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‘Copyright® 2005 des extos, autores ndividusis, Copyright © 2005 desta edi, Agic Todos os direitos reservados eprotegidos pela Le 430, de 19/2/1996, aida Sérgiode Sousa Preparagio revista Mauro Feliciano (Capa ediagramagzo ‘Michaella Piet Produeio editorial Casa Amarela CrP-Brast. cATALOGAGKONAFONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DELVROS,R uss ‘teratura marginal: alentos da escrtaperiférica/ Ferré (organizador Rio de Janeiro: Agr, 2003, ISBN 852200840-7 1. Antologis (Conto brasileiro. 2. Literatur Ferré sero), 3075 osaay. 00 869.93008 ebU 82233418) (08), socledade A ore “Teds os diets rereradae 8 Agi ior ia, ‘ua Nova Jerusalém. a4. Cepsn04na35, Bonseesso, Rode Taio, I “ela 38888200 Pas) 388-600785, SUMARIO Freres, Terrorism literério.. Prero Gnoez Apeleja de Firmino.. ” cultura é poder. esenees 30 Epuaeoo Dum-Dum (FaccXo CENTRAL) Aqui ela nfo pode voar a cocceeenenenne 35 [No im nfo existem r0sa8.e.000rcsseststveevettsenee 26 que osothos wer. ...csessstetetee cee Ohomem estragou tudo. 23 Dowa LavRa, Osclhos deJavair. ‘Avinganga de Breché eta) Garo Prero [Bahia que ile Caetano nfo cantaram .oesesseesesseeseesessees SE Feveléfrica, +56 ‘Colombe, pobrema, problemas... ve Ferrez Gerrorismo literério ‘Acapoeira nfo vemn mals, agora reagimes com a palara, por ‘que pouca coisa mudou,principalmente para ns. [Nio somos movimento, néo somos os noves, nfo somos nada, nem pobres, porgue pobre, segundos poetas da rua, é quem nao temas coisas. Cala boca, negro «pobre aqul no tem ver! Cale abo (Gala boca umnaporra,agora.a gene fala, agora gente canta.) enamoral agora a gente escrev Quem inventou oharato no separowenteliteraturaboa/eita com caneta de ouroeIiteratura ruinvesrita com carvlo,arepraé 6 uma, mostrar as caras|N3o 2omos o etrato, pelo contrério, mis dames 0 foc eiramos n6s meson grossa "Apréprialinguagem margeando e ndo os da margem, margi- nalizando eno os marginalizados, rocha na areis do capitalism (0 sonho nio é seguir o padrio, nlo é sero empregade que virou patra, no, 80 no, aqui ninguém quer humihar, pagar imigalhas nem pensar, nés sabemos ador por recebt-Ias, Se ee i a ee ese muitos querendo ou no. ‘Um dia a chama capitalista fex mal a nossos avés, agora faz ‘mal a nossos pais eno futuro vai fazer a noss0s filhos, o ideal é smudar a fita, quebrar o ciclo da mentira dos “direitos iguals”. da farsa do “todos so livres" a gente sabe que no 6 assim, vivernos isso nas ruas, sob os olhares das novos eapities do mato, policiais {que so pagos para nos lembrar que somos classificados por trés letras classes: C,, E. Literatura de rua com sentido, sim, com um prinefpio, sim, € com um ideal, sim, trazer melhoras para o povo que constréi esse [pais mas ndo recebe sua parte 0 jogo ¢ objetivo, compre, ostente,etenha minutos de felicida de, sea igual a methor, use a que ele usa, Mas nds ndo precisamos disso, isso tra morte, dor, cadeia, imiies sem filhos, ligrimas demais no ria de sangue da periferia Somos mais, somos aquele que faz a-cultura,faler que no somos marginais, nos trem o pouce que sobrou, até onome, ja nde escolhemos o sobrenome, deixamos para os donos da casa‘grande cescolher por nés, deixamos eles marcarem nossas peles, por que terfamos espago para um movimento itersrie? Sabe duma coisa, 0 ‘ais louco é que nio precisamos de sua legitimacao, porque no batemos na porta para alguém abrir, nés arrombamos a porta e entrames. ‘Sua negagio nfo énovidade, vocé no entendeu? N30 60 quan. to vendemos, €o que falamos, no 6 por onde, nem como publica, mos, que sobrevivemos. Estamosnarus, estamos na favela,no camp, no bana viadutos «somos margins mas anes somos erature «lao vocds podem neg poem fecher os shos,virar a ona Mas Como jae contnuarems ag assim como o muro soil iv sea divide este pats significado do que colocamos em suas mdos hoje é mada fats do que a realizago de um sono que infliomene no fo Lr Ao contrério do bandelrante que avancou com as mos sujas de sangue nosso territério, e arrancou a fé verdadeiza,. @outrinando nossos antepassades indios, 20 contrério dos senhores das casas-grandes que escravizaram nossos irmios africanos ¢ tentaram dominar e apagar toda a cultura de um ove massacrado mas nao derrotado, ‘Uma coisa &certa, queimeram nossos documentos, menti ‘ram sobre nossa histéria, mataram nossos antepassados. Outra coisa também é certa: memtirdo no futuro, esconde- Ho e queimarko tude que prove que um dia a classe menos be- neficiada com o dinheiro fez arte Jogendo contra a massificagdo que domina e aliena cada ‘vex mais 05 assim chamados por eles de “exclufdos socials” € para nos certificar de que 0 povo dz periferia/favela/gueto te-_ rmha sua colocacio na histéria, e que nfo fique mais quinhen ies.nos odo no ino car] dou yale ue er lads sua propia GONUra;s Wteratara marginal se faz presente para Fepresentar a GalGaFa de um povo, composto de minorias, mas ‘em seu todo uma maioria E temos muito proteger e a mostrar, temos nosso proprio _vocabulério que é muito precioso, principalmente num pais co lonizado até os dias de hoje, onde a maioria nfo tem represen ‘atividade cultural e social, na real, nego, o povo mum tem nem o sico pra comer,emesmo assim, meu tio, a gente faz por on de ter us barato pra aguentar mais um dia. Mas estamos na area, e{é somos varios, estamos lutando pelo espago para que no futuro 0s autores do gueto sejam tam bbém lombrados e eternizados, mostramos as vérias faces da neta que se faz presente na favela, epra representaro grito do verdadeiro povo brasileiro, nada mais que os auténticos, € como a pergunta do menino numa certa palestra: Como é essa literatura marginal publicada em livros? Ela éhonrada, ela €auténtion enem pormorarmos peto do ixo Fennee fazemos parte dele, merecemos o melhor, pois ja sofremos demas. (Omimedgrafo foi stil, mas 2 guerra é maior agora, os gran- des meios de comunicagdo estBo af, com mais de 50% de anun- ciantes por edigdo, bancando a ilusto que vocé terd que ter em ‘A malor satisfacto esta em agredir os inimigos novament ‘¢em trazer 0 sorriso na boca da dona Maria 20 vero livra que 0 {ith trouxe para casa. ‘Vindo com muito mais gente e como grande prazer de apre sentar novos talentos da eserita periférica Prus aliados o banquete estd servido, pode degustar, por- ‘que esse tipo de literatura viveu muito na rua e par fim esta aqui no livre, Depois do ancamento dos trés atos que Fizemos juntamente com a revista Caros Amigas, edigdes especiais chamadas Caras, Amigos ~ Literatura Marginal, na qual a Casa Amarela desde 0 principio acreditou e apoiou, a forma agora chega em lio, ‘Mas, come sempre, todos falam tudo e ndo dizem nada, ve ‘mos dar uma explicada: a revista éfeita para e por pessoas que foram postas & margem da sociedade. ‘Ganhamos até prémios, como oda APCA Academia Paulista de Criticos de Arte), “melhor projeto especial do ano”. Muitas so as perguntas, e pouce o espaco para respastas. Um exemplo para guardar 6 o de Kafka, A erftica convencio- hou que aquela era uma literatura menor. Ou seja, literatura feita pela minoria dos judeus em Praga, numa Ifngua mater, 0 alemao, ‘ALiteratura Marginal, sempre é bom frisar, 6 uma literatura feita por minorlas, sejam elas raciais ou socloeconSmicas.Litera- ‘ura feita & margem dos ndcleos contrais do saber eda grande cul ‘tra nactonal, isto é, de grande poder aquisitive. Mas alguns di ‘em que sua principal caracteristica é linguagem, 6 0jeito como {alamos, como contamas ahist6ra, bom, sso fica para os estudiosos,, 2 Livenarena Manorwar fo que a gente faz € tentarexplicar, mas a gente fica na tentativa, pois aqui ndo refna nem o comeco da verdade absoluta. Hoje ngo somos uma literatura menor, nem nos deixemos tachar assim, somos uma literstura maior, feita por maiorias, ‘puma linguagem maior, pols temos as rafves e as mantemos. 1Nio vou apresentar os convidados um a um porque eles fala- ‘iio por si mesmos, é ler everificar, £6 sei que com muitos deles tenho lindas historias, varias caminhadas tentando fazer uma nica coisa, 0 povo ler. Cansei de ouvir: = Mas 0 que cés tao fazendo 6 separar a literatura, a do gusto ea da centro. Enunea cansarei de responder: ~ 0 barato ja ta separado hé muito tempo, 6 que do lado de 4 ninguém deu um gritdo, ninguém chegou com a nossa parte, fo feito todo um mundo de teses ede estudos do lado de Id, edo mal terminames o ensino dito Basico. SSabe o que é mats louco? Neste pats vocé tem que sofrer bok cote de tudo que ¢ lado, mas nunca pode fazer o seu,o seu 6 erra do, por mais que voo8 tenha sofride vooé tem que fazer por todos, ‘principalmente pela classe que quase conseguiu tematar, fazen- {do vacé nascer na favela ete dando a miséria como heranca, final, um dia o povo ia ter que se valorizar, entdo éndis nas linhas da cultura, chegando devagar, sem querer agredir nin- gam, mas também nio aceitando desaforo nem compactuando com hipocrisia alheia. Bor, vamos deixar éeladsinha e ns bola de meia tocar obarco. Boo Teitura, e muita paz se voce merect-la, sent, bem-vindo & guerra. Agradecimentos a: Sérgio de Souza Marina Amaral Feanee ‘Wagner Nabuco Guitheme Azevedo Garrett ROD. Botha Ea todos os parceiros que tém acompanhado o LM 0 Movi: ‘mento 3DASUL, tamos de pé gragas.a voces. Ferréz B como jf é de praxe, aqui vai um recado pro sistema: “Evitem certos tipos, certos ambientes. Evitem a fala do povo, {que vocés nem sabem onde mora e como. Nao Teportem povo, que cle fede. Nao contem ruas, vidas, paixdes viclentas. Nao se metam como restolho que vocés nfo véem humanidade al Quevocts nio percebem vida ali. Evocts no sabem escrever essas coisas. N80 podem sentir certas emogdes, como o ouvida humane no percebe ultra‘sons” Joo Ant6ni, trecho do livre Abragadlo ao meu Rancor. Garo Provo ABahia que Gil e Caetano no cantaram tutidos,vé 86 quem chegou }Pode me chamar de Cato Preto, nvasor J oumostrara Babia que Cie Caetano nines cantaram Bahia rogada asangue | auejora com intnsidade em époc de Carnaval Falo do pescador que sai as trés da manhé Pedindo forcaa lemanjé ea fansi Sai cortando as éguas do mar da vida (Querendo pesear urna solugio, uma safda A Bahia da guerreira baiana que chora (Que travou uma luta e perdeu na batalha seu filho pra droga. Bahia do ser que vive de migalhas, esmolas 1 sem cloro no seu rostojorra, Bahia da queda dos morros, bartaéas dos Alagados Bakia do descaso, descainisados, esabrigados Flo da venda do vote, do voto comprado ‘ACM doraina com chicate na mo e dinheire do lado Anoite fol fra, s6 que agérao sol esté quente Oquendo esquenta é 0 coragao dessa gente (Que nfo se revolta contra a ardem predatéria [ACM domina com chumbo, moeda ea palmatéria Desordem, desgraca, desamor, desemprezo, Deseaso, disparate, danos, desespero DO poder baiana é doentio, proc Quer disperder, manter 0 povo disperso ‘Separado, dbandonado, longe aniquilado ‘Mentalmente algemado em edrcere privado ‘Mantendo 0 pove ne curral tipo gado ‘Assim, com certeza garante o seu eleitorado Nao falo da beleza, da Barra, Pituba, Pelé De praias lindas, de Porto Seguro Ihéus, Salvador Da praga Castro Alves, Mercado Modelo, Elevedor a historia de Mae Menininha, Mie Dulee e Dana Cand [Nao Falo da moca bela nas ondas do mar que Caymmi narrow donegro nago lato sofrimento das Da pobitinprversa que oHOTED Lane davai, ers es Liveaatuna Mancimat Falo da prosttuigdo infantil que aumento, Da Bahia que ocartio postal wanes mostrou ABahia do mercado informal, docameld Essa é a Bahia que Bethania nunca cantow Ver conhecer @ Bahia, sou um guia diferente Mostro a verdadeira cara da nossa gente Vai ver que no és6 Carnaval, praia e acarajé Vai ver oque 6 no ter alimento e manter-se de pé Bahia de Todos os Santos? Besteira (Tho meu povo se alimontando de restos de feira Terra de jagunco,policia assassina (Quantas maes perderam flhos nessa guerra fis? Bahia titanic, Batesu Mouche Educagdo, politica sérla ndo sediscute Vern comigo,calma, eu the mostra logo (O lugar que as eriancas morreram fabricando fogos ‘Somos néufragos nesse mar vermelho Eos botes salve-vidas so s6 para quem tem dinhetro Olha $6 ilusto daquele bobo Pensa que aqui és6 mulher, samba eégua de coco Acredita no que a tev® passa, deve ta louco Ele no sabe que a maioria aqui passa sufoco Saudades de Betinho, um grande homem Nao esqueco da campanha contra a fone Ele dizia: “Onde come um, dois também comer" Solidariedade, vida, cidadani Estas rosas morrem logo, se fossem eternas quem diria? Se florescessem nos coracées dos corruptos da Bahia, do posso ficar batendo o tambor, se sofreu o nego banto ‘Terra de meu heréi, saudoso Milton Santos ‘Terra de mortes,erimes encobertos Terra de riquezas pra poucos, miséria pro resto Terra de cultura erieo dialeto 0s ignorantes dizem que o linguajar éincorreto ‘Bahia de coreogratia pornogréfica CCrianga de doze anos excita magnata (Quando ele v8 ela rebolando na garrata Conas exibidas aos domingos na tela magica Jorge, Gabriela, Cravo e Canela Mnéus, becos, Buracos, barracos, taperas Linda, formosa, tio bela os, policiais, drogas fayela Espantosa tradicto, aos absurdos ‘Quantas cabegas foram decapitadas em Canudos? Engenho, seca, shores, politico, coronel ‘Trabalho escravo infantil em grande escala oua granel ‘Turista, pega a cAmara, vamos passar no farol Mas nio no Farol da Barra, do transito Preparemse, a visio é triste, causa espanto ‘hos famintos, pés descalcos, pretos e brancos ‘Numa frase infeliz ouvi dizer que a Bahia 6 de todos os santos GaiaD} aves rama Cato Peo Soc andes ne cen ope Feteseur eho verele els cresps Totepasnad african dsendente nage Man beeen raved et Toles dencndete do menno pee pret ‘Aimtengo é mostrar a verdadeira cara da minha torra Sem inverdades, maquiagens, conas de novelas Deseulpas pelasrimas pobres, poesia rdstica Mas essa 6a Bahia que Gile Cectano no cantam em suas mésicas. il Savr0s DA Rosa Chao Desceu pro pé da roda ese benzeu. ‘Vislumbrou a praga aberta, arroxeando no crepésculo. Os arre ‘los do Gunga, do Médio edo Viole ganhavam o vento, Pediu prote ‘lo, pra si e pro seu camaré, Quem ia com ele pra conversa era um, cara todo de branco. Safram de AG Angoleiro, se mantinha préximo & Mie‘Terra, humithaedo lavando o menino, mandando falar baixo, escarregar 0 tom escolha, Volta 6 ‘jumbo todo, 0 burburinho de tantos alhos ¢ sussurros. “Tem pas sagem?” E também nao tem BO. Pérola volt, he informam que a senha ja era. Chegar as seis ‘nfo garantiu? Espanea a porta metélica e surge o olho empapues do, indiferente, que abre e fecha uma fenda no z4s-trés. Insistn cia, Vem a carceragem ¢ nao arreda, Val argumento e nada. Diante 4a saplica lacrimejando em nome do divino eda madrugada, dé-se um jelto. E 2 senha, 0 nerve do funcionamento burrocrético, se torna dispensivel, Fila, No cartaz, as Sangdes Disciplinares, pra tantas que no ove: "Depois da Jerusa,botaram que amdsia de um s6 pode entrar como amésia de outro depois de 60 dias da Gltima visita pro primeiro relaxado", As mocinhas se vangloriando ‘que deram parte na delegacia, quando apanharam. Sorriso triste na pele moa, castigads. Vérine ja embuchadas. A pivetada garga, Thando, zunindo, correndo, se escondendo entre os jumbos, se en turmando répido na gana de brinear. “Olha a rameira ali Filhads. puta. € pra treta sim, Quer ger mais que as outras? Todas bebendo do amargo e a chechelenta querendo atropelar? E se chama pra fdgia ainda dé faniquito? 0 angu ndo é polenta” Fila, As senhoras improvisam bancos com tijolos e paus de escora da eterna construglo. Obras do reparo, melhoria que nunca ‘termina e que ninguém sabe quando come¢a. Depé fila dobanhel- +0, dorelhfo, da informagio, ireto se vd uma camaradagem “Ele Jf devia ter safdo, viu? E16. Tenta esse advogado aqui,” Dao cartio pra iniciante: “7, “brigada por vocés terem se interessado. Servi a?” Oferece a penciria fra, NNoticiss fnebres,crentes comentando as fofocas do jornal, onde ‘ransbordamosilustres medfocresesuasjantaseseuscolares, em um estardalhago de uma cela especial, isolada. No seve, apenas se owvee Jmagina. Berraria acesa na alcova, clamando pra alguém acu. MBs, Iniciar a prece, A tremedeira, a mio na testa, o sal vazando da vista, regando a5 rugas. Oram pro menino um de todas. "Pede por Deus, meu, saber le. Tem um te Sawros DA ROSA filho” Atéqueparalisaodesespero. Hi quem jure que ouviarisinos. ‘Outra maldiz a galhofa, suposta, enquante uma coxa tatuada ver fumando consolar uma av6. Entrelagam os dedos negros no mesmo ranto, As mulheres virus, tossindo e escarrando desesperanga. “Pode crer. Tem dia que 0 coraeao tum esgoto.” Entre detritos eo futum de urina misturado a perfume, um cachorro esburacado repica a orelha, Outro vire-lata rumina uma fralda deseartaéa, embolotada, que ficou pelo camino. 0 sabujo ‘engole sua espuma enquanto uma tia pede ajuda a uma meniname comas teclas do telefone, pra identifica, pra apertar. ‘Obanheiroresterecintoé urna provagao’ parte. Bntupido,fezes| ‘epapéis depo pulando pra fora do vaso, Pérola vai se trocar ai. Teds dedos dealagadonochio edastorneirasnem mais um ilete de gua, ‘A angistia.“E mal sei mexer nessa pitomba..mas ele disse que a gente vai poder se falar durante semana." ‘Lentamente, avangam. Chega o momento de eruzar a primeira ‘rans, mas ainda nto hé alegria. A arrogincia dos coletes pretos, ‘menos de uma, a Val brava, firm filma eno menospreza, Analisa 0s perrengues, ameniza.oarrepio. Ewer de guardar o que no vai entrar, ‘praretirara tarde, "Eagora,inda dé. Ou deixo ohadulaque aqui ou soja, ‘oque Deus mandar” Os homens comentando-e manual, queles navios o Corinthians, aquelas moldurasdefoto,botandofépraregenerar.Um smaluco solta: “A, val garantir Futuro de detento em colae palito de {sforo?"As meninas se sprumando no atom, pra visita fntima. Uma ‘tima prosa arrastada antes da revista, Pérola ouve sobre o pai que levoubagutho promolequee ficou guardade, Moréeo labio eo segredo. ‘A revista no eBrmodo gelado: senhoras, mogas, criangas, Nuas. Serdo rts cocorinhas. Aterceiraabaixada eo panic. Eletricidade bufando, chaman- do nas veias, no preso da respirada, na cabeca tonelada, Mas nada sai da vagina"Podem levantat.”Alfvio. ‘No primeito lac da tranca de repente toca o aparelho, cantar do, dentro da mulher. ’

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