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Formalização de Petição/Sugestão interpretações teleológicas

Ministério Público Federal


Procuradoria da República no Rio de Janeiro
Rua México 158, sala 707 - Centro
CEP 20.031-145
Rio de Janeiro, RJ
Tel. 3554-9300/3554-9185
Protocolo Definitivo 2010-08.198
Sistema Fênix
PRR2-SEPROT – 5574 / 18-08-2010
MPF/PRR – 2ª Região

Excelentíssima Procuradora Regional Eleitoral Silvana Batini César Góes,

Tendo em vista o que consta do site Ministério Público Federal –


Procuradoria no Rio de Janeiro, abaixo reproduzido.

http://www.prrj.mpf.gov.br/institucional_Procuradoria.html

O Ministério Público Federal fiscaliza o cumprimento das leis federais.


Atua como advogado da sociedade, defendendo os interesses coletivos.

O Ministério Público Federal oficia em diversas áreas da Justiça


Federal. A atuação judicial dos procuradores da República se sucede
perante a primeira instância da Justiça Federal. Na segunda instância,
perante os Tribunais Regionais Federais, o Ministério Público Federal é
representado pelos Procuradores Regionais da República.

A Constituição de 1988 (art. 127) define o órgão como instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe
a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais individuais indisponíveis. Além da Constituição Federal, a
atuação do Ministério Público Federal está regulada pela Lei
Complementar nº 75/93.

No exercício das funções de custos legis, o Ministério Público


Federal intervém como fiscal do cumprimento da lei em processos que
tramitam na Justiça Federal: mandados de segurança, usucapião,
desapropriação, ação popular, alimentos e todas as ações em que haja
interesse de incapaz ou seja de interesse público.

Venho, MUI RESPEITOSAMENTE, solicitar que a Procuradora


Regional Eleitoral no Estado do Rio de Janeiro, em nome do
Procurador-Geral da República, envida TODOS os esforços, utilizando-
se de TODOS os meios que dispuser, para que as questões levantadas,
sejam objeto da necessária avaliação teleológica, uma vez que, os
temas estão ligados diretamente aos interesses mesquinhos dos
partidos políticos grandes, justamente, aqueles que monopolizam o
Legislativo.

1ª – Premissa Motivacional – Até a presente data, a Justiça


Especializada não reconheceu, de forma clara, objetiva, irrefutável
e inquestionável, o fato concreto, de que Coligação Partidária
nasce com prerrogativas e atribuições de Partido Político, e por
isso, qualquer Partido que a integre é, apenas e tão somente, um
Partido Político MEMBRO.

2ª – Premissa Motivacional – Até a presente data, a Justiça


Especializada não reconheceu a importância das Coligações
Partidárias serem Nacionais, em respeito ao Caráter,
necessariamente, NACIONAL de qualquer Partido Político.
Principalmente, quando sabemos todos que a regionalização da
Coligação permite a utilização das “legendas de aluguel”, algo, que
NEGA, em essência, a consolidação da Instituição de Partidos
Políticos, base do PLURIPARTIDARISMO Constitucional.

3ª – Premissa Motivacional – Até a presente data, a Justiça


Especializada não reconheceu a importância das Coligações
Partidárias, que devem ser NACIONAIS, poderem existir em função
dos Cargos Disputados, uma vez que, a existência da Coligação
não esta relacionada a criação de um NOVO e Temporário Partido
Político, e sim, a união FORMAL de forças políticas supra-partidária
para atingir a OBJETIVOS específicos, que podem ser diferentes,
em função do Cargo em disputa: Presidência da República,
Senador, Deputado Federal, Governador, Deputado Estadual,
Prefeito e/ou Vereador.

Tal, tem a pretensão, de PROVOCAR, o Ministério Público Federal,


através do Procurador-Geral da República, ora representado pela
Procuradora Regional Eleitoral no Rio de Janeiro, a no mínimo, avaliar e se
manifestar, SOBRE e COM BASE no Direito Constituído, quanto ao mérito
das questões, intrinsecamente, apresentadas e sugeridas, nos documentos
parcialmente reproduzidos em anexo.

Atenciosamente,

Plinio Marcos Moreira da Rocha


Rua Gustavo Sampaio nº 112 apto. 603
LEME – Rio de Janeiro - RJ
CEP 20010-010
Tel. (21) 2542-7710
Anexos:
I – Avaliações Diversas – Infidelidade Partidária
II – Avaliações Diversas – Coligação Regional (Estadual ou Municipal)
III – Avaliações Diversas – Coligação Majoritário ou Proporcional
IV – STF/TSE Manifestações
V – Cópia da Carteira de Trabalho Frente e Verso

Analista de Sistemas, presumivelmente, único Brasileiro COMUM, que


mesmo não tendo nível superior completo (interrompi o Curso de Executivo,
com o primeiro semestre completo, em 1977), portanto, não sendo Advogado,
nem Bacharel, nem Estudante de Direito, teve suas práticas inscritas na 6ª
edição do Prêmio INNOVARE, calcadas no CAOS JURÍDICO que tem como
premissa base o PURO FAZER DE CONTAS, reconhecidas, e DEFERIDAS
pelo Conselho Julgador, conforme documento INNOVARE - Um Brasileiro
COMUM no meio Jurídico,
http://www.scribd.com/doc/24252669/INNOVARE-Um-Brasileiro-COMUM-
no-meio-Juridico
I – Avaliações Diversas – Infelidade Partidária

Quando a questão é infidelidade partidária, nos encontramos na dicotomia


paradoxal, criada pela interpretação de “nossas mais altas cortes” (STF e TSE), uma
vez que, em certas situações, reconhece que a Coligação possui Atribuições e
Responsabilidades de Partido Político, em essência, sendo um Partido Político, e em
outras situações não sendo.

Exemplo do primeiro:
“A Coligação tem legitimidade para requerer direito de resposta quando um
dos partidos que a compõe é ofendido e, por ser partido coligado, não pode se
dirigir à Justiça Eleitoral de forma isolada, por força dos §§1º e 4o do art. 6o da
Lei no 9.504/97. “, constante do “Eleições 2010. Direito de resposta.
Internet.” no Informativo Ano XII - nº23 - 2 a 4 de Agosto de 2010

Outro exemplo do primeiro:


“A coligação é parte legítima para propor as ações previstas na
legislação eleitoral, mesmo após a realização da eleição, porquanto os atos
praticados durante o processo eleitoral podem ter repercussão até após a
diplomação.”, constante do “Agravo Regimental no Recurso Especial Eleitoral
nº 36.398/MA” no Informativo Ano XII - nº21 - 21 a 27 de julho de 2010

Exemplo do segundo:
“Nos termos da jurisprudência do c. TSE, apenas o primeiro suplente do
partido, e não da coligação, detém legitimidade para pleitear a perda do mandato
eletivo de parlamentar infiel à agremiação pela qual foi eleito. Precedentes.”, constante
do “Agravo Regimental no Recurso Ordinário nº 2902-20/RS” no Informativo Ano
XII - nº23 - 2 a 4 de Agosto de 2010

Outro exemplo do segundo:


Foi atribuída aos partidos políticos a faculdade de celebrar livremente as
coligações, em consonância com a ampla liberdade partidária consagrada na
Constituição, mas sem prejuízo do estabelecimento de normas de fidelidade partidária
próprias.

Assim, a obrigatoriedade de verticalização das coligações, que se fundamentava no


princípio do caráter nacional do partido, foi revogada do ordenamento jurídico.

Isto porque, em conformidade com a Res.-TSE n. 22.580/2007:


“A formação de coligação constitui faculdade atribuída aos partidos políticos
para a disputa do pleito, (...) tendo sua existência caráter temporário e restrita
ao processo eleitoral.”

constante do “DESTAQUE - Resolução nº 23.211, de 23.2.2010 - Consulta nº


39685-93/DF”
” no Informativo Ano XII - nº23 - 2 a 4 de Agosto de 2010

Exemplos oriundos de entendimento do STF em decisões manifestadas:

As EMENTAS constantes dos processos ADI 3999 / DF - DISTRITO FEDERAL, MS


26602 / DF - DISTRITO FEDERAL e MS 26604 / DF - DISTRITO FEDERAL nos permite
identificar que Partido Político Membro de uma Coligação possui Mandato
Próprio como se tivesse conquistado o mandato ISOLADAMENTE, isto é, sem
ser um Partido Político MEMBRO de uma Coligação (que nasce com Atribuição e
Prerrogativas de Partido Político), bem como, estabelece que mesmo em
Coligação, os eleitos devem submissão ao Estatuto do Partido Político Membro
filiado,
Algo, que nos parece, de um surrealismo, uma vez que, Partidos Políticos de
Dogmas e Princípios diferentes, possivelmente contrários, mantém estes apesar
de Coligados, apesar de estarem momentaneamente, em essência,
DESCARACTERIZADOS, em função do Objetivo MAIOR que originou a Coligação.

Conclusões e Questionamento:
Nos exemplos do primeiro caso, esta clara, inquestionável e irrefutável, a
certeza de que uma Coligação é um Partido Político, que possui Partidos
Políticos MEMBROS, onde seus membros não respondem isoladamente pela
Coligação, contudo, nos exemplos do segundo caso, associados às manifestações
do STF, esta clara, inquestionável e irrefutável, a certeza de que um Partido
MEMBRO de uma Coligação, ISOLADAMENTE, é a agremiação que elege, bem
como, mantém sua característica estatutária, como se não fosse Partido
Político MEMBRO de uma Coligação, além de firmar conceito de que a existência da
Coligação tem caráter temporário e restrito ao processo eleitoral.

Portanto, a simples apresentação de tais contradições nos colocam em


situação de “dois pesos e duas medidas” para uma mesma questão conceitual :
“A Coligação é um Partido Político, ou não ?”
II – Avaliações Diversas – Coligação Regional (Estadual ou Municipal)

Outra questão que envolve a Coligação é a característica, mesmo sendo Partido


Político, pode existir em âmbito estadual ou municipal, que tem relação direta com a
dubiedade das interpretações acima mencionadas.

Quando então destaco o trecho acima reproduzido:

Isto porque, em conformidade com a Res.-TSE n. 22.580/2007:


“A formação de coligação constitui faculdade atribuída aos partidos políticos
para a disputa do pleito, (...) tendo sua existência caráter temporário e restrita
ao processo eleitoral.”

Para que possamos avaliar a possível regionalização da Coligação Partidária,


necessário, se faz, nos despojarmos do “casuísmo”, intrínseco, bem como, refletirmos
sobre uma plausível interpretação teleológica, similarmente ao efetuado em :
“Todavia, o Ministro Ricardo Lewandowski, presidente, manifestou posicionamento
divergente, esclarecendo que, embora a literalidade da norma possa levar a
esta primeira interpretação, a melhor solução passa por uma interpretação
teleológica, que leve em consideração a finalidade dos preceitos que regulam
essa fase do processo eleitoral”, constante da “SESSÃO ADMINISTRATIVA -
Quitação eleitoral. Lei no 12.034/2009. Contas de campanha eleitoral.
Apresentação.” no Informativo Ano XII - nº23 - 2 a 4 de Agosto de 2010.

Muito embora, nos esforcemos em aceitar, em tese, a regionalização das


Coligações, a mesma é Atribuição de Direção Nacional do Partido Político
MEMBRO, isto é, em sendo decidida pela Estrutura Regional (Estadual ou Municipal),
respeitando todas as formalidades existentes, a mesma decisão pode ser ANULADA
pela Diretiva Nacional do Partido Político.

Outrossim, a regionalização (estadualização ou municipalização) da Coligação é


claramente contraria a consolidação de Partidos Políticos, uma vez que, através da
mesma, a possível utilização de Partido(s) Político(s) como “legenda de aluguel”, em
puro casuísmo, é sua própria, palpável, e concreta, certeza.

Algo que nos permite afirmar que qualquer Coligação deve Respeitar o
Caráter Nacional de um Partido Político, principalmente, para garantir, em essência, a
PLURARIDADE de Partidos Políticos, uma vez que, sua origem não esta na criação de
um NOVO e Temporário Partido Político, e sim, na união formal de forças políticas
para atingir OBJETIVOS específicos. Quando então, ressalto, ser esta a diferença entre
Coligação Parlamentar e Aliança Política.

Logo, é inadmissível, que a certeza de “A formação de coligação constitui


faculdade atribuída aos partidos políticos para a disputa do pleito”, atenda a uma
interpretação teleológica de que a Coligação é uma formalização de BLOCO
PARLAMENTAR Supra-Partidário com objetivos próprios, que podem, inclusive,
negar princípios estatutários de alguns de seus Partidos Membros, em função de um
OBJETIVO MAIOR, origem de sua existência, bem como, que deverá perdurar até o
fim do Mandato Parlamentar de seus eleitos,.
.
III – Avaliações Diversas – Coligação Majoritário ou Proporcional

Quando a questão é a possibilidade de Participação em Múltiplas Coligações, em


princípio, obrigatoriamente Nacionais, nos deparamos com o conflito, concreto, que é,
a impossibilidade de se formalizar BLOCOS PARLAMENTARES Supra-Partidários,
específicos, para Cada Cargo Majoritário, onde, a essência de suas respectivas
existências, são por si só, justificativas plausíveis para possíveis composições
diferenciadas, uma vez que, para Cada Cargo Eletivo, seus OBJETIVOS podem ter
características próprias.

Para que possamos avaliar a possível participação em simultâneas Coligações


Partidárias, necessário, se faz, nos despojarmos do “casuísmo”, intrínseco, bem com,
refletirmos sobre uma plausível interpretação teleológica, similarmente ao efetuado
em : “Todavia, o Ministro Ricardo Lewandowski, presidente, manifestou
posicionamento divergente, esclarecendo que, embora a literalidade da norma
possa levar a esta primeira interpretação, a melhor solução passa por uma
interpretação teleológica, que leve em consideração a finalidade dos
preceitos que regulam essa fase do processo eleitoral”, constante da “SESSÃO
ADMINISTRATIVA - Quitação eleitoral. Lei no 12.034/2009. Contas de
campanha eleitoral. Apresentação.” no Informativo Ano XII - nº23 - 2 a 4 de
Agosto de 2010.

Portanto, ao se impedir que um Partido Político possa ser MEMBRO de uma


Coligação para o Cargo de Presidente da República, e outra, por exemplo, para o Cargo
de Senador, com Membros diferentes, e outra, para o Cargo de Governador, também
com Membros diferentes, uma pergunta não quer se calar:

Sendo a origem da Coligação a intenção de unir forças políticas supra-


partidária representada por um OBJETIVO Maior comum, e não a pura
concretização de um NOVO Partido Político, como entender que um Partido Político
não possa participar de diferentes BLOCOS PARLAMENTARES Supra-Partidários
(Coligações) Nacionais para os diversos cargos eletivos (Majoritário ou Proporcional) ?

Esta restrição, esta relacionada diretamente aos interesses específicos de Partidos


Políticos Grandes, aqueles, que monopolizam, em conveniência, com a permissão da
Justiça Especializada, a Legislação Eleitoral. Algo concreto, quando a, necessária,
interpretação teleológica é substituída pela interpretação literal do legal estabelecido,
que no caso, pode ter característica de algo “estabelecido em proveito próprio” ou “em
conveniência própria”.

Portanto, a restrição acima não atende a uma interpretação teleológica da


essência de BLOCO PARLAMENTAR Supra-Partidário formalizado através de
Coligação Partidária. Algo que a Justiça Especializada, poderia, e deveria, apenas e tão
somente, garantir.
IV – STF/TSE Manifestações
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=fidelidade
partidária&base=baseAcordaos

ADI 3999 / DF - DISTRITO FEDERAL


AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA
Julgamento: 12/11/2008 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

REQTE.(S): PARTIDO SOCIAL CRISTÃO - PSC


ADV.(A/S): VÍTOR JORGE ABDALA NÓSSEIS E OUTRO(A/S)
REQDO.(A/S): TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

Ementa

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL


SUPERIOR ELEITORAL 22.610/2007 e 22.733/2008. DISCIPLINA DOS PROCEDIMENTOS DE
JUSTIFICAÇÃO DA DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA E DA PERDA DO CARGO ELETIVO.
FIDELIDADE PARTIDÁRIA. 1. Ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra as
Resoluções 22.610/2007 e 22.733/2008, que disciplinam a perda do cargo eletivo e o
processo de justificação da desfiliação partidária. 2. Síntese das violações
constitucionais argüidas. Alegada contrariedade do art. 2º da Resolução ao art. 121 da
Constituição, que ao atribuir a competência para examinar os pedidos de perda de
cargo eletivo por infidelidade partidária ao TSE e aos Tribunais Regionais Eleitorais,
teria contrariado a reserva de lei complementar para definição das competências de
Tribunais, Juízes e Juntas Eleitorais (art. 121 da Constituição). Suposta usurpação de
competência do Legislativo e do Executivo para dispor sobre matéria eleitoral (arts. 22,
I, 48 e 84, IV da Constituição), em virtude de o art. 1º da Resolução disciplinar de
maneira inovadora a perda do cargo eletivo. Por estabelecer normas de caráter
processual, como a forma da petição inicial e das provas (art. 3º), o prazo para a
resposta e as conseqüências da revelia (art. 3º, caput e par. ún.), os requisitos e
direitos da defesa (art. 5º), o julgamento antecipado da lide (art. 6º), a disciplina e o
ônus da prova (art. 7º, caput e par. ún., art. 8º), a Resolução também teria violado a
reserva prevista nos arts. 22, I, 48 e 84, IV da Constituição. Ainda segundo os
requerentes, o texto impugnado discrepa da orientação firmada pelo Supremo Tribunal
Federal nos precedentes que inspiraram a Resolução, no que se refere à atribuição ao
Ministério Público eleitoral e ao terceiro interessado para, ante a omissão do Partido Po
lítico, postular a perda do cargo eletivo (art. 1º, § 2º). Para eles, a criação de nova
atribuição ao MP por resolução dissocia-se da necessária reserva de lei em sentido
estrito (arts. 128, § 5º e 129, IX da Constituição). Por outro lado, o suplente não
estaria autorizado a postular, em nome próprio, a aplicação da sanção que
assegura a fidelidade partidária, uma vez que o mandato "pertenceria" ao
Partido.) Por fim, dizem os requerentes que o ato impugnado invadiu competência
legislativa, violando o princípio da separação dos poderes (arts. 2º, 60, §4º, III da
Constituição). 3. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento dos
Mandados de Segurança 26.602, 26.603 e 26.604 reconheceu a existência
do dever constitucional de observância do princípio da fidelidade
partidária. Ressalva do entendimento então manifestado pelo ministro-relator. 4. Não
faria sentido a Corte reconhecer a existência de um direito constitucional sem prever
um instrumento para assegurá-lo. 5. As resoluções impugnadas surgem em contexto
excepcional e transitório, tão-somente como mecanismos para salvaguardar a
observância da fidelidade partidária enquanto o Poder Legislativo, órgão legitimado
para resolver as tensões típicas da matéria, não se pronunciar. 6. São constitucionais
as Resoluções 22.610/2007 e 22.733/2008 do Tribunal Superior Eleitoral. Ação direta de
inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente.

Decisão

O Tribunal, por maioria, superou a preliminar de conhecimento, vencido o Senhor


Ministro Marco Aurélio, que se manifestou pela inadmissibilidade da ação entendendo
não se tratar de ato normativo abstrato-autônomo do Tribunal Superior Eleitoral. No
mérito, o Tribunal, por maioria, julgou improcedente a ação direta e declarou a
constitucionalidade da resolução impugnada, nos termos do voto do relator, vencidos
os Senhores Ministros Eros Grau e Marco Aurélio. Votou o Presidente, Ministro Gilmar
Mendes. Falaram, pelo Ministério Público Federal, o Procurador-Geral da República Dr.
Antônio Fernando Barros e Silva de Souza e, pela Advocacia-Geral da União, o Ministro
José Antônio Dias Toffoli. Plenário, 12.11.2008.
MS 26602 / DF - DISTRITO FEDERAL
MANDADO DE SEGURANÇA
Relator(a): Min. EROS GRAU
Julgamento: 04/10/2007 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

DJe-197 DIVULG 16-10-2008 PUBLIC 17-10-2008


EMENT VOL-02337-02 PP-00190

IMPTE.(S): PARTIDO POPULAR SOCIALISTA - PPS


ADV.(A/S): LEILA DE SOUZA PORTELLA
ADV.(A/S): ROBERTO JOÃO PEREIRA FREIRE
IMPDO.(A/S): PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
LIT.PAS.(A/S): PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO - PMDB
ADV.(A/S): GASTÃO DE BEM
LIT.PAS.(A/S): PARTIDO DA REPÚBLICA
ADV.(A/S): MARCELO ÁVILA DE BESSA
LIT.PAS.(A/S): PARTIDO SOCIAL CRISTÃO - PSC
ADV.(A/S): VÍTOR NÓSSEIS
LIT.PAS.(A/S): HOMERO ALVES PEREIRA
LIT.PAS.(A/S): COLBERT MARTINS DA SILVA FILHO
LIT.PAS.(A/S): AÍRTON BERNARDO ROVEDA
LIT.PAS.(A/S): MARIA LUCENIRA FERREIRA OLIVEIRA PIMENTEL
LIT.PAS.(A/S): PAULO PIAU NOGUEIRA
LIT.PAS.(A/S): NEILTON MULIM DA COSTA
LIT.PAS.(A/S): RAIMUNDO VELOSO SILVA
ADV.(A/S): MARCELO ÁVILA DE BESSA E OUTRO(A/S)
LIT.PAS.(A/S): CARLOS ROBERTO MASSA JÚNIOR
ADV.(A/S): MARCELO ÁVILA DE BESSA
ADV.(A/S): GUILHERME DE SALLES GONÇALVES E OUTRO(A/S)

Ementa

EMENTA: CONSTITUCIONAL. ELEITORAL. MANDADO DE SEGURANÇA. FIDELIDADE


PARTIDÁRIA. DESFILIAÇÃO. PERDA DE MANDATO. ARTS. 14, § 3º, V E 55, I A VI DA
CONSTITUIÇÃO. CONHECIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA, RESSALVADO
ENTENDIMENTO DO RELATOR. SUBSTITUIÇÃO DO DEPUTADO FEDERAL QUE MUDA DE
PARTIDO PELO SUPLENTE DA LEGENDA ANTERIOR. ATO DO PRESIDENTE DA CÂMARA
QUE NEGOU POSSE AOS SUPLENTES. CONSULTA, AO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL,
QUE DECIDIU PELA MANUTENÇÃO DAS VAGAS OBTIDAS PELO SISTEMA
PROPORCIONAL EM FAVOR DOS PARTIDOS POLÍTICOS E COLIGAÇÕES.
ALTERAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MARCO TEMPORAL
A PARTIR DO QUAL A FIDELIDADE PARTIDÁRIA DEVE SER OBSERVADA [27.3.07].
EXCEÇÕES DEFINIDAS E EXAMINADAS PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL.
DESFILIAÇÃO OCORRIDA ANTES DA RESPOSTA À CONSULTA AO TSE. ORDEM DENEGADA.
1. Mandado de segurança conhecido, ressalvado entendimento do Relator, no sentido
de que as hipóteses de perda de mandato parlamentar, taxativamente previstas no
texto constitucional, reclamam decisão do Plenário ou da Mesa Diretora, não do
Presidente da Casa, isoladamente e com fundamento em decisão do Tribunal Superior
Eleitoral. 2. A permanência do parlamentar no partido político pelo qual se
elegeu é imprescindível para a manutenção da representatividade
partidária do próprio mandato. Daí a alteração da jurisprudência do Tribunal, a
fim de que a fidelidade do parlamentar perdure após a posse no cargo eletivo. 3. O
instituto da fidelidade partidária, vinculando o candidato eleito ao
partido, passou a vigorar a partir da resposta do Tribunal Superior
Eleitoral à Consulta n. 1.398, em 27 de março de 2007. 4. O abandono de
legenda enseja a extinção do mandato do parlamentar, ressalvadas
situações específicas, tais como mudanças na ideologia do partido ou
perseguições políticas, a serem definidas e apreciadas caso a caso pelo
Tribunal Superior Eleitoral. 5. Os parlamentares litisconsortes passivos no
presente mandado de segurança mudaram de partido antes da resposta do Tribunal
Superior Eleitoral. Ordem denegada.

Decisão
O Tribunal rejeitou, por unanimidade, as preliminares de ilegitimidade ativa e de falta
de interesse de agir do impetrante, bem como a de ilegitimidade passiva do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro - PMDB. Por maioria, rejeitou a preliminar de
ausência de liquidez, vencido o Senhor Ministro Eros Grau (Relator), que a acolhia para
não conhecer do writ. Em seguida, foi o julgamento suspenso. Falaram: pelo
impetrante, o Dr. Roberto João Pereira Freire; pelo impetrado, o Dr. Fernando Neves da
Silva; pelos litisconsortes passivos Partido do Movimento Democrático Brasileiro -
PMDB, o Dr. Gastão de Bem; Partido da República - PR, o Dr. Marcelo Ávila de Bessa;
Homero Alves Pereira, Colbert Martins da Silva Filho, Aírton Bernardo Roveda, Maria
Lucenira Ferreira Oliveira Pimentel, Paulo Piau Nogueira, Neilton Mulim da Costa e
Raimundo Veloso Silva, o Dr. Eduardo Ferrão; Carlos Roberto Massa Júnior, o Dr.
Guilherme de Salles Gonçalves; e, pelo Ministério Público Federal, o Dr. Antônio
Fernando Barros e Silva de Souza, Procurador-Geral da República. Presidência da
Senhora Ministra Ellen Gracie. Plenário, 03.10.2007.

Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por maioria, conheceu do mandado


de segurança e denegou a ordem, vencidos os Senhores Ministros Carlos Britto e Marco
Aurélio, que a concediam tal como requerida. Votou a Presidente, Ministra Ellen
Gracie. Plenário, 04.10.2007
MS 26604 / DF - DISTRITO FEDERAL
MANDADO DE SEGURANÇA
Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA
Julgamento: 04/10/2007 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

DJe-187 DIVULG 02-10-2008 PUBLIC 03-10-2008


EMENT VOL-02335-02 PP-00135
RTJ VOL-00206-02 PP-00626

IMPTE.(S): DEMOCRATAS
ADV.(A/S): THIAGO FERNANDES BOVERIO E OUTRO(A/S)
IMPDO.(A/S): PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
LIT.PAS.(A/S): RAIMUNDO SABINO CASTELO BRANCO MAUÉS
LIT.PAS.(A/S): PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO - PTB
ADV.(A/S): ITAPUÃ PRESTES DE MESSIAS E OUTRO(A/S)
LIT.PAS.(A/S): NELSON GOETTEN DE LIMA
LIT.PAS.(A/S): CRISTIANO MATHEUS DA SILVA E SOUZA
LIT.PAS.(A/S): JOSÉ ALVES ROCHA
LIT.PAS.(A/S): ANTÔNIA MAGALHÃES DA CRUZ
LIT.PAS.(A/S): JUSMARI TEREZINHA DE SOUZA OLIVEIRA
LIT.PAS.(A/S): MARCELO GUIMARÃES FILHO
LIT.PAS.(A/S): PARTIDO DA REPÚBLICA - PR
ADV.(A/S): MARCELO ÁVILA DE BESSA E OUTRO(A/S)
LIT.PAS.(A/S): LAUREZ DA ROCHA MOREIRA
LIT.PAS.(A/S): PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO - PSB
ADV.(A/S): JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO DE ALMEIDA SILVA E OUTRO(A/S)
LIT.PAS.(A/S): PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO - PMDB
ADV.(A/S): GASTÃO DE BEM

EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL E ELEITORAL. MANDADO DE SEGURANÇA


IMPETRADO PELO PARTIDO DOS DEMOCRATAS - DEM CONTRA ATO DO PRESIDENTE DA
CÂMARA DOS DEPUTADOS. NATUREZA JURÍDICA E EFEITOS DA DECISÃO DO TRIBUNAL
SUPERIOR ELEITORAL - TSE NA CONSULTA N. 1.398/2007. NATUREZA E TITULARIDADE
DO MANDATO LEGISLATIVO. OS PARTIDOS POLÍTICOS E OS ELEITOS NO
SISTEMA REPRESENTATIVO PROPORCIONAL. FIDELIDADE PARTIDÁRIA.
EFEITOS DA DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA PELO ELEITO: PERDA DO DIREITO DE CONTINUAR
A EXERCER O MANDATO ELETIVO. DISTINÇÃO ENTRE SANÇÃO POR ILÍCITO E SACRIFÍCIO
DO DIREITO POR PRÁTICA LÍCITA E JURIDICAMENTE CONSEQÜENTE. IMPERTINÊNCIA DA
INVOCAÇÃO DO ART. 55 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. DIREITO DO
IMPETRANTE DE MANTER O NÚMERO DE CADEIRAS OBTIDAS NA CÂMARA
DOS DEPUTADOS NAS ELEIÇÕES. DIREITO À AMPLA DEFESA DO PARLAMENTAR
QUE SE DESFILIE DO PARTIDO POLÍTICO. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E
MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA MUDANÇA DE ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL: MARCO
TEMPORAL FIXADO EM 27.3.2007. MANDADO DE SEGURANÇA CONHECIDO E
PARCIALMENTE CONCEDIDO. 1. Mandado de segurança contra ato do
Presidente da Câmara dos Deputados. Vacância dos cargos de Deputado
Federal dos litisconsortes passivos, Deputados Federais eleitos pelo
partido Impetrante, e transferidos, por vontade própria, para outra
agremiação no curso do mandato. 2. Preliminares de carência de interesse de
agir, de legitimidade ativa do Impetrante e de ilegitimidade passiva do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro - PMDB: rejeição. 3. Resposta do TSE a consulta
eleitoral não tem natureza jurisdicional nem efeito vinculante. Mandado de segurança
impetrado contra ato concreto praticado pelo Presidente da Câmara dos Deputados,
sem relação de dependência necessária com a resposta à Consulta n. 1.398 do TSE. 4. O
Código Eleitoral, recepcionado como lei material complementar na parte que disciplina
a organização e a competência da Justiça Eleitoral (art. 121 da Constituição de 1988),
estabelece, no inciso XII do art. 23, entre as competências privativas do Tribunal
Superior Eleitoral - TSE "responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem
feitas em tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido
político". A expressão "matéria eleitoral" garante ao TSE a titularidade da competência
para se manifestar em todas as consultas que tenham como fundamento matéria
eleitoral, independente do instrumento normativo no qual esteja incluído. 5. No Brasil,
a eleição de deputados faz-se pelo sistema da representação proporcional, por lista
aberta, uninominal. No sistema que acolhe - como se dá no Brasil desde a Constituição
de 1934 - a representação proporcional para a eleição de deputados e
vereadores, o eleitor exerce a sua liberdade de escolha apenas entre os
candidatos registrados pelo partido político, sendo eles, portanto,
seguidores necessários do programa partidário de sua opção. O
destinatário do voto é o partido político viabilizador da candidatura por
ele oferecida. O eleito vincula-se, necessariamente, a determinado partido político e
tem em seu programa e ideário o norte de sua atuação, a ele se subordinando por força
de lei (art. 24, da Lei n. 9.096/95). Não pode, então, o eleito afastar-se do que suposto
pelo mandante - o eleitor -, com base na legislação vigente que determina ser
exclusivamente partidária a escolha por ele feita. Injurídico é o descompromisso do
eleito com o partido - o que se estende ao eleitor - pela ruptura da equação político-
jurídica estabelecida. 6. A fidelidade partidária é corolário lógico-jurídico necessário do
sistema constitucional vigente, sem necessidade de sua expressão literal. Sem ela não
há atenção aos princípios obrigatórios que informam o ordenamento constitucional. 7.
A desfiliação partidária como causa do afastamento do parlamentar do cargo no qual se
investira não configura, expressamente, pela Constituição, hipótese de cassação de
mandato. O desligamento do parlamentar do mandato, em razão da ruptura, imotivada
e assumida no exercício de sua liberdade pessoal, do vínculo partidário que assumira,
no sistema de representação política proporcional, provoca o desprovimento
automático do cargo. A licitude da desfiliação não é juridicamente inconseqüente,
importando em sacrifício do direito pelo eleito, não sanção por ilícito, que não se dá na
espécie. 8. É direito do partido político manter o número de cadeiras obtidas nas
eleições proporcionais. 9. É garantido o direito à ampla defesa do parlamentar que se
desfilie de partido político. 10. Razões de segurança jurídica, e que se impõem também
na evolução jurisprudencial, determinam seja o cuidado novo sobre tema antigo pela
jurisdição concebido como forma de certeza e não causa de sobressaltos para os
cidadãos. Não tendo havido mudanças na legislação sobre o tema, tem-se reconhecido
o direito de o Impetrante titularizar os mandatos por ele obtidos nas eleições de 2006,
mas com modulação dos efeitos dessa decisão para que se produzam eles a partir da
data da resposta do Tribunal Superior Eleitoral à Consulta n. 1.398/2007. 11. Mandado
de segurança conhecido e parcialmente concedido.

Decisão

O Tribunal rejeitou, por unanimidade, as preliminares de ilegitimidade ativa e de falta


de interesse de agir do impetrante, bem como a de impossibilidade jurídica do pedido
por se embasar em consulta do Tribunal Superior Eleitoral e a de ilegitimidade
passiva do Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB. Por maioria, rejeitou a
preliminar de ausência de liquidez e a de impossibilidade de dilação probatória em
sede de mandado de segurança, vencido o Senhor Ministro Eros Grau, que as acolhia
para não conhecer do writ. Em seguida, foi o julgamento suspenso. Falaram: pelo
impetrante, o Dr. Paulo Brossard de Souza Pinto; pelo impetrado, o Dr. Fernando Neves
da Silva; pelos litisconsortes passivos Partido Trabalhista Brasileiro - PTB, o Dr. Itapuã
Prestes de Messias; Nelson Goetten de Lima, Cristiano Matheus da Silva e Souza, José
Alves Rocha, Antônia Magalhães da Cruz e Marcelo Guimarães Filho, o Dr. Eduardo
Ferrão; Jusmari Terezinha de Souza Oliveira, o Dr. Celso Luiz Braga Castro; Partido da
República - PR, o Dr. Marcelo Ávila de Bessa; Laurez da Rocha Moreira e Partido
Socialista Brasileiro - PSB, o Dr. José Antônio Figueiredo de Almeida Silva; pelo Partido
do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB, o Dr. Gastão de Bem; e, pelo Ministério
Público Federal o Dr. Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, Procurador-Geral da
República. Presidência da Senhora Ministra Ellen Gracie. Plenário, 03.10.2007.
Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por maioria, conheceu do mandado
de segurança e concedeu parcialmente a ordem, para o efeito de determinar ao
Presidente da Câmara dos Deputados que remeta ao Tribunal Superior Eleitoral o
pedido de declaração de vacância do posto ocupado pela litisconsorte Jusmari
Terezinha de Souza Oliveira, a fim de que aquela Corte, após adotar resolução
disciplinadora do procedimento de justificação, decida sobre a matéria, vencidos os
Senhores Ministros Eros Grau, Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa, que
denegavam totalmente a ordem, e os Senhores Ministros Carlos Britto e Marco Aurélio,
que a concediam em maior extensão. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie.
Plenário, 04.10.2007.
http://www.tse.gov.br/internet/midia/informativo/InformativoTSE_ano_XII_23.rtf

Informativo Ano XII - nº23 - 2 a 4 de Agosto de 2010

Eleições 2010. Direito de resposta. Internet.

A Coligação tem legitimidade para requerer direito de resposta


quando um dos partidos que a compõe é ofendido e, por ser partido
coligado, não pode se dirigir à Justiça Eleitoral de forma
isolada, por força dos §§1º e 4o do art. 6o da Lei no 9.504/97.
Ademais, o art. 58 da Lei no 9.504/97 assegura o direito de resposta a
candidato, partido ou coligação atingidos, ainda que de forma
indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória,
injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo
de comunicação social.
Apresentados documentos e mídia pela qual é possível verificar a
gravação de entrevista para sítio da Internet, a inicial reúne os
elementos mínimos necessários para seu conhecimento. Não sendo
contestado o período de veiculação afirmado na inicial, o fato resta
incontroverso.
Ao contrário dos demais meios de comunicação social, a transmissão
de dados pela Internet não se exaure no momento em que se realiza.
Nos rádios e nas televisões, uma vez divulgada a notícia, o espaço de
divulgação passa a ser ocupado pela programação que se segue. Já a
transgressão perpetrada pela Internet implica em constante e
permanente ofensa ao direito a reclamar, se for o caso, a sua pronta
suspensão. Enquanto o material tido como ofensivo permanecer
sendo divulgado, o interessado poderá requerer o direito de resposta.
Ocorrendo a retirada espontânea da ofensa, o direito de resposta, por
analogia ao inciso III do §1o do art. 58 da Lei no 9.504/97, deve ser
requerido no prazo de 3 (três) dias.
A afirmação de partido político ser associado ao narcotráfico abre
espaço para o direito de resposta.
Na Internet, o direito de resposta deve ser veiculado em prazo não
inferior ao dobro do utilizado para veiculação da ofensa, conforme
alínea b do inciso IV do § 3o do art. 58 da Lei no 9.504/97, cuja
inconstitucionalidade foi afastada. A regra se justifica, na visão do
ministro relator, pelas peculiaridades da rede mundial de
computadores, onde a troca de ideias e informações possui dinâmica
própria, na qual, muitas vezes, algo veiculado em uma página é
replicado em diversas outras.
Nesse entendimento, o Tribunal, por unanimidade, desproveu o
recurso.
Recurso na Representação no 1.879-87/DF, rel. Min. Henrique Neves
da Silva, em 2.8.210.
SESSÃO ADMINISTRATIVA

Quitação eleitoral. Lei no 12.034/2009. Contas de campanha


eleitoral. Apresentação.

A Lei no 12.034/2009 trouxe novas regras no que tange à quitação


eleitoral, alterando o art. 11 da Lei no 9.504/1997, que, em seu § 7o,
passou a dispor que ela abrangerá exclusivamente a plenitude do
gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento
a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos
ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo,
pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de
campanha eleitoral.
O Ministro Arnaldo Versiani, relator originário, entendeu que a nova
lei adotou a abrangência do conceito de quitação eleitoral fixado pelo
Tribunal no Processo Administrativo no 19.205 (Res.-TSE no
21.823/2004), prevendo que tão somente a apresentação de contas
de campanha seria obrigação exigível, além das demais estabelecidas
no atual texto legal. Assim, para o Ministro Arnaldo Versiani, dada a
disciplina legal específica da matéria, a desaprovação das contas de
campanha não constitui óbice à quitação eleitoral.
Todavia, o Ministro Ricardo Lewandowski, presidente, manifestou
posicionamento divergente, esclarecendo que, embora a literalidade
da norma possa levar a esta primeira interpretação, a melhor
solução passa por uma interpretação teleológica, que leve em
consideração a finalidade dos preceitos que regulam essa fase do
processo eleitoral.
De fato, a exegese das normas do nosso sistema eleitoral deve ser
pautada pela normalidade e a legitimidade do pleito, valores
nos quais se inclui o dever de prestar contas à Justiça Eleitoral.
Nesse sentido, entende o Ministro Ricardo Lewandowski que não se
pode considerar quite com a Justiça Eleitoral o candidato que teve
suas contas desaprovadas pelo órgão constitucionalmente
competente.
Posicionamento em sentido contrário esvaziaria por completo o
processo de prestação de contas, fazendo desse importante
instrumento de controle da normalidade e da legitimidade do pleito
uma mera formalidade, sem repercussão direta na esfera jurídica do
candidato.
Com efeito, ao interpretar a nova redação do § 7o do art. 11 da Lei
das Eleições, entende o Ministro Ricardo Lewandowski que deva ser
considerado o tratamento substancialmente igualitário contemplado
pelas leis nos 9.096/1995 e 9.504/1997. Ao referir-se à “apresentação
de contas de campanha” a norma direcionou-se às hipóteses em que
as contas sejam apresentadas regularmente, não sendo suficiente,
portanto, a sua mera “apresentação”, ainda que eventualmente
irregular.
Sendo assim, para os fins de quitação eleitoral, será exigida, além dos
demais requisitos estabelecidos em lei, a aprovação das contas de
campanha eleitoral, não sendo suficiente sua simples apresentação.
Nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, assentou que não
basta a mera apresentação das contas, mas sim, que haja também a
correspondente quitação.
Processo Administrativo no 594-59/DF, redator Min. Ricardo
Lewandowski, em 3.8.2010.

Agravo Regimental no Recurso Ordinário nº 2902-20/RS


Relator: Ministro Aldir Passarinho Junior
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ORDINÁRIO. AÇÃO DE
DECRETAÇÃO DE PERDA DE CARGO ELETIVO EM DECORRÊNCIA DE
DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA SEM JUSTA CAUSA. PRIMEIRO SUPLENTE DA
COLIGAÇÃO. ILEGITIMIDADE ATIVA. NÃO PROVIMENTO.
1. Nos termos da jurisprudência do c. TSE, apenas o primeiro
suplente do partido, e não da coligação, detém legitimidade
para pleitear a perda do mandato eletivo de parlamentar
infiel à agremiação pela qual foi eleito. Precedentes.
2. Na espécie, o suplente de Deputado Estadual, autor da ação, é
filiado a partido diverso (PSDB) da agremiação que sofreu a perda
(PPS), carecendo de interesse jurídico.
3. Agravo regimental não provido.
DJE de 3.8.2010.
Noticiado no informativo nº 16/2010.
http://www.tse.gov.br/internet/midia/informativo/InformativoTSE_ano_XII_22.rtf

Informativo Ano XII - nº22 - 28 de junho a 4 de julho de 2010

SESSÃO ADMINISTRATIVA

Consulta. Coligação partidária. Eleição majoritária.

Partidos coligados para o cargo de governador podem lançar,


isoladamente, candidatos ao Senado.
Não é possível a formação de coligação majoritária para o cargo de
senador distinta da formada para o de governador, mesmo entre
partidos que a integrem.
Partidos coligados para o cargo de governador podem formar,
somente entre eles, coligações distintas para o pleito proporcional.
A definição de coligação majoritária na eleição estadual, à luz do
preceito estabelecido no artigo 6º da Lei nº 9.504/97, compreende os
cargos de governador e senador, podendo a coligação ter por objeto
somente o cargo de governador ou somente o cargo de senador.
Nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, respondeu à consulta
nos termos do voto do relator.
Consulta no 729-71/DF, rel. Min. Hamilton Carvalhido, em 29.6.2010.
http://www.tse.gov.br/internet/midia/informativo/InformativoTSE_ano_XII_21.rtf

Informativo Ano XII - nº21 - 21 a 27 de julho de 2010

Agravo Regimental no Recurso Especial Eleitoral nº 36.398/MA


Relator: Ministro Arnaldo Versiani
Ementa: Investigação judicial. Legitimidade ativa. Coligação.
1. A coligação é parte legítima para propor as ações previstas na
legislação eleitoral, mesmo após a realização da eleição,
porquanto os atos praticados durante o processo eleitoral podem ter
repercussão até após a diplomação.
2. Com o advento das eleições, há legitimidade concorrente entre a
coligação e os partidos que a compõem, para fins de ajuizamento dos
meios de impugnação na Justiça Eleitoral, em face da eventual
possibilidade de desfazimento dos interesses das agremiações que
acordaram concorrer conjuntamente.
3. Essa interpretação é a que melhor preserva o interesse público de
apuração dos ilícitos eleitorais, já que permite a ambos os legitimados
– partidos isolados ou coligações – proporem, caso assim entendam,
as demandas cabíveis após a votação.
Agravo regimental a que se nega provimento.
DJE de 24.6.2010.
Noticiado no informativo nº 14/2010.
DESTAQUE

Resolução nº 23.211, de 23.2.2010


Consulta nº 39685-93/DF
Relator: Ministro Fernando Gonçalves

CONSULTA. ELEIÇÃO MAJORITÁRIA E


PROPORCIONAL. PLURALIDADE DE COLIGAÇÕES.
IMPOSSIBILIDADE.
1. Permite-se a formação de mais de uma
coligação apenas para a eleição proporcional
desde que entre partidos que integrem a
coligação para o pleito majoritário, ao qual não é
possível a celebração de mais de uma coligação.
Precedentes.
2. Consulta respondida negativamente.

Resolvem os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, responder negativamente à


consulta, nos termos do voto do relator.
Brasília, 23 de fevereiro de 2010.

AYRES BRITTO – PRESIDENTE


FERNANDO GONÇALVES – RELATOR

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO FERNANDO GONÇALVES: Senhor Presidente,


trata-se de consulta formulada pelo Deputado Federal MÁRCIO
JUNQUEIRA nos seguintes termos, fls. 3:

1º) Pode o partido E entrar na coligação de A e B para


apoiar o candidato a Governador desta coligação e
ingressar na coligação de C e D para apoiar o candidato
a Senador desta coligação. Ou seja, pode o partido E
participar de duas coligações diferentes, apoiando em
uma um candidato a Governador e na outra um
candidato a Senador?
2º) Pode o partido E coligar com os partidos A e B para
governador e, ao mesmo tempo, coligar com os partidos
C e D para senador e formar uma terceira coligação para
deputado? Ou seja, pode o partido E participar de três
coligações diferentes coligando numa para governador,
noutra para senador e na terceira para deputado?

A Assessoria Especial da Presidência (ASESP) manifesta-se às fls. 6-11.

É o relatório.

VOTO
O SENHOR MINISTRO FERNANDO GONÇALVES (relator): Senhor Presidente, a consulta preenche os
requisitos de admissibilidade contidos no artigo 23, XII, do Código Eleitoral, merecendo, portanto, ser
conhecida.
Quanto aos termos da consulta, assim se manifesta a ASESP (fls. 8-11):

Cumpre mencionar que a Emenda Constitucional n.


52/2006 deu nova disciplina às coligações eleitorais, cujo
art. 17 da Constituição passou a vigorar com a seguinte
redação:

§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia


para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento e para adotar os critérios de escolha
e o regime de suas coligações eleitorais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital
ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária.”

Foi atribuída aos partidos políticos a faculdade de


celebrar livremente as coligações, em consonância
com a ampla liberdade partidária consagrada na
Constituição, mas sem prejuízo do
estabelecimento de normas de fidelidade
partidária próprias.
Assim, a obrigatoriedade de verticalização das
coligações, que se fundamentava no princípio do
caráter nacional do partido, foi revogada do
ordenamento jurídico.
Isto porque, em conformidade com a Res.-TSE n.
22.580/2007:

“A formação de coligação constitui faculdade


atribuída aos partidos políticos para a disputa
do pleito, (...) tendo sua existência caráter
temporário e restrita ao processo eleitoral.”

Todavia, a possibilidade de celebração de coligações não


é ampla e irrestrita, a teor do que dispõe o art. 6º da Lei
n. 9.504/97, que regulamenta a matéria no âmbito
infraconstitucional e estabelece normas para as eleições:

“Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da


mesma circunscrição, celebrar coligações para
eleição majoritária, proporcional, ou para ambas,
podendo, neste último caso, formar-se mais de uma
coligação para a eleição proporcional dentre os
partidos que integram a coligação para o pleito
majoritário”
Destarte, infere-se da aludida norma que os partidos
políticos podem formar coligação dentro da mesma
circunscrição para as eleições majoritária e proporcional,
desde que os partidos que formarem diferentes
coligações na eleição proporcional sejam integrantes da
coligação para a eleição majoritária.
Com efeito, permite-se a formação de mais de uma
coligação apenas para a eleição proporcional e apenas
entre os partidos que integram a coligação para o pleito
majoritário. Registre-se, então, a impossibilidade de
formação de mais de uma coligação para a disputa no
pleito majoritário.
Este é o entendimento já consagrado nesta Corte,
conforme Res.-TSE n. 20.126/98, cujo voto do Ministro
Relator José Néri da Silveira elucida:

“(...) 3. Quando partidos políticos ajustarem


coligação para eleição majoritária e proporcional, ou
seja, para ambas, só nessa hipótese, poderão ser
formadas coligações diferentes para a eleição
proporcional dentre os partidos que integram a
coligação para o pleito majoritário. 4. Não é
admissível, entretanto, pluralidade de coligações
para eleição majoritária (Governador e Senador).”

Cumpre esclarecer que a lei tampouco autoriza que


partido estranho à coligação formada para o pleito
majoritário integre coligação para disputa na eleição
proporcional. Neste sentido, excerto do mesmo voto
supracitado:

“(...) 6. O que não se tem por admissível, em face


do art. 6º da Lei nº 9.504/1997, existente coligação
majoritária, é a inclusão de partido a ela estranho,
para formar com integrante do referido bloco
partidário aliança diversa destinada a disputar
eleição proporcional.”

Deste modo, no caso dos autos, não é possível que o


partido E integre coligações diferentes para o pleito de
Governador e Senador. Ademais, somente poderia fazer
parte de uma coligação diferente para a disputa da
eleição proporcional se fosse formada por partidos que
integrassem também a coligação para a eleição
majoritária.
Ante o exposto opina esta Assessoria pela resposta
negativa às indagações.

Acolho o parecer da ASESP, respondendo negativamente à consulta.


É o voto.
DJE de 10.3.2010.
LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997.

Estabelece normas para as eleições.

Das Coligações

Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar


coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso,
formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a
coligação para o pleito majoritário.

§ 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de todas as siglas
dos partidos que a integram, sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de
partido político no que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um só
partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses
interpartidários.

§ 1o-A. A denominação da coligação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a


nome ou número de candidato, nem conter pedido de voto para partido político. (Incluído pela
Lei nº 12.034, de 2009)

§ 2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, obrigatoriamente, sob sua


denominação, as legendas de todos os partidos que a integram; na propaganda para eleição
proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação.

§ 3º Na formação de coligações, devem ser observadas, ainda, as seguintes normas:

I - na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filiados a qualquer partido


político dela integrante;

II - o pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito pelos presidentes dos partidos
coligados, por seus delegados, pela maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos
de direção ou por representante da coligação, na forma do inciso III;

III - os partidos integrantes da coligação devem designar um representante, que terá


atribuições equivalentes às de presidente de partido político, no trato dos interesses e na
representação da coligação, no que se refere ao processo eleitoral;

IV - a coligação será representada perante a Justiça Eleitoral pela pessoa designada na


forma do inciso III ou por delegados indicados pelos partidos que a compõem, podendo nomear
até:

a) três delegados perante o Juízo Eleitoral;

b) quatro delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral;

c) cinco delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral.

§ 4o O partido político coligado somente possui legitimidade para atuar de forma


isolada no processo eleitoral quando questionar a validade da própria coligação,
durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo
para a impugnação do registro de candidatos. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12034.htm#art3

LEI Nº 12.034, DE 29 DE SETEMBRO DE 2009.

Altera as Leis nos 9.096, de 19 de setembro de 1995 - Lei dos Partidos Políticos, 9.504, de 30
de setembro de 1997, que estabelece normas para as eleições, e 4.737, de 15 de julho de
1965 - Código Eleitoral.

Art. 3o A Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, passa a vigorar com as seguintes


alterações:

“Art. 6o .........................................................................

.............................................................................................

§ 1o-A. A denominação da coligação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou
número de candidato, nem conter pedido de voto para partido político.

.............................................................................................

§ 4o O partido político coligado somente possui legitimidade para atuar de forma isolada no
processo eleitoral quando questionar a validade da própria coligação, durante o período
compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a impugnação do
registro de candidatos.” (NR)

“Art. 7o ..........................................................................

.............................................................................................

§ 2o Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às


diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do
respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e os atos dela decorrentes.

§ 3o As anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária, na condição


acima estabelecida, deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 (trinta) dias
após a data limite para o registro de candidatos.

§ 4o Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de novos candidatos, o pedido de


registro deverá ser apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 (dez) dias seguintes à deliberação,
observado o disposto no art. 13.” (NR)

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