”
perder, só queria ganhar. Hoje já me comporto melhor. Meus colegas também Maria Lidiane Silva, 12 anos
estão melhorando no comportamento e na aprendizagem. Temos um diálogo Zona Urbana
melhor.”
Maria Lidiane Silva, 12 anos 7. Estética
Zona Urbana Nota: 8,4

6. Eficiência O conceito de estética que o projeto procura despertar nos adolescentes é o da


Nota: 8,4 importância de aproveitar o material reciclado. Com isso, estamos conscientizando-
os a preservarem o meio ambiente e fazendo com que eles sintam bem em fazer
As atividades são realizadas com eficiência. Procuramos planejar atividades de algo que chame a atenção de outras pessoas.
forma que os adolescentes se interessem. Aos poucos, conseguimos despertar
a curiosidade em coordenar a roda e programarmos, juntos, outras atividades. “Acho muito bonito o trabalho do projeto com o reaproveitamento dos litros
Vamos trabalhar receitas alternativas, jogos e brincadeiras, promovendo diálogo descartáveis, tampinha de garrafas. São coisas criativas.”
e estimulando a participação de todos. Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos
Zona Urbana
“O projeto ajuda a resolver os nossos problemas. São feitas atividades com jogos,
que acho muito eficientes, para estimular nossa aprendizagem. Os problemas que “O projeto procura encontrar tudo de bom para fazer feliz todos que participam
surgem, a gente resolve com uma boa conversa.” das atividades. As coisas belas feitas nele são muitas. Mas, a folia do livro deixa
Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos a nossa comunidade mais bonita com a animação das pessoas.”
Zona Urbana Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos
Comunidade Tum-Tum
“Aprendi com o projeto a ser mais organizada com os materiais. Antes, não
dava tanta importância; agora, que ajudo as meninas nas atividades, comecei a “O trabalho do projeto é muito bonito. Ele está sempre com atividades novas,
entender a necessidade da organização. Essa era uma das minhas dificuldades, dinâmicas, ideias boas. Mas, o que eu acho mais bonito é a tinta de terra e as
por isso valorizo o que aprendo no projeto.” atividades que acontecem nos bairros.”
Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos Maria Lidiane Silva, 12 anos
Comunidade Tum-Tum Zona Urbana

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8. Felicidade “Percebo que a relação das pessoas que trabalham na biblioteca é ótima. Elas
Nota: 9,0 sabem cativar quem chega à procura de informações sobre os livros. Acho que o
movimento é grande porque sobe conquistar as pessoas.”
Procuramos fazer as atividades de forma lúdica, para que o aprendizado se torne Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos
Zona Urbana
algo prazeroso para as crianças e os adolescentes. Isso proporciona satisfação a
todos. Esperamos que, dançar e cantar sejam apenas pretexto, para os envolvidos
“Há um respeito muito grande entre as pessoas. Todos são tratados muito bem e
continuarem falando com orgulho das experiências promovidas pelo projeto.
com bastante atenção. Vivemos em uma harmonia linda. Um atende o outro com
muita dedicação, e ainda, temos a oportunidade de falar o que sentimos.”
“O que me faz sentir mais feliz é o carinho com que as pessoas nos recebem na
Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos
biblioteca.” Comunidade Tum-Tum
Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos
Zona Urbana “Sinto-me à vontade para falar o que penso dos filmes, da biblioteca, dos jogos
eletrônicos e das atividades do projeto. Se há algo que aprendi a gostar é vir
“O projeto oferece muitos momentos de felicidades. Para mim, o melhor momento sempre à biblioteca para conversar com os amigos, ler e apreciar as histórias
é quando estamos numa roda de batuque, cantando, dançando e aproveitando contadas pelas crianças.”
o momento para ser feliz” Maria Lidiane Silva, 12 anos
Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos Zona Urbana
Comunidade Tum-Tum
10. Oportunidade
“Tenho muitos sonhos a serem realizados. Sinto uma enorme felicidade quando o
Nota: 9,3
projeto faz a oficina de beleza. Acho que ela é uma forma bonita de fazer a gente
As Mães Cuidadoras e os Agentes Comunitários de Educação procuram usar
se sentir feliz, pois nos sentimos mais protegidos”
vários instrumentos para gerar aprendizagem e envolver mais os adolescentes.
Maria Lidiane Silva, 12 anos
Usando os jogos ambientais, dentro e fora das escolas, conseguimos envolver
Zona Urbana
os adolescentes e professores, proporcionando aos envolvidos a curiosidade em
aprender e o direito de sonhar em ser alguém na vida.
9. Harmonia
Nota: 9,1 “Vendo os filmes toda semana e com a biblioteca perto de minha casa, estou
tendo a oportunidade de melhorar minhas expectativas de vida. Estou mais
O projeto discute a importância de uma boa convivência com os adolescentes, atenta na leitura, escolho melhor meus filmes e tenho um convívio melhor com
através dos jogos e filmes. Eles acham tudo muito importante. Isso é uma maneira as pessoas.”
de se fazer respeitar o outro, proporcionando momentos de avaliação. Nestes Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos
momentos, todos têm oportunidade de falar e discutir a relação entre eles. Zona Urbana

16
“São ótimas as atividades que aprendo no projeto. Elas me trazem boa convivência “O projeto valoriza o que a gente faz, melhora nossa auto-estima e leva-nos a
com todos de lá. Tenho o sonho de um dia ser uma ACE, para entender mais o pensar que temos capacidade para coordenar uma roda e uma brincadeira. Aí,
projeto e ensinar o que sei, além de aprender coisas diferentes.” descobrimos que podemos muito mais!”
Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos Maria Lidiane Silva, 12 anos
Comunidade Tum-Tum Zona Urbana

“O projeto está sempre nos oferecendo a oportunidade de melhorar a educação, 12. Transformação
a aprendizagem, o convívio. A gente aprende a ser compreensível e afetivo, Nota: 9,2
aprende a superar a timidez. Meu sonho é ter uma boa formatura, arrumar um
bom emprego e ajudar minha família. Eu gostaria de ter a oportunidade de Auto-estima, aprendizagem e comportamento são as características de
transformação mais faladas pelos adolescentes. Cada um, por sua vez, pode
passear com meus colegas e me divertir; soltar-me mais, pois sou muito tímida.”
expressar melhor o que pensa através das rodas de conversas e avaliações das
Maria Lidiane Silva, 12 anos
atividades.
Zona Urbana

“Minha vida melhorou muito. Na escola, por exemplo, melhorei 100%, depois de
11. Protagonismo
ter adquirido o gosto pela leitura.”
Nota: 9,0
Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos
Zona Urbana
Os adolescentes, as Mães Cuidadoras e os Agentes Comunitários de Educação
estão sempre avaliando as atividades diárias. Cada um pode expressar melhor o
“A aprendizagem mudou muito o meu comportamento e o comportamento de
que pensa e isso facilita o planejamento das atividades.
minhas amigas também. Na minha escola, está cada vez melhor. Hoje temos mais
oportunidades de desenvolver nossa aprendizagem. “
“Já participei de várias atividades do projeto. Cada dia, gosto mais; tenho mais
Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos
espaço para expor o que penso e me sinto muito bem fazendo isso.” Comunidade Tum-Tum
Sandy Gabriele Alves Botelho, 12 anos
Zona Urbana “Minha mãe disse que estou mais responsável. A diferença é que estou gostando
mais de matemática porque estou aprendendo mais. Minha vida mudou, tanto
“Todas as vezes que estou na roda, eu tenho oportunidade de dar opiniões e sinto em relação aos amigos, quanto em relação a minha família. Também estou
que sou ouvida. Ajudo nas brincadeiras, para elas serem bem criativas. O projeto superando a timidez. Foi uma transformação muito boa que tive. Passei a viver
valoriza muito as minhas brincadeiras, e sempre quero trazer mais.” com mais entusiasmo.“
Jaqueline Pereira de Oliveira, 14 anos Maria Lidiane Silva, 12 anos
Comunidade Tum-Tum Zona Urbana

17
Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP
- Comunidade -
1. Apropriação 2. Coerência
Nota: 9,2 Nota: 9,0

Sempre contamos com a compreensão dos pais, que sabem da importância Quando iniciamos o trabalho, encontramos algumas dificuldades, como envolver
de receber o projeto em sua casa e de quanto é importante que seus filhos mais pessoas da comunidade nas ações do projeto. Das propostas discutidas
participarem das atividades. Em nossas rodas, eles se sentem à vontade para fizemos o MDI (Maneiras Diferentes e Inovadoras), ação que facilitou a realização
falar do projeto e pedem oficinas comunitárias dentro de suas casas, acolhendo das mesmas com a participação de todos os envolvidos, as mães, pais, tios, avós
as Mães Cuidadoras e Agentes Comunitários de Educação. das crianças.

“Eu acho o projeto Cidade Educativa muito importante, não só pelo aprendizado “Tudo que os meus filhos aprendem no projeto eu tenho conhecimento. A primeira
das crianças, mas também pelo envolvimento das famílias. Ele atua como coisa que eles fazem quando chegam em casa é me contar. Eles falam da roda
um grande parceiro dentro da comunidade. Isso me transmite uma sensação e que nela eles ficam sabendo o que vai acontecer no dia. Lá, eles discutem se a
de privilegio, tranquilidade e confiança, porque vejo resultados positivos no próxima atividade será um jogo, uma música, algibeira de livros e, no final, eles
desenvolvimento do meu filho.” podem falar o que acharam da escolha.”
Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos
Zona Urbana Zona Urbana

“O projeto tem tudo para contribuir com o bem-estar das pessoas que vivem em “Minhas sobrinhas, Josiane e Beatriz, contam sempre que gostam muito do
Tum-Tum. Ele ajuda muito as crianças a ler. E o que a escola não tem capacidade projeto. Elas estão com um bom comportamento, mais calmas e mais educadas.
ou não consegue fazer, o projeto faz.” Inclusive, me pediram para fazer a mandala no quintal de casa, e eu fiz.”
Gilvan Santos Costa, 24 anos Gilvam Santos Costa, 24 anos
Comunidade Tum-Tum Comunidade Tum-Tum

“Gosto de ver o entusiasmo e a alegria do grupo, quando se reúne para fazer “Não tenho filho na escola, mas minha afilhada, Giovanna Alexia, fala muito
produções. Cada um fala com felicidade e quer oferecer sua casa para o próximo bem das atividades. Ela chega da rua me contando as histórias sobre as Mães
encontro. Eu acho tudo isso muito bom, pois através desses encontros aprendo, Cuidodoras e ACE’s. Eu gosto muito, pois sei que ela está realmente aprendendo.
receitas diferentes e tenho oportunidade de conversar com minhas vizinhas.” O projeto tem um jeito de trabalhar que cativa não só as crianças, mas os pais,
Eva de Souza Pereira, 53 anos mães, tios, avós e madrinha das crianças também.”
Moradora do Bairro Novo Horizonte Eva de Souza Pereira, 53 anos
Moradora do Bairro Novo Horizonte

19
3. Cooperação 4. Criatividade
Nota: 9,5 Nota: 9,7

O projeto tem um papel muito importante dentro da comunidade. Ele promove Buscamos, diariamente, atividades diferenciadas. Algumas dão certo, mas
ações que estimulam a cooperação entre as pessoas. Todas as propostas são outras não. Aos poucos, vamos criando um conceito de criatividade dentro da
compartilhadas na roda, fortalecendo e valorizando a opinião de todos, o que própria comunidade, valorizando a cultura e apresentando as ações que deram
torna mais fácil o alcance dos objetivos. Procuramos, em nossas conversas, resultado.
enfatizar a importância de estarmos juntos nessa parceria sem achar que um é
melhor que o outro. “Os jogos que o projeto produz são muito criativos e meus filhos gostam muito.
O mais interessante é quando eles chegam em casa trazendo um brinquedo, ou
“É importante a participação das pessoas da comunidade nas atividades do com uma historinha nova. Eles ficam ansiosos para mostrar o que aprenderam e
projeto. São raras, as vezes que não participo. Temos que nos unir para que essa assim, eles se sentem mais atraídos para participar das atividades.”
corrente cresça. Todos nós somos beneficiados, pois nesses encontros valorizamos Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos
ainda mais o nosso saber, passando o nosso conhecimento para o outro.” Zona Urbana
Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos
Zona Urbana “O projeto faz um trabalho muito criativo. Ele deu outra “cara” para o quintal da
escola, que está limpo, cheio de mudas de frutas. A caixa d’água ganhou mais
“Não podia ser diferente a participação das pessoas da comunidade dentro da vida depois de pintada com a tinta de terra.”
escola, na organização do quintal. Achei muito bonito esse envolvimento. Eu Gilvam Santos Costa, 24 anos
também participei e pude ajudar a plantar, roçar, dei sugestões. Acho que essa Comunidade Tum-Tum
é a forma que tenho para contribuir com o projeto, com a comunidade e com a
aprendizagem das crianças.” “Pelo que acompanho do projeto, ele traz muitas novidades para a comunidade,
Gilvam Santos Costa, 24 anos o que desperta curiosidade nas crianças bem como em nós adultos. Vejo que as
Comunidade Tum-Tum Mães Cuidadoras e Agentes Comunitários de Educação costumam reaproveitar
o óleo, uma roupa velha, os litros descartáveis, deixando as atividades mais
“O trabalho na comunidade é muito interessante e minha participação foi atraentes a cada dia.”
estimulada pelas Mães Cuidadoras e ACE’s. Hoje, eu incentivo as minhas colegas Eva de Souza Pereira, 53 anos
a participarem das ações promovidas pelo projeto.” Moradora do Bairro Novo Horizonte
Eva de Souza Pereira, 53 anos
Moradora do Bairro Novo Horizonte

20
5. Dinamismo 6. Eficiência
Nota: 8,7 Nota: 9,6

O MDI - Maneiras Diferentes e Inovadoras - é uma importante ferramenta que Crianças, comunidade, a equipe de Mães Cuidadoras e Agentes Comunitários de
ajuda as Mães Cuidadoras e os Agentes Comunitários de Educação a planejarem Educação se comprometem em discutir a importância de se buscar alternativas
para realização das atividades. O reaproveitamento dos materiais alternativos,
as ações para alcançar os objetivos estabelecidos no Plano de Trabalho e
nos encontros comunitários e na construção de jogos, mostra o interesse das
Avaliação. Procuramos fazer de cada dificuldade uma aprendizagem.
crianças e da comunidade. Assim, os resultados vão surgindo.

“O projeto é visto pela maior parte da comunidade como uma bênção,


“Admiro o jeito como o projeto trabalha com a comunidade e as crianças. Vejo
principalmente no meu bairro e, em especial nos grupos de produção que
que tudo tem seu valor. O trabalho coletivo ajuda um a aprender mais com o
avalio. Ele é visto como uma fonte de sabedoria e valorização dos saberes das outro. Com as brincadeiras, como a amarelinha, os jogos, as crianças aprendem
pessoas que estão aprendendo a superar a crise dos preços de alguns produtos, o português e a matemática. Tudo é muito divertido e eficiente.”
confeccionando produtos para seu próprio uso.” Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos
Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos Zona Urbana
Zona Urbana
“Depois de anos do projeto na comunidade, só agora percebi que ele transforma
“Muitos moradores veem o projeto como uma forma de transformar a nossa aquilo que não se usa em um objeto de aprendizado, que auxilia as crianças a
comunidade, de melhorar a qualidade de vida e o aprendizado das crianças desenvolverem o raciocínio mais rápido. Digo isso porque vejo o resultado na
na escola. Eu, particularmente, acho as reuniões interessantes. A gente senta aprendizagem de minhas sobrinhas. Acho que me ‘toquei’ só agora, porque é o
sempre na roda e, juntos, buscamos uma solução para envolver mais pessoas na ano que estou mais presente.”
Gilvan Santos Costa, 24 anos
realização das atividades.”
Comunidade Tum-Tum
Gilvan Santos Costa, 24 anos
Comunidade Tum-Tum
“O material do projeto é bem utilizado. As Mães Cuidadoras e os Agentes
Comunitários de Educação estão sempre organizando as atividades. Na questão
“Através dos grupos, desenvolvemos um jeito de ser mais unidas e participativas.
das oficinas comunitárias, onde sempre há um responsável por organizar o espaço,
Agora, a ligação parece ser mais forte, porque, por exemplo, quando a data é observa-se que os resultados são alcançados com organização e participação. Eu
adiada, fico ansiosa para reencontrar minhas companheiras.” aprendi que ser eficiente é realizar atividades de qualidade, buscando soluções
Eva de Souza Pereira, 53 anos para as dificuldades encontradas.”
Moradora do Bairro Novo Horizonte Eva de Souza Pereira, 53 anos
Moradora do Bairro Novo Horizonte

21
7. Estética 8. Felicidade
Nota: 9,7 Nota: 9,7

Promovemos, ao longo do ano, atividades que estimularam o aproveitamento A felicidade que o projeto proporciona às pessoas é contagiante. A alegria
de materiais de sucatas, produtos alternativos para produzir a beleza, como por em participar é bem visível nos grupos de produções, dinâmicas, brincadeiras,
exemplo, enfeites, brinquedos, jogos. O uso do reciclável consiste em conscientizar fazendo do aprendizado um momento fascinante e inesquecível.
crianças e adultos da importância em cuidar do lugar onde vive, buscando com
isso o senso de belo. “Eu fico muito feliz com meus filhos participando do projeto. Sei que eles estão
aprendendo mais. O projeto colabora e preocupa com a aprendizagem das
“O que mais me chamou a atenção no projeto foi a folia do livro, que é muito crianças e sabe fazê-las felizes, dando atenção e carinho.”
bonita, divertida e é um evento que reúne pessoas. Acho muito bom também o Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos
dia de construir brinquedos, pois meu filho chega em casa numa felicidade só e Zona Urbana
tudo isso ajuda na auto-estima dele.”
Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos “Sinto-me privilegiado por ter sobrinhas participando do projeto. E o momento
Zona Urbana que mais me passa alegria é quando vejo elas chegando em casa, com um livro
na mão, dizendo que precisam ler para apresentar para os colegas. Isso me
“Acho legais os jogos, brinquedos que o projeto produz com o material reciclável. deixa feliz.”
Os canteiros de mandala, além de chamar muita atenção, fazem o espaço ficar Gilvan Santos Costa, 24 anos
mais bonito, com mais vida.” Comunidade Tum-Tum
Gilvan Santos Costa, 24 anos
Comunidade Tum-Tum “Na hora em que minha afilhada fala dos filmes, dos livros e dos jogos, sinto-
me super feliz por ela esta feliz. Sinto-me muito bem quando estou nas oficinas
“Adoro os enfeites de litros descartáveis que o projeto produz. Depois de pintadas comunitárias. É riso para todo lado, é um momento só nosso, para aprender e
as paredes com a tinta de terra, a biblioteca está cada vez mais bonita, agradável também ensinar. É um momento que nos traz muitas alegrias.”
e organizada.” Eva de Souza Pereira, 53 anos
Eva de Souza Pereira, 53 anos Moradora do Bairro Novo Horizonte
Moradora do Bairro Novo Horizonte

22
9. Harmonia 10. Oportunidade
Nota: 9,7 Nota: 9,7

No decorrer do ano, procuramos de forma harmoniosa, trabalhar a socialização, O projeto tem gerado oportunidade de aprendizado para as crianças e para
a afetividade e a auto-estima das crianças e da comunidade, através de jogos, a comunidade. Para os pais, as crianças têm a oportunidade de melhorar o
brincadeiras, oficinas de beleza e dinâmicas. Com isso, aprendemos que para aprendizado na escola. Através de oficinas diversas, biblioteca, cinema itinerante,
se ter uma boa convivência, onde quer que seja, é fundamental ser solidário e buscamos proporcionar à comunidade um olhar mais amplo, e com maiores
respeitar o outro. expectativas.

“A convivência dos meus filhos em casa melhorou muito. Agora, posso dizer “As crianças têm oportunidade de encarar os estudos com mais dinamismo.
que tem uma convivência harmoniosa. Eles brincam e falam como crianças. O Assim, a vida delas ganha mais significado, pois o projeto não deixa que elas
comportamento na escola está mais tranquilo e estão atentas, pois falam o que percam seu lado de criança. Nós, mães, temos o privilegio de vê-las participando
pensam, expõem suas opiniões. Eu acho isso uma maravilha, pois desperta mais e aprendendo com mais facilidades, através das brincadeiras.”
interesse neles. Tenho recebido elogios dos professores.” Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos
Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos Zona Urbana
Zona Urbana
“É uma felicidade muito grande, participar do projeto. Na verdade é a oportunidade
“O pessoal do projeto mudou muito a convivência das crianças. Elas estão mais de aprender e ensinar coisas novas e atividades diferentes. Através delas, as
em harmonia, não somente na escola, mas em casa também. Minhas sobrinhas crianças aprendem a respeitar, a fazer brinquedo com material alternativo e a
eram desobedientes com seus pais e não os respeitavam. Com as ações do plantar, fazendo horta com técnicas inovadoras.”
Projeto, isso mudou.” Gilvan Santos Costa, 24 anos
Gilvan Santos Costa, 24 anos Comunidade Tum-Tum
Comunidade Tum-Tum
“Eu não tenho filhos pequenos, mas meus sobrinhos e netos estão tendo a
“As brincadeiras que são ensinadas pelas MC’s e ACE’s incentivam a convivência oportunidade de aumentar os seus conhecimentos da era digital. E isso, eu devo
em união, valorizam o respeito. Eu pude compartilhar de alguma maneira nos ao projeto, devido à implementação da biblioteca Cidade Educativa.”
encontros comunitários. Adorei a dinâmica da “abelhinha voou .“ Praticamente, Eva de Souza Pereira, 53 anos
o projeto está nos ajudando a ficar mais próximos um do outro.” Moradora do Bairro Novo Horizonte
Eva de Souza Pereira, 53 anos
Moradora do Bairro Novo Horizonte

23
11. Protagonismo 12. Transformação
Nota: 9,2 Nota: 9,5

Os participantes das atividades do projeto têm total liberdade para expressar, Os resultados são mais perceptíveis quando as pessoas da comunidade começam
dar opiniões, na roda, onde todos têm muito valor. É na roda que todos podem a participar das atividades. A primeira mudança foi na visão de mundo, pois
contribuir e trocar experiências, visando a melhorias para o grupo e para si ficam mais sensíveis e isso é uma transformação importante. No decorrer do ano,
mesmo. conseguimos muitos avanços na aprendizagem das crianças e na transformação
do quintal da escola, com apoio da comunidade.
“Observei que o projeto incentiva muito a gente a falar sobre o que acha da
atividade e me sinto muito valorizada por isso. Quanto mais a gente conseguir “Todo mundo que tem vontade de aprender, aprende! As algibeiras de livro na
expressar nossas opiniões, mais facilitaremos o envolvimento entre as pessoas.” minha casa incentivaram meus filhos a ler mais. Eles têm mais força de vontade
Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos para aprender e não reclamam mais para ler.”
Zona Urbana Claudete Nogueira de Almeida Nobre, 44 anos
Zona Urbana
“Ajudei no plantio das mudas de árvores e também na construção do quintal. A
escola está mais bonita. Ajudo sempre que posso e como sei fazer.” “O projeto fez muitas transformações na vida de todos que participaram dele e,
Gilvan Santos Costa, 24 anos principalmente, transformou a minha vida. Sentar na roda para discutir e combinar
Comunidade Tum-Tum o plantio das mudas no campo, na escola, ver quem pode ficar responsável por
uma coisa ou outra, foi essencial para eu entender como funcionam as atividades.
“Eu gosto quando tem projeto aqui no bairro. Participo, principalmente, das Se tudo isso me fez bem, já começo a me imaginar trabalhando os limites e as
oficinas e quando chega o momento de fazer a roda, para avaliar e combinar o regras com as crianças.”
que fazer no próximo encontro, ninguém quer ficar calado. Todos querem falar Gilvan Santos Costa, 24 anos
o que pensam.” Comunidade Tum-Tum
Eva de Souza Pereira, 53 anos
Moradora do Bairro Novo Horizonte “O projeto está mudando a vida de muita gente, inclusive a minha. A
transformação que notei em mim foi no meu aprendizado e na valorização do
que eu sei. O que mais marcou, para mim, foram os encontros onde houve muita
troca de experiência.“
Eva de Souza Pereira, 53 anos
Moradora do Bairro Novo Horizonte

24
Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP
- Educadores -
1. Apropriação 2. Coerência
Nota: 9,1 Nota: 9,0

Participam do projeto e se sentem responsáveis por ele. Com certeza, essa é uma As Mães Cuidadoras e Agentes Comunitários de Educação procuram levar para o
seu dia a dia o que aprenderam no projeto. Nas atividades, utilizam as algibeiras
característica que as Mães Cuidadoras e Agentes Comunitários de Educação têm.
de leituras e bornal de livros, como instrumentos de aprendizagem e de promoção
A liberdade para expor seus sentimentos faz com que todos se apropriem da
de mudanças sociais.
metodologia, contribuindo para um aprendizado significativo.

“É possível perceber o quanto o projeto tem contribuído nas escolas, com


“Tudo o que fazemos no projeto é pensando para se obter resultados, tanto para brincadeiras, leituras, jogos e carinho. O entrosamento das crianças, dos
nós, Mães Cuidadoras e ACE’s, quanto para a comunidade em geral. No entanto, adolescentes e da comunidade com oficinas, grupos de produção cinema
sentimo-nos responsáveis pelas ações realizadas, e apropriei-me de tal forma itinerante é fascinante. É muito gratificante, principalmente para nós da equipe,
da metodologia que, para mim, ela tornou-se algo especial e a cada dia flui de vivenciar a satisfação de todos em aprender e poder passar este aprendizado
maneira positiva.” de forma mais simples possível.”
Éllida Karoline J. Vieira
Éllida Karoline J. Vieira
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana

“O objetivo do projeto é trabalhar com o que a comunidade tem para oferecer.


“O projeto nos dá caminho e oportunidade para disseminar cada vez mais É ousar falar de coerência, é avaliar o que foi feito e como foi feito. Algumas
o aprendizado contido e adquirido nele. É através desta caminhada que me atividades realizadas na escola tiveram a participação da comunidade e dos
aproprio das ações. É emocionante para mim, falar quanto as crianças, jovens e professores. Hoje, ao verem os resultados positivos das atividades, têm-se
adultos estão utilizando a biblioteca. Isso reforça cada vez mais meu compromisso anotado o nome de vários jogos como mais uma estratégia para promover a
com o projeto.” aprendizagem.”
Greicy Valdeane de Souza Santos Greicy Valdeane de Souza Santos

Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana

“A metodologia do projeto funciona como base e suporte para que possamos


“Nós, Mães Cuidadoras e as ACE’s, nos entregamos de corpo e alma ao
entender e refletir sobre a parte teórica. Assim, a prática acontece, naturalmente,
trabalho que fazemos e que, para mim, tornou-se especial. Mais uma vez, tive
de forma prazerosa para quem executa e para quem participa e passa para
a oportunidade de somar o meu conhecimento com o de outras pessoas. Nesta frente. Observo isso nas crianças. A Teresa sempre reúne, em sua casa, crianças
reta final, percebo o quanto consegui aprender e interagir com outras pessoas do da vizinhança para fazer uso dos livros da algibeira que estão em sua casa e isso
grupo e da comunidade.” me deixa muito contente.”
Maristane Pereira, Mãe Cuidadora Maristane Pereira, Mãe Cuidadora
Comunidade Tum-Tum Comunidade Tum-Tum

26
3. Cooperação 4. Criatividade
Nota: 9,5 Nota: 9,5

A partir dos jogos, brincadeiras, gincanas foi possível trabalhar com as crianças e A equipe está sempre em busca do novo, discutindo, nos encontros, maneiras
adolescentes a importância da cooperação, do respeito e o sentido do ‘ganhar e inovadoras e diferentes para ajudar as crianças e os adolescentes na aprendizagem.
perder’. Assim, todos são vitoriosos quando o resultado é um bom relacionamento Busca-se despertar o hábito da leitura, sempre de maneira simples e descontraída,
e o aprendizado, é garantido. mas que proporcione uma aprendizagem prazerosa.

“As atividades do projeto sempre são trabalhadas em grupo, visando despertar, “Procuramos sempre produzir algo que desperte nas pessoas a sensibilidade
principalmente nas crianças, a questão da convivência em equipe. Entre nós, em perceber o valor das coisas simples que fazemos. O novo desperta novos
educadores, surge a indagação do conceito de que ninguém vive sozinho e de olhares, novas sensações e novas emoções, gera qualidade ao que está sendo
que uma equipe sem cooperação é inerte ao trabalho.”
realizado. A inovação é vital em nosso cotidiano. Por isso, criamos novos jogos,
Éllida Karoline J. Vieira
histórias,adaptamos brincadeiras que chamam a atenção e o interesse das
Agente Comunitário de Educação - Zona Urbana
crianças para sua aprendizagem. “
Éllida Karoline J. Vieira
“Nossa intenção é realizar as atividades de forma extrovertida. Com isso, temos
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana
conseguido ganhar o carinho e a confiança das crianças e dos adolescentes.
Procuramos planejar ações que estimulem a participação de todos e no Peti,
“Percebo que nosso grupo está sempre preocupado em fazer o melhor. Isso é
conseguimos fazer essa diferença. Os adolescentes não sabiam perder e, para
interessante, por que quem não se arrisca na busca do novo, corre o risco de
trabalhar a cooperação, fizemos o futebol de pés amarrados, com o objetivo de
pensar que só há um caminho a ser percorrido. Esse é um desafio que incentiva
trabalhar o espírito de equipe.”
Greicy Valdeane de Souza Santos as pessoas a se movimentarem. Não se deve ficar parado! Na escola, as crianças
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana adoram o dia de oficina de brinquedo, recreação, por que sempre tem algo
diferente. É isso que garante um aprendizado prazeroso.”
“Tivemos muita dificuldade em trabalhar a cooperação das crianças menores, Greicy Valdeane de Souza Santos
porque elas não conseguiam ficar na roda. Foi preciso introduzir brincadeiras Agente Comunitário de Educação - Zona Urbana
competitivas com o objetivo de ouvir as crianças falarem. Assim, percebemos
o quanto elas gostam. Pudemos trabalhar o preconceito e conversar sobre a “Procuramos desenvolver um trabalho de maneira bem lúdica, inovando sempre,
importância de serem mais afetuosos e de viver em harmonia. Aprendi que a com jogos, brinquedos, produção de receitas caseiras entre tantas outras coisas.
cooperação deve ser incentivada desde cedo. Por isso, preocupamos muito em Às vezes, só mudamos a forma de fazer e a atividade torna-se interessante para
planejar as atividades importantes e que geram maior aprendizagem . Quando as pessoas que participam.”
isso acontece, sentimos que somos capazes de fazer a diferença.” Maristane Pereira, Mãe Cuidadora
Maristane Pereira, Mãe Cuidadora Comunidade do Tum-Tum
Comunidade do Tum-Tum

27
5. Dinamismo 6. Eficiência
Nota: 9,7 Nota: 9,4

O projeto é bastante dinâmico e flexível. A equipe sempre se coloca à disposição A equipe procura valorizar bem os recursos que tem, para trabalhar a
para o trabalho, um ajudando o outro. A forma de resolver os problemas na roda aprendizagem das crianças. O trabalho com o alternativo é sempre uma
é conversando. Com isso, conseguimos nos aproximar das crianças, adolescentes, referência. A construção de materiais didáticos para os professores vem fortalecer
comunidade e professores, proporcionando um intercambio cada vez mais nossas ações. Despertamos a curiosidade pelo alternativo e valorizamos os
dinâmico e interessante. recursos que a escola e comunidade têm, criando brinquedos, bonecos, jogos,
cortinas, colchas de retalho; buscando estratégias de fazer sempre o melhor.
“A boa relação que construímos nas escolas e comunidade tem enriquecido muito
nosso trabalho, gerando aprendizagem e boas experiências, dando-nos, também, “Estamos sempre preocupados em fazer o uso do alternativo. Essa experiência
a oportunidade de ser cada vez mais flexíveis.“ tem despertado mais criatividade e a consciência em utilizar o que temos de forma
Éllida Karoline J. Vieira mais eficiente possível, despertando também, nas crianças, adolescentes e em
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana outras pessoas, a importância de saber ‘aproveitar o aproveitável’. Algo simples
e acessível que pode mudar a nossa forma de ver o mundo.”
“Um marco forte que acontece no projeto é o diálogo. Através dele, acontece o Éllida Karoline J. Vieira
intercâmbio entre escola, projeto e família; e esta fonte é que garante o sucesso Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana
das atividades desenvolvidas, pois uma completa a outra. Assim, vamos tornando
essa relação cada vez mais estreita. Na escola, o professor nos passa informação “O projeto cultivou nas pessoas o uso pelo alternativo de forma simples, tanto
sobre o aprendizado dos alunos e a partir das atividades, trabalhamos a que, após alguns anos de existência do mesmo na cidade, as pessoas aderiram à
dificuldade das crianças, garantindo a vitória no que fazemos.” ação. Elas trocam experiências entre a equipe do projeto com a comunidade. Para
Greicy Valdeane de Souza Santos mim, isso é motivo de orgulho e estimula o aprendizado de todos.”
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana Greicy Valdeane de Souza Santos
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana
“Acho muito bom o intercâmbio entre escola, projeto e família para enriquecimento
do nosso trabalho. Há diálogo, união, envolvimento e troca de experiência. “Procuramos ser eficientes com o trabalho, usando sempre o necessário e da
Para nós, educadores, tudo é muito bom e nos faz cada vez mais receptivos a melhor forma. Buscamos agilidade e substituímos alguns materiais por outros
novas ideias. Assim, nosso planejamento fica mais rico e temos consciência de mais comuns e naturais. Os participantes gostam, pois é uma oportunidade que
que é fundamental para o grupo desenvolver um trabalho com maturidade e temos de realizar um trabalho com mais qualidade nos resultados, valorizando o
responsabilidade.” que as comunidades têm para oferecer.”
Maristane Pereira, Mãe Cuidadora Maristane Pereira, Mãe Cuidadora
Comunidade do Tum-Tum Comunidade do Tum-Tum

28
7. Estética 8. Felicidade
Nota: 9,3 Nota: 9,8

Uma das preocupações das Mães Cuidadoras e dos Agentes Comunitários O cinema é a alegria da criançada. Todas as terças-feiras é um corre-corre
para saber o nome do filme. A cada sessão é uma surpresa pela quantidade
de Educação é com o bem-estar das crianças, fazendo algo que desperte a
de pessoas e pela qualidade dos filmes, comentários, um sorriso, uma expressão
sensibilidade para construir o próprio conceito de estética. O que é belo ganha
com relação a determinada cena.
uma característica marcante, principalmente o que é colorido, pois chama muita
atenção e estimula a curiosidade. As atividades proporcionam momentos de lazer e aprendizado. As Mães
Cuidadoras e os Agentes Comunitários de Educação sentem-se felizes em
“É magnífico ver que podemos produzir coisas tão belas com o uso de materiais proporcionar momentos de felicidade e relatam as experiências com carinho.
recicláveis e mais ainda, ver que as pessoas admiram e sentem bem em usar
os jogos, juntar roupa velha para fazer tapetes, bonecas, fuxico, enfeites e “A metodologia do projeto nos alegra muito. Torna-nos pessoas mais felizes e
brinquedos. Tudo é produzido em oficinas da forma mais bela e atrativa, dando realizadas. O jeito de trabalhar as dinâmicas, a pedagogia, nos ensina a sermos
seres humanos melhores e mais felizes. Quando estou com as crianças, procuro
abertura para que as crianças e adolescentes possam também mostrar o seu lado
manter o diálogo e se há algo que as deixam mais felizes é o dia de filme, é
criativo e inovador.”
sempre uma festa quando divulgamos o nome. São ações pequenas com grandes
Éllida Karoline Jardim Vieira
resultados, pois procuramos sempre manter o diálogo, através das brincadeiras,
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana dos encontros. São alternativas simples, mas feitas com muito carinho. “
Éllida Karoline Jardim Vieira
“É importante expressar a beleza e os cuidados nos jogos que construímos. Eles Agente Comunitária Educação - Zona Urbana
são amplos, coloridos e chamam muito a atenção das crianças, envolvendo-
as mais facilmente durante a atividade. Eu mesma gostei do padrão dos jogos “O que mais me chama a atenção no projeto é a simplicidade das pequenas
ambientais que fizemos. Pudemos construir belos jogos e provar para nós mesmas ações, atos que as tornam enormes aos meus olhos e enriquecem minha
bagagem de conhecimento, aprendizagem. Esses atos proporcionam felicidade
que temos grande capacidade para fazer sempre o melhor.”
a quem está ao meu redor e, consequentemente, a mim mesma, pois, se estou
Greicy Valdeane de Souza Santos
feliz, semeio felicidade.”
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana Greicy Valdeane de Souza Santos
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana
“Tudo o que fazemos é bonito, porque colocamos carinho no que produzimos.
Trabalhamos com alegria. Isso é o que faz com que os jogos, os brinquedos, “As atividades realizadas são muito prazerosas, proporcionam bem-estar,
enfim, tudo mereça a atenção de outras pessoas. A oficina do bornal de jogos amizade e satisfação, principalmente em nós, educadores. As crianças sentem-se
ambientais foi uma oportunidade que tivemos para rever o conceito de estética.” muito felizes nas realizações das brincadeiras. Elas ficam menos agitadas e tudo
Maristane Pereira, Mãe Cuidadora acontece com muita alegria.”
Maristane Pereira, Mãe Cuidadora
Comunidade do Tum-Tum
Comunidade do Tum-Tum

29
9. Harmonia 10. Oportunidade
Nota: 9,7 Nota: 9,8

Procuramos construir um clima harmonioso, através das rodas de planejamento, O projeto oferece a oportunidade de aprendermos alguma coisa uns com os
avaliação, filmes, dinâmicas, jogos, mediação de leitura. Sempre valorizamos e outros e a valorizar o que cada um sabe. Tudo vira um aprendizado, desde
respeitamos a opinião do outro. Promovemos, assim, diálogos e destacamos o a receita caseira bem antiga ou uma biscoitada. Essas atividades servem de
que cada um sabe e como pode contribuir. incentivo para promover mudanças significativas na vida de todos.

“Podemos, através das atividades, ver a alegria das pessoas em aprender algo “A oportunidade de participar do projeto é gratificante, proporciona crescimento
novo de um jeito novo. Elas demonstram muita felicidade quando participam das intelectual. Tive a oportunidade de participar do curso Casa Saudável, no Sitio
atividades. Também transmitem muita energia, principalmente nos grupos de Maravilha, em Araçuaí. Participei de oficinas de tinta de terra com as meninas
produções, rua de lazer, folia do livro. Isso deixa nosso trabalho mais emocionante da Fabriqueta Dedo de Gente. Desenvolvi várias habilidades como criar, pintar,
e nós, educadores, mais animados e felizes.” desenhar. Eu, particularmente, tenho muita habilidade em desenhos e pintura e,
Éllida Karoline Jardim Vieira estando no projeto, tive a oportunidade de aprimorar essa minha capacidade,
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana tendo mais prazer e admiração pelo que faço. “
Éllida Karoline Jardim Vieira
“O projeto nos proporciona momentos agradáveis e muita aprendizagem. À Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana
medida que aprendemos a enxergar o que podemos mudar, a respeitar a opinião
do outro, começamos a nos sentir como um passarinho fora da gaiola. Estamos “Trabalhar na biblioteca é maravilhoso! Lá, convivemos com muitas pessoas
livres para colocar em prática o que aprendemos sem impor nada, propondo uma diferentes e temos acesso a vários livros. Vejo tudo isso como uma oportunidade
aprendizagem harmoniosa.” de conhecimento intelectual, pois a leitura tem o poder de transformar nossas
Greicy Valdeane de Souza Santos vidas.”
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana Greicy Valdeane de Souza Santos
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana
“Procuramos sempre respeitar as diferenças individuais e a valorizar o saber do
outro. No projeto, ninguém é melhor que ninguém e isso proporciona uma relação “O projeto é o inicio de grandes oportunidades. A partir dele, vamos adquirindo
estável, que contribui para a melhoria das nossas ações. Procuramos trabalhar experiência, aprendendo a confiar em nós mesmo e nos preparando para o
de forma dinâmica e sábia, visando ao envolvimento das crianças, professores mercado de trabalho. Tenho a oportunidade de ensinar o que sei fazer de melhor,
e comunidades. Se hoje temos uma boa convivência, é porque aprendemos a de aprender o que o outro sabe fazer e mostrar o que eu posso fazer por minha
respeitar a metodologia do projeto.” comunidade. Isso é para mim é gratificante.”
Maristane Pereira, Mãe Cuidadora Maristane Pereira, Mãe Cuidadora
Comunidade do Tum-Tum Comunidade do Tum-Tum

30
11. Protagonismo 12. Transformação
Nota: 9,4 Nota: 9,6

As Mães Cuidadoras e os Agentes Comunitários de Educação são protagonistas Na roda, ninguém é excluído. O que para muitos era algo estranho - ensinar a
criança com jogo, cantiga de roda, com massa de biscoito, brincadeiras - com o
na realização das ações do projeto. A equipe tem atuado em diferentes locais e
tempo, passou a ser pauta das discussões pedagógicas. Ensinar dessa forma vem
discutido assuntos de interesse comum, o que contribui muito para o desempenho
fazendo a diferença. O envolvimento do projeto com as escolas e comunidades é
e valorização do trabalho.
tido como uma relação positiva e transformadora, pois atende da melhor forma
possível a criança, o adolescente, a comunidade e as escolas.
“A roda é algo fantástico na metodologia do projeto. Através dela é que surgem
as reflexões, as trocas de informações, os saberes. Para mim, a roda é sinônimo “Através do trabalho e da minha convivência com as pessoas do projeto e dos
de oportunidade, pois podemos expressar nossas opiniões, trocar experiências e lugares que atuamos, fui me sentindo cada vez mais receptiva, espontânea e
exercer nossa participação.“ flexível. Posso dizer que obtive mais iniciativa e que estou mais aberta a dar
Éllida Karoline Jardim Vieira opiniões, contribuindo ainda mais com o grupo. Em relação às crianças, percebo
que o projeto mexe com a auto-estima delas e proporciona mais alegria e
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana
aprendizagem “
Éllida Karoline Jardim Vieira
“Levamos para a comunidade várias atividades, como oficinas, grupos de
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana
produção. É na roda que todos têm a oportunidade de falar e resolver os
problemas com mais facilidade. Isso permite que as pessoas se desenvolvam e “Não tenho duvida: por onde o projeto passa, sempre há grandes resultados.
façam novas amizades.” A biblioteca é um exemplo de transformação na cidade. As crianças, jovens e
Greicy Valdeane de Souza Santos adultos estão mais preocupados com a leitura. Isso é maravilhoso porque interfere
Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana até mesmo no comportamento das pessoas.”
Greicy Valdeane de Souza Santos

“A forma como o projeto trabalha ajuda muito no desenvolvimento da nossa Agente Comunitária de Educação - Zona Urbana

comunidade. É um trabalho simples, pois as pessoas podem entrar na roda,


“O Projeto tem muita influência sobre as crianças e isso é bom, porque nos
ensinar brincadeiras, músicas, receitas, dar sugestões. Eu acho isso muito bom,
obriga a buscar meios cada vez mais dinâmicos para trabalhar a aprendizagem e
porque, dessa forma, estamos desenvolvendo o protagonismo nas crianças,
valorizar a cultura de cada uma. Tivemos um grande avanço no comportamento e
adolescentes e comunidade. Ficamos mais confiantes para tomar decisões. “ na aprendizagem do aluno Aloísio. A professora disse que Waldeir é um exemplo
Maristane Pereira, Mãe Cuidadora de transformação, o que serve como exemplo para aquele que não acredita na
Comunidade do Tum-Tum metodologia do projeto.”
Maristane Pereira, Mãe Cuidadora
Comunidade do Tum-Tum

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Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP
- Resultados -
Crianças - 06 a 10 anos

Transformação

Protagonismo

Oportunidade

Harmonia

Felicidade

Estética

Eficiência

Dinamismo

Criatividade

Cooperação

Coerência

Apropriação

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

33
Crianças - 10 a 14 anos

Transformação

Protagonismo

Oportunidade

Harmonia

Felicidade

Estética

Eficiência

Dinamismo

Criatividade

Cooperação

Coerência

Apropriação

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

34
Comunidade

Transformação

Protagonismo

Oportunidade

Harmonia

Felicidade

Estética

Eficiência

Dinamismo

Criatividade

Cooperação

Coerência

Apropriação

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

35
Educadores

Transformação

Protagonismo

Oportunidade

Harmonia

Felicidade

Estética

Eficiência

Dinamismo

Criatividade

Cooperação

Coerência

Apropriação

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

36
Média Total

Transformação

Protagonismo

Oportunidade

Harmonia

Felicidade

Estética

Eficiência

Dinamismo

Criatividade

Cooperação

Coerência

Apropriação

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O IQP é constituído pela avaliação de 12 índices. Para cada índice específico foram utilizadas, em média, 5 questões. A pontuação está apresentada na escala de 0 a 10

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