COMPREENDER E

AJUDAR PESSOAS
COM PROBLEMAS
HOMOSSEXUAIS

SUGESTÕES PARA OS LÍDERES DA IGREJA

COMPREENDER E
AJUDAR PESSOAS
COM PROBLEMAS
HOMOSSEXUAIS

SUGESTÕES PARA OS LÍDERES DA IGREJA

"Vinde a mim,
todos os que estais cansados
e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração;
e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave
e o meu fardo é leve."

MATEUS 11:28–30
Copyright © 1992
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Todos os direitos reservados
Impresso no Brasil
Publicado por
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Salt Lake City, Utah

INTRODUÇÃO
Primeira Presidência publicou a seguinte
A declaração a respeito dos padrões de
moralidade e fidelidade:
“Pedimos aos membros que renovem o
compromisso de viver os padrões de conduta
moral estabelecidos pelo Senhor. Os pais devem
ensinar seus filhos a respeito da natureza
sagrada dos poderes de procriação e instilar-lhes
o desejo de serem castos em pensamentos e
ações. Uma compreensão correta dos papéis
atribuídos por Deus ao homem e à mulher
fortalecerá nossa determinação de evitar práticas
pecaminosas. Nossa única fonte real de
segurança, tanto física quanto espiritual, reside
no cumprimento dos mandamentos do Senhor.
A lei de conduta moral do Senhor exige
abstinência de relações sexuais fora dos laços do
matrimônio e fidelidade no casamento. Somente
as relações sexuais entre marido e mulher,
dentro dos devidos laços matrimoniais, são
aceitáveis. Qualquer outro contato sexual,
incluindo a fornicação, o adultério e o
comportamento homossexual ou lésbico, é
pecaminoso. Aqueles que persistirem em tais
práticas ou que influenciarem outras pessoas a
cometê-las estão sujeitos aos procedimentos
disciplinares da Igreja.
Lembrem-se de que as escrituras determinam
claramente que os pensamentos influenciam as
ações (ver Mateus 15:19; Mosias 4:29–30; Alma
12:14; 3 Néfi 12:28; D&C 121:45). Existe uma
diferença entre pensamentos e sentimentos
imorais e a prática de atos hetero ou
homossexuais. Contudo, tais pensamentos e
sentimentos, independente de sua causa, podem
e devem ser sobrepujados e o comportamento
pecaminoso deve ser eliminado. Isso pode ser
alcançado por meio da fé em Deus, do
arrependimento sincero e de esforço contínuo.
A ajuda de outras pessoas pode ser necessária.
Elogiamos e encorajamos aqueles que estão
lutando para vencer os pensamentos e
sentimentos impróprios. Rogamos àqueles que
se encontram envolvidos em tal comportamento
1
que o abandonem. Nós os amamos e oramos
por vocês. Estamos convencidos de que, por
meio do arrependimento e do devido auxílio,
essas pessoas podem encontrar a paz que
advém de uma vida em conformidade com os
ensinamentos do Senhor.
As pessoas e famílias que desejarem auxílio
nesse assunto, devem procurar o conselho de
seu bispo, presidente de ramo, presidente de
estaca ou distrito. Encorajamos os líderes e
membros da Igreja a apoiarem e ajudarem com
amor e compreensão aqueles que enfrentam
esse tipo de problema. Muitos irão corresponder
ao amor cristão e conselhos inspirados, ao serem
convidados a voltar e a aplicar o poder de
Expiação e cura do Salvador em sua vida (ver
Isaías 53:4–5; Mosias 4:2–3)” (Carta da Primeira
Presidência, 14 de novembro de 1991).
Este livreto vai ajudar os líderes da Igreja a
darem assistência aos membros, tanto homens
quanto mulheres, que se encontram afligidos
por problemas homossexuais. A prática de tal
comportamento é particularmente preocupante,
pois viola os mandamentos de Deus, contraria
os propósitos da sexualidade humana, distorce o
relacionamento amoroso e priva as pessoas das
bênçãos que somente podem ser encontradas na
vida em família e nas ordenanças de salvação do
evangelho.
A leitura deste livreto pode ajudar os líderes a
compreenderem a natureza dos problemas
homossexuais e os passos que podem tomar
para auxiliar aqueles que querem adequar seus
pensamentos e ações aos ensinamentos do
Salvador.
COMPREENDER OS PROBLEMAS HOMOSSEXUAIS
s problemas homossexuais incluem
O pensamentos, sentimentos e
comportamento eróticos direcionados a pessoas
do mesmo sexo. Esses problemas não devem ser
confundidos com o amor e respeito que podem
existir entre pessoas do mesmo sexo.
Algumas pessoas que procuram ajuda devido a
problemas homossexuais podem ter chegado à
conclusão de que experiências vivenciadas na
juventude, tais como problemas de
relacionamento com um dos pais ou com outra
pessoa mais velha, tenham contribuído para
seus sentimentos inadequados. Alguns
acreditam que, em primeiro lugar, não
escolheram conscientemente tal tipo de
sentimento.
Não existe consenso geral a respeito da causa
desses problemas. É importante que os líderes
da Igreja ajudem os membros a compreenderem
que, independente do motivo, tais problemas
podem ser controlados e eventualmente
sobrepujados. Os membros podem ser ajudados
a obter autocontrole, obedecer os padrões de
pureza sexual do evangelho e desenvolver
relacionamentos adequados e significativos com
pessoas de ambos os sexos.
AJUDAR OS MEMBROS A SOBREPUJAREM
PROBLEMAS HOMOSSEXUAIS
orientação do Espírito é o auxílio mais
A importante no trabalho de ajudar os
membros. Pondere em espírito de oração os
sentimentos que lhe vierem à mente e as
sugestões abaixo. Sempre que possível, utilize as
escrituras e as palavras dos profetas vivos em
seu trabalho de ajuda.
Quando membros com
Ensine a fé em Jesus problemas homossexuais o
Cristo, o procurarem pedindo
arrependimento e a ajuda, eles poderão estar
obediência se sentindo culpados e em
desespero por não
conseguirem mudar seus pensamentos e ações.
Você poderá dar-lhes esperança. Ajude-os a
saber que você e o Pai Celestial os amam e que
eles podem ser curados de suas aflições por
meio da Expiação do Salvador. Ajude-os a
aceitar a responsabilidade pelos próprios
pensamentos e sentimentos e a aplicar os
princípios do evangelho que lhes possibilitarão
alterar seu comportamento.
Na maioria dos casos, esses membros precisam
de um melhor entendimento da fé em Jesus
Cristo, do processo do arrependimento e do
2
propósito da vida nesta terra. Eles precisam
compreender a importância da oração, do jejum,
do estudo das escrituras, de honrar os convênios
e de obedecer todos os mandamentos de Deus.
Através de seu sacrifício expiatório, o Senhor
Jesus Cristo tornou possível o arrependimento e
o perdão. Aqueles que se arrependem de seus
pecados são limpos e curados pelo poder de
Deus. Ajude os membros a compreenderem o
poder que a Expiação e cura do Salvador terá
em sua vida, lendo e debatendo com eles Isaías
53:4–5; I Coríntios 6:9–11; Mosias 4:1–3; Morôni
10:32–33; e outras escrituras relevantes. Leia e
debata também a seguinte declaração do
Presidente Ezra Taft Benson: “O mundo procura
moldar os homens, modificando seu meio
ambiente. Cristo modifica os homens que então
transformam seu ambiente. O mundo procura
modelar o comportamento humano: Cristo,
porém, consegue mudar a natureza humana”.
(A Liahona, janeiro de 1986, pp. 4–5). Para mudar
o comportamento homossexual, a pessoa deve
compreender a seriedade da transgressão, sentir
um arrependimento profundo e ter uma firme
determinação de mudar. Esses mesmos
elementos vão ajudar a pessoa a sobrepujar os
pensamentos e sentimentos homossexuais que,
apesar de menos sérios, podem conduzi-la ao
comportamento homossexual.
Para ajudar os membros a compreenderem que
o Senhor perdoará seus pecados se estiverem
plenamente arrependidos, leia e debata com eles
Ezequiel 33:14–16; Enos 1:1–8; Doutrina e
Convênios 58:42–43; e outras escrituras
relevantes. Leia e debata também a seguinte
declaração do Presidente Ezra Taft Benson: “Os
dons de Deus são suficientes para ajudar-nos a
vencer todos os pecados e fraquezas, bastando
que nos voltemos a ele, suplicando ajuda”
(“Uma Grande Mudança de Coração”, A Liahona,
março de 1990, p. 7).
Ajude os membros com problemas a
compreenderem que tais promessas se
cumprirão quando eles se voltarem para o
Salvador e procurarem eliminar toda iniqüidade
de sua vida. Ao fazê-lo, serão curados pela graça
e poder de Cristo.
 O membro com problemas
Realize entrevistas homossexuais
regulares e eficazes freqüentemente antecipa
uma rejeição por parte dos
líderes da Igreja. Por isso, o membro precisa
saber que você está genuinamente interessado
em ajudar e que ele pode contar com você. É
especialmente importante que o membro sinta
essas duas coisas durante a primeira entrevista.
Incentive-o, demonstrando compaixão mas, ao
mesmo tempo, firmeza. Entreviste o membro
regularmente, especialmente nos primeiros
estágios do arrependimento.
Pergunte à pessoa se os membros da família, em
especial o cônjuge ou os pais, sabem do
problema. Pergunte qual foi a reação deles. Se
houver um bom relacionamento e a família
constituir uma fonte básica de apoio, discuta a
possibilidade de envolvê-los nos esforços de
ajuda. O apoio da família pode ser muito
importante para o sucesso da pessoa.
Ouça atentamente o que a pessoa tem a dizer.
Faça perguntas que o ajudarão a compreender
os sentimentos e intenções da pessoa, assim
como a natureza e seriedade do problema. Por
exemplo, você poderia perguntar: Que tipo de
problemas está enfrentando? Há quanto tempo
eles existem? Quão profundamente está
envolvido em pensamentos, sentimentos ou
comportamento homossexual? Que efeito esses
problemas estão tendo em sua vida? O que acha
que pode ser feito para melhorar a situação?
Você tentou sobrepujar esses problemas? As
respostas a essas perguntas o ajudarão a
discernir a maneira de oferecer ajuda.
É essencial que você mantenha sigilo sobre tudo
que o membro lhe contar. Uma quebra de sigilo
pode fazer com que o membro deixe de confiar
em você, e os rumores podem fazer com que
outras pessoas da ala ou da comunidade
assumam atitudes negativas em relação ao
membro, dificultando ainda mais o
arrependimento e a mudança.
Tome cuidado para não rotular a pessoa como
“homossexual” ou “gay”. Tais rótulos podem
minar a confiança da pessoa na possibilidade de
3
uma mudança e podem transmitir a falsa noção
de que o homem ou a mulher já nasce com uma
identidade homossexual que não pode ser
mudada. É mais apropriado falar em
pensamentos, sentimentos e comportamento
homossexuais.
Se a pessoa estiver profundamente deprimida
ou mencionar desejo de cometer suicídio, você
deve imediatamente entrar em contato com um
terapeuta profissional e pedir ajuda (ver “Obter
Auxílio Profissional”, na página 5).
Uma pessoa pode estar
Ressalte a afligida por pensamentos
necessidade de e sentimentos
controlar os homossexuais, apesar de
pensamentos e não ter cometido atos
sentimentos homossexuais ou tal
comportamento já ter sido
eliminado. Tais pensamentos e sentimentos
devem ser sobrepujados. Os membros da Igreja
receberam o mandamento de controlar seus
pensamentos e desejos sexuais. Espera-se que
cumpram a lei de pureza sexual do Senhor.
Você pode ajudar os membros a
compreenderem a importância do controle dos
pensamentos e sentimentos, lendo e debatendo
com eles Romanos 12:2; Mosias 4:29–30; Alma
12:14; Doutrina e Convênios 121:45; e outras
escrituras relevantes.
O autocontrole em todos os aspectos da vida
requer disposição física e emocional. O homem ou
a mulher que segue um estilo de vida saudável
terá, com maior probabilidade, a disposição e a
auto-disciplina necessárias à mudança. Se a
pessoa ainda não estiver seguindo um programa
de desenvolvimento físico pessoal, incluindo
exercícios, uma dieta saudável e o estabelecimento
e cumprimento de metas, incentive-a a iniciar um
programa dessa natureza.
Ajude o membro com
Deixar de lado as problemas a reconhecer e
justificativas evitar justificativas comuns,
tais como as seguintes:
“Não sou responsável por meu comportamento, pois
nasci assim.”
Apesar de alguns lutarem contra pensamentos e
sentimentos homossexuais indesejáveis, não há
qualquer evidência conclusiva de que a pessoa
nasce com uma tendência ao homossexualismo.
Muitas pessoas enfrentam desafios difíceis.
Sejam quais forem os motivos dos problemas,
cada pessoa é, em última análise, responsável
pelo modo como lida com os desafios da vida.
(ver Boyd K. Packer, “Convênios”, em A
Liahona, janeiro de 1991, pp. 94–96).
“Não posso mudar minha orientação sexual”
A mudança é possível. Existem aqueles que
abandonaram o comportamento homossexual e
sobrepujaram tais pensamentos e sentimentos.
Deus prometeu ajudar aqueles que
sinceramente se esforçam por cumprir seus
mandamentos: “Não veio sobre vós tentação
senão humana: mas fiel é Deus, que não vos
deixará tentar acima do que podeis, antes com a
tentação dará também o escape, para que a
possas suportar” (I Coríntios 10:13).
A pornografia e a
Abandonar práticas masturbação quase sempre
imorais acompanham as
transgressões
homossexuais. Essas práticas imorais devem ser
vencidas antes que os problemas homossexuais
possam ser resolvidos.
A pornografia é muito perigosa e cria
dependência. Ela inclui todas as formas de
entretenimento vulgar, imoral ou pervertido,
sob quaisquer aspectos. Ela pode estar presente
em filmes, fitas de vídeo, apresentações
musicais, livros, revistas e outros meios de
comunicação. Ver e ler material pornográfico
estimula as fantasias e desejos sexuais que
conduzem ao comportamento imoral.
Apesar de a masturbação ser uma prática aceita
por muitos no mundo, ela foi condenada pelo
Senhor (ver “O Presidente Kimball Fala Sobre
Moralidade”, A Liahona, março de 1981, pp.
136–142). A indulgência para com essa prática
intensifica os desejos sexuais, tornando mais
difícil para a pessoa sobrepujar seus problemas
homossexuais.
Vencer o vício da pornografia e da masturbação
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nem sempre é fácil. Quanto mais
freqüentemente a pessoa se envolveu nessas
práticas, mais difíceis elas são de serem
sobrepujadas.
Você poderá ajudar a pessoa a identificar a
seqüência de eventos que conduzem a
quaisquer dessas práticas. Incentive a pessoa a
interromper a seqüência no estágio mais inicial
possível, substituindo-o por pensamentos e
atividades apropriadas. Jejuar, orar, ouvir música
inspiradora e evitar locais onde ocorreram
transgressões passadas são todas medidas úteis.
Pode levar algum tempo até que tais práticas
imorais sejam sobrepujadas. Pode haver
reincidência. Concentre-se nos progressos
apresentados pela pessoa. Continue a dar
incentivo e apoio até que o problema seja
superado.
As pessoas que estão
Incentive procurando sobrepujar
relacionamentos problemas pessoais serão
fortalecidas por meio de
apropriados
um bom relacionamento
com outras pessoas. Incentive os membros que
estão se arrependendo de transgressões
homossexuais a viverem de modo digno e
desenvolverem relacionamentos apropriados de
caráter não sexual.
Muitas pessoas tentam se arrepender sem se
desfazerem de amizades impróprias com outras
pessoas que têm problemas semelhantes. Os
membros em processo de arrependimento
devem abandonar esse tipo de relacionamento.
O casamento não deve ser visto como uma
maneira de resolver os problemas homossexuais.
Não se deve permitir que a vida de outras
pessoas seja prejudicada por mei de um
casamento que envolva esse tipo de problema.
Incentivar os membros a cultivarem sentimentos
heterossexuais como meio de resolver
problemas homossexuais geralmente resulta em
frustração e desânimo. Contudo, algumas
pessoas relataram que assim que se livraram de
seus problemas homossexuais, os sentimentos
heterossexuais foram gradualmente aparecendo.
 Apesar de o bispo ter a
Peça a ajuda de responsabilidade de
outras pessoas ajudar o membro a se
arrepender, outras pessoas
podem ajudar. O bispo deve obter a permissão
do membro antes de transmitir informações
confidenciais a outras pessoas. A família é a
primeira linha de apoio ao membro e deve
ajudar sempre que possível. O bispo pode pedir
a membros da ala que ajudem a pessoa com a
amizade e o apoio necessários, mas não deve
quebrar o sigilo nem criar situações em que o
membro arrependido ou outros membros
fiquem sujeitos à tentação.
OBTER AUXÍLIO PROFISSIONAL
lém da orientação e assistência inspiradas
A dos líderes da Igreja, os membros muitas
vezes precisam de auxílio profissional fornecido
por terapeutas qualificados que compreendam e
honrem os princípios do evangelho. Quando
não for possível encontrar auxílio profissional
adequado na ala ou na estaca, uma agência de
Serviços Sociais SUD, onde for disponível,
poderá provindenciar consultas, terapia ou
indicações de terapeutas da comunidade. Para
obter informações sobre esses serviços, entre em
contato com o escritório de Serviços Sociais SUD
local ou escreva para LDS Social Services, 50
East North Temple Street, Salt Lake City, Utah
84150.
AJUDAR O CÔNJUGE E OS MEMBROS DA FAMÍLIA
importante compreender e ajudar o cônjuge
É e a família daqueles que tiveram problemas
homossexuais. Algumas vezes, os membros da
família podem hesitar em pedir auxílio por
medo de entrentarem rejeição, incompreensão
ou de serem responsabilizados pelo problema.
Existem ocasiões em que o cônjuge ou um
membro da família precisará de auxílio por meio
de terapia profissional.
Quando uma pessoa com problemas
homossexuais decide não mudar, os membros
da família podem ter dificuldade em continuar
5
amando e aceitando essa pessoa. Incentive-os a
continuarem amando a pessoa e mantendo a
esperança de que ela venha a se arrepender.
Para obter sugestões específicas sobre o que os
membros da família podem fazer para ajudar,
veja o discurso do Élder Richard G. Scott
intitulado “Auxílio a um Ente Querido em
Necessidade”, em A Liahona, junho de 1988, pp.
62–64.
Se a pessoa com problemas abusou sexualmente
de uma criança, aplicam-se as leis concernentes
à denúncia de abuso de menores, e a criança
pode necessitar terapia profissional.
A fim de proteger o bem-estar do cônjuge, dos
futuros filhos e de outros membros da família,
incentive as pessoas que exerceram
comportamento homossexual a fazer um teste
para detecção do vírus da AIDS e procurar
auxílio médico competente. (Ver “Declaração da
Primeira Presidência sobre a AIDS”, Boletim
Especial, janeiro de 1989 [PBCR0193 059]).
Tome o cuidado de não culpar os membros da
família pelas escolhas feitas por uma pessoa com
problemas homossexuais. Os pais, em especial,
têm a tendência de se culparem pelos problemas
de um filho ou filha. A seguinte declaração do
Presidente Spencer W. Kimball pode ajudar a
consolar e encorajar os membros da família:
“Já vi, algumas vezes, filhos de boas famílias
rebelarem-se, resistirem, desviarem-se do
caminho, pecarem e até mesmo lutarem contra
Deus. Ao fazê-lo, eles causam sofrimento aos
pais, que deram o melhor de si para colocar uma
corrente em movimento e ensinar através do
exemplo. Mas, repetidas vezes, vi muitos desses
mesmos filhos, depois de anos de desatino,
amadurecerem, reconhecerem o que lhes estava
faltando, arrependerem-se e darem uma grande
contribuição à vida espiritual de sua
comunidade. Creio que o motivo por que isto
acontece é que, apesar de todos os ventos
contrários enfrentados por essas pessoas, elas
receberam uma influência ainda maior, além de
sua própria percepção, da corrente de vida
proveniente dos lares nos quais foram criados…
(…) Pais dignos que se esforçam para
desenvolver uma influência benéfica sobre seus
filhos serão considerados sem culpa no último
dia, e (…) conseguirão salvar a maioria de seus
filhos, se não todos.” (Conference Report,
outubro de 1974, p. 160).
CONSELHOS DISCIPLINARES E ATIVIDADES NA
IGREJA
O s presidentes de estaca e bispos devem
usar seu discernimento inspirado para
julgar quando devem convocar um conselho
disciplinar para um membro que cometeu uma
transgressão homossexual. O propósito dos
procedimentos disciplinares da Igreja e as
instruções sobre como realizar um conselho
disciplinar são explicados no Manual Geral de
Instruções, seção 10.
A atividade e o serviço na Igreja são privilégios
assim como responsabilidades. Quando as
pessoas se arrependem e são dignas, os bispos
podem lhes dar um cargo apropriado na Igreja.
Os bispos devem cuidar para que os homens e
mulheres chamados para trabalhar com os
jovens tenham uma vida plenamente de acordo
com a lei de pureza sexual do Senhor.
PROVOMOVER O DESENVOLVIMENTO SADIO DA
SEXUALIDADE
ônjuges, membros da família e amigos
C daqueles que têm problemas homossexuais
podem procurá-lo pedindo conselhos sobre
como prevenir problemas na vida de outros
membros da família. Explique-lhes que toda
pessoa pode ser fortalecida contra a prática de
atividades pecaminosas obtendo um
testemunho de Deus, o Pai, e seu Filho, Jesus
Cristo; compreendendo seu relacionamento com
Deus; e obedecendo os princípios do evangelho.
Toda pessoa também precisa compreender o
relacionamento estabelecido por Deus entre o
homem e a mulher.
Um ambiente familiar seguro ajuda os filhos a
desenvolverem atitudes sexuais sadias. O amor,
a comunicação eficaz e expressões de afeto
apropriadas entre os membros da família são de
importância vital. Toda pessoa também precisa
da segurança que advém da convivência
individual e significativa com os pais, amigos e
pessoas que possam estabelecer um modelo de
comportamento.
CONCLUSÃO
á esperança para aqueles que desejam se
H ver livres de problemas homossexuais.
Apesar de o processo de arrependimento ser
muitas vezes longo e árduo, os membros podem
sobrepujar tais problemas voltando-se para o
Senhor, seguindo a orientação inspirada de seus
servos e dedicando-se a um programa de
mudança. O arrependimento traz a cura, a paz
de consciência e a alegria. Força e consolo extras
advém do serviço na Igreja. Em alguns casos,
podem surgir sentimentos heterossexuais que
conduzem a um relacionamento feliz por meio
do casamento eterno.
OUTRAS FONTES DE REFERÊNCIA
Ezra Taft Benson, “Nascido de Deus”, A Liahona,
janeiro de 1986, pp. 4–5.
Spencer W. Kimball, O Milagre do Perdão (Salt
Lake City: Bookcraft, 1969).
Spencer W. Kimball, “O Presidente Kimball Fala
sobre Moralidade”, A Liahona, março de 1981,
pp. 136–142.
Boyd K. Packer, “Convênios”, A Liahona, janeiro
de 1991, pp. 94–96.
Richard G. Scott, “Auxílio a um Ente Querido em
Necessidade”, A Liahona, julho de 1988, pp.
62–64
Para o Vigor da Juventude (34285 059).