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1 INTRODUÇÃO

Claude helft, no livro, Explorando as mitologias do mundo todo, diz que todos
os mitos são histórias, mas num sentido particular, não são contos realistas, nem
histórias de eventos ou situações corriqueiras, do nosso dia-a-dia. Bem pelo
contrário. Frequentemente eles tratam de personagens extraordinários num mundo
diferente da nossa realidade, um mundo por vezes cheio de magia, de deuses e
deusas, onde a terra tem vida e os animais falam. Diz que a maior parte dos mitos
são histórias que decorrem do tempo que não pode ser medido pelo relógio, ou em
numa era anterior ao início dos tempos, quando o sofrimento profundo e o prazer
infinito podiam durar uma eternidade.
Os mitos são histórias importantes para as respectivas culturas e cujo
significado é muitas vezes transmitido ao longo dos séculos e para além da cultura
original. Os mitos atravessam todas as culturas, sendo cedidos, recontados e
revividos em novos imaginários. São histórias dos primórdios culturais, sobre a
forma como as pessoas viviam e os modos como os pensamentos eram adaptados,
e que ainda hoje contribuem para modelar a forma como as pessoas se vêem e
como vêem o mundo.
O mito tem sido uma fonte de conhecimento disponível desde os primórdios
da humanidade, nesse apoio que propõem certa visão de como um ou vários deuses
produziram este mundo e como podemos de algum jeito nos relacionar com a
sociedade com a natureza e com o cosmos.
Segundo Joseph Campbell, uma das maiores autoridades no campo da
mitologia em nosso século, sempre nos fala desta finalidade, a do mito em si
mesmo, são a música da imaginação inspirada nas energias do corpo e a primeira
função de uma mitologia viva é conciliar a consciência com as precondições da sua
própria existência – quer dizer, com a natureza da vida e a vida vive da vida!
A Terra, a natureza, toda a sua biodiversidade, os seus ecossistemas e todas
as partes vivas deste maravilhoso planeta são temas que interessaram a
humanidade há milhares de anos, em todas as culturas e povos, em todas as
épocas, sempre surgiram muitas tentativas de compreender de onde veio tudo o que
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conhecermos, o que somos. Estas buscas e tentativas de desvendar tais mistérios,


podem ser comparadas as nossas buscas em descobrirmos as nossas próprias
origens, quais os motivos da nossa jornada nesta Terra, qual o sentido de cuidarmos
de nossa existência e também por que.estamos tão unidos a esta Terra, fonte dos
mais diversos recursos essenciais para nossa vida e sobrevivência.
Em 1991,porém, James Loverlock publicou (Gaia: Uma Nova Visão da Vida
na Terra, Ed.Cultrix, São Paulo). Um livro no qual demostra algo parecido com a
idéia de uma deusa natural da Terra. Ele avança com a hipótese de Gaia, segundo a
qual tudo o que vive no planeta pode ser entendido como um organismo. A hipótese
de Gaia fala de um planeta cuja superfície é propícia a vida tal como a deusa grega
Gaia, mãe e protetora de toda a vida.
Gaia, “terra-mãe”, representa também “o espírito da Terra”, ou seja,
símbolos, especialmente da natureza de todos os seus reinos, que a humanidade
difunde através dos hábitos, rituais, manifestações e etc. O grande chefe Seattle,
escreveu ao presidente Washington, por volta 1852, repondendo-o uma proposta em
adquirir terras tribais para imigrantes que chegavam aos Estados Unidos.

[...] Mas como é possível vender o céu ou a terra? A idéia Nos é estranha.
Se não possuímos o frescor do ar e a vivacidade da água, como vocês
poderão comprá-los? [...] Conhecemos a seiva que circula nas árvores,
como conhecemos o sangue que circula em nossas veias. Somos parte da
terra, e ela de nós.[...] O topo das montanhas, o húmus das campinas, O
calor do corpo do pônei, e o homem, pertencem todos à mesma família.
(CAMPBELL, 1990, p.34)

Diante do exposto, o estudo do mito de Gaia e sua influência no homem na


atualidade se faz importante para compreender a dinâmica existente entre estas.
Nos dias atuais o homem vem optando por buscar o conforto exagerado e o “bem-
estar” a qualquer preço e esforço, vemos hoje em dia a intensidade do “ter” é mais
importante do que o “ser”. A humanidade está Mas na realidade o que temos
vivenciado, são homens e mulheres com “sucesso” vivendo tormentos com drogas
(ex. Macaulay Culkin, preso pela polícia com drogas, atuou em vários filmes e chegou
a cumular US$ 17 milhões de dólares), crises existenciais (ex. Britney Spears e as
várias crises que a anos vem chocando os fãs , violência (ex. Mel Gibson e a sua ex-
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namorada Oksana Grigorieva, em que teria confirmado agressão doméstica), e


ainda, segundo a OMS ( Organização Mundial da Saúde) A depressão é a principal
causa de incapacidade medido pelo YLDs1 e o quarto principal contribuinte para a
carga global de doença (DALY) 2 em 2000. Até o ano de 2020, a depressão é
projetado para alcançar o 2 º lugar do ranking de DALYs calcuated para todas as
idades, de ambos os sexos. Hoje, a depressão é já a segunda causa de DALY na
faixa etária 15-44 anos para ambos os sexos combinados.
E também segundo a OMS, há uma epidemia global de sobrepeso e
obesidade - "globesity" – e está rapidamente se tornando um grave problema de
saúde pública em muitas partes do mundo. Coexistindo com a desnutrição nos
países em desenvolvimento, a crescente prevalência de sobrepeso e obesidade está
associada com muitos relacionados com a dieta doenças crônicas como diabetes
mellitus, doença cardiovascular, derrame, hipertensão e certos tipos de câncer 3.
No homem de nossos dias, percebemos que há algo que o faz mergulhar no
psicológico, em seu interior, como disse Joseph Campbell, em seu livro mito e
transformação, que quando o mundo externo não consegue instigar a participação
psicológica, o indivíduo volta-se para dentro. Podendo ser através de mitos,
símbolos sociais, danças, rituais, e as drogas. Mas também com meditações de
outro tipo. E adiante ele questiona, o que as cabeças têm? Consciência. Com o que
o homem se identifica? Com a lâmpada ou com a luz? Com o corpo ou a
consciência?
Partindo deste pressuposto, de que, o que há no mundo exterior é para que
conteúdos que estão no interior se amplifiquem, se manifestem, possibilitando que o
homem siga na jornada da vida, pelo movimento teleológico da individuação, Murray
Stein, em seu livro O Mapa da Alma, diz que As pessoas desenvolvem-se sob
muitos aspectos ao longo de suas vidas, e passam por múltiplas mudanças em
muitos níveis e que a experiência total da integridade ao longo de uma vida inteira, o

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Anos vividos com incapacidade (YLDs, em inglês: Years Lived with Disability) é número de anos perdidos
devido a deficiência. (link acessado em 16 de agosto de 2010; http://www.who.int/mental_health/
management/depression/daly/en/.)

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Anos de vida ajustados por incapacidade (DALY, em inglês: Disability-adjusted life year) é uma medida da
carga global da doença, expressa pelo número de anos perdidos devido a problemas de saúde, invalidez ou
morte prematura. (link acessado em 16 de agosto de 2010; http://www.who.int/mental_health/
management/depression/daly/en/.)

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Link acessado em 16 de agosto de 2010; http://apps.who.int/bmi/index.jsp
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surgimento do si-mesmo na estrutura psicológica em consciência é conceituada por


Jung e denominada individuação. o estudo se concentra em grande parte na relação
do homem atual com o mito de Gaia, suas ramificações, se estendendo a psicologia
analítica de Jung, fazendo relações sobre o conseqüências desta realidade.
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2 PROBLEMA

Joseph Campbell, diz que somos filhos da Terra e , já que ela veio do espaço,
seria surpreendente que as leis deste mesmo espaço vivam em nós? Ele afirma de
forma expositiva que, existe uma concordância maravilhosa entre o mundo exterior e
o interior.
Walter Boechat, no livro A mitopoese da Psique, após descrever o comentário
sobre o estado original do mundo quanto a natureza começou a ser perturbada pela
ciência e saiu de seu estado virginal, obscuro, inicial; feito por Jung em 1945 no
trabalho Anotações sobre eventos contemporâneos, faz a seguinte indagação; “É
difícil imaginar as grandes mudanças psíquicas na vida mental da humanidade
quando o mundo natural gradualmente foi desencantado ou foi despsiquificado, e
mais a frente ele lembra outra frase de Jung, que diz que a crítica ao mito não abole
o fator mitologizador na psique.
A humanidade vive o fenômeno essencialmente secular, onde a sociedade
vive um tempo onde quase tudo que vivemos e consumimos,não preenche o tanto
quanto necessitamos, o quanto buscamos estas coisas atuais, elas possuem uma
fluidez emocional e afetiva, não afirmando o que Walter Boechat diz, ainda no
mesmo livro, que estamos em um momento de grandes mudanças permeadas de
grandes crises e que na verdade, estamos vivendo um grande crise paradigmática.
A perda das certezas metafísicas, que segundo ele , nas palavras de Jung, a
humanidade mergulhou numa grande crise de identidade, de desencontro consigo
própria.
Entende-se por Gaia, como sendo a “mãe-terra”, que simbolicamente possui e
é “o espírito da terra”, uma entidade imensa e antiga, sendo necessária para a
experiência e manifestação da psíque humana e consequentemente a sua
adaptação no mundo. O homem dos dias atuais nega o mito, que negativamente se
relacionam com a própria existência ou a Gaia, uma aversão em relação a Terra
vem aparecendo proporcionalmente a busca a uma vida de luxo ou “sem
estresses”.O quanto o homem está afastado de Gaia?
Em função desta situação atual e escura, podemos afirmar que o homem
necessita do retorno ao estado original da natureza, onde o mito proporciona luz nas
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relações humanas e nos mistérios da jornada da vida e assim retomar sua


caminhada?
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3 OBJETIVO

3.1 OBJETIVO GERAL

Compreender se o homem, está caminhando em sentido contrário à sua


natureza, a de buscar e compreender seu papel no mundo e seu destino. Tendo
como referência sua relação com a Terra, com Gaia..

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Investigar o mito de Gaia e sua influência no psiquismo do homem atual.


 Relacionar mito e vida.
 Discutir sobre o homem atual e a relação com Gaia, considerando aspectos
mitológicos.
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4 JUSTIFICATIVA

A relação entre nós seres humanos e a Terra é mais forte e profunda do que
possamos imaginar, ela toca no íntimo de nosso ser. Ao investirmos duros golpes
à Gaia, melhor explicando, se a devastarmos sem motivos sustentáveis, se
desordenadamente à habitarmos sem um devido programa governamental, se
poluímos os mares pensando que os oceanos são depósitos de lixo auto-
renováveis, se poluirmos o ar com CFC e outros gases nocivos à vida humana,
animal e vegetal, proporcionalmente e diretamente estaremos investindo duros
golpes à nós mesmos ! Estaremos construindo um fim muito próximo para toda
vida hoje que há na Terra

A cada dia continuamos emporcalhando o ar e confundindo ecossistemas


naturais com terras agrícolas, aumentarmos a nossa dívida. Há um
consenso entre os cientistas do clima segundo o qual estamos nos
aproximado esse nível, situado entre 400 e 500 partes por milhão, o sistema
da Terra ficará sujeito a um superaquecimento irreversível e, como estamos
atualmente no nível de 380 partes por milhão, é possível que nos reste
pouco tempo para agir. (LOVELOCK. James, 2006 p.7)

No livro Civilização em Transição, Jung revela como a psique poderia ser


entendida, ele diz que a mesma seria como um sistema de adaptação
determinado pelas condições da terra. Esta é uma visão unilateral do de vista
causal, pois ele coloca a alma como contendo duas partes, uma celestial que não
possui uma causa em si mesma ou um princípio criador e outra parte da terra,
como produto de causas e efeitos.
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Atualmente existe uma grande movimentação de toda humanidade com a


preocupação, com a Terra e seu futuro, o que este trabalho tem intenção de
contribuir, é para a questão da psicologia, a questão de como o homem irá se
adaptar na Terra se ele mesmo a esta destruindo. Que consciência é essa que o
homem hoje que o permite destruir a si mesmo, tendo em nós que somos parte
da Terra, e ela é parte de nós.
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5 REVISÃO DA LITERATURA

E fazendo um apanhado na mitologia elaborada e passada de gerações em


gerações, temos evidências escritas em muitos livros e sinais de que Gaia esteve e
está presente em muitos mitos do início de tudo, formadora da vida e do universo.
“Os antigos Gregos consideravam a deusa Gaia, mãe da Terra, como a que
deu vida e alimentos aos seus filhos. (MITOLOGIA ..., 2006)

O cosmo Celta, “os papéis femininos relacionavam-se com a terra e a


fertilidade e incluíam a mãe terra, assim como as deusas da Primavera, das
terras e das árvores de fruto. Estas divindades existiam lado a lado com as
pessoas e eram muito reais.” (MITOLOGIA ..., 2006, p.214).

Na mitologia germânica, “temos Midgard, concebida como uma massa de


terra central rodeada por mar, era onde viviam os deuses e os humanos.”
(MITOLOGIA ..., 2006, p.235).
Os eslavos também veneravam a Terra que pisavam e que acreditavam estar
possuída por “Mati Syra Zemlya ou Terra Mãe Húmida, a quem era concedido um
grande respeito.” (MITOLOGIA ..., 2006, p.258).
“Os egípicios entendiam o seu cosmos como sendo duas Terras idênticas. A
Terra tinha sido criada como um monte que emergia das águas do Caos original.”
(MITOLOGIA ..., 2006, p.285).

Num outro mito de origem na China, “Nu Gua é responsável pela criação
dos seres humanos e é conhecida através de referências pré-budistas que
lhe são feitas como acontece com os seres femininos de outras sociedades,
o criador original dos chineses. (MITOLOGIA ..., 2006, p.354,354).
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E também nos povos da polinésia, muitas versões da genealogia cosmológica


culminavam em dois nomes: “Rangi (pai do céu) e Papa (mãe da Terra).”
(MITOLOGIA ..., 2006, p.404).

Por aqui nas Américas, “os mitos tribais que revelam como mundo natural
surgiu, podem ser encontrados em todas as comunidades nativas
americanas nos EUA. São algumas das mais antigas histórias e explicam as
origens do Sol, estrelas e Lua, assim como a Terra, a água e os povos
indígenas.” (MITOLOGIA ..., 2006, p.426).

Dando um passo a mais, em direção ao homem e sua relação com Gaia,


segundo Leonardo Boff, em seu livro, Saber Cuidar, ele relata que a Terra em sua
biografia experimentou catástrofes inimagináveis, mas sempre sobreviveu. Que ela,
a Terra, sempre preservou o princípio da vida e de sua diversidade. Onde a
degradação crescente de nosso lar comum, a Terra, expõe segundo ele, a nossa
crise de adolescência. Cujo sintoma mais doloroso, já constatado há décadas por
sérios analistas e pensadores , é o mal estar da civilização.
E continua, apresentando que a humanidade está sob o fenômeno do
descuido, do descaso e do abandono, numa palavra,da falta de cuidado com a
Terra, um princípio também segundo ele, de autodestruição, capaz de liquidar o sutil
equilíbrio físico-químico e ecológico do planeta e devastar a biosfera, pondo assim
um risco a continuidade do experimento da espécie homo sapiens e demens.
No livro Saber Ambiental, de Enrique Leff, ele nos diz que no processo de
transição da era da modernidade 4 para a pós-modernidade5, as tendências da
unidade do conhecimento e da homogeneização cultural, refletem nas posições
subjetivas diante do saber e no campo da interdisciplinaridade.
E para melhor concluir, podemos refletir com esta contribuição de Joseph
Campbell.

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A modernidade costuma ser entendida como um ideário ou visão de mundo que está relacionada ao
projeto de mundo moderno, empreendido em diversos momentos ao longo da Idade Moderna e
consolidado com a Revolução Industrial. Está normalmente relacionada com o desenvolvimento do
Capitalismo.
5
Pós-modernidade é a condição sócio-cultural e estética que prevalece no capitalismo
contemporâneo após a queda do Muro de Berlim e a conseqüente crise das ideologias que
dominaram o século xx.
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“Pensem num indivíduo em formação, seja ele um Sioux nas


planícies da América do norte do século XVIII, seja um
congolês nas antigas florestas da África, seja um urbanóide
neste ambiente selvagem e mecânico em que nós, o povo
moderno, nos encontramos hoje. Todos seguimos um caminho
muito parecido do berço até o túmulo no que diz respeito ao
desenvolvimento psicológico”.(CAMPBELL. Joseph (2008), p.38
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METODOLOGIA

A pesquisa será de natureza bibliográfica em livros e artigos já existentes


sobre o tema, expondo uma visão a respeito do mito, de Gaia e aspectos dos
comportamentos do homem e sua relação com a Terra. Está pesquisa será
embasada nos seguintes autores: C.G.JUNG; JOSEPH CAMPBELL, ERICH
NEUMANN, JAMES LOVERLOCK, ENRIQUE LEFF, LEONARDO BOFF, e outros
que também abordam o tema do mito, de Gaia e aspectos e comportamentos do
homem na psicologia analítica
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CRONOGRAMA

Ano 2010
Mês Ago Set Out Nov Dez

Escolha do Tema x x
Revisão Bibliográfica x x
Redação do Projeto x
Apresentação do Projeto x
Elaboração do TCC x
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REFERÊNCIAS

BOECHAT, Walter. A mitopoese da Psique: Mito e Individuação. Petrópolis, RJ:


Vozes, 2008

BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra.


Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

CAMPBELL, Joseph. Mito e transformação. São Paulo: Ágora, 2008.

CAMPBELL, Joseph. O poder do mito. São Paulo: Palas Athena, 1990.

HELFT, Claude. et al. Explorando as mitologias do mundo todo. São Paulo: Arx,
2005.

JUNG, Carl Gustav. Civilização em transição - Coleção: Obras completas de Carl


Gustav Jung - vol. X / 3 Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

LEFF, Enrique. Saber ambiental, sustentabilidade, racionalidade, complexidade,


poder. Petrópolis, RJ : Vozes, 2001.

LOVERLOCK, James. GAIA: cura para um planeta doente. São Paulo : Cultrix,
2006.

MITOLOGIA mitos e lendas de todo o mundo. Lisboa, Portugal: ed. Lisma, 2006.

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