You are on page 1of 2

O Saber e a Conscincia

Plato (429-347 a.C.) apresentou suas ideias e seu pensamento em


textos escritos em forma de dilogo. Dilogos apresenta caracterstica de
encenao dramtica exibindo descrio de cenrios, personagens e a presena
de Scrates por vezes como personagem principal. Em consequncia, surge a
ideia do saber que nada sabe ou o ato de se enganar com aquilo que no se
sabe.
A opo Socrtica optar-se como possuidor da sabedoria
reconhecendo-se sbio. Decorrente a isto, qualquer pessoa que parea sbia,
serve como alvo a buscar-lhe a ignorncia. Esta ideia de Scrates angariou
antipatia acabando por aplainar seu caminho rumo a execuo.
As questes filosficas gregas encontram-se em aberto at nossos dias
por serem basicamente questes de cunho emprico estando em oposio
questes de cunho positivo. Sob o ponto de vista da cincia positiva, no faz
sentido a questo acima falada pois ao possuir um determinando conhecimento
positivo, o objeto em questo sabe e no pode no saber, diferente da cincia
emprica de Plato.
A diferena bsica entre os dois pontos acima, isto , a oposio entre
pontos de vista da cincia positiva e da cincia emprica, leva a base da prpria
existncia da filosofia; a inquietao intelectual sendo que a prpria realidade
segue indagada. Duas realidades existentes so o fato de que na
contemporaneidade, a cincia positiva proporcionou avanos no quesito tcnica,
atravs do cientificismo, enquanto o saber emprico tem grande dificuldade no
seu avano. Isto acontece, principalmente pelas caractersticas da prpria
personalidade, cabendo a, o fato de que muitas vezes no se sabe o que se
julga saber em se tratando de sociedade. O fato de que pessoas, devido forte
insero nas rotinas dirias, do dia a dia, acabam por realizarem suas tarefas de
forma mecnica muitas delas irracionalmente.
Do ponto de vista da experincia e observao poderamos dizer que
aquele que sabe, mas no sabe o que sabe, inclusive o que adquiriu conscincia
dos limites do conhecimento humano, engloba uma gama de conhecimentos
empricos.
Termino com a uma reflexo de Chardin: como acontece com os
meridianos ao aproximarem-se do plo, a cincia positiva, a filosofia e a religio
convergem necessariamente na vizinhana do Todo. Convergem, mas sem que
se confundam, e incessantemente, at ao fim, que atacar o real sob ngulos e
em planos diversos.

You might also like