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TEL OUTRO PLANETA relato de uma viagem feita a outro Planéta, ‘Disco-Voador. Eyolucio e progresso de uma dade avancada que ultrapassa a tudo quanto ‘conceber! yf : ORA NOVA ERA LIDDA. INDICE ICONOLBNOIAT t 7 hice here es sus Wee eawewees secs PREBACIO ooo sis sisi a'arw arene ge x 90d 4 e\e.oly e eummelel wie PREAMBULO ...,....... ree WS lash aie Gigi cic: c' hana eara NOTA DO AUTOR ...........4.. Eisele ops CAP. I — 0 ENCONTRO INESPERADO uA Il — A VIAGEM NO DISCO VOADOR ... Ps Ill — PALESTRANDO ALSM IONOSFERA pe Iv — 4S MARAVILHAS DE UM MUNDO ESTRANHO) (00. ees aisle tee vasa a V — A CIDADE QUE DESLUMBRA 4... te VI — NO INTERIOR DB UMA RESIDENCIA an VII — VISITANDO UM [HOSPITAL ...... ny VIII — A PSICOTERAPIA APLICADA .... me IX — ALMOGANDO COM 0 DR. JANSLE « m, X — NO CAMPO DE PRDAGOGIA ...... PORTO RTA DIG 0 OG) aca er % XII — PILOTANDO UM DISCO VOADOR ... * XIlt — A ZONA AGRICOLA ........... he ” XIV — INAS OFICINAS DOS DISCOS VOADO- RES UE Ge ca ROR as »\ XV — NO GABINETE DE DESENHO.... ” XVI — DE REGRESSO 4 TERRA . ” XVII — ENTRE Os MEUS (CONCLUSAO é 4, PBIAIOR EXEMPLO ‘sy 5 a 13 15 17 25 37 61 63 15 89 105 - 9 135 151 165 179 CONSCIENCIA Qh! Divina Maravilha. Liberta e Insubmissa, As Paixées Humanas. Justiga Realmente Céga! nae Prende-me o Corpo, Dilacera-me as Carnes; ona Porém, a minha Consciéncia, Nao tem Forma, nem Péso, nem Cér; Sec hiees Por isso mesmo, Jamais! Ninguém Podera Domina-la! AGRADECENDO... + aos nobres coracGes que, tao pronta- mente, compreenderam o alcance déstes re- latos e abnegadamente contribuiram para. sua divulgacao, so posso dizer: O contetido de seus coragdes é TODO GENEROSIDADE! Nao sei onde, quando ou em que circunstan~ cias lhes retribuirei! A, Rossi PREFACIO Conhecemos perfeitamente o autor. Metalurgi- co, homem simples, trabalhador, prestativo, de cara- ter virtuoso, exemplificando, tanto no lar como na rua, por isso mesmo, digno de estudo 6 o relato de Anténio Rossi, especialmente 4 luz do Evangelho, que nos diz que “.,. na casa de meu Pai ha muitas moradas”. Seria tola presuncao imaginarmos bilhoes de es- trélas cintilantes, sem vida, sem humanidades, orna- mentando o arcabougo universal tio s6 para o de- leite de nossa vista! Se a parte cientifiea, exposta pelo autor, nao sa- tisfizer inteiramente aos nossos anscios intimos, apro- veitemos ent&o os conceitos de sA moral que a obra contém, capazes de nos elevar a mais um degrau evolutivo. Vamos, por isso, caro leitor, & descricéo daqui- lo que, se acontecesse a nés, os outros dificilmente acreditariam. Sao Paulo, 12 de abril de 1957. GENERAL LEVING CORNKLIO WISCHRAL five ef PREAMBULO Esta viagem revestiu-se de inéditas circuns- fdncias, pelo seu modo pintoresco e quase inacre- ditdvel como foi realizadal De inicio, quero deixar patente: Nada pretendo impor ou mistificar a quem quer que seja. Ao admitirmos, em iluséria suposicdo, que @ imensidao constelar ai esteja. na sua exuberéneia, apenas, para deleite da nossa vista, teimosamente, persistimos no érro! Se nos sentimos diminutos ante a grandeza césmica, no entanto, recusamos aceitar a sua rea- lidade integral e procuramos nos iludir na persua- sdo de sermos os iinicos seres inteligentes do Universo! Portanto, nos os iluminados, os privilegiados, ainda preferimos perseverar na incongruéncia, continuando a recusar aquilo que sempre foi 16- gico e universal! Aprendi que a verdade pode e deve ser pro- clamada a todos, em qualquer época e sob quaisquer circunstancias, dai, a razao déste li- vreto. Por conseguinte, envidei esforcos para — dentro do meu simples linguajar e modestos co- nhecimetos —- narrar os fatos passados comigo, bem como relatar o que de magnifico me foi dado: presenciar naquele maravilhoso e tao estranho Planéta. Assim, tenho a certeza de, indiretdmente, me ser dado propiciar — por intermédio do dr. Jansle, ésse grande e fraternal amigo — a ensinanca déste livreto, cujo texto se situa muito aquém do verda- deiro mérito e da insinuante magnanimidade da- queles evoluidos seres, do téc elevado mundo que habitam. Procuremos segut-los! A, Rossi: NOTA DO AUTOR ‘Transcricao de um trecho do Capitulo I: Dai a pouco, comecaram os meus olhos a receber uma espécie de claridade — certa lucidez esquisita — percebida pelo meu cérebro, agora, registrando em forma de palavras os pensamentos que aqueles es- tranhos visitantes me dirigiam. Nada proferiam, eontudo, eu sentia com clareza a emissao dos seus pen- samentos, concebidos por mim como se fossem frases articuladas. Sem emitirem qualquer som, possuiam a faculda- de que poderiamos denominar de “Fala-visual”! Co-. municavam-se, portanto, pela silenciosa expressao do elhar, transmitindo a “fala-visual” ou telepatia-visual_ Convencao que ora se estabelece: Assim, caro leitor, ante a falta de vocabulario e pata facilitar a expressao, fica convencionado que, todas as vezes, ao deparar com o emprégo de verbos, como: Dizer, Narrar, Falar, Proferir, Enunciar, Ex- primir, Contar, Relatar, Referir, Expdr e outros con- géneres indieativos da acao ou efeito de exprimir por parte dos habitantes do Desconhecido Mundo, é de se entender que nada foi articulado ou pronunciado or éles, porém, as palayras me foram sempre trans- mitidas pelo olhar, na silenciosa propagacao do que denominei “telepatia-visual”. A. R, CAPITULO I O ENCONTRO INESPERADO Para amainar as horas dsperas da vida e conseguir respirar um pouco de ar puro, uma ou duas vezes, por més, em companhia de uns amigos, dirijo-me a Pa- raibuna, localidade do norte do Estado, na esperan- ga de fisgar, no rio que lhe empresta o nome, algum dourado, espécie de peixe abundante naquela regiao, onde ha belos e saborosos exemplares que atingem cérca de 12 quilos. Margeado por verdejantes e belissimas monta- nhas, por colossais pedreiras, o)Paraibuna atravessa aquela cidade que dista 150 quilémetros da capital de Sao Paulo. Do alto das montanhas, deslumbrante panorama se oferece A nossa vista. LA em baixo, corre o pe- dregoso rio a se contorcer, convidando a langar em Suas Aguas os nossos anz0is e ofertando-nos 4 sombra 18 A ROSSI amiga de suas arvores um repouso fisico e horas de impertubavel paz de espirito. De uma feita, alias, em um costumeiro sabado, ao chegarmos a beira do rio, enquanto os meus com- panheiros armavam a barraca, } peguei uns sanduiches,. © faco, iscas, linhas e sai 4 procura de um local mais: apropriado para pescar. ry Ainda no conheci pescador que no tivesse as: suas preferéncias técnicas e predilecao por determi- nado sitio. Assim, procurei um recanto mais ade- quado, afastando-me dos companheiros. 2 Logo deparei com um convidativo lugar, coloquei © facéo e os sanduiches ao lado, sentei-me e dei inf- cio ao lancamento da linha indiana na borbulhante _corredeira, Bendita hora em que me acomodei nésse lugar! Consultando meu relégio, o seu mostrador acu- sava 20 minutos para as 17 horas de uma lindissima tarde primaveril. O sol declinava no ocidente e o seu calor, mais arrefecido, casava-se 4 luminosidade enfraquecida por algumas nuyens que, acidentalmen- te, 0 encobriam. m- mph Entretido na pescaria, OE oltiendo a linha & verificando a isca mordida por peixes de pequeno porte, ora procurando atira-la em sentido de profun- didade para que se acomodasse em direc&o favoravel,. permanecia quieto e atento, aguardando 0 momenta. propicio de fisgar, * NUM DISCO VOADOR VISITEI OUTRO PLANPTA 19 Estava desfrutando de salutar sosségo quando, ao menear a cabeca, via duas estranhas criaturas, di- ferentes da nossa compleicao “fisica, aproximando-se a passos lentos. Entre éles e eu mediava uns trinta metros e, no momento, nao soube o que fazer; ‘sentir, apenas, grande receio! | Quando chegaram a uns 10 metros, de um salto, pus-me de pé e quis me distanciar déles, porém nao consegui 0 meu intento. Meusipés estavam como que chumbados ao solo. Estarrecido e suando por todos 0s poros vi-os avizinharem-se de mim. Pararam a dois metros, um a frente e outro mais atras! Olhavam-me fixamente e seus olhos estavam cravadas nos meus que, espantosamente, os observava, Estatico, impossibilitado de articular qualquer som, na condigao de incapaz, senti decorrer um dramatico e interminavel minuto! Y Eles nfo se manifesitaram de pronto, mas esbo- gando um largo sorriso continuaram com os olhos sempre fixos, paracendo pretenderem ler os meus pensamentos. Comecei, entao, a raciocinar. Paulatinamente, recobrava a calma e, com certa dificuldade, arrisquei um mui inexpressivo cumprimento, balbuciando: Boa tarde! No entanto, para maior espanto meu, nfo obtive tesposta alguma, mas perccbi pela experssa@o de seus 20 A ROSSI sorrisos que’ suas fisionomias se tornaram mais pa- ternal, evidenciando satisfacao. Vencida a primeira impressio de pavor, eviden- temente, pude ver se tratar de entes de diferente compleicao fisica, pois estavam absolutamente nus. Nao possuiam orgaos sexuais, eram muito altos, de- veriam pesar cérca de 120 quilos; tinham somente, dois dedos em cada mao e em cada pé, sendo despro- vidos de cabelos! Permaneceram sorrindo, e através de seus olhos, exageradamente grandes, emanava um ar de estra- _ nha docgura e bondade. Por isso, criando mais cora- gem, esbocei um sorriso ‘algo amarelo” e lhes per- guntei: — Desejam alguma coisa? ‘Como resposta, o que estava mais 4 frente, apés balanear a cabeca, afirmativamente, levantou o bra- 0 apontando para os seus préprios olhos os seus dois Unicos dedos. Nao compreendendo o seu gesto olhei fixamente para éle, esforcando-me por interpretar sua misteriosa atitude. Dai a pouco, comecaram os meus olhos a receber uma espécie de claridade — certa lucidez esquisita — percebida pelo meu cérebro, agora, registrando em forma de palavras os pensamentos que aqueles es- tranhos visitantes me dirigiam! Nada proferiam, con- tudo, eu sentia com clareza a emiss&o dos seus pensa- NUM DISCO VOADOR VISITEI OUTRO PLANSTA 21 mentos, concebidos por mim como se féssem frases articuladas! Sem emitirem qualquer som, possuiam a facul- dade que poderiamos denominar de “Fala-visual”! Comunicavam-se, portanto, pela silenciosa expressao do olhar, transmitindo a “Fala-visual” ou telepatia- visual! Proeurando ficar atento e perscrutar, passei a perceber 0 que me transmitiam. — Aqui estamos com a paz de Deus. Somos ha- bitantes de um outro planéta e no tenha receio por- que nenhum mal Ihe causaremos. Nossa missao é be- néfica em todos os sentidos, tanto para vocé como para os seus semelhantes. No exato entendimento do que me transmitiam quedei-me, atenciosamente, e éles continuaram o mo- nologo. — Tenha confianga em nés que viémos convida- lo para visitar 0 nosso Mundo, Nao estamos exigindo, apenas, 0 convidamos. Se aceitar sera de sua expon- tanea vontade; dentro de poucas horas 14 chegaremos! A esta altura o meu cérebro, na sua {ntima com- preensao, j4 concatenava melhor as palavras que passaram a se tornar correntes, dentro daquela mis- teriosa forma de linguajar. Inexplicavelmente, depois, sobreveio, sem que pudesse atinar com a raz4o, maior facilidade de entendimento. Assim, continuaram a me transmitir a sua fala-visual, 722 A ROSSI ~— Garantimos trazé-lo de volta com a mesma satide € disposicao em que, agora, se encontra; entao, podera relatar aos seus semelhantes tudo o que viu e aprendeu. Reflita bem, 6 uma grande oportunidade que Ihe oferecemos! Muito desconfiado olhei, de esguelha, para o facao — pensando na excelente arma de defesa — quando, com real espanto, um déles dando uns trés passos, com moderagaio e certa elegancia, abaixou-se apa- nhando-o de sébre a pedra! Sem concluir o resultado dessa atitude o vi apro- ximar-se de mim, com um sorriso nes labios, e ofere- cer-me a arma que segurei receioso, dependurando-a na cinta. Ante aquéle gesto de confianca passei a raciocinar com mais clareza, ponderando: se quizerem, podem me agarrar A forca, pois sio muito mais vigorosos e for- tes; evidentemente, sio pacificos ou desconhecem a valia de um facao! E o que dizia a mim mesmo, continuando a thes fixar os olhos, dos quais irradiavam simpatia e sere- nidade, quando o meu interlocutor apontando o ca- minho entre as pedras, me transmitiu; — Vamos! Dai, em diante, surgiu o nosso primeiro dialogo ‘porque imbuido de outro estado de espirito e na supo- Sigao de nao serem agressivos, mas pacificos, Ihes “NUM DISCO VOADOR VISITE] OUTRO PLANTA ~ 23 ‘perguntei mantendo sempre os meus olhos fixos nos Aéles: — De que forma podemos chegar ao seu Mundo? — Vocé j4 ouviu falar em discos-voadores? — Ja, disse-lhe eu. — Nos somos tripulantes de um désses discos. ‘Quer ir? O nosso volitor nos aguarda aqui perto! — O que é ésse volitor? Indaguei curioso, — Volitor é o mesmo que vocés denominam de sdisco-voador! Fiquei pensativo e rapidamente conclui para comigo: éles devem ser muito mais inteligentes e nfo me estéo forcando a ir em sua companhia, apenas, me convidam, — Acompanhe-nos, se quizer ir, acrescentou um déles! Isto pésto, comegaram a andar e eu aguardei que se distanciassem. Ae tomarem certa distancia, re- solvi segui-los para ver onde iam. Caminhei atras déles, Nao obstante, receioso co- mo estava, percorri um pequeno trecho entre as pe- dras com o cuidado de té-los 4 minha vanguarda. Foi ai, apés contornar uma grande pedra, que recebi a maior surpresa da minha vida! Deparei, numa baixada, com um enorme e des- conhecido aparelho! Fiquei assombrado e impotente para qualquer acgdo. Parei! 24 A ROSST Aténito, olhei aquele colosso que inculcava temor e fazia-me diminuto ante o incognoscivel. Logo, vi ser coisa origindria de outro mundo. Fatalmente, devia proceder de um povo, materialmente, muito mais avancado! Durante alguns minutos aguardei, na condigao de insignificante espectador, por algum’ imprevisto acontecimento, Tratava-se de um aparelho estranho, divergindo. de tudo quanto, até entao, conhecera em meus 35 anos. de existéncia! Era um objeto inteiramente polido, contudo nao reverberava, de c6r cinza palido, tinha a conformacéo de uma guarita e media, possivelmente, uns 30 metros de didmetro! Sua altura — até o maximo de sua ciipula — deveria ter uns 9 metros. Estava, absolutamente, pairando no ar, livre de qualquer contato com o solo,, numa distancia de mais ou menos meio metro! Suas linhas impecdveis, de contérnos aerodina- micos, lembravam os mais ousados desenhos de nos- sos técnicos em matéria aviatéria. Nunca poderia imaginar uma composic¢ao tao estética e perfeita reu- nindo, em si, harmonia, estilo e grandiosidade! Ali, contudo, me encontrava 4 frente de um ver—- dadeiro, genuino e auténtico Disco-Voador!!... CAPITULO II A VIAGEM NO DISCO-VOADOR Apos verdadeiro éxtase em que estive mergu- Ihado na contemplacao daquele gigantesco aparelho,. resolvi dar mais uns passos e chegar junto ao chama- do Disco-Voador! De forma imperceptivel, ao meu aproximar, abriu-se uma porta e notei, no seu interior, um ente igual aos que acompanhei. Entao, aqueles dois seres apoiando-se a uma reen- trancia da porta ,sucessivamente, galgaram o apare- lho, apés fitarem-me renovando o convite para acom- panhé-los! Quedei-me, por uns instantes, 4 porta daquela grandiosa astronave, maquina desconhecida para mim, da qual siquer tivera alguma noc&o ou ouvira falar, a nao ser em comentarios telegraficos publica~ dos pela imprensa, sensacionalista. 26 A ROSSI Na verdade, confesso que estava receioso, mas acometido de uma intensa curiosidade, na ansia de saber e conhecer como era “aquilo”, por dentro. Nesse interim, insistiram para que eu subisse na eronave, devendo imitar os movimentos realizados ‘por éles. ” Fiquei refletindo quanto as possibilidades da mi- nha sobrevivéncia, sébre qual seria ‘a sorte ou 0 meu ‘destino se me alcasse para o disco-voador. No en- tanto, conclui: “Com téda certeza nada me aconte- ‘cera, porque, de outra forma, suas atitudes teriam sido outras”. Continuando a receber tao amA4vel convite, trans- ‘mitido pelo olhar sereno daqueles seres, pensei em Deus a quem confiei o meu destino e a minha vida. Dai, nao tive mais diividas. Tomei a resolucdo de ir! Subi, procurando efetuar os mesmos movimentos ‘dos que me precederam, valendo-me da reentrancia existente na porta. Entretanto, mal dei dois passos no seu interior, parei para observar se ela continuava caberta! Entao, o terceiro tripylante que nos aguardara dentro do disco-voador, dirigindo-se a mim, transmi- ‘tiu-me o seguinte: — Nao obstante, nenhum mal lhe sobrevir, de- ‘sejo saber se esta, realmente, dispésto a ir. & de sua livre vontade ir, ou esté muito impressionado com o ‘que presencia? NUM DISCO VOADOR VISITHI OUTRO PLAN@TA = 27. Ante semelhante pergunta, enderacada de for- ‘ma t4o cordial, respondi: — Vou de espontanea yontade, Depois de haver tomado essa resolucio tao posi- tiva, tive a sensagao, naquele momento, de perceber a minha firme decisaéo econtribuir para tranquilizar a minha mente, conferindo-me maior dose de confian- ca, pois sentia reencontrar o dominio de mim mesmo! Agora, bem mais calmo, com plena lucidez re- conhecia enfrentar seres mais inteligentes, embora estranhos; possuidores de movimentos lentos, mas hharmonicos; de feigdes esquisitas, mas tranqiiilas que, em tudo, denotavam firmeza de atitudes, deixando transparecer estarem seguros do ambiente! Apés esta minha resposta, vi-o dirigir-se para um Teeipiente que estava na parede. Era uma saliencia de uns 15 centimetros, emanada da propria parede interna do disco, afigurando-se-me feita do mesmo: material, com cérea de uns 30 centimetros de compri- mento. Tinha aspecto e formato de um ovo compri- do, cortado ao meio, inteiramente transparente, con- tendo um liquido de coloracao marron claro, Devia ser um depésito de qualquer substancia de uso proprio, porém, nunca poderia atinar o fim a que Se destinava!. Com gesto vagaroso, aquele ser chegando-se ao _ tecipiente pegou, de uma pequena prateleira ao lado, um objeto que vi ser um mintisculo copo, enchendo- 28 A ROSSI 0 do liquido néle contido, Para tanto, comprimiu um ~.pequeno botao ao lado do deposito — botao feito a guisa dos de partida dos nossos modernos automéveis. — fazendo jorrar, por um orificio existente na sua parte inferior, aquele liquido grosso como o mel. Depois, mostrando-o a mim, jogou-o na boca e ficou como se estivesse saboreando alguma coisa. A seguir, tomou de um outro copinho e répetiu a ope- ragao, enchendo-o até a metade. Com o copo na mao, aproximou-se de mim e me. transmitiu o seguinte; — Para poder viajar é indispensavel absorver €ste preparado! Assim dizendo, entregou-me o copo, com a capa- cidade talvez de 1/4 dos nossos; eu o segurei. Meu eérebro fervilhava: “sera veneno? Sera algum en- torpecente para eu poder aguentar a viagem? Para que servira isto? “E, respondia a mim mesmo: “ve- neno, nao deve ser. Nao seriam capazes de preten- derem me envenenar de modo tao claro”, Afinal de contas, pensava: “uma vez morto eu pouco lhes ser- virei e se fér algum anestésico, fatalmente, recobra- rei os sentidos” Travava-se em mim o embate de idéias quando outra vez, de maneira muito calma, aquele ente me disse: E de suma importancia ingeri-lo! Atento a essa recomendagao, levei o copo 4 boca e toquei, de leve, com a ponta da lingua o liquido que. NUM DISCO VOADOR VISITEL OUTRO PLANSTA continha. Nésse instante, o meu pensamento vodu para Deus; 0 instinto de conservagio e o amor a vida despontaram fortemente e mim, como jamais os havia sentido, até entao! Positivamente, estava colocado numa aflitiva in- decisio, em condigaéo verdadeiramente precdria de “entre a vida e a morte”, ... frente aquelas criatu-, ras a me observar, atenciosamente. Naqucle angustioso instante, de repente, levei o -copo a boca e bebi o seu conteido. Era, realmente, um liquido viscoso, de sabor esquisito, espécie de vi- tamina Hquida que, em jejum, costumamos tomar para fixar o calcio, Devolvi-lhe o copo; éle sorriu gentilmente e me fez compreender, perguntando-me. — Podemos ir agora? — Sim, foi a minha resposta. Mal aeabei de balbuciar essa afirmativa, percebi 4 porta fechar-se, automaticamente. Apontaram-me uma banqueta para que nela me assentasse. Por Minha vez caminhei indeciso, deslumbrado com tudo quanto via e assistia, para o local designado, No interior de um ambiente siquer sonhado, em €stado de parvoice, agindo como uma crianga dentro de uma casa mal assombrada, tudo olhava com espe- tacular admiragaéo e respeito, Convenhamos, nem Cutra poderia ter sido minha atitude e nem outros '©S reflexos do meu sentir, = 30 er Ae BR ONS eS 71. Perscrutava em derredor; com um lento movi- mento de cabega ia pondo o olhar em tudo e n&o pos- so asseverar 0 tempo gasto no minucioso exAme que: fiz naquela sala. ‘Sem possibilidade de engano, a sala em que nos: encontravamos tinha uns oito metros de diametros,, completamente redonda, de paredes lisas, com teto: curvo em formato de cipula, estava muito bem ilu- minada. E indispensavel ressaltar que tudo, ali, atendia. A configuracao do circulo. Nao hayia um s6 objeto que nao fésse de formato esférico, enfim, que nao: fésse arredondado! O principio era tnico e geral: tudo em diregao curva, em sentido curvilineo, Havia, no centro da sala, uma mesa circular de um metro de raio, cercada de umas doze banquetas fixas ao solo. Tais banquetas — muito semelhantes ads nossos tamboretes — com cérca de uns 60 centi- metros de altura, possuiam um unico pé, se espaiha- vam, simétricamente, por téda a volta da sala, exce-- to do lado de um misterioso painel. Apesar da intensa claridade nao conseguia dis-. tinguir os focos de luz, nio havia um ponto prepon- derante de referéncia. A luz era igualmente inten- siva e difusa em todos os angulos. Per todos os lades nao se projetava uma imica sombra, dando impres- sao exata de que a luz provinha, ao mesmo tempo, do teto, das paredes ou do proprio piso do disco- voador. her NUM DISCO VOADOR VISITEI OUTRO PLANBTA 3h Com os atuais conhecimentos nossos, jamais po-. deremos obter uma difusao de luz tao perfeita, tao uniforme e equitativa. Realmente, ela emanava de tudo em idéntico teor de intensidade ou de férga,, fazendo-me compreender melhor a_ profundeza de uma sabia e conhecida maxima: A boa luz é a vida -de seus olhos! No caso em aprego trata-se de traduzir o que pre- senciei no interior do disco-voador, sem alusao a qualquer possivel propaganda. Rodeando a sala, em téda a sua @strutura, exceto. do lado do mencionado painel, havia uma série de pequenas janelas entremeadas de linhas divisérias. Eram uniformes, ovaladas, com cérea dé 25 centime- tros de tamanho, estavam dispostas a uma altura’de 1,80 metros, assemelhavam-se a pequenos vitraux em série separados por esquadrias de ago polido, como | dos edificios de arquitetura moderna. i Em vao, procurei descobrir a porta que me féra aberta para entrar, Ela abriu-se em sentido de “cor- Ter’ e a sua reentrancia havia desaparecido, devendo . ter sido justaposta de maneira imperceptivel. Naquela sala, verdadeira meia esfera, o que mais me atraiu a atencio, deixando-me perplexo pelos mo- ‘tivos ignotos de sua configuracéo foi, sem diivida, uma espécie de painel repleto de estrias, alavancas e aig tendo ao centro uma verdadeira téla. ecessariamente, residia ali o ponto “K” da as- tronave. Néle se devia reunif’a diretriz das forgas © pemeee ial A ROSSI 0 comando de todo os dispositivos, de disco-yoador, — congregando, provavelmente, a sintese do progresso daqueles entes em matérias de navegac4o ou propul- .sAo aérea! y Interessante era que ésse painel acompanhava, também, a configuracdo arredondada da parede! Nao fugia, em absoluto, nem mesmo a téla ao sistematico © curvilineo do conjunto. Bem no centro, ela se so- -bressaia, céncava, branca e ovalada, devendo medir uns setenta centimetros de borda a borda. Os botdes, espécie de sintonizadores, uns opacos, ~ outros mais luminosos,variavam quanto ao gréu de intensidade, As alavancas pareciam correr em estrias ou canaletas e outros dispositivos desconhecidos havia, tendo, por baixo, assinalagao de pequenos tragos; di- gamos, taquigraficos! Aquele conjunto elaborado da mesma matéria, 2 disposto de maneira uniforme, oferecia a vista um ~ “que” de harmonioso, infundindo respeito pela desco- nhecida capacidade de sua férca. Media, aproxima- ‘damente, uns trés metros dé compirmento por 1,80 metros de altura. 7 Mirava-o em todos os sentidos e sob todos os pris- .mas! Nao encontrava fios, ligagdes, ponteiros, toma- das, relégios, registros idénticos aos utilizados em nossos avides comerciais ou de turismo. Acrescia 0 fato de tudo se me afigurar fabricado de uma sé peca, como"se fora um tnico bloco do- ee NUM DISCO VOADOR VISITE] OUTRO PLANSTA 33 amesmo material. Material consistente e unifirme, possivelmente fosforescente, tao maleavel que pudes- se ser adaptado aos mais variados fins! Esse ponto, para mim, era de capital importancia porque servindo, ha anos, como chefe de seccao de uma metalurgia, conhecia processos de tratamentos fisicos e quimicos a que se submetem os ‘uunerais para déles se extrairem os metais. Entretanto, nada semelhante me féra dado co- hecer na Terra para que pudesse aquilatar ou de- duzir da sua constituicio, Inutilmente me esforcei para concluir algo, Em vao, procurei resolver o enig- ma para atinar com o menor detalhe capaz de for- necer indicios de sua composigao! Abandonando o indecifravel enigma daquele com- plexo desconhecido, yoltei a atengao para as criaturas que me induziram a ingressar no disco-voador e pas- Sei a observé-los. Estava fixando os contrastes fisicos daqueles antes, inclusive a disparidade de tamanho e férea, uando uma idéia sinistra me ocorreu: “Desejariam €les utilizar-me como cobaia?” A aflicfo voltou a apossar-se de mim, Agora, ‘Tescia de mancira insopitavel, porque nao me acha- va no meu elemeato e sim num ambiente inteiramen- te ignorado! Felizmente, pressentirain a aflitiva condigao de Pseudo vitima em que me colocara e, vindo ao meu A ROSSI -encontro, procuraram me tranqiiilizar com as seguin~ tes palavras. ~ — Nos, nao viemos ao seu Planéta para busca- Jo. Estamos dando prosseguimento a uma missao. Alias, missao de paz que gravita em térno de um nticleo chamado “Evolug&o0” e que atende aos dita- mes da Divina Sabedoria. Nada receie, somos irmaos: € queremos ser amigos do seu povo. Depois desta visita nds o devolveremos ao seu mundo e vocé, com: téda certeza, nos pedira para fazer outras viagens! Aquele térmo “Divina Sabedoria” ecoou nos meus: ouvidos de modo tao benéfico que me reconduziu & tranqiiilidade. Jamais expresséo alguma operou em: mim tamanha transformagao! Retornei A calma e pensei: Gracas a Deus, éles, também, so tementes a Deus! Em face do acontecido, fiquei “parafusando” com: Os meus botdes: “Sera que éles tém o poder de co- nhecer os meus pensamentos; serao tao poderosos a €sse ponto...?” Agora, mais sereno e para disfarcar © meu desaponto, lhes perguntei? — Porque nao partimos? A resposta se traduziu num discreto sorriso que, sem ditvida, revelava a igenuidade da minha pergun- ta e solicito um déles acrescentou: — Ha muito que estamos viajando! Sem siquer me dominar, corria, intempestiva- mente, para uma das muitas janelinhas e olhei!... NUM DISCO VOADOR VISITEI OUTRO PLANSTA 35. Tudo era espaco, nada conseguia entrever. Apoiava-me nas pontas dos pés para poder enxergar através das janelinhas, porém, tudo em vao! Tudo era espago vazio! Rondei em todos os sentidos mas nulos foram os meus esforgos... sempre 0 vacuo e€ nada via! Ansiado, visivelmente aflito, volteime para aquele que estava de pé ao lado da téla do centro do painel. Percebendo o meu desajuste, muito amayel- mente me convidou: — Venha ver o seu Planeta que a dlho nui vocé no conseguird. Pode vir e observe esta téla! Foi quahdo, ao me aproximar do painel, ligaram uma pcquena alavanca a guisa de interruptor de luz. Imediatamente surgiu na téla o globo terraqueo, in- telramente suspenso no espago, como se féra televi- sionado! Grande bola esverdeada no centro da téla gra- dativamente, comegou a aumentar fazendo surgir contérnos e em sucesséo apareceram as montanhas, Tares, lagos e rios! Manejando outros botéss, milagrosamente trans- formaram a projecéo, e em vista panoramica surgiu uma grande cidade. A medida que os seus detalhes Se acentuavam pii@® reconher a cidade de Sao Paulo! ‘Vi 0 aeroporto de Congonhas, 0 Museu do Ipiran- 8, 0 edificio do Banco do Estado, o predio Martinelli © do Banco do Brasil que the fica fronteirico, enfim 36 Ads sO Sas AL todos os principais pontos de referéncia da Capital paulistana. Extasiado com tamanha perfeig&o, procurava no- tar todos os demais detalhes, quando passaram a fo- calizar, sornente, o perimetro das pracas centrais; Sé e Clovis Bevilacqua. Com incrivel nitidez poderia reconhecer, naque- fe momento, as pessoas que 14 transitavam. Assinu- java, perfeitamente, os transeuntes, os automéveis, 0s Onibus, as interminaveis filas humanas sob as res- pectivas coberturas e distinguia até os jornais empi- Yhados junto as bancas! Era como se fésse possivel ficar situado num pa- lanque a altura de uns cinco metros, de cuja posicao pudesse abranger ambas as pracas, tal a nitidez da projecao! Os detalhes projetados na téla eram tao minucio- sos que dir-se-ia estarmos participando daquela in- tensa movimentagao, sem ouvir, entretanto, os ruidos dos motores ou a conversag&o dos transeuntes! CAPITULO III PALESTRANDO ALEM IONOSFERA Por longo tempo apreciei, comodamente instala- do no bojo de um disco-voador, aquele borborinho de povo na sua incontida azafama., Espetaculo, inédito de projegao, sem deficiéncias ou interferéncias de qualquer natureza. Mostrava-se sempre fixo, claro e com um grau de nitidez jamais aleancado pelos nossos mais perfeitos aparelhos de televisio, apesar de estarmos nos deslocando sob in- crivel velocidade! Fartando-me dessa contemplacio pedi que desli- gassem o aparelho e voltei para o meu lugar na es- Peranca de dar asas A minha curiosidade, fazendo Perguntas. Assiga, iniciei: — O vosso mundo é diferente do meu? — N&o muito, respondeu-me aquele que nos @guardou dentro da astronave. Prosseguindo, disse: 38 A ROSSI Também, possuimos casas, ruas e arvores, apenas, 0 nosso viver é mais objetivo. Nao perdemos tempo com futilidades e nado nos preocupamos com o que é efémero e supérfluo! — EntAo, os senhores levam uma vida perfeita? Retruquei. — Perfeita, nao. A perfeicao nds, os humanos, no a conseguimos. A palavra “Perfeicio” nao ex- prime a verdade no que se refere, pois nada é per- feito désde que imaginado ou manipulado pelo homem! — E, quando classificamos determinado objeto de perfeito? Indaguei, intrigado. — Ent&o, diriamos: ésse objeto corresponde ple- namente as exigéncias do momento. No afa de satisfazer minha curiosidade, procurei mudar o assunto e inqueri: — No seu mundo ha divertimentos? — Sim, existem muitos divertimentos, foi a res- posta. — E qual o que mais, hes agrada? — O que mais nos agrada e prazer nos propor- ciona, conferindo-nos grande satisfacao é o diverti- mento de praticar 0 bem e auxiliar o préximo. — Entao, os senhores se divertem auxiliando o 3 proximo? i. - NUM DISCO VOADOR VISITEI OUTRO PLANDTA 39 — Exatamente. & o que mais nos enche o co- ragao de alegria, tornou a reafirmar com énfase 0 meu interlocutor. — Como pode explicar 0 fato de que nés, ainda, nao chegamos a alcancar a Lua e os senhores viajam de um para outro planéta com a maior facilidade? — Nesta sua pergunta enquadra-se a questao “Conhecimento”. nhecem eaten 07 ee ee a der ee cultural entre si, no entanto, éste | siquer satisfatoriamente difundido entre pe terricolas! E, continuando afirmou: E indispens primeiramente, civilizar as tribus némades e as cae pvagens, Civilizar muitos € muitos “¢ivilizados” es- almente, é neces: sario conhecer e seguir os sabios ensinamentos da _ propria Natureza para, dai, iniciar os estudos rela. tivos As excursées aos outros planétas. Infelizmente, 0s povos da Terra vivem dentro de um realism “morto”! — Entao, poderemos mais tarde ter aparelhos para viagens interplanetarias? — Perfeitamente. A Natureza nao restringe, ab- Solutamente, nada, apenas, oferece obstaculo. Tais obstaculos sfio transponiveis e ao serem transpostos — 40 A. ROSSI nos impulsionam em direcgaéo a novas ciéncias e, env consequéncia, adquirimos novas concepgdes da vida. Portanto, os obstaculos sao benéficos e instrutivos! — Qs senhores sao felizes em seu mundo? Per- guntei, avido de mais esclarecimentos. — Sim, muito felizes, foi a resposta. — Mas, na Terra nao ha felicidade! Afirmei, a essa altura. — Errar é¢ humano. Facil é errar, porém o difi- cil é reconhecer o érro e aproveitar os ensinamentos decorrentes désse érro. O homem terreno, nao re- conhece seus érros, por conseguinte recebe e sofre as consequéncias de suas proprias culpas, na maioria das vezes propositais. Foi o que ponderou aquele estranho ser, is — Vejo que o senhor é franco no falar!... — Indubitavelmente, usamos da franquéza, nao so no falar, mas, nas agdes, Usar a franqueza é6 0. Tesmo que usar a Verdade e esta é o eterno e por- tentoso vefculo esclarecedor das humanidades. A verdade, ¢, uma fonte de aguas cristalinas, na qual, eternamente flutuara, o bem estar das huma-~ nidades! — Por isso é que lutamos? Objetei. — Viver é lutar, porém para os irracionais. Para © homem e seus semelhantes, j4 com elevado poder de raciocinio, a vida deixou de ser uma luta. Se o over. _— Mas como poderiamos viver sem lutar? Per- — & facil, respondeu o meu interlocutor. E, no deséjo de fornecer maiores explicacgdes s6~ Tomemos por exemplo a VIDA. A Vida em seu Janéta 6 um TODO dividido em milhares de peda-_ . Indistintamente, uns e outros estao impregnados le erica: justiga, bondade, compreensao, critério,. dade, etc... Nao obstante isso, existem peda. impregnados de maldade, dio, rebeldia, inveja, lestruigao, além dos que estao imbuidos dos senti mtos de dominio, perversidade, riqueza, etc.. itemente, todos ésses pedagos estao completa. e dispersos e misturados no turbilhao da Vida, lominando os que mais atendem ao imediatismo. s homens; isto é, os pedacos embebidos de destrui , dominio, riqueza, egoismo e outros. Continuando, asseverou: se os dirigentes do vos- orbe colocassem ésses “Pedagos da Vida” em seus ectivos lugares, formando uma sé VIDA, isto é Unindo-os; verificariam, ent&o, que os bons se fund: -Mentariam no CENTRO DA VIDA e os pedagos im- _Pregnados de maldade se localizariam na periferia, tin ie 42 ; A. ROSSI Posteriormente, com grande espanto constatariam — os “tais pedagos” convenientemente separados deixa- i tem de constituir o chamado “viver é lutar”, que ja se converteu em incontrastavel brocardo popular! O caso em si, encerra simples problema exigindo a reposigao dos encaixes “Pedagos da Vida” nos seus | devidos lugares, para que a transmutagao se processe lentamente e a humanidade terrestre passe a viver num, verdadeiro Eldorado Moral! —E, como poderiamos ajuntar ésses “Pedacos da Vida” para coloca-los em seus devidos lugares? — Isso, transcende de muito as possibilidade: atuais do homem, imantado aos interésse imediato: faz com que-sentimentos de expressdo inferior se so-— breponham a sua evolucéo moral! Ainda prosseguiu, dando-me a compreender mais ou menos 0 seguinte: Inicialmente, a pretendida mo-_ dificacdo basear-se-ia na instalacao de es os individuos de 6 aos 20 anos)»(O. de o dispendido na manuten¢ao de soberbos. Del tos bélicos deveria ser aplicado na difusdo do ensino ‘entre os povos. A sua pratica, com a caracteristica de entreteni- mento, conjugada com exercicios esportivos, de pre ! feréncia ao ar livre e sob salutar alimentac&o, deveria transparecer espontanea.

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