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CGA grupo 4 Conhecimentos Gerais de Aeronaves 41- CONCEITOS DE FISICA Velocidade: & a distancia percorrida por unidade de tempo. As unidades mais usadas séo: Km/h, mph e KT. Masse. & @ quantidade de matéria em um corpo. A massa é invaridvel. Por exemplo, um pacote de 1 kg continuard tendo a quantidade de 1 kg na Lua, onde a gravidade é menor que na Terra, Forga: & tudo que & capaz de produzir ou modificar 0 movimento. A unidade mais usada para medir forca é 0 kgf. Peso: & a forga da gravidade. O peso é varidvel. Por exemplo, o peso de uma pessoa aumenta nos pélos, devido a maior proximidade do centro da Terra. Trabalho. & 0 produto da forga pelo deslocamento. Por exemplo, um trator empurra uma pedra por uma distancia de 20 m, aplicando uma forca de 400 kgf. O trabalho feito é igual a 20 m . 400 kaf = 8000 kgf.m. Poténcia. & 0 trabalho produzido por unidade de tempo. Poténcia é igual a forca X velocidade. A poténcia é geralmente medida em HP. AceleracSo: & a variagSo da velocidade por unidade de tempo. Por exemplo, se um automével acelera de 0. 40 m/s em 10 seg, a aceleracdo 6 de 4 m/s’; ou seja, a velocidade aumenta de 4 m/s em cada seg. A aceleracdo é diretamente proporcional a forca e inversamente proporcional a massa. Aceleracgo ¢ igual a forca sobre massa. Inércia: & a tendéncia natural de um corpo Permanecer em repouso ou em movimento retilineo uniforme, Densidade: & a massa por unidade de volume. Por exemplo, a densidade da gasolina & igual a 0,72 kg por litro, porque a massa de um Comissario(a) de Véo litro de gasolina & igual a 0,72 kg. A densidade de um gas varia inversamente com o volume, Por exemplo, quando o volume é diminuido, a densidade aumenta. cMPRIMIDO Presséo. 6 a forga por unidade de drea. Pressio estética: 6 a exercida por um gés estitico, isto 6, parado. Pressio atmostérica: & a presséo exercida pelo ar sobre todas as coisas que esto dentro da atmosfera. Dentro de uma lémpada incandescente no hé ar. Por isto, quando o vidro € rachado, a lampada implode (explode para dentro), devido a presso atmosférica, pRessko Suosr nica Presséo dindmica. & a press produzida pela forga de impacto do vento. A presséo din&mica torna-se tanto maior quanto maiores forem a densidade e a velocidade do escoamento. Pg.1 CGA grupo 4 Vetor. & toda grandeza matematica que possui intensidade, direcéo e sentido. Forca, aceleracao, peso e outras grandezas podem ser representadas por vetores, MaNOMETRO Energia: & tudo aquilo que pode produzir trabalho. Os tipos mais comuns de energia séo: POTENCIAL GRAVITACIONAL: é a energia de um objeto colocado em local elevado. CINETICA: 6 a energia devido a inércia do corpo em movimento. DE PRESSAO: € a acumulada num fluido sobre pressio. Momento: & 0 agente causador de rotaco, também chamado torque. Velocidade relative. 6 a velocidade de um elemento em relago a outro. Vento relative. 6 0 vento aparente que sopra sobre um corpo em movimento, e que possui normalmente sentido contrario. ao do movimento. Se um avigo estiver subindo com um Angulo de 20°, 0 vento relativo estard descendo a 20°, com a mesma velocidade. ee Variacéio dos parametros _atmosféicos: os parametros atmosféricos séo a presséo, a densidade, a temperatura, etc. Aumentado a altitude, a pressio, densidade e a temperatura diminuem. A densidade depende ainda da umidade. Quanto mais tmido, menor é a densidade do ar. Atmosfera: & a camada de ar que circunda a Terra. E uma mistura de gases que contém Conhecimentos Gerais de Aeronaves aproximadamente 21% de oxigénio, 78% de nitrogénio e 1% de outros gases. Atmostera padréo. a atmosfera padrao mais conhecida & a ISA, que foi definida pela Organizacao de Aviacéo Civil Internacional, com sede em Montreal, no Canada. A sua definicéo é complexa, mas 6 suficiente conhecer os parmetros adotados para o nivel do mar: PRESSAO = 1013,25 hPa DENSIDADE = 1,225 kg/m? TEMPERATURA = 15°C 2.- AERONAVES Aeronave: qualquer veiculo que se eleva e se movimenta no ar, qualquer que seja o processo utilizado para obter sustentacdo. As aeronaves dividem-se em duas grandes classes, a saber: 1+ AEROSTATOS - mais leves que o ar. O aeréstato se eleva no ar segundo o principio de Arquimedes: “todo corpo mergulhado em um Auido, sofre um esforco de balxo para cima igual ao peso do volume do fluido deslocado”. Exemplo: um aeréstato pesando 500 quilos € deslocando um volume de ar de 800 quilos; este aerdstato se eleva sob um impulso de uma forga de: 800 - 500 = 300 quilos 0s aeréstatos so classificados em 2 grupos principais, quanto & sua capacidade de manobrar no ar: a) Baldes © balgo é um invélucro cheio de gas mais leve que 0 ar, podendo se elevar no espaco. O baléo no dispée de meios para se deslocar horizontalmente em relagio ao ar em que flutua € a sua capacidade ascensional depende do peso do volume do ar deslocado em relacio ao peso total do baldo. grupo dos bales é subdividide em: Bales livres - so aqueles que nao possuem ligago com a superficie terrestre depois que se elevam ao ar. Geralmente possuem formato esférico e flutuam no ar levado pelos ventos. Bales cativos - séo aqueles que se elevam a0 ar sempre presos por cabos que impedem a Comissario(a) de Véo Pg.2 CGA grupo 4 Conhecimentos Gerais de Aeronaves que sejam levados pelo vento. Sio geralmente construldos de forma a possuirem grande capacidade ascensional e sua forma é geralmente alongada para evitar rotacdo e toro No cabo que o prende a Terra, Foram muito usados no inicio da 2® Guerra Mundial, sustentando redes metalicas nas costas da Gré- Bretanha, fim de evitarem as incursdes de avides inimigos. b) Dirigiveis 0 dirigivel € um aerostato dotado de propulséo (geralmente motores a hélice), para se deslocar no ar, além de possuir superficies de comando de véo que proporcionam dirigibilidade. grupo de dirigiveis é subdividido em: Dirigiveis rigidos - construidos com estruturas rigidas, mantém o seu formato qualquer que seja a presto do gés contido nos bolsdes do interior da estrutura, Dirigiveis néo rigidos - nestes dirigiveis, a forma é mantida unicamente pelo prdprio invélucro da bolsa de gés. © aerodino em que a sustentacdo é obtida através de batimento de superficies, numa tentativa de imitar 0 v6o das aves. Nunca teve aplicagio pratica. b) Helicéptero ‘Aeronave cuja sustentaco e transiacao em todas as direcdes, se deve a aco de um ou mais pianos de sustentago rotativos de grande diametro, acionados por motores. ©) Avido E 0 tipo empregado em maior escala. Possui um sistema propulsor (motores com hilices, turbinas ou outro qualquer), que forca o deslocamento de superficies. em —angulo conveniente em relagdo ao ar, proporcionando sustentago ao avigo. 2- AERODINOS aeronaves mais pesadas que © ar. Séo geralmente classificados em varios ‘grupos, conforme 0 processo utilizado para sustentaco e deslocamento no ar. © aerodino obtém a forca necesséria para compensar a ago da gravidade através do movimento de superficies aerodindmicas em relacdo ao ar, © grupo de aerodino é subdividido em: a) Ornitéptero 4) Planador Sua sustentagdo € obtida como no avido, porém, sem possuir meios de propulséo préprios, sendo necessario, primeiramente, elevé-lo ao ar por um processo qualquer (reboque por outro avido ou por um vefculo em terra ao qual esta preso por meio de um cabo); depois que atinge certa altura, 0 cabo & solto e 0 piloto deverd aproveitar as correntes de ar para permanecer em v6o. Sua sustentacao é obtida com sacrificio de altura, devido a necessidade de voar com declividade para obter velocidade e sustentacao. Comissario(a) de V6o Pg.3 CGA grupo 4 3- AVIOES Os avides podem ser clasificados de diversas maneiras: 3.1 - Quanto ao nimero de asas Os avides dotados de apenas um plano de asa so chamados monoplanos; os que possuem dois planos, s&o os biplanos; os que tém trés planos de asa, triplanos; e os de mais de trés Planos, séo chamados de multiplanos. 3.2 - Quanto a posicéo da asa relativa & fuselagem ASA BAIXA - aquela que esti localizada na parte inferior da fuselagem. ASA MEDIA - & a que se situa na altura da metade da fuselagem. ASA ALTA - aquela que se situa na parte superior da fuselagem, ‘ASA PARASSOL - aquela que fica situada acima da fuselagem, porém separada por montantes, ‘ou uma estrutura chamada cabana. Asa paressol 3.3 - Quanto a fixagao na fuselagem CANTILEVER - & a asa que é fixada a fuselagem através de porcas e parafusos, sem auxilio de montantes ou estais. o vr™ SEMI-CANTILEVER - é a asa que é presa a fuselagem por porcas e parafusos, auxiliados por montantes e estais. 3.4 Quanto ao ntimero de motores Os convencionais so classificados em: MONOMOTORES (um motor) BIMOTORES (dois motores) TRIMOTORES (trés motores) QUADRIMOTORES (quatro motores) MULTIMOTORES (mais de quatro motores) —_—_—_— Comissario(a) de Vé6o Pg.4 CGA grupo 4 Conhecimentos Gerais de Aeronaves Os motores a jato, so classificados e MONOREATOR (um reator) BIREATORES (dois reatores) TRIREATORES (trés reatores) QUADRIREATORES (quatro reatores) 3.5 - Quanto a posicéo das rodas do trem de ‘pouso CONVENCIONAL Dotado de trem principal (rodas colocadas sob as asas) e uma roda auxliar, chamada de bequilha, colocada na extremidade traseira do avigo. TRICICLO Dotado de trem principal, porém a roda auxiliar é colocada a frente do trem de pouso principal, na regio inferior do nariz do avidio. 3.6 - Quanto a retragio do trem de pouso FIXO Nesta configuracio, o trem de pouso permanece na mesma posicéo, tanto em terra com em vio. RETRATIL Este tipo de trem de pouso é recolhido em véo; porém, a parte da roda que toca o solo durante a rolagem fica descoberta. ESCAMOTEAVEL Neste tipo, o trem de pouso é totalmente recolhido, nao oferecendo resisténcia ao avango devido ser totalmente carenado. 37 - Quanto a superficie utilzada para pouso/decolagem LITOPLANOS Sao avides dotados de rodas, e que sé podem decolar e pousar em terra, Comissario(a) de Véo Pg.5 CGA grupo 4 Conhecimentos Gerais de Aeronaves sw S_ AQUATICO OU HIDROPLANO Avides especialmente construidos para Pousarem na gua, havendo dois tipos principais, conforme o sistema de flutuac3o empregado: 1- Aerobotes: So aqueles em que a propria fuselagem & estanque e de forma adequada para pouso e flutuacdo na agua, 2- Hidroavigo E aquele que emprega flutuadores presos a fuselagem e asas, para pouso e flutuagao na dgua. ANFIBIOS S80 05 avides que podem pousar tanto na terra como na agua, por possufrem rodas e fuselagens em forma de casco estanque. 3.8 - Quanto ao tipo de motor CONVENCIONAL, TURBOELICE JATO 3.9 - Quanto a0 nimero de lugares MONOPLACE BIPLACE TRIPLACE MULTIPLACE 4- NOMENCLATURA DO AVIAO Sob 0 ponto de vista estrutural, geralmente 0 avido € dividido em cinco partes principais: ASA FUSELAGEM EMPENAGEM ‘TREM DE POUSO MOTORES 4.1- ASAS As asas dao a sustentacao necesséria ao véo do avio. Dependendo de sua drea, a sustentacZo poder ser maior ou menor. Estrutura A asa 6 um elemento que, a primeira vista, parece ser construgao macica. Na realidade, a asa tem uma estrutura interna representada por varias partes. Os elementos componentes da estrutura interna da asa podem ser classificados da sequinte maneira: a) Longarinas As partes principals da estrutura interna de uma asa séo chamadas longarinas. Elas exercem a fungéo de uma construcdo. Séo ligadas a fuselagem através de ferragens e estendem-se através de toda a asa. Apresentam-se em varios formatos, e sua constructio pode ser feita em madeira ou figas metilicas, sendo que as aeronaves modernas empregam 0 tipo metalico. b) Nervuras Se observarmos uma asa com bastante atenclo, verificase que ela possui uma espessura e formato bastante peculiar. Esse formato é determinado internamente pelos elementos componentes da estrutura total da asa. Tais elementos so conhecidos por nervuras. ‘Os desenhos dos formatos das nervuras so previamente estabelecidos pelos engenheiros zeronduticos, S80 as nervuras que determinam o limite frontal e posterior da asa, isto é, elas marcam o Comissario(a) de V6o Pg.6 CGA grupo 4 Conhecimentos Gerais de Aeronaves bordo de ataque e de fuga, e dio 0 formato ao 2erofélio (asa). Revestimento Quanto ao material empregado, 0 revestimento pode ser de: a) tela Revestimento feito com _algoddo mercenizado, cuja impermeabilizagdo ¢ obtida através da aplicacio de um verniz (dope) que também aumenta a resisténcia do tecido. b) madeira contraplacada Consiste na aplicaco de placas de madeira a estrutura da asa através de colagem.Esse tipo de revestimento é pouco usado atualmente. O revestimento também necesita da aplicacgo de dope. ©) chapas de aluminio Sua fixago & estrutura da asa é feita através de rebites. Nao necesita aplicaco de vernizes ou tintas, embora possa ser pintado. € 0 tipo mais empregado e também o mais resistente que existe. Observacties Revestimento trabalhante: ¢ 0 tipo de revestimento que contribui para aumentar a resisténcia estrutural da asa, Ex: chapas de aluminio, Revestimento nio trabalhante: é 0 tipo de revestimento que nao contribui na resisténcia estrutural da asa, Ex: tela, Montantes externos: alguns tipos_ de aeronaves apresentam externamente suportes onde as asas se apdiam. Estes suportes séo Comissario(a) de V6o chamados montantes. A sua fungdo é tomar a asa mais resistente. 4.2 - FUSELAGEM A fuselagem & a parte do aviéo que se destina a carga util (tripulagio, passageiros, carga) e que se une as asas e a empenagem. Estrutura da fuselagem Existem varios tipos de estruturas bésicas de fuselagem, dentre as quais podemos citar as seguintes: a) tubular Constituida por tubos de aco de dimensdes veridveis e distribuidos de maneiras diversas. b) monocoque Na estrutura monocoque, toda sua representagéo, assim como toda a sua resisténcia, & — estabelecida nica e exclusivamente pelo proprio revestimento, Sua utilizagéo é limitada aos pequenos avides. cavenna revVestiNENTo. ©) semi-monocoque Neste tipo de estrutura, a resisténcia de todo © conjunto & atribuida parte ao proprio revestimento e parte as longarinas secundarias. Na estrutura semi-monocoque, encontramos certos elementos, denominados —_anéis formadores, que tém a funcao de demarcar o formato seccional da fuselagem, além de participarem da resisténcia total da estrutura, Este tipo de estrutura é mais usada em avides de transporte. Pg.7 ou Reroncabones: 4.3 ~ EMPENAGEM ‘A empenagem é um conjunto de superficies verticals horizontais, localizadas na parte Posterior da fuselagem. Essas superficies sao determinadas pelos estabilizadores vertical horizontal, e pelos lemes de direcdo profundidade, 4.4 - TREM DE POUSO trem de pouso tem por finalidade servir como érgao de pouso, amortecimento do choque e deslocamento da aeronave no solo. © trem de pouso pode ser de tras 3 tipos: a) fixo Quando 0 trem de pouso permanece na mesma posi¢éo, tanto em véo como no solo, b) retrétil Quando o trem de pouso é recolhido parcialmente. ©) escamotedivel Quando 0 trem de pouso & recolhido totalmente, sem oferecer nenhuma resisténcia ao avango, sendo este tipo de trem de pouso 0 mals usado. 4.5~- MOTOR Motor & um conjunto de érgéos fixos e médveis, que se destinam a transformar energia térmica, produzida pela queima da mistura ar/combustivel, em trabalho. Conhecimentos Gerais de Aeronaves s tipos de motores empregados no aviso para deslocé-lo, so em nimero de trs, a saber: Convencional: é 0 motor a pist&o dotado de hélice para_promover o deslocamento do avilo. Jato: é 0 motor acionado por turbinas; 0 deslocamento da aeronave € devido ao empuxo gerado pelas turbinas. Turboélice: motor acionado por turbina, porém o deslocamento da aeronave é devido tragio de hélice. Ao utilizar-se uma aeronave que opera por meios préprios, mais pesada que o ar, necessitamos de um sistema que nos forneca propulsSo ou tracdo em quantidades adequadas 20 véo. Com esta finalidade, desenvolveram-se certos tipos de motores a combustéo. interna, que transformam a energia térmica do combustivel em trabalho mecénico, os quais em aviacio dividem-se em dois grupos: MOTORES CONVENCIONAIS (A PISTAO) E MOTORES A REACAO, Alguns avides, dependendo de sua utilizagéo € da capacidade de seus reatores, podem atingir elevadas velocidades. Comparando com a velocidade do som podemos classificé-los em: a) subsénicos Avides que voem a velocidades inferiores a 0,85 Mach. b) transénicos Avides que atinjam velocidades de 0,85 a 1,15 Mach. ) supersénicos Avides que atinjam velocidades superiores a 1,15 Mach, Ndmero Mach - é a relagéo formada entre a velocidade do avido e a velocidade do som, a0 nivel do mar, equivalente a 1220 km/h ou 660 nés, Motores convencionais a pistéo (quatro tempos) E um tipo de motor de combust interna, que através de um agrupamento de pegas tais como, clindro, pistéo, biela, anéis de segmento, virabrequim, eixo de comando de vélvulas, valvulas, sistema de lubrificagdo, sistema de alimentagio, carburador, etc, transformam a energia térmica do combustivel em trabalho mecénico. _,S Comissario(a) de Véo Pg.8 CGA grupo 4 Conhecimentos Gerais de Aeronaves 2° tempo compressao ‘1° tempo admissio ‘3° tempo motor 1° tempo - admissao Tempo em que 2 mistura ar + combustivel admitida no cilindro através da abertura da valvula de admisso, 2° tempo ~ compressao Tempo em que 2 mistura ar + combustivel é comprimida no cilindro pelo pisto. 3° tempo - motor Tempo em que ocorre uma centelha elétrica no interior da cdmara de combustéo, 0 que ocasiona a queima do combustivel aumentando a temperatura e fazendo com que a presso dos gases aumenta empurrando o pistéo para baixo gerando trabalho mecénico. 4° tempo — escapamento Tempo em que os gases queimados oriundos da queima do combustivel, gasolina ou alcool, séo liberados pela abertura da valvula de escapamento. Motores a reagéo (reatores) Comissario(a) de Vé6o So motores que —_baseiam —_seu funcionamento na terceira lei de Newton: agéo e reacio. S80 basicamente constituidos de trés pecas principais: COMPRESSOR, CAMARAS DE COMBUSTAO E TURBINAS. © compressor tem a finalidade de comprimir a massa de ar externa e envié-la as cmaras de aumento de temperatura e a conseqiiente expansio da massa de ar admitida, que é entéo soprada sobre os discos de turbina, a qual produz rotag3o para o sistema, mantendo seu ciclo de funcionamento. Partindo deste principio de funcionamento utilizamos em aviagdo alguns tipos de reatores: a) turbo jato Motor a reacéo compost basicamente de compressor, cAmaras de combustio e turbina , onde a totalidade da tracio é conseguida pelos gases de escapamento. b) Turbo fan E composto por um grande ventilador fan frontal, 0 qual produz tracdo com uma hélice (até 75%), acoplado a um motor tipo turbo jato. Sua eficiéncia € comprovada pols se soma a trag3o do fan com a propulsio do jato, deslocando imensas quantidades de ar, 0 que aumenta a poténcia do motor e diminui o seu consumo. Nos motores turbo jato e turbo fan, utliza- se nos pousos, um recurso conhecido como reversor de gases. Tal dispositivo consiste de um conjunto de superficies méveis, comandada pelo piloto, que tem a funco de direcionar 0 jato de gases que causa propulséo para frente, auxiliando assim a frenagem da aeronave. ©) turbodlice E um motor que utiliza uma hélice acoplada por um sistema de reducio de rotagdes 2 um Pg.9 CGA grupo 4 turbo jato, onde a trago & conseguida quase que exclusivamente pela hélice (90 a 95%). Hélice E um tipo de asa utilizada por certos tipos de motores para produzirem tragdo ou propulséo by ti-pg através de sua rotagéo. Séo instaladas no elxo Hélices que possuem trés pas. do motor e ao executarem uma volta completa, avancam no espago percorrendo uma distancia denominada “passo da hélice”. ©) quadrips Hélices que possuem quatro pas. Podem ser: Peer a) propulsoras ‘So hélices instaladas na parte posterior des aeronaves. passo da hélice poderd ser: a) passo trator (passo de tracdo) Quando 0 angulo de ataque do aerofélio é positivo em relacao ao vento relative originado pela rotacdo da hélice, causando tracdo posi b) tratoras So hélices instaladas na parte frontal das aeronaves. Classificam-se ainda quanto ao numero de pas: a) bipé Hélices que possuem somente duas pas, b) passo reverso Quando 0 angulo do aerofélio & negativo em relagao ao vento relativo originado pela rotagio da hélice, causando trag3o negativa, atuando Comissario(a) de Véo Pg. 10 CGA grupo 4 Conhecimentos Gerais de Aeronaves como freio aerodinémico e ajudando na frenagem da aeronave no pouso. ©) passo bandeira Quando 0 Zngulo de ataque do aerofélio é nulo, em relago ao vento relativo produzido pelo destocamento da aeronave. E utilizado em condigées de emergéncia (pane de motor), para diminuir 0 arrasto gerado pela hélice parada. 5 - EIXOS E MOVIMENTOS © avigo possui trés eixos imaginérios para fazer seus movimentos: - lateral (ou transversal) = longitudinal + vertical Eixo lateral ou transversal Eixo lateral € 0 que vai de uma ponta oulra da asa, passando pelo centro de gravidade do avio. Em torno dele é que so feitos os movimentos de cabrar e picar. Eixo longitudinal Exo longitudinal é uma finha imaginéria que se estende através do centro de gravidade. A inclinagao é feita em torno do eixo longitudinal. Eixo vertical Eixo vertical é uma linha imaginéria que passa pelo centro de _—_gravidade, erpendicularmente aos outros eixos, E em tomo deste eixo que so executados os movimentos de guinada. 5.1 ~ SUPERFICIES PRIMARIAS DE CONTROLE DE v6o 20 | movimento | SUPETICE. | controle veel | gurace | fered | pan longitudinal Pea aileron | "anche lateral [Picareabrar ont ae Comissario(a) de Véo Pg. 11 CGA grupo 4 Leme DEFLeTIDO. ‘oaviio ana Couns) 5.2 SUPERFICIES SECUNDARAS DE CONTROLE Compensadores - so superficies secundérias localizadas no bordo de fuga de uma superficie primaria e que servem para tirar pequenas tendéncias do v6o e diminuir os esforcos nos comandos de véo. EQUILIORADORES + COMBENSADORES 5.3 -DISPOSITIVOS HIPERSUSTENTADORES a) flapes S80 hipersustentadores que tem como funcio primaria aumentar a sustentaco e como funcio secundaria a de atuar como freio zerodindmico. Com a diminuicdo da velocidade e © aumento da sustentacgo, possibilita pousos e decolagens em pistas de menor comprimento, Tipos: Simples ~ aumenta a L Ventral — aumenta a L Fowler — aumenta a L e a area da asa Com fenda — aumenta aL Comissario(a) de Véo Conhecimentos Gerais de Aeronaves Flap simples Flap ventrot _—. _— —_._ _— ‘Flap com fenda Flap tipo “towitr” b) slots S30 fendas que ficam localizadas préximas a0 bordo de ataque da asa e permitem maiores Angulos de ataque e menor velocidade de estol. ‘So usados em avides de baixa velocidade, [i . f SLOT SEM SLOT Angulo eritico pequeno VENTO COM stor Angulo orftico grande VENTO. 5.4 “SPOILERS So placas dispostas no extradorso da asa, cuja finalidade priméria é destruir a sustentacéo € a finalidade secundaria e a de atuar como freio aerodinamico. Pg.12 CGA grupo 4 6 - SISTEMAS DIVERSOS Quanto maior e mais sofisticada for uma aeronave, maiores seréo os problemas para mantermos a confiabilidade e seguranca de um ‘60, Para isto, lancamos mao de varios sistemas, que funcionando em conjunto ou isoladamente, oferecero tais requisitos. Dentre os varios sistemas que dispomos, analisaremos alguns dos principais e mais importantes, 6.1 - SISTEMA PNEUMATICO O sistema pneumatico é o responsével_pela manipulacdo de quantidades de ar comprimido, ‘obtido em geral com a sangria dos estagios de compressio dos rotores. Este ar comprimido alimentaré 0 sistema de pressurizaco € ar condicionado, responsdveis pelo suporte de vida em grandes altitudes e pela manutencéio de ‘temperatura em niveis de conforto satisfatérios. 6.2 - SISTEMA HIDRAULICO O sistema hidraulico instalado em algumas aeronaves tem a finalidade de transportar trabalhos mecénicos e amplificar forcas utilizadas por outros sistemas. O funcionamento deste sistema baseia-se no principio de Pascal, onde so utilizados fluidos (6leo) _hidraulicos movimentados por bombas hidrdulicas dentro de um circuito fechado, controlado por valvulas e atuadores responsaveis pelo seu funcionamento. ‘Sua utilizacgo é essencial para o funcionamento dos sistemas de controle de véo, trem de pouso, flaps, slats, spoilers, etc, 7 - PRINCIPIOS DA AERODINAMICA Para compreender 0 véo dos avides € necessério que se conheca alguns principios bésicos de uma —ciéncia_—chamada AERODINAMICA, que como 0 préprio nome nos Conhecimentos Gerais de Aeronaves diz, estuda 0 movimento e a agdo dos fluidos sobre 0s corpos. Foi um suico que viveu por volta de 1750, chamado Deniel Bernoulli, que estabeleceu uma das primeiras leis da aerodinamica. Teorema de Bernouilli: “Quanto maior a velocidade de escoamento de um fluido, menor sera a pressdo exercida por esse fluido, e vice- versa”. Logo apés, Giovanni Venturi construiu um ‘tubo especial para demonstrar essa lei, que foi conhecido como “tubo de Venturi”, ‘we0 9F VeNtUnt dato de dua s fiuidos, mesmo quando livres, pode Os fluidos, mesmo quando livres, podem ‘comportar-se como em um tubo imaginario. yup Rei (pana ia © escoamento de um fluido também pode dar-se de maneira laminar ou turbilhonada, co turbithonade |_—__—— laminar Comissario(a) de Véo Pg.13, CGA grupo 4 Conhecimentos Gerais de Aeronaves a Quando uma superficie qualquer em movimento num fluido produz —_reagdes aerodinamicas Gteis (por exemplo, sustentacio) esta superficie se chamaré AEROFOLIO. A asa de um aviio & um aerofélio e utiliza estas leis simples para funcionar. Veja as figuras e siga 0 raciocinio: Na figura A as duas laminas formam um tubo de Venturi. Na figura B, embora afastadas, as duas laminas ainda formam um tubo de Venturi, porém os filetes centrais néo se desviam. Na figura € ainda existe um tubo de Venturi; a parte inferior é formada pela lamina e a parte superior pelos proprios filetes que néo se desviam. Neste caso, ainda haverd a reducSo de pressdo na parte superior da lamina em virtude do aumento da velocidade de escoamento. E como se pode ver, esta lamina da figura C nada mais é que 0 escoamento na parte superior de um aerofélio ou asa. Re <= a= A ‘tl B Sa LL ‘Num véo normal, o ar escoa pela asa com mais velocidade no extradorso (parte de cima) do que no intradorso (parte de baixo), devido & curvatura mais acentuada no extradorso. Portanto, a presséo estatica no extradorso é menor do que no intradorso, o que faz surgir uma forca resultante para cima e para tras da asa. Esta forca chama-se RESULTANTE AERODINAMICA, € passa por ponto chamado centro aerodindmica ou centro de press&o (CP). Além disso, 0 ar, ao chocar-se com a parte inferior da asa, sofre um desvio para baixo e para trés. Este impacto e desvio fazem com que © ar perca velocidade e consequentemente aumente a pressdo na parte inferior da asa, empurrando-a para cima. NE SULTANTE, AERODINLMICA === Antes de prosseguir, vejamos os diversos elementos de um aerofélio: Como j4 vimos, a parte superior de um aerofélio chama-se extradorso, e a inferior intradorso. A parte dianteira da asa chama-se bordo de ataque , @ a traseira, por onde o ar escoa, chama-se bordo de fuga. Uma linha eqliidistante do extradorso e do intradorso, que vai do bordo de ataque ao bordo de fuga, chama-se curvatura média da asa, Normalmente, quanto maior a curvatura média de uma asa, maior é a sustentaggo. Uma linha reta que une 0 bordo de ataque a0 bordo de fuga chama-se corda. Uma linha reta que vai do nariz até a cauda do aviao chama-se eixo longitudinal, Normalmente, os avides so construfdos de maneira que ocorra um Angulo entre as cordas dos aerofétios e 0 eixo longitudinal, Este ngulo chama-se ngulo de incidéncia, Eixo longitudinal Angulo de incidéncia Se voce andar de carro num dia completamente sem vento, e colocar o brago para fora, verificaré a existéncia de um vento em sentido contrério ao do deslocamento do automdvel, Este vento chama-se vento relativo, Comissario(a) de Véo Pg. 14 CGA grupo 4 € ocorre sempre que um objeto desloca-se pelo ar, Este vento tera sempre sentido contrério 20 desiocamento e a mesma velocidade. © Angulo formado entre a corda de um aerofilio e 0 vento relativo chama-se angulo de ataque. Quando um corpo se desloca através do ar, também aparece uma forca que se chama resisténcia ao avanco. Dependendo do formato deste corpo, a resisténcia sera maior ou menor. Quando um corpo produz muito pouca resisténda 20 avanco, podemos dizer que ele possui uma superficie aerodindmica, mas Jembre-se que isto néo quer dizer que ele seja um aerofélio, pois sé poderfamos chamé-lo assim se ele produzisse reacées titeis. Se decompuser a resultante aerodinamica em dois vetores, obteremos um componente lar ao deslocamento da asa chamado sustentaco (lift) e um componente paralelo a esta trajetiria, chamado resisténca ao avango ou arrasto (drag). ona ~~ horlzcnte 8 - FORCAS QUE ATUAM SOBRE 0 AVIAO ‘As quatro forgas que atuam sobre o avidio e 0s pontos onde elas se aplicam so as seguintes: Comissario(a) de Véo Conhecimentos Gerais de Aeronaves L peace 1 Ww peso (weight). centro de gravidade (CG) sustentago (lift) rentro de presséo(CP) tragio (thrust), .centro de traco arrasto (drag).....centro de resisténcia ao avango Do equilibrio entre estas forcas resultard o movimento do avigo; se a traco for maior que 0 arrasto, 0 avido avancaré; se a sustentacSo for maior que 0 peso, 0 avido subird e vice-versa. Para que o véo seja nivelado e horizontal, a sustentacgo tera de ser exatamente igual 20 peso e a tragao igual ao arrasto. Também, se aumentarmos a tragdo, aumentaremos a velocidade e isto fara aumentar a sustentaco e o avido sobe. Existem ainda outras forcas que atuam sobre 0 aviio, nfo tio importantes, mas considerdveis. Arrasto induzide. Sabernos que quando 0 ar escoa numa asa, a pressao é maior no intradorso do que no extradorso. Como resultado, o ar tende a escapar do intradorso para o extradorso pelas pontas das asas, formando um turbilhonamento em espiral chamado arrasto induzido, Os jatos de Ultima geragio, como o MD-11 e 747-400, possuem aletas nas pontas das asas_para diminuir este efeito chamadas WINGLETS. Arrasto parasite: E 0 arrasto de todas as partes da aeronave que nao produzem sustentacao (trens de pouso fixos, manetes das portas, etc). Pg.15 CGA grupo 4 Ffeito sole: Todo 0 avigo na decolagem e principalmente no pouso, sofre influéncia de um colcho de ar comprimido abaixo de suas asas, causado pela alta presstio no intradorso e, principalmente, pelo “vortex” de ponta de asa (arrasto induzido). Este efeito faz-se sentir a partir de metade da envergadura do avigo. Ex: Se 0 aviéo tem 30 metros de envergadura, sentir-se-8 0 efeito solo de 15 metros para baixo. As vezes, este efeito dificulta um pouco 0 pouso, pois se tem a impressdo de que o avidio “insiste” em flutuar sobre a pista. 9 - ESTABILIDADE DA AERONAVE E preciso que um aviéio tenha, em todas as situagbes, condicées de um véo estavel e seguro, Turbuléncias, falha de motor, decolagem e Pouso so situagdes de vo com caracteristicas diferentes e que exigem que o avido tenha, por si sé, uma boa dose de estabilidade e resposta @0s comandos, Por outro lado, um avido excessivamente estavel no —_responderé eficientemente aos comandos. A posicgo do centro de gravidade (CG) é bastante importante No jogo de forgas que atuam no véo. Existem trés tipos de equilibrio possiveis. Um avido afastado da condicdo de equilforio Pode comportar-se de trés maneiras diferentes: Estavel: O avido tende a retornar ao equilibrio. Instavel: O avido tende a afastar-se cada vez mais do equilibrio. Indiferente: © avido ficaré na nova posicio. © termo estaticamente indica apenas uma tendéncia. Por exemplo, um avido estaticamente estavel tende a voltar a0 equilibrio mas isso néo garante que 0 aviéo realmente voltaré e permanecerd no equilibrio. Conhecimentos Gerais de Aeronaves ye A-Estavel B— Instavel C- Indiferente “sf Rajada de vento Devemos também analisar 2 maneira como ele volta (ou tenta voltar) a0 equilforio, ou seja, © seu comportamento dinamico, Isto pode ocorrer de trés maneiras iferentes: et. Avido dinamicamente estdvel: volta ao equilibrio e logo se estabiliza com uma ou mais oscilacies, Avigo dinamicamente instavel: tenta voltar ao equilfbrio, mas no consegue, porque as oscilagdes aumentam cada vez mais. Avido dinamicamente indiferente: tenta voltar ao equilfbrio, mas no consegue, porque as oscilages continuam indefinidamente. A~ Estavel B- Instavel C- Indiferente Existem garantem a estabilidade em torno dos trés planos (cixos) de movimento: A. estabilidade lateral 6 garantida por recursos de construgo que angulos das asas chamados diedro e enflechamento e também pela empenagem do avido. —— Diedro A estabilidade direcional é garantida pelo enflechamento, pela distribuicdo do peso e pela empenagem. —_—. Comissario(a) de Véo Pg. 16 CGA grupo 4 E 0 &ngulo formado entre o eixo transversal € a linha do bordo de ataque. Pode ser positivo ou negativo, Tem a finalidade de manter a estabilidade lateral, com ventos laterais, e melhorar 0 desempenho dos avides em altas velocidades. Quando um avido de asas enfiechadas sofre um desvio lateral, um dos setores da asa fica mais exposto ao vento relativo que o outro; surgem entéo forgas de guinada que podem equilibrar ou desequilibrar 0 avigo, conforme o tipo de enflechamento. w. Positivo © fator carga (G) é a relagio existente entre a sustentacio produzida (L) e 0 peso do avio (W). S80 ‘esforgos que uma aeronave sofre durante 0 vo, devido a manobras, turbuléncia, etc, Num véo nivelado e sem turbuléncia, o fator carga ¢ igual a 1. Numa cabrada, ser superior a 1, e, numa picada, menor que 1, podendo inclusive chegar a zero. ou valores negatives, provocando a sensagio de auséncia de gravidade. Negative Os fatores de carga elevados podem ser causados principalmente por: OO EM CURVA MANOBRAS BRUSCAS RAJADAS DE VENTO RECUPERAGOES DE ATITUDES ANORMAIS Comissario(a) de Véo Conhecimentos Gerais de Aeronaves Todos os avides séo construfdos de modo a resistirem a grandes fatores de carga, porém, existem limitagées de manobras, principalmente para avides de uso comercial. a) fator de carga em curva ‘Antes de estudarmos 0 véo em curva, ‘observemos a figura que representa uma bola de chumbo pendurada por um cabo fazendo um movimento circular. Existem duas forcas atuando sobre a bola: peso da bola A tracao do cabo © mecanismo de curva de uma aeronave idéntico, porém nfo existe nenhum cabo, o piloto deve conseguir uma forga que substitua a tragdo que era produzida pelo cabo. Isto é conseguido inclinando-se as asas e aumentando-se 0 Angulo de ataque, a fim de produzir maior sustentacao. Alids, a forca de sustentacdo em curva deve ser maior do que o peso da aeronave. Por esta razéo, 0 fator carga numa curva sera sempre maior que 1 (ou 1G). Quanto maior a inclinagéo da curva, maior é 0 fator carga. Assim, numa curva de 60° de inclinacéo o fator carga serd igual a 2G. Pg. 17 CGA grupo 4 10- PESO E BALANCEAMENTO Princhpio da balance. O efeito do peso sobre uma balanca depende do valor aplicado sobre a mesma a da distancia (brago) do peso ao ponto de apoio da balanca. Braco. € a distancia em linha reta que vai do Ponto de apoio até 0 ponto de aplicacgo da forca ou peso. Momento; E 0 resultado da multiplicagio do valor do peso aplicado pela distncia ao ponto de apoio (brago) . M=FxD. Equilibrio: Quando 0s momentos forem iguais, a balanca estaré em equilibrio, no havendo nenhuma tendéncia de deslocamento nem para um lado, nem para 0 outro, Desequiliorio: Quando os momentos forem diferentes, a balanca estaré em desequilibrio, tendendo a inclinar-se no sentido do maior momento. A 8 20 * ee [20 ko. ZS [over MOMENTO A: 20kg x 3,00m= 60 kgm MOMENTO B: 40kgx 1,50m= 60kom Balanceamento. E a distribuiclo correta de Passageiros e carga no interior do aviio, de modo que nao ultrapasse os limites estabelecidos pelo fabricante. Consiste na pesagem e distribuicéo correta dos pesos em relagao @ CMA (corda média aerodinamica), Podemos agora pensar no avido e estudar 0 Seu equilibrio como se fosse uma balanca. Alids, um bom balanceamento é indispensdvel para a seguranca e bom desempenho de um aviso em vio. © ponto de apoio a que nos referimos é um Ponto na asa onde se encontra a resultante das forgas que atuam de baixo para cima e que Conhecimentos Gerais de Aeronaves mantém 0 avigo no ar (é 0 centro de pressio - CP, onde se aplica a resultante aerodinamica - RA). Em termos de balanceamento, néo é absolutamente necessério que um avido esteja perfeitamente equilibrado. © aviio pode estar desequilibrado, desde que respeitados certos limites. © peso e balanceamento de um avio é feito levando-se em consideragio 0 seu eixo longitudinal. Centro de gravidade: & 0 ponto do avio que permite a sua suspensio em perfeito equilibrio, ou ainda, 0 ponto em torno do qual atua a resultante de todas as forcas que atuam no Umites do CG: Sao os limites em porcentagem (%) da corda média aerodinamica (CMA) entre 05 quais © CG pode variar sem prejulzo para o equilfbrio do avigo em véo. Limite do C.G. © CG varia levemente em véo com o deslocamento de pessoas a bordo, Linha datum € uma tinha de referncia imagindria de onde so contadas as estagies do avido, a LD pode ficar situada em qualquer parte na fuselagem ou em relacéo a ela. Depois de balanceado 0 avido, a LD passa para o CG e os momentos passam a ser contados como positivos ou negatives, ee— Comissario(a) de Véo Pg. 18 CGA grupo 4 Estagées: So distancias horizontais do avido contadas a partir da LD. DETERMINAGKO DO CG OU DA ESTACKO DO CG: Para determinar o CG ou estagéo onde esta situado, somam-se os momentos das cargas ou dos pesos e divide-se esta soma pela soma dos pesos. CGouSTAdoCG = soma dos momentos ssoma dos pesos Se 0 CG ficar entre os limites na corda média aerodinamica (CMA) estabelecidas pelo fabricante, e 0 momento do nariz for igual 20 momento da cauda , 0 avidio estaré balanceado, PESOS INTERESSANTES A CONSIDERAR Peso méximo zero combustlvet & o peso maximo de uma aeronave totalmente carregada, porém, sem combustivel. Peso méximo de decolagenr. & 0 peso méximo estrutural de decolagem, limitado _pelas condiges da pista, tais como resisténcia do piso e 2 influéncia dos fatores meteoroldgicos como vento, temperatura do ar e press&o. Peso méximo de pouso: 6 0 peso maximo estrutural de pouso e geralmente é menor do que 0 peso maximo de decolagern. 11 - TEORIA DE VOO DE ALTA VELOCIDADE © vOo das _aeronaves de alta velocidade & afetado pelo aparecimento de diversos fenémenos que no ocorrem em véos de baixa velocidade, sendo caracteristicas das modernas aeronaves executivas € comercials a jato. Durante um véo de baixe velocidade, 0 aviso desloca as particulas de ar situadas mais & frente. Esta camada de ar, por sua vez, desloca as particulas de ar situadas mais & frente. Essa onda de impulsos em cadela propaga-se sob forma de ondas de press. esféricas, na velocidade do som (aproximadamente 340 m/s ou 1220 km/h ao nivel do mar, variando com a temperatura), Comissario(a) de Véo Conhecimentos Gerais de Aeronaves velozes € cstandamese do azo. We) iow, mas estas sé0_ mals annie Gracas a essa onda de impulsos, 0 ar atmosférico situado muito & frente do aviéo desloca-se antecipadamente, preparando-se para dar passagem. O escoamento de ar é, portanto, ‘suave e gera pequeno arrasto. Quando o avio voa na mesma velocidade do som, as ondas de presséo no conseguem afastar-se do aviéo a tempo, pois este é tio veloz quanto aquelas. Em conseqiiéncia , as ondas de pressdo ficam acumuladas no nariz do aviio, formando uma fina parede de ar comprimido que gera grande arrasto, chamada ONDA DE CHOQUE, SB) ) | ‘Zona de silécio| ‘Zona de perturbarso / facil compreender que , na velocidade do som, as camadas de ar a frente do aviéo néo podem ser tiradas da aproximaciio deste. Elas s&o colhidas de surpresa e recebem o impacto do Pg. 19 CGA grupo 4 avido, sendo ento comprimidas e achatadas na onda de choque. Neste caso, esta onda recebe 0 nome de ONDA DE CHOQUE DE PROA, porque se forma na proa (nariz) do avio. E uma onda perpendicular & direco do vo. © ar comprimido dentro desta onda dificulta 0 avanco do avi8o, ctiando assim um grande arrasto, NUMERO MACH As velocidades elevadas stio_ medidas. através do niimero de MACH, que é a razdo entre a velocidade verdadeira ‘ou aerodinamica (TAS = True Air Speed) do avido e a velocidade do som no mesmo nivel de véo, termo MACH vem de ERNST MACH, um fisico austriaco que teve notdvel destaque no estudo do fluxo supersénico, M= TAS Vsom Sabemos que 0 desenho da asa é tal que obriga 0 ar a aumentar sua velocidade ao passar pelo extradorso, Haveré entio um momento em que, apesar de a velocidade do avigo ser menor do que a do som, no extradorso da asa a velocidade do fluxo de ar jé ultrapassou a velocidade do som, 0 que indusive, cria uma ONDA DE CHOQUE sobre a asa. A velocidade em que este fenémeno aparece & chamada MACH CRITICO, ‘Onda de M=1_| | choque Lf Quando um avido foi construido para voar em velocidades inferiores & do som, diz-se que ele é um aviéo SUBSONICO. Quando um avigo voa sob a ago de fluxos tanto supersénicos. como subsénicos, diz-se que um aviéo TRANSONICO. Quando 0 avido voa a _velocidades superiores & do som, é chamado SUPERSONICO. A maioria dos aviSes comerciais modernos so trans6nicos ou subsénicos. Comissario(a) de Véo Conhecimentos Gerais de Aeronaves Pg. 20 CGA grupo 4 Navegacao Aérea 1- INTRODUCAO, 1.1 DEFINIGAO. A palavra navegacio tem origem latina: NAVIS (embarcagdo) e AGERE (locomover-se). Podemos definir navegacgo aérea como a ciéncia que possibilita a um navegador conduzir uma aeronave no espaco, levando-a de um ponto a outro, com seguranga e eficiéncia. Implicitamente verificamos que navegar implica ‘em determinar constantemente dois elementos fundamentais: LOCALIZACAO E ORTENTACAO. 1.2 METODOS Para 0 navegador obter os elementos indispensdveis 4 navegacio (posicao, direcdo, disténcia e tempo) podergo ser utilizados os seguintes métodos: a) navegagio vistial, por contato ou praticagem: Consiste em determinar a posigio e direcio de uma aeronave por intermédio de referéncias, visiveis na superficie terrestre, tals como vilas, rios, lagos, montanhas, ferrovias e rodovias, pontes,etc, Este método é o mais utilizado pelos principiantes na aviago e apresenta o inconveniente de depender de condicées de tempo favordveis e luz solar, normalmente, b) navegacao estimada Neste método a condugio da aeronave vale-se do uso de informagées de trés instrumentos de bordo: biissola, velocimetro e relégio @, quando possivel, aplicando a influéncia do vento atuante, considerando-se a dirego e distancia voada a partir de um ponto de referéncia conhecido, “estimando-se” assim Comissario(a) de Véo ©) _navegagio rédio, radionavegagio ou radiogoniometria Consiste em determinar a posigio geogréfica e orientago de uma aeronave por meio de interpretacio de mostradores de bordo, da direggo de ondas de rédio emitidas por estagées terrestres especialmente instaladas préximo a aerédromos ou locais convenientes. @) navegagio eletrénica Baseada em equipamentos _eletrdnicos munidos de computadores, podendo ou néo depender de estagées terrestres. Como exemplo podemos citar os sistemas DOPPLER, OMEGA E INERCIAL. €) navegagao astrondmica ou celestiat Baseado na observacao de corpos celestes e tem como base a utilizacdo do instrumento conhecido como sextante. 2) navegagao por satélite Sistema baseado em 24 satélites colocados em érbita de 12900 mithas nduticas, iniciado em junho de 1977 e conhecido como GPS (Global Positioning System). 1.3 A TERRA E SEU GRADEADO- A superficie terrestre ¢ de forma irregular, com elevagdes e depressies, e também apresenta um achatamento nas regides polares que ocasiona uma diferenca entre os diémetros medidos entre os pélos e no_ sentido perpendicular a este, num valor aproximado de 43 quilémetros. Entretanto, como estas diferencas de cota e diametro, se comparadas ao tamanho da superficie terrestre, s8o_—_consideradas. despreziveis, para efeito de navegacio consideramos a Terra uma esfera. Também é de conhecimento que a Terra gira em torno de um eixo imaginério (chamado polar ou terrestre) num movimento de rotacao, realizado no sentido anti-hordrio se considerarmos a visdo do polo Norte. ‘Aos lugares formados pela intersecciio do elxo polar com a superficie terrestre chamamos de pélos geogréficos ou verdadeiros. Temos 0 pélo Norte verdadeiro e o pélo Sul verdadeiro. Pg. 24 CGA grupo 4 Navegacao Aérea SSeS gage Area Plo Norte irculo menor - formado por um plano que NAO verdadero Bua polar passa pelo centro da esfera, dividindo-2 em duas partes desiguais. Plo Sid verdodeiro Dados estes elementos vamos verificar que © melhor modo de fabricar um gradeado na superficie_terrestre seré por intermédio de dirculos. Temos duas espécies de cfrculos que podem ser construfdos numa esfera: ciculo maximo - formado numa esfera por um plano que a divide em duas semi-esferas iguais. Sendo assim, o plano passa pelo centro da esfera, fazendo com que o ralo e centro do circulo so os mesmos da prépria esfera. Com estes circulos méximos e menores, formaremos um sistema de graticula na superficie terrestre que facilitard a determinaco dos dois elementos bésicos: localizacio e orientacéo, linha do Equador - & um circulo maximo formado por um plano perpendicular ao eixo polar, que divide a Terra em dois hemisférios chamados; Norte (N=North), acima do Equador, e Sul (S=South); abaixo do Equador. paralelos de latitude ou paralelos - séo os circulos formados por planos paralelos ao plano do Equador. Devemos concluir que formaremos infinitos paralelos de latitude, sendo que o Equador é 0 Comissario(a) de Véo Pg. 22 CGA grupo 4 Linico paralelo que & um cfrculo maximo; todos ‘0s outros sao circulos menores. meridianos de longitude ou meristanos ~ sé0 semicirculos méximos, limitados pelos pélos, cujos planos que os formam contém 0 eixo polar. meridiano de Greenwich, zero, de origem, primério ou primeiro meridiano- & 0 meridiano que passa pelo laboratério naval de Greenwich (Cinglaterra). meridiano 180° é 0 meridiano que esta oposto 180° ao Meridiano de Greenwich, © circulo maximo formado pelos meridianos de Greenwich e 180° divide a Terra em dois hemisférios, chamados de Oeste (W=West) e Leste ou Este (E=East), Merton de Greens Sendo assim, podemos ter uma visio da graticula ou gradeado formado imaginariamente no globo terrestre pela linha do Equador, paralelos e meridianos. E importante observar que: = os meridianos séo convergentes do Equador para os pélos, onde se encontram; = 0 paralelos mantém entre si um mesmo afastamento; Navegacao Aérea ~ os meridianos e os paralelos se cruzam num Angulo de 90°; = 0 cruzamento de um paralelo e um meridiano define um ponto chamado de ponto geografico, ‘Menno de 180° coordenadas geogrdficas Todo paralelo e meridiano (linhas) tero a sua posico geogréfica informada através de valores angulares. Estes valores angulares, acompanhados de letras designativas de seu hemisfério, nos forneceréo as coordenadas geogréficas, expressas em graus (2), minutos(”), e segundos(”), sendo que 1° = 60° et’ = 60". Jatitude de um ponto - é 0 Angulo definido pelo arco de meridian que parte do Equador ao ponto considerado. & facil observar que as latitudes assumem valores entre 00° até 90° para Norte ou Sul, Lattude dea = 45° Jongitude de um ponto - & 0 Angulo definido pelo menor arco de paralelo que parte do meridiano de Greenwich ao ponto considerado. Verificamos que as longitudes assumem valores Comissario(a) de Véo Pg. 23 CGA grupo 4 entre 000° a 180° para Este ou Oeste. Os graus inteiros de longitude séo informados sempre com trés algarismos, e 05 minutos e segundos com dois algarismos. Greenwich (rao do merdtano de Greenwich Devemos ressaltar que em algumas situages as letras dos hemisférios devem ser ‘omitidas. Como exemplo temos a latitude de um onto que esté sobre a linha do Equador: latitude 00°. Outros exemplos seriam um ponto no meridiano de Greenwich: longitude 0009, ou no meridiano 180: longitude 180°. Conclusiio: Um ponto geogréfico na superficie terrestre (cruzamento de um paralelo com um meridiano) & formado através das coordenadas geogréficas (latitude e longitude, nesta ordem), sendo que a latitude é medida sobre um arco de meridiano e a longitude é medida sobre um arco de paralelo. 2- POSICAO, DIRECAO E DISTANCIA 2.1 POSICAO NA SUPERFICIE TERRESTRE © primero passo de um navegador é localizar numa carta aerondutica a posi¢éo dos aerédromos de decolagem, destino e alternativa, bem como verificar posigdes 20 longo da rota em que terd refer€ncias quando em v6o. Na carta aerondutica apareceréo os paralelos e meridianos numerados com as latitudes e longitudes, mas estas niio virdo acompanhadas da letra designativa do hemisfério, A primeira preocupacio seria ento verificar quais_s30 0s hemisférios ali representados. Para isto, uma observacdo importante: “toda parte superior de uma carta aerondutica esté voltada para o pélo Norte geografico ou verdadeiro”. Assim sendo, ficaré facil determinar os hemisférios, observando-se © sentido de crescimento das latitudes e Navegacao Aérea longitudes.Agora a preocupacio seré em achar as coordenadas geogréficas de um ponto qualquer na carta. © procedimento é o dado no exemplo, Exemplo: achar as coordenadas geogréficas do ponto A, indicado pela seta, na figura abaixo, Jatitude - trace, a partir do ponto A, uma linha paralela ao paralelo mais préximo até encontrar com um meridiano, Leia, na escela de latitudes (Sobre um meridiano) os graus e minutos correspondentes. No exemplo = 20°40'S, /ongitude - trace, a partir do ponto A, uma linha paralela ao meridiano mais préximo até encontrar com um paralelo. Leia, na escala de longitudes (sobre um paralelo) os graus e minutos correspondentes. No — exemplo TEREST See Importante: note que os minutos sio contados partindo da menor latitude ou longitude para a maior, acompanhando o crescimento dos graus de latitude ou longitude. Em virtude de se medir a latitude na escala impressa sobre um meridiano, esta é chamada de ESCALA DE LATITUDES: e como medimos a longitude sobre a escala do paralelo, esta & chamada de ESCALA DE LONGITUDES, Para se plotar um ponto, conhecido suas coordenadas geogréficas, 0 procedimento & inverso. Ache sobre um meridiano a latitude e trace uma linha paralela ao paralelo mais préximo. Ache sobre o paralelo a longitude e trace uma linha paralela a0 meridiano mais préximo. O cruzamento das duas linhas determina um ponto chamado de ponto geogréfico. 2.1 DIRECAO NA SUPERFICIE TERRESTRE Para navegarmos precisamos constantemente saber qual a orientagio (direcéo @ seguir), a ee Ee rrr CSE SUSE Cece ee eee Comissario(a) de Véo Pg. 24 CGA grupo 4 partir de determinado ponto para chegarmos a outro. Vimos anteriormente que uma direc sempre poderé ser expressa por um valor angular. Numa carta, onde teremos a trajetéria (rota) definida por uma linha que une dois pontos, podemos também utilizar este processo. Inicialmente, vamos estabelecer que toda dirego NORTE VERDADEIRO (NV), que seria 2 propria dirego do meridiano, é a direcdo de referéncia. Sendo assim, qualquer direcdo formara com a direcdo de referéncia um valor angular que, como jé vimos, seré medido no sentido horario, Com um transferidor graduado em 360° utilizamos os meridianos ou __ paralelos interceptados pela trajetéria como referéncia para ajuste do transferidor. (Gag Games SUSTO0 CON MERU 2.3 DISTANCIA ENTRE DOIS PONTOS ‘A unidade de distancia mais utiizada em navegagéo aérea é a milha néutica, sigla NM (nautical mile) ou, raramente, chamada MIMA (mitha maritima), Por que a milha néutica é largamente utilizada em navegacao ? © comprimento de um circulo maximo na Terra (Equador ou sobre meridianos) foi dividido em 21600 partes iguais. A uma destas partes foi estabelecido valor 1 NM. Sendo assim, a distancia para efetuar uma volta em torno da Terra sobre um circulo maximo serd de 21600 NM, Nesta volta, 0 arco em graus vale 360 @, se quisermos em minutos, acharemos 0 valor de 21600. Daf podemos concluir que: iN de arco de um circulo maximo Como em todas as cartas aeror sempre teremos —_circulos._—_-maximos representados (meridianos ou Equador), Comissario(a) de Véo Navegacao Aérea podemos utilizé-los como escala para obter a distancia entre dois pontos. © procedimento a seguir é 0 utilizado na maioria das vezes, quando a dist&ncia entre os dois pontos no for maior que 350 milhas néuticas (650 quilémetros), em qualquer tipo de carta. Inicialmente, ligue os dois pontos entre os quais se quer medir a distancia com uma linha reta. Com uma régua ou compasso, transporte a medida obtida entre os dois pontos para 0 meridiano mais proximo (cfrculo maximo). Conte os minutos que correspondem a esta medida sobre a escala de latitudes. Como a cada minuto de arco corresponde a uma milha nautica, a quantidade de minutos lida fornece a distancia em milhas néuticas. ‘A figura ilustra o procedimento descrito. Devemos observar que com uma folha de papel poderiamos medir a distncia entre os Pontos, sem necessidade da régua ou compasso. Caso queira comprovar, experimente utilizando uma folha qualquer. ~~. AZ NOS oe 3+ MAGNETISMO TERRESTRE 3.1 CAMPO MAGNETICO TERRESTRE O espaco em torno de um imi, em que se faz sentir sua forca magnética, & chamado campo magnético. Em qualquer parte do campo a forga magnética tem uma intensidade e diregéo definida. © campo —magnético normalmente pode ser representado por linhas de forca magnética que nunca se cruzam ou interrompem, convergem para dois pontos chamados pélos. A Terra age como um grande {ma esférico tendo suas propriedades caracteristicas. O magnetismo terrestre em qualquer lugar & medido pela determinagio da diregio Pg. 25

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