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Diário da República, 2.ª série — N.

º 158 — 16 de Agosto de 2010 43829

Aviso n.º 16253/2010 textura é fina com deposição de gordura intermuscular, sendo esta mais
acentuada nas fêmeas e com infiltrações visíveis de gordura intramuscu-
Pedido de anulação de Denominação de Origem lar que realçam o “flavour” da carne. A especificidade do produto decorre
Protegida — Carne Mirandesa da combinação de quatro factores: a raça dos animais, a alimentação, o
maneio e a desmancha da carne para a Posta Mirandesa. A combinação
1 — Por despacho do Senhor Director Adjunto, Dr. Bruno Dimas, destes quatro factores dá origem a uma carne de características únicas
de 9 de Agosto de 2010 e de acordo com o disposto no 2.º parágrafo do muito apreciadas na região pela qual é conhecida a carne.
n.º 2 do artigo 12.º do Reg. (CE) n.º 510/2006 do Conselho de 20 de IV — Apresentação Comercial — A carne pode apresentar-se sob a
Março, faço público que a Cooperativa Agro Pecuária Mirandesa, CRL, forma de peças açougueiras inteiras ou fatiada. Quando em peças só pode
com sede em Miranda do Douro, entidade à qual foi conferida a gestão ser apresentada embalada em vácuo. Quando fatiada pode ser apresentada
da DOP Carne Mirandesa, requereu o pedido de anulação Mirandesa embalada a vácuo ou em atmosfera modificada. A carne é sempre cortada
como denominação de origem protegida para carne.
no sentido perpendicular ao sentido das fibras musculares e as postas têm
2 — Qualquer pessoa singular ou colectiva que alegue um interesse
económico legítimo pode consultar o pedido de anulação dirigindo-se, uma espessura média de 30 mm e um peso de 300 gr ± 10 %.
durante o horário normal de expediente ao: Da rotulagem da posta Mirandesa constam obrigatoriamente os se-
Gabinete de Planeamento e Políticas — Rua Padre António Vieira guintes elementos:
n.º 1 — 1099 — 073 Lisboa Designação “Posta Mirandesa — Denominação de Origem”, ou
3 — As declarações de oposição, devidamente fundamentadas, devem “Carne Mirandesa — Denominação de Origem Protegida” (após re-
dar entrada no serviço referido em 2, num prazo de 30 dias a contar da gisto comunitário),
data de publicação deste Aviso no Diário da República. Logótipo do produto
Data: 10 de Agosto de 2010. — Nome: Teresa Santos, Cargo: Direc- Nome e morada do produtor ou do Agrupamento de produtores que
tora de Serviços de Sistemas de Informação e Gestão comercializa o produto,
203588109 Logótipo comunitário (apenas após o registo comunitário),
Indicação da entidade que realiza o controlo e certificação, logótipo
Aviso n.º 16254/2010 e n.º de serie.

V — Delimitação das áreas geográficas de produção da matéria


Pedido de Registo de Denominação prima, de transformação e acondicionamento — A área geográfica de
de Origem — Posta Mirandesa produção, desmancha e acondicionamento abrange os concelhos de:
1 — Por despacho do Senhor Director Adjunto, Dr. Bruno Dimas, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro,
de 9 de Agosto de 2010 e de acordo com o disposto no n.º 2 do anexo I Vimioso, Vinhais.
do Despacho Normativo n.º 47/97 de 11 de Agosto, faço público que a 203588166
Cooperativa Agro Pecuária Mirandesa, CRL, com sede em Miranda do
Douro, requereu o registo de Mirandesa como denominação de origem Aviso n.º 16255/2010
para posta.
2 — Do pedido de registo e do caderno de especificações que o
suportam constam as definições e restrições publicadas em anexo ao Pedido de Registo de Indicação Geográfica
presente aviso. Carne Mirandesa
3 — Qualquer pessoa singular ou colectiva que alegue um interesse 1 — Por despacho do Senhor Director Adjunto, Dr. Bruno Dimas,
económico legítimo pode consultar o pedido de registo na página Web de 9 de Agosto de 2010 e de acordo com o disposto no n.º 2 do anexo
do GPP em www.gpp.pt ou dirigindo-se, durante o horário normal de I do Despacho Normativo n.º 47/97 de 11 de Agosto, faço público que
expediente ao: a Cooperativa Agro Pecuária Mirandesa, CRL, com sede em Miranda
Gabinete de Planeamento e Políticas — Rua Padre António Vieira do Douro, requereu o registo de Mirandesa como indicação geográfica
n.º 1 — 1099 — 073 Lisboa para carne.
4 — As declarações de oposição, devidamente fundamentadas, devem 2 — Do pedido de registo e do caderno de especificações que o
dar entrada no serviço referido em 3, num prazo de 30 dias a contar da suportam constam as definições e restrições publicadas em anexo ao
data de publicação deste Aviso no Diário da República. presente aviso.
Data: 10 de Agosto de 2010. — Nome: Teresa Santos, Cargo: Direc- 3 — Qualquer pessoa singular ou colectiva que alegue um interesse
tora de Serviços de Sistemas de Informação e Gestão. económico legítimo pode consultar o pedido de registo na página Web
do GPP em www.gpp.pt ou dirigindo-se, durante o horário normal de
ANEXO expediente ao:
Gabinete de Planeamento e Políticas — Rua Padre António Vieira
Posta Mirandesa DOP n.º 1 — 1099-073 Lisboa
I — Entende-se por Posta Mirandesa, as peças e porções de peças e
postas, embaladas em vácuo ou em atmosfera modificada, refrigerada, 4 — As declarações de oposição, devidamente fundamentadas, devem
obtidas a partir de animais da Raça Mirandesa inscritos no Livro de dar entrada no serviço referido em 3, num prazo de 30 dias a contar da
Nascimentos da Raça Bovina Mirandesa, nascidos, criados, abatidos, data de publicação deste Aviso no Diário da República.
desmanchada e acondicionada a sua carne, na área geográfica delimitada 10 de Agosto de 2010. — A Directora de Serviços de Sistemas de
e segundo as regras estabelecidas no caderno de especificações. Informação e Gestão, Teresa Santos.
II — Descrição do Produto
Considerando a idade ao abate distinguem-se as seguintes classes:
ANEXO
a) Mamona — Animais de ambos os sexos, com idade compreendida
entre os 180 e os 240 dias de idade, e que por isso permanece com a
mãe durante esse período. Carne Mirandesa — IGP
b) Vitelo — Animais de ambos os sexos, recriados após o desmame 1 — Designa-se por carne Mirandesa IGP a carne proveniente do
cujo abate acontece entre os 241 e os 365 dias de idade. abate de animais de ambos os sexos da raça bovina Mirandesa, ins-
c) No caso do lombinho, designado de lombelo, a idade dos animais critos no Livro de Nascimentos da Raça Bovina Mirandesa, nascidos,
vai até 30 meses e nas carcaças com idade superior a 12 meses, as criados, abatidos, desmanchada e acondicionada a sua carne, na área
carcaças têm que ter classificação mínima para a gordura de 2 e estão geográfica delimitada.
excluídas as carcaças com classificação P na conformação. 2 — Características das carcaças
As peças açougueiras que podem ser utilizadas na preparação da Posta 2.1 — Podem beneficiar do uso da indicação geográfica as carcaças
Mirandesa são: Lombinho (Lombelo), Pojadouro, Picadouro, Posta falsa, dos animais, ou as peças deles provenientes, nas seguintes condições:
Alcatra, Vão de costelas, Acém Redondo desossado e a Maçã da pá.
a) Vitela mamona — carcaças de animais de ambos os sexos, com
III — Características do Produto — A Posta Mirandesa é uma carne de idade compreendida entre os cinco e os nove meses, e que por isso
cor rosada claro nas classes de animais mais jovens (mamona e vitelo) e permanece com a mãe durante esse período.
de cor vermelha no Lombelo obtido do novilho. Muito tenra e suculenta b) Vitelo — carcaças de animais de ambos os sexos, recriados após o
com o aroma a acentuar-se à medida que o animal avança na idade. A desmame cujo abate acontece entre os dez e doze meses.
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c) Novilho — carcaças de animais de ambos os sexos, recriados após concelhos de: Abrantes, Aguiar da Beira, Alcanena, Alfandega da Fé,
o desmame cujo abate acontece entre os doze e trinta meses. Almeida, Almeirim, Alpiarça, Alter do Chão, Alvaiázere, Arganil, Ar-
d) Vaca — Carcaças das fêmeas, cujo abate acontece entre os vinte raiolos, Avis, Belmonte, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Carregal do
cinco meses e dez anos de idade. Sal, Castelo Branco, Castelo de Vide, Celorico da Beira, Chamusca,
e) Touro — Carcaças dos Machos, cujo abate acontece entre os trinta Chaves, Condeixa-a-Nova, Constância, Coruche, Covilhã, Crato, En-
e um meses e os dez anos de idade. troncamento, Évora, Estremoz, Ferreira de Zêzere, Figueira de Castelo
Rodrigo, Figueiró dos Vinhos, Fornos de Algodres, Freixo de Espada
2.2 — Peso da Carcaça: à Cinta, Fundão, Gavião, Góis, Golegã, Gouveia, Guarda, Idanha a
Nova, Mação, Macedo de Cavaleiros, Mangualde, Manteigas, Marvão,
Meda, Miranda do Corvo, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro,
Tipo de animal
Peso Moimenta da Beira, Moncorvo, Montemor o Novo, Mora, Nelas, Niza,
(quilogramas)
Oleiros, Oliveira de Frades, Oliveira do Hospital, Ourém, Pampilhosa
da Serra, Pedrógão Grande, Penamacor, Penedono, Penela, Penalva do
Vitela mamona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105-162 Castelo, Pinhel, Ponte de Sor, Portalegre, Proença a Nova, Sabugal,
Vitelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124-200 Santa Comba Dão, Santarém, São João da Pesqueira, São Pedro do
Novilho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200-320 Sul, Sardoal, Sátão, Seia, Sernancelhe, Sertã, Sousel, Tábua, Tabuaço,
Novilha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180-300 Tomar, Tondela, Torre Moncorvo, Torres Novas, Trancoso, Valpaços,
Vaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220-480 Viana do Alentejo, Vila de Rei, Vila Flor, Vila Nova da Barquinha, Vila
Touro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320-700 Nova de Foz Côa, Vila nova de Paiva, Vila Velha de Ródão, Vimioso,
Vinhais, Viseu, Vouzela.
As operações posteriores ao abate, tais como desmancha e fatiagem
2.3 — Gordura das carcaças: Deve ser firme, não exsudativa e de (para obtenção de peças de maiores ou menores dimensões), incluindo
coloração variável de branco a amarelo. o corte fino, de preparação de certas peças em produtos picados e prepa-
Só são admitidas carcaças cuja classificação em relação à gordura de rados e de acondicionamento das peças e dos produtos picados e prepa-
cobertura seja superior a 2 — As carcaças com classificação igual ou rados está circunscrita aos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro,
inferior a 2 destinam-se à picagem. Vimioso, Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais.
3 — Características físico — químicas da carne 203588199

Vitela mamona/
Característica vitelo Touro/vaca
(percentagem) MINISTÉRIOS DA AGRICULTURA,
DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS
Humidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76.67 74.68
Proteína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22.65 18.94 E DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
Gordura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.03 5.20
Cinzas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.25 1.18 Despacho n.º 13174/2010
MS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23.33 25.32 O Decreto-Lei n.º 214/2008, de 10 de Novembro, com a redacção que
lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 316/2009, de 29 de Outubro, aprova o
O pH da carne às 24 horas após abate deverá ser inferior a 6.20, regime de exercício da actividade pecuária (REAP).
nas classes de animais mais jovens (vitela mamona e vitelo) e 5.8 nas Este diploma regula a autorização do exercício da actividade pecuária,
restantes classes. a qual representando um segmento fulcral da política de desenvolvimento
do País, depende da intervenção de um conjunto alargado de entidades
3.1 — Características sensoriais da carne com competência em matérias específicas.
Aspecto visual: A carne Mirandesa é uma carne de cor rosada que se Considerando as características exigidas pelo processo de licencia-
acentua à medida que os animais vão sendo mais maturos, apresenta uma mento pecuário, urge criar a nível central do MADRP, um grupo de apoio
cor rosado claro nas classes de animais mais jovens (vitela mamona e técnico às entidades coordenadoras do licenciamento e que dê resposta
vitelo), uma cor rosado na categoria de novilho/a e uma cor vermelha às necessidades de operacionalização do REAP.
clara nas classes de vaca e touro. Atendendo à diversidade dos intervenientes no processo de autorização
Devido à acumulação precoce de camada adiposa nos animais, apre- das explorações pecuárias, visando a harmonização dos critérios aplica-
senta um marmoreado, de textura com grão fino com deposição de dos, devem ser produzidas as necessárias normas técnicas, em articulação
gordura inter e intramuscular característica, sendo esta mais acentuada com as diversas entidades, e que serão posteriormente divulgadas.
no caso das fêmeas. Assim, nos termos do n.º 5 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 214/2008,
Sabor e aroma: A carne Mirandesa é muito tenra e suculenta, apresenta de 10 de Novembro, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei
um sabor herbáceo e frutado, cujas infiltrações de gordura intramuscular n.º 316/2009, de 29 de Outubro, determina-se o seguinte:
realçam o flavour da carne, no entanto menos acentuado à medida que o 1 — É criado o grupo de trabalho do REAP, adiante designado por
animal avança na idade, apresentando um sabor típico inerente ao modo GT REAP, ao qual caberá elaborar as normas técnicas de aplicação do
de produção e ao tipo de alimentação. regime de exercício da actividade pecuária, tendo em vista a aplicação
da legislação em vigor.
4 — Apresentação Comercial 2 — O GT REAP é constituído pelas seguintes entidades:
A carne Mirandesa apresenta-se comercialmente em: Meias ou quartos a) Direcção-Geral de Veterinária (DGV), que presidirá;
de carcaça (não embalada); Peças inteiras ou carne fatiada, porções, pi- b) Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP);
cados ou preparados embalados em vácuo ou em atmosfera controlada; c) Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR);
Porções, picados ou preparados embalados em vácuo ou em atmosfera d) Agência Portuguesa do Ambiente (APA);
controlada. e) Instituto da Água, I. P. (INAG, I. P.);
Da rotulagem da carne Mirandesa constam obrigatoriamente os se- f) Instituto Nacional de Financiamento de Agricultura e Pescas, I. P.
guintes elementos: (IFAP, I. P.);
Designação “Carne Mirandesa — Indicação Geográfica”, ou “Carne g) Um representante das cinco direcções regionais de agricultura e
Mirandesa — Indicação Geográfica Protegida” (após registo comuni- pescas;
tário), h) Um representante das cinco administrações das regiões hidro-
Logótipo do produto gráficas;
Nome e morada do produtor ou do Agrupamento de produtores que i) Um representante das cinco comissões de coordenação e desen-
comercializa o produto, volvimento regional.
Logótipo comunitário (apenas após o registo comunitário),
Indicação da entidade que realiza o controlo e certificação, logótipo 3 — Cada organismo designará o seu representante no GT REAP
e n.º de serie. e, em caso de impedimento daquele, indicará, o respectivo substituto.
4 — Sem prejuízo de atribuições que venham a ser fixadas pela tutela,
5 — Delimitação da área geográfica de origem compete ao GT REAP:
A área geográfica de produção da Carne Mirandesa, que engloba a) Coordenar a elaboração de guias técnicos e protocolos, para efeitos
nascimento, cria, recria e abate, está delimitada pelas freguesias dos do disposto no n.º 1 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 214/2008, de 10 de

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